anorexia nervosa - Capital Social Sul

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ANOREXIA E BULIMIA
Jaqueline Dalla Corte
Keila Hübner
O que é?
Anorexia nervosa é um transtorno alimentar no
qual a busca implacável por magreza leva a
pessoa a recorrer a estratégias para perda de
peso, ocasionando importante emagrecimento.
As pessoas anoréxicas apresentam um medo
intenso de engordar mesmo estando
extremamente magras.
Em 90% dos casos, acomete mulheres
adolescentes e adultas jovens, na faixa de 12 a
20 anos. É uma doença com riscos clínicos,
podendo levar à morte por desnutrição.
O que se sente?
• Perda de peso em um curto espaço de tempo.
• Alimentação e preocupação com peso corporal tornamse obsessões.
• Crença de que se está gordo, mesmo estando
excessivamente magro.
• Parada do ciclo menstrual (amenorréia).
• Interesse exagerado por alimentos.
• Comer em segredo e mentir a respeito de comida.
• Depressão, ansiedade e irritabilidade.
• Exercícios físicos em excesso.
• Progressivo isolamento da família e amigos.
Complicações Médicas
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Desnutrição e desidratação.
Hipotensão (diminuição da pressão arterial).
Anemia.
Redução da massa muscular.
Intolerância ao frio.
Motilidade gástrica diminuída.
Amenorréia (parada do ciclo menstrual).
Osteoporose (rarefação e fraqueza óssea).
Infertilidade em casos crônicos.
Causas
• Não existe uma causa única da anorexia nervosa.
Fatores biológicos, sociais, psicológicos e genéticos
podem ter uma participação na determinação dos
transtornos alimentares.
• A expectativa social de que as pessoas sejam magras
torna-se uma obrigação implacável na mente de
algumas adolescentes que estão num período de
vulnerabilidade psicológica peculiar a esta etapa da
vida, e as leva a fazer regimes muito rigorosos, o que
funciona como desencadeador da anorexia nervosa.
Como se desenvolve?
• A preocupação com o peso e a forma corporal leva o
adolescente a iniciar uma dieta progressivamente
mais seletiva, evitando ao máximo alimentos de alto
teor calórico. Aparecem outras estratégias para perda
de peso como, por exemplo: exercícios físicos
excessivos, vômitos, jejum absoluto.
• A pessoa segue se sentindo gorda, apesar de estar
extremamente magra, acabando por se tornar escrava
das calorias e de rituais em relação à comida. Isola-se
da família e dos amigos, ficando cada vez mais triste,
irritada e ansiosa. Dificilmente, a pessoa admite ter
problemas e não aceita ajuda de forma alguma. A
família às vezes demora para perceber que algo está
errado.
Fisiopatologia
• Pacientes com Anorexia Nervosa possuem uma
aparência típica e característica. Seu corpo
caquético pré-pubescente, freqüentemente faz
com que eles pareçam mais jovens do que são.
As características físicas comuns incluem
lanugem, cabelo sem brilho e quebradiço,
cianose de extremidades e pele seca que pode
apresenta-se amarela devido a hipercarotemia.
• Complicações cardiovasculares têm sido
relacionadas à morte de anoréxicos.
Como se previne?
• Uma diminuição da pressão cultural e familiar
com relação à valorização de aspectos físicos,
forma corporal e beleza pode eventualmente
reduzir a incidência desses quadros. É
fundamental fornecer informações a respeito
dos riscos dos regimes rigorosos para obtenção
de uma silhueta "ideal", pois eles têm um papel
decisivo no desencadeamento dos transtornos
alimentares.
Prevalência da Doença
• Algumas profissões são consideradas de risco
para a anorexia. Bailarinas,modelos, jóqueis,
atletas olímpicos, precisam estar atentos para a
pressão que sofrem para reduzir o peso
corporal;
• A idade média para o início da Anorexia
Nervosa é de 17 anos, com alguns dados
sugerindo picos aos 14 e aos 18 anos. O início
do transtorno raramente ocorre em mulheres
com mais de 40 anos.
• A doença acomete mais freqüentemente
classes sociais mais elevadas.
• A anorexia surge em 45% dos casos após
dieta de emagrecimento; em 40% por
ocasião de uma situação competitiva.
Como se trata?
• O tratamento deve ser realizado por uma equipe
multidisciplinar formada por psiquiatra,
psicólogo, pediatra, clínico e nutricionista, em
função da complexa interação de problemas
emocionais e fisiológicos nos transtornos
alimentares.
• O objetivo primordial do tratamento é a
recuperação do peso corporal através de uma
reeducação alimentar com apoio psicológico.
• Psicoterapia individual, terapia ou orientação familiar,
terapia cognitivo-comportamental (uma psicoterapia
que ensina os pacientes a modificarem pensamentos
e comportamentos anormais) são, em geral, muito
produtivas.
• O tratamento da anorexia nervosa costuma ser
demorado e difícil. O paciente deve permanecer em
acompanhamento após melhora dos sintomas para
prevenir recaídas.
BULIMIA
• É o transtorno alimentar caracterizado por
episódios recorrentes de "orgias
alimentares", no qual o paciente come
num curto espaço de tempo grande
quantidade de alimento como se estivesse
com muita fome. O paciente perde o
controle sobre si mesmo e depois tenta
vomitar e/ou evacuar o que comeu,
através de artifícios como medicações,
com a finalidade de não ganhar peso.
TIPOS
• Tipo Purgativo. Este subtipo descreve
apresentações nas quais o paciente se
envolveu regularmente na auto-indução de
vômito ou no uso indevido de laxantes,
diuréticos ou enemas durante o episódio atual.
• Tipo Sem Purgação. Este subtipo descreve
apresentações nas quais o paciente usou outros
comportamentos compensatórios inadequados,
tais como jejuns ou exercícios excessivos, mas
não se envolveu regularmente na auto-indução
de vômitos ou no uso indevido de laxantes,
diuréticos ou enemas.
Critérios para Diagnóstico de
Bulimia Nervosa
• 1. Ingestão exagerada, em um período limitado
de tempo (por ex., dentro de um período de 2
horas)
• 2. - sentimento de falta de controle sobre o
comportamento alimentar durante o episódio (por
ex., um sentimento de incapacidade de parar de
comer ou de controlar o que ou quanto está
comendo)
B. Comportamento compensatório inadequado e
recorrente, com o fim de prevenir o aumento de
peso, como auto-indução de vômito, uso indevido
de laxantes, diuréticos, enemas ou outros
medicamentos, jejuns ou exercícios excessivos.
• C. A compulsão periódica e os comportamentos
compensatórios inadequados ocorrem, em média,
pelo menos duas vezes por semana.
D. A auto-avaliação é indevidamente influenciada
pela forma e peso do corpo
E. O distúrbio não ocorre exclusivamente durante
episódios de Anorexia Nervosa.
Complicações Médicas
• Síndrome da realimentação: é caracterizada por
hipofosfatemia grave e súbita, quedas súbitas
em potássio e magnésio, intolerância a glicose,
disfunção gastrointestinal e arritmias cardíacas.
• Complicações renais, hormonais e
gástricas;
• Inflamação na garganta (inflamação do
tecido que reveste o esôfago pelos efeitos
do vômito);
• Cáries dentárias;
• Face inchada e dolorida (inflamação
das glândulas salivares;
• Parada cardíaca;
• Diminuição das características
femininas;
• A taxa de mortalidade chega a
atingir 15 a 20% dos casos.
TRATAMENTO
• A grande maioria dos pacientes bulímicos deve
ser tratada em nível ambulatorial, exceto nos
casos onde o desequilíbrio metabólico exige
uma intervenção mais intensiva
• Quando necessária, a internação ocorre por
complicações associadas como: depressão com
risco de suicídio, perda de peso acentuado com
comprometimento do estado geral,
hipopotassemia seguida de arritmia cardíaca e
nos casos de comportamento multiimpulsivo
(abuso de álcool, drogas, automutilação,
cleptomania, promiscuidade sexual).
• Alguns autores preconizam a prescrição de um
plano de alimentação regular. Um diário de
alimentação, pensamentos, sentimentos e
comportamentos experimentados em cada
situação.
• O paciente deve ser orientado a ter um
planejamento antecipado dos horários quanto
às atividades e refeições; tentar comer
acompanhado; não estocar alimentos em casa;
pesar-se apenas na consulta médica, etc.
Moda, anorexia e bulimia
• Em Madri, 68 modelos foram impedidas de
desfilar por apresentarem um índice de
massa corporal inferior a 18. Esse
coeficiente, equivalente a, por exemplo,
56 quilos para 1,75 metro de altura, é o
limite fixado pelo governo de Madri, que
se baseou em um critério sanitário
estabelecido pela OMS (Organização
Mundial da Saúde).
• A ministra italiana do Comércio Exterior,
Emma Bonino, propos um código europeu
contra a anorexia e lançou um desafio aos
estilistas e industriais da moda: “Tentem
vestir mulheres normais”.
• O código de Milão, que deve entrar em
vigor em fevereiro, vai exigir que as
modelos apresentem um certificado
médico confirmando que estão saudáveis.
• ALVARENGA, Marle; LARINO, Maria Aparecida. Nutritional therapy
in anorexia and bulimia nervosa. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo,
v. 24, 2002.
• BALLONE GJ, Ortolani IV - Bulimia Nervosa, in. PsiqWeb,
Internet, disponível em
<http://www.psiqweb.med.br/bulimia.html>, revisto em
2003
• http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/dicas/66anorex_bulimia
.html. Acesso em 22 de janeiro de 2007.
•
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/09/060923
_milaocodigomodarw.shtml. Acesso em 22 de janeiro de 2007.
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