A ESCOLA DE ATENAS Rafael Sanzio (1483-1520) A Escola de Atenas é uma celebração da filosofia. A cena foi tirada de um local do período clássico, como a arquitetura e o ambiente. Personagens representando cada assunto que deveriam ser mantidos em ordem para dar uma idéia de um verdadeiro debate filosófico astronomia, geometria, aritmética, e geometria sólida são mostrados em forma concreta. A Escola de Atenas representa a verdade adquirida através da razão. Rafael não criou sua ilustração com figuras alegóricas, como era costume nos séculos XIV e XV. Mas, agrupou personagens solenes de pensadores e filósofos juntos num amplo espaço, numa grandiosa moldura arquitetural. Esta moldura é caracterizada por uma alta cúpula, uma abóbada sem teto e pilastras. Ele provavelmente se inspirou na arquitetura romana ou — como pensa a maioria dos pesquisadores — no projeto de Bramante para a nova igreja de São Pedro a qual é a síntese do paganismo e da filosofia cristã Os personagens que dominam a composição não estão amontoados, nem sufocados. Mas bem distribuídos no amplo recinto Os árbitros destas regras, os principais personagens, Platão e Aristóteles, são mostrados no centro da pintura, engajados numa discussão filosófica. Platão No centro da Escola de Atenas destaca-se Platão (427-347 a.C.), segurando sua obra Timaeus, e apontando sua mão direita para cima, gesto que representa a "teoria das formas" (abstrata e intangível). Aristóteles Também no centro da Escola de Atenas, ao lado esquerdo de Platão e portando sua obra Ética, está o vigoroso Aristóteles, seu discípulo dileto, gesticula em direção à terra, o que representa a "percepção pelos sentidos", base de sua concreta teoria do conhecimento. Platão aponta para o alto e Aristóteles aponta para as coisas mais concretas ao seu redor. Com isso Rafael parece querer mostrar a diferença entre a filosofia de Platão e sua inspiração teórica e a maior praticidade de Aristóteles. Sócrates "Sócrates em ação". No fundo, Sócrates argumenta. Diante dele, da esquerda para a direita: Xenofonte, Ésquines e Alcibíades. Parmênides de Eléia Parmênides segura um livro, provavelmente os seus poemas, intitulado de “Sobre a natureza”. Esta obra trata, em duas partes do caminho da verdade e do caminho da opinião. Heráclito de Éfeso A idéia trazida por Heráclito é a de que o mundo não é um lugar estático, mas um fluxo, uma mudança permanente de todas as coisas, um constante vir-a-ser. Nada permanece o mesmo, nem por um instante. Pitágoras Na parte inferior da à esquerda, vemos a figura de Pitágoras explicando sua teoria. No detalhe, a tabela com alguns símbolos musicais e o número triangular 1+2+3+4. Zenão No lado esquerdo da Escola de Atenas, vemos a face de Zenão de Eléia, que viveu na Antiga Grécia por volta de 450 a. C. A pintura representa o pensamento clássico, mas é também dedicada às artes liberais, simbolizadas pelas estátuas de Apollo e Minerva. Gramáticos, Matemáticos e Músicos são personificados por figuras localizadas nos patamares, à esquerda. Geômetras e Astrônomos estão à direita. O afresco teve sucesso imediato. Sua beleza e unidade temática foram aceitas universalmente. A euforia com que foi recebido não foi marcada com reservas, tal como aconteceu com a reação pública quanto a Capela Sistina. By Prof° Fernando José Ribeiro dos Santos Pós graduando em Formação de docentes para o ensino superior pelo Centro universitário Nove de Julho UNINOVE, possui graduação em Filosofia (licenciatura plena, com habilitação em história, sociologia e ensino religioso) pela Universidade do Sagrado Coração - USC [email protected]