Engenharia Econômica - Unioeste

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Engenharia Econômica
Engenharia Econômica
Prof. Dr. Roberto Cayetano Lotero
E-mail: [email protected]
Telefone: 35767147
Centro de Engenharias e Ciências Exatas
Foz do Iguaçu
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
jun-17
1
Engenharia Econômica
Noções sobre a Organização da
Atividade Econômica
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Mercado

Um mercado é um grupo de compradores e vendedores que interagem
entre si, resultando na possibilidade de trocas.

O mercado está no centro da atividade econômica.

A organização do mercado é de vital importância para as economias
contemporâneas.

facilita a comercialização de bens e serviços produzidos pelas diversas organizações e
indústrias de um sistema econômico.

permite a interação entre os agentes econômicos e instituições.

ajuda na elaboração de políticas públicas e na implementação de leis.

permite visualizar a dinâmica e a complexidade dos negócios realizados nas diversas
economias.
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Engenharia Econômica

A coordenação das transações não fica a cargo de ninguém no mercado, os
bens são simplesmente trocados.

O mercado tem uma amplitude maior que uma indústria.

indústria é um conjunto de empresas que vende o mesmo produto ou
produtos correlatos.

mercado representa o mecanismo coordenador das atividades de
transação entre a indústria, que oferece os bens e serviços, e os
consumidores, que demandam os mesmos.

Adam Smith apresentou a ideia do mercado como um sistema, um
mecanismo que se auto-regula e que coordena como “mão invisível” a
atividade econômica desenvolvida por indivíduos auto-interessados.
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Engenharia Econômica

A ideia de mercado originou vários modelos teóricos, entre os quais o modelo Walrasiano e
o Mergeriano.

A abordagem Walrasiana considera a hipótese de concorrência perfeita ou de pequenez e
grande número de agentes face ao todo do mercado.

A abordagem Mengeriana considera o conceito de racionalidade limitada ou capacidade
limitada dos agentes de discernir em um ambiente caracterizado por complexidades e
incertezas, onde a adaptação, antes que a maximização, é a conduta padrão.

A abordagem Walrasiana está sustentada na ideia de que é possível maximizar os resultados
e enfatiza a análise do equilíbrio final na alocação de recursos, considerando as condições
institucionais como dadas e sob conceito de racionalidade forte.

A abordagem de Menger caracteriza a atividade econômica como um processo sujeito a
condições de incerteza e onde os agentes econômicos não buscam maximizar resultados
(consequência das informações serem incompletas) comportando-se de forma adaptativa.
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
Apesar das vantagens do mercado outras alternativas surgiram como
estruturas de coordenação, devido a mudanças nas instituições políticas e
econômicas e nas organizações e às falhas do modelo de mercado clássico.


Externalidades

informação assimétrica ou imperfeita

uso do bem público

poder de monopólio.
A abordagem clássica da ciência econômica é caracterizada por

mercados perfeitamente competitivos

direitos de propriedade perfeitamente especificados e exigidos sem custo

governo neutro

gostos dados.
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
O quadro clássico é transformado com o surgimento das
grandes organizações e com a maior intervenção do
governo na atividade econômica, seja diretamente através
da criação de empresas estatais ou indiretamente através
da regulação econômica.

Estes fatores contribuíram para uma grande mudança no
ambiente institucional a qual exigia novas abordagens
teóricas que permitissem o tratamento analítico das novas
estruturas econômicas.
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Organizações

As organizações compõem-se de grupos de indivíduos dedicados a alguma
atividade executada com determinado fim.

As limitações impostas pelo contexto institucional definem o conjunto de
oportunidades e, portanto, o tipo de organizações que serão criadas.

Conforme a função objetivo da organização - maximização do lucro, vitória
eleitoral, regulamentação de empresas, formação de alunos - organizações
como firmas, partidos políticos, órgãos governamentais e escolas ou
faculdades buscam adquirir conhecimentos e especialização que reforcem
suas possibilidades de sobrevivência em um ambiente de onipresente
competição.
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
Uma organização é a coordenação racional das atividades de
algumas pessoas que procuram chegar a algum objetivo comum
e explícito, através da divisão do trabalho e da função, bem
como através de hierarquia de autoridade e responsabilidade.

As organizações representam o que há de mais importante na
economia contemporânea, pois é através das organizações que
os bens e serviços indispensáveis à sobrevivência humana são
produzidos e onde os homens desenvolvem suas habilidades,
fortalecem os laços entre seus pares, ampliam a rede de
contatos entre as empresas, assim como, conduzem e ajustam
suas próprias vidas.
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
as organizações podem ser vistas como um contrato
existente entre uma multiplicidade de partes, havendo
necessidade de uma estrutura política e de decisão
(hierarquia de prioridades), de forma a viabilizar a
produção e realizar as transações econômicas entre os
agentes de uma indústria.

As organizações surgem para minimizar os custos de
transação. Elas se estruturam de forma tal a introduzirem
métodos e inovações que permitam a obtenção do menor
custo possível.
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Mercado


Foco da economia: otimização e equilíbrio
Microeconomia:


Comportamento de otimização de consumidor e produtor
Pergunta se os preços e quantidades de equilíbrio
observados em cada mercado são economicamente
eficientes
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O mecanismo de mercado
100
80
Preço (por MWh)
Demanda
Oferta
60
40
20
0
0
100
200
300
400
500
600
Quantidade (MWh)
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Um deslocamento na demanda
100
D2
80
Oferta
Preço (por MWh)
D1
60
40
20
0
0
100
200
300
400
500
600
Quantidade (MWh)
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Elasticidade

Elasticidade de preço da demanda
Ed 
Qd % Qd / Qd 

 Qd / P * P / Qd 
P / P 
P%


No curto prazo
No longo prazo
Quanto tempo deve passar antes de efetuar a medição
das variações nas quantidades demandadas ou
ofertadas?
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Custo Econômico x Custo contábil


Custo contábil: preço de insumos e produtos
encontrados nos balanços, os quais listam os
ativos, passivos e dividendos, dando a
situação financeira da empresa.
Os economistas definem o custo de recursos
escassos em relação aos usos alternativos:

Custo de oportunidade (normalmente invisível)
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



A microeconomia focaliza em dois recursos
básicos: trabalho e capital.
Qual é o custo de adquirir unidades de
trabalho e capital?
A custo da unidade de trabalho é o salário.
A unidade de medida de capital em termos
de:



Número de máquinas
Capacidade instalada
Dinheiro


Debt
Equity
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
Sunk Cost: um gasto que foi feito e que não pode ser
diretamente recuperado (normalmente visível).



Stranded Cost: a diferença entre as receitas
requeridas por uma firma sob regulação e o custo
total em um ambiente desregulamentado.


Não podem ser recuperados quando a produção cessa.
Gastos com ativos altamente específicos têm custo de
oportunidade zero, pois não têm usos alternativos.
Importante na compra de uma empresa.
Stranded Asset: a diferença entre o valor de livro dos
ativos da uma firma sob regulação e seu valor de
mercado em um ambiente desregulamentado.

Importante quando uma empresa é obrigada a vender parte
de seus ativos.
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Custos: total, médio e marginal
Tempo
Custo
Tecnologia
Muito curto
prazo
Todos os custos são
fixos
Fixa
Curto prazo
Alguns custos são
fixos
Fixa
Longo prazo
Não existem custos
fixos
Fixa
Muito longo
prazo
Não existem custos
fixos
Não fixa
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Custo Total :
CT  w.L  r.K  CV  CF
Custo Médio :
CMed  CT / Q  CV / Q  CF / Q
Custo Marginal :
dCT
CM 
dQ
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CT
CV
CF
L
K
w
r
Q
Cmed
CM
custo total
custo variável
custo fixo
insumo trabalho
insumo capital
custo do insumo trabalho
custo do insumo capital
quantidade
custo médio
custo marginal
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50000
45000
40000
35000
Custo ($)
30000
Custo Total
Custo Fixo
Custo Variável
25000
20000
15000
10000
5000
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Quantidade (MWh)
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80
70
60
Custo ($)
50
Custo Médio
Custo Fixo Médio
Custo Variável Médio
Custo Marginal
40
30
20
10
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Quantidade (MWh)
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Economia de escala
1.
Quando CMed está diminuindo, o CM está abaixo do
CMed.

Isto é porque se uma unidade de produção custa menos do
que o custo médio de toda a produção prévia, então o CMed
diminui.
Existe economia de escala
2.
Se uma unidade de produção custa mais do que o média,
então CMed aumenta.

3.
O CM > CMed
Se o CMed é constante, o custo de produzir a próxima
unidade é igual ao CMed de produzir as unidades prévias.

Assim CM = CMed.
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
Em indústria com economias de escala, CMed diminui
com um produto adicional. Assim, a firma com a
maior produção pode produzir ao menor custo,
deslocando os competidores para fora do mercado.
Monopólio Natural
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Monopólio Natural

Uma atividade econômica é caracterizada como monopólio
natural quando uma única firma pode fornecer toda a produção
de um determinado produto a um custo total menor do que
poderia ser alcançado por mais de uma firma.

O monopólio natural surge quando as economias de escala
implicam em maior eficiência quando apenas uma empresa
abasteça todo o mercado.

Muitos autores identificam os serviços de utilidade pública com a
própria existência dos monopólios naturais.
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

Essa ideia é sustentada, também, em outras peculiaridades
inerentes aos serviços de utilidade pública, entre as quais podem
ser mencionadas: a tendência a duplicações ineficientes em caso
de competição; longas conexões entre produtores e consumidores
restringindo alternativas de fornecimento; dificuldades técnicas
para estocagem obrigando à equivalência instantânea entre oferta
e demanda; e a presença de certa margem de capacidade ociosa
indispensável para confrontar a imprevisibilidade da demanda
nesses setores.
As situações de monopólio natural apresentam um dilema para a
política pública: deseja-se firmas para produzir ao mínimo custo,
mas em uma situação de monopólio natural isto implica uma única
firma, o que, por sua vez, implica a incapacidade de conseguir
preços competitivos. A ideia é que o mercado não regulado daria
preços de monopólio ou produção ineficiente ou ambos.
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Maximização do lucro
PRj: lucro da firma j.
Receita total – RT: é igual ao preço (P) do produto vezes a
quantidade (Q) vendida.
O preço é função da quantidade devido à reação do consumidor.



dPR j

dRT j
RM j 
dRT j
dQ j


dQ j
dQ j


dCT j
dQ j
 RM j  CM j  0

PR j  RT j  CT j
d PQ j .Q j
dQ j

dP
.Q j  P  P
dQ j
RM: receita marginal
Preço economicamente eficiente: CMj = P
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Resultado eficiente



Nenhuma firma tem influência sobre o preço
Não existe barreira de entrada ou saída
Lucro econômico é igual a zero no longo
prazo



Firmas ganham uma taxa de retorno normal
A curva de oferta de uma firma individual é a
sua curva de custo marginal quando este está
acima do custo médio
A curva de oferta do mercado é a soma das
curvas individuais
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Excedente de produtor e consumidor
100
80
Preço (por MWh)
Demanda
Oferta
60
Surplus do consumidor
40
Surplus do produtor
20
0
0
100
200
300
400
500
600
Quantidade (MWh)
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Perda de excedente no monopólio


Se a tarifa é fixada onde CM = Demanda, o produtor
não consegue recuperar os custos (CMed > CM).
Então tarifa é igual ao CMed.
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Perda de excedente em monopólio natural
100
80
Demanda
Preço regulatório
Custo ($)
60
Custo Médio
Preço de mercado
40
Custo
Marginal
20
0
0
100
200
300
400
500
600
Quantidade (MWh)
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Maximizando lucro sob monopólio




O monopolista pode influenciar no preço.
Se o monopolista produz menos do que a quantidade que
maximiza o lucro, ele perde lucro por produzir tão pouco e cobrar
um preço que é muito elevado.
Se o monopolista produz mais do que a quantidade que maximiza
o lucro, ele perde lucro por produzir muito e cobrar um preço que
é muito baixo.
Assim, o monopolista, ao igual que o competidor, escolhe a
quantidade que maximiza o lucro:
RM = CM

Ele escolhe o preço dado pela curva de demanda.
RM j 
dRT j
dQ j


d PQ j .Q j
dQ j

dP
.Q j  P  CM
dQ j
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Maximização do lucro do monopolista
100
Solução monopolista
80
Receita
marginal
Custo ($)
60
40
20
0
0
100
200
300
400
500
600
Quantidade (MWh)
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