FILOSOFAR Capítulo 13 – Filosofia moderna: nova ciência e racionalismo A nova ciência e o racionalismo Percebi que todo saber que eu procurava podia ser encontrado em mim mesmo ou no grande livro do mundo. René Descartes René Descartes Idade Moderna Nova concepção do ser humano e do mundo Idade Moderna: meados do século XV ao fim do século XVIII. Contexto histórico: A partir do século XV uma série de transformações teve início nas sociedades europeias. A passagem do feudalismo para o capitalismo A formação dos estados nacionais O movimento da Reforma O desenvolvimento da ciência natural A invenção da imprensa Modificação do pensamento: Teocentrismo Antropocentrismo Renascimento Revalorização do homem e da natureza Renascimento: séculos XV e XVI. Tendo por berço a península Itálica, o Renascimento criaria a base conceitual e de valores que permitiria a arrancada da razão e da ciência no século XII. Renascimento inspirou-se no Humanismo Razão e liberdade Desenvolvimento de uma mentalidade racionalista. O pensador moderno buscava não somente conhecer a realidade, mas exercer controle sobre ela. PREVER e PROVER O Renascimento não significa um abandono completo das questões cristãs medievais, ocorre uma “humanização” do divino. O traço unificador é o Humanismo, que encontra expressão nas palavras do dramaturgo inglês William Shakespeare: Que obra-prima é o homem! Como é nobre em sua razão! Que capacidade infinita! Como é preciso e bem-feito em forma e movimento! Um anjo na ação! Um deus no entendimento, paradigma dos animais, maravilha no mundo. SHAKESPEARE, W. Hamlet. Grandes nomes do Renascimento Artes Visuais Michelangelo Raphael Literatura Camões Shakespeare Cervantes Thomas More Dante Erasmo Ameaças à nova mentalidade A transição para mentalidade científica moderna não foi um processo súbito, tranquilo e sem resistências. Muitos pensadores foram perseguidos e se criou uma lista de livros proibidos – o Index. Foi neste contexto que vários pioneiros da ciência moderna sofreram a perseguição do Tribunal da Inquisição, órgão da Igreja Católica encarregado de descobrir e julgar os responsáveis pela propagação de heresias, isto é, concepções contrárias aos dogmas católicos. Por exemplo: Giordano Bruno (1548 - 1600) defendia a teoria heliocêntrica, formulada por Nicolau Copérnico. Afirmou que o universo é um todo infinito, cujo centro não está em parte alguma. Nicolau Copérnico (1473 - 1543) escreveu o livro Da revolução das esferas celestes, que combatia a teoria geocêntrica e propunha a teoria heliocêntrica. Novos paradigmas de observação passaram também, a incomodar a Igreja: Observação direta Representação matemática Ética, educação e política Outras questões importantes deste período são as relativas à essência humana, à moral e à política. Destacam-se neste período: Michel Montaigne – francês (1523 - 1592) Nicolau Maquiavel – italiano (1469 - 1527) Razão e experiência Mitologia grega No princípio tudo era o caos – aquilo que não tem forma e representa o vazio desordenado, obscuro e infinito. O mundo assim era imperfeito, imprevisível, misterioso. Bases do conhecimento seguro Filósofos gregos jônicos Saber racional – conceito de cosmo – o universo passou a ser visto como algo ordenado, harmônico, previsível, capaz de compreensão racional. Os filósofos pré-socráticos, Platão e Aristóteles, aprofundaram o conceito de saber racional e o deixaram como legado ao Ocidente medieval. As conquistas e as realizações renascentistas deixaram a maioria das pessoas desorientadas e desconfiadas. O mundo racionalmente ordenado questionado e, aos poucos, dissolvido. da Antiguidade foi O que representariam a cidade, o Império ou a Igreja diante de um universo infinito? Esse quadro conceitual deu origem a algumas questões ou inovações que caracterizaram a filosofia moderna. Texto do historiador Alexandre Koyré A busca de um novo centro Concepção vigente Espaço Hierarquizado Noção aristotélica O conceito aristotélico de que cada lugar apresenta uma qualidade diferente da de outro lugar, foi substituído pela ideia de homogêneo, em que os lugares são equivalentes, sem um ponto fixo, sem referencial e sem hierarquia. Um mundo representado Pensadores antigos: A realidade do mundo se mostra por si só. Modernidade: A realidade pode se apresentar de maneira enganosa. É necessário ultrapassar a realidade sensível e imediata para atingir a concepção de mundo. Característica do pensamento moderno: Tentar explicar a realidade a partir de novas formulações racionais. Exemplo: Galileu explicaria o mundo concreto, sensível, por meio de relações matemáticas e geométricas. Procura-se um método Qual a garantia de que um pensamento é verdadeiro? Era necessário encontrar uma base segura, algo que garantisse a verdade de um raciocínio. Um Método Texto de Descartes sobre Método Razão estava em alta O método escolhido foi o matemático, pois é o exemplo de conhecimento integralmente racional. Galileu Galilei: Um mundo sem encantamentos, expresso na linguagem matemática Texto de Galileu Rejeitava a astronomia de Ptolomeu e a física de Aristóteles, que reinaram durante o período medieval. Defensor da cosmologia heliocêntrica de Copérnico. Método matemático experimental Tradição aristotélica Bastava se esforçar para compreender como uma coisa existe e funciona e, depois, elaborar uma teoria sobre isso. Galileu (1564 - 1642) professor de matemática da Universidade de Pisa – decidiu, de forma inovadora, aplicar a matemática ao estudo experimental da natureza. Desse modo, conseguiu grandes realizações, entre as quais podemos destacar: A elaboração da lei da queda livre dos corpos, (...) Construção e o aperfeiçoamento do de um telescópio, (...) Nova postura de investigação científica, (...) Francis Bacon: O método experimental contra os ídolos. Francis Bacon Um dos fundadores do método indutivo de investigação científica. Teoria dos ídolos A ciência deveria valorizar a pesquisa experimental, a fim de proporcionar resultados objetivos. Para isso, era necessário que os cientistas se libertassem daquilo que denominava ídolos. Na obra Novum organum destaca quatro gêneros de ídolos que bloqueiam a mente humana e prejudicam a ciência. Teoria dos Ídolos Método indutivo de investigação Observação da natureza para a coleta de informação; Organização racional dos dados recolhidos empiricamente; Formulação de explicações gerais (hipóteses) destinadas à compreensão do fenômeno estudado; Comprovação da hipótese formulada mediante experimentações repetidas, em novas circunstâncias. Aquele que começa uma investigação repleto de certezas acabará cheio de dúvidas. Mas aquele que começa com dúvidas poderá terminar com algumas certezas. Francis Bacon René Descartes Ideias claras e distintas Um dos pais da filosofia moderna A dúvida metódica e o cogito Única verdade totalmente livre de dúvida Meus pensamentos existem A existência desse pensamento se confundia com a essência da própria existência. Ser pensante Para conhecer a verdade, é preciso, de início, colocar todos os nossos conhecimentos em dúvida. René Descartes Disso decorreu a célebre conclusão de Descartes: Cogito ergo sum Em latim Penso, logo existo Para Descartes, “Penso, logo existo” seria uma verdade absolutamente firme, certa e segura, que, por isso, deveria ser adotada como princípio básico de toda a sua filosofia. Pensamento para Descartes é: tudo o que afirmamos, negamos, sentimos, imaginamos, cremos e sonhamos. Ser humano essencialmente pensante. Logo existo Descartes foi um racionalista Dizia que o verdadeiro conhecimento das coisas externas devia ser conseguido através do trabalho lógico da mente. Matemática: instrumento de compreensão da realidade. Ler: O método cartesiano – Filosofar. Descartes celebrizou-se não propriamente pelas questões que resolveu, mas, sobretudo, pelos problemas que formulou, e que foram herdados pelos filósofos posteriores. Espinosa Espinosa O racionalismo absoluto. ● A fonte de toda superstição é a imaginação incapaz de compreender a verdadeira ordem do universo. Como é incapaz de conhecer verdadeiramente, a imaginação credita a realidade a um Deus transcendental e voluntarioso. ● Demonstração geométrica: a natureza racional de Deus, que se manifesta em todas as coisas (Deus imanente). ● Deus não está fora do universo, nem dentro do universo: ele é o próprio universo. ● Nesse entendimento racionalista, não há lugar para tragédia nem mistérios: tudo se torna compreensível à luz da razão. ● Não haveria livre-arbítrio, uma vez que Deus se identifica com a natureza universal e, portanto, tudo que existe é necessário, não pode ser transgredido, faz parte da natureza divina. Deus = natureza. Pascal Um pensador contra a corrente Pascal O coração tem razões que a própria razão desconhece. “No fundo, o que é o homem na natureza? É nada em relação ao infinito, é tudo em relação ao nada, algo de intermediário entre o nada e o tudo”. E confessa: “ O silêncio eterno dos espaços infinitos apavora”. “Só o autor dessas maravilhas as compreende; ninguém mais pode conhecêlo”. “O supremo passo da razão está em reconhecer que há uma infinidade de coisas que a ultrapassa”. “O coração – e não a razão – é que sente Deus. E isto é a fé: Deus sensível ao coração e não à razão”. Atividades 1. No Renascimento, o ser humano e a natureza foram revalorizados. Como se expressou essa revalorização no campo do pensamento? Identifique exemplos no texto do capítulo. 2. Saber é poder Francis Bacon defendia que “saber é poder”. Reflita sobre essa afirmação. Você acha que o conhecimento é fonte de poder? Pense nos vários tipos de conhecimento (político, tecnológico etc.) e nos vários meios de poder. Fim Anexo René Descartes (nome latino: Renatus Cartesius). La Haye en Touraine, 31 de março de 1596. Estocolmo, 11 de fevereiro de 1650. Filósofo, físico e matemático francês que notabilizou-se por seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência. Obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com a geometria – fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome. Foi uma das figuras-chave na Revolução Científica, chamado de "o fundador da filosofia moderna" e o "pai da matemática moderna“. Um dos pensadores mais importantes da História do Pensamento Ocidental, inspirou gerações de filósofos e boa parte da filosofia escrita a partir de então foi uma reação a suas obras. A partir dele inaugurou-se o racionalismo da Idade Moderna. Décadas mais tarde, surgiria nas Ilhas Britânicas um movimento filosófico oposto ao pensamento cartesiano – o empirismo, com John Locke e David Hume. A passagem do feudalismo para o capitalismo O florescimento do comércio, o estabelecimento das grandes rotas comerciais, o predomínio do capital comercial e a emergência da burguesia caracterizaram a passagem do sistema feudal para o capitalista. A formação dos estados nacionais Fez surgir novas concepções político-econômicas, como a discussão sobre as formas de poder político (ocorreu, então, a centralização do poder através da monarquia absoluta) e a questão comercial (desenvolveu-se, neste período, o mercantilismo e o fortalecimento econômico de alguns estados, levando ao impulso das grandes navegações marítimas, à descoberta do Novo Mundo e ao estabelecimento das colônias). O movimento da Reforma Provocou a quebra da unidade religiosa europeia e rompeu com a concepção passiva do homem, entregue, unicamente, aos desígnios divinos, reconhecendo o trabalho humano como fonte de graça divina e origem legítima da riqueza e da felicidade; também concebeu a razão humana como extensão do poder divino, o que colocava o homem na condição de pensar livremente e responsabilizar-se por seus atos de forma autônoma. O desenvolvimento da ciência natural Criou novos métodos de investigação científica, impulsionados pela confiança na razão humana e pelo questionamento da submissão desta aos dogmas do cristianismo; a Igreja Católica, por sua vez, perdia, nesse momento, parte do seu poder de influência sobre os Estados e de dominação sobre o pensamento. A invenção da imprensa Possibilitou a impressão de textos clássicos gregos e romanos, contribuindo para a formação do Humanismo. A divulgação de obras científicas, filosóficas e artísticas que se tornaram, a partir de então, acessíveis a um número maior de pessoas, propiciou maior grau de consciência e liberdade de expressão. Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni Caprese, 6 de março de 1475. Roma, 18 de fevereiro de 1564. Pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da história da arte do Ocidente. Rafael Sanzio - (em italiano Raffaello Sanzio) Urbino, 6 de abril de 1483. Roma, 6 de abril de 1520. Mestre da pintura e da arquitetura da escola de Florença durante o Renascimento italiano, celebrado pela perfeição de suas obras. Luís Vaz de Camões c. 1524. Lisboa, 10 de Junho de 1580. Considerado o maior poeta de língua portuguesa e um dos maiores da humanidade. Das suas obras, a epopeia Os Lusíadas é a mais significativa. “As armas e os barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; (...) Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte”. Os Lusíadas. Canto I William Shakespeare Stratford-upon-Avon, Warwickshire, 26 de abril de 1564. Stratford-upon-Avon, Warwickshire, 23 de abril de 1616. A famosa frase Ser ou não ser, eis a questão faz parte da peça A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, Ato III, Cena I . Sem dúvida alguma, é uma das mais famosas frases da literatura mundial. Miguel de Cervantes Saavedra Alcalá de Henares, 29 de setembro de 1547. Madrid, 23 de abril de 1616. Romancista, dramaturgo e poeta espanhol, autor de Don Quixote de La Mancha, cuja primeira parte foi publicada em 1605. Thomas More (em latim, Thomas Morus ou aportuguesado em Tomás Moro) Londres, 7 de fevereiro de 1478. Londres, 6 de julho de 1535. Homem de estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis.Ocupou vários cargos públicos, e em especial, de 1529 a 1532, de "Lord Chancellor" (Chanceler do Reino - o primeiro leigo em vários séculos), de Henrique VIII da Inglaterra. É geralmente considerado como um dos grandes humanistas do Renascimento. Foi canonizado santo da Igreja Católica em 9 de Maio de 1935 e sua festa litúrgica se dá em 22 de Junho. A Dante Alighieri Florença, 29 de maio de 1265. Ravena, 13 ou 14 de Setembro de 1321. Escritor, poeta e político italiano. É considerado o primeiro e maior poeta da língua italiana, definido como il sommo poeta ("o sumo poeta"). A Divina Comédia (em italiano: Divina Commedia, originalmente Comedìa, mais tarde batizada de Divina por Giovanni Boccaccio) é um poema de cunho épico e teológico da literatura italiana e mundial, escrita por Dante Alighieri, e que é dividida em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Desiderius Erasmus Roterodamus, conhecido como Erasmo de Roterdão (português europeu) ou Roterdã (português brasileiro) Roterdão, 27 de outubro de 1466 Basileia, 12 de julho de 1536. Teólogo e humanista holandês. Principal obra: Elogio da Loucura – publicado em 1511 O livro é considerado um dos mais influentes da civilização ocidental e um dos catalisadores da Reforma Protestante. O Elogio da Loucura começa de forma satírica para depois tomar um aspecto mais sombrio, em uma série de orações, já que a loucura instiga a autodepreciação. Passa-se, então, a uma apreciação satírica dos abusos supersticiosos da doutrina católica e das práticas corruptas da Igreja romana. O ensaio termina com um testamento claro, e por vezes emocionante, dos ideais cristãos. Inquisição : criada pelo Papa Gregório IX em 20 de abril de 1232. Tinha caráter de instituição judicial: localizava, processava e sentenciava pessoas acusadas de heresia. Galileu frente ao tribunal da Inquisição Romana. Na direita, pintura de Cristiano Banti, de 1857. Michel de Montaigne Dordonha, 28 de fevereiro de 1533. Bordeaux, 13 de setembro de 1592. A base do pensamento tem fundo ceticista, mas também sofreu inspiração do epicurismo e estoicismo. Montaigne afirmava não ser possível estabelecer os mesmos preceitos para todos os homens. Cada um deve construir uma sabedoria e uma consciência de acordo com suas possibilidades e disposição individuais, mas tendo como regra “dizer sim à vida”. Niccolo Machiavelli (em português, Nicolau Maquiavel) Florença, 3 de maio de 1469. Florença, 21 de junho de 1527. Maquiavel iniciou nova fase do pensamento político ao abandonar o enfoque ético e religioso e procurar uma abordagem mais realista da política. Características do pensamento de Maquiavel Descrever o fenômeno político em si mesmo O centro das sua reflexões é o exercício do poder político pelo Estado. Realismo político busca identificar as causas do sucesso e do fracasso na manutenção do poder pelo governante. Desvincula completamente as razões políticas das razões morais. O recurso à força, para conter a maldade, faz parte da lógica do poder político. O homem perdeu seu lugar no mundo, ou, mais exatamente, perdeu o próprio mundo que formava o quadro de sua existência e o objeto de seu saber, e precisou transformar e substituir não somente suas concepções fundamentais, mas as próprias estruturas do seu pensamento. KOYRÉ, Alexandre. Do mundo fechado ao universo infinito. Por método eu entendo regras certas e fáceis que, observadas corretamente, levarão quem as seguir a atingir o conhecimento verdadeiro de tudo o que for possível. O método consiste na ordem e na disposição das coisas para as quais devemos voltar o olhar do espírito, para descobrir a verdade. DESCARTES, René. Regras para a direção do espírito. Apud REZENDE, Antônio (org.).Curso de Filosofia. (...) segundo a qual a aceleração de um corpo em queda livre é constante, independentemente de o corpo ser leve ou pesado, grande ou pequeno. A demonstração desta lei exige condições ideais (vácuo). (...) cuja metodologia se baseava: Na observação paciente e minuciosa dos fenômenos naturais; Na realização de experimentações para comprovar uma tese; Na valorização da matemática como instrumento capaz de enunciar as regularidades observadas nos fenômenos. Francis Bacon, também referido como Bacon de Verulâmio Londres, 22 de Janeiro de 1561 Londres, 9 de abril de 1626 Político, filósofo e ensaísta inglês, barão de Verulam (ou Verulamo ou ainda Verulâmio), visconde de Saint Alban. É considerado fundador da ciência moderna. Saber é poder. Teoria dos Ídolos Ídolos da tribo – as falsas noções provenientes das próprias limitações da natureza humana; Ídolos da caverna – as falsas noções do ser humano como indivíduo (alusão ao mito da caverna de Platão); Ídolos do mercado ou do foro – as falsas noções provenientes da linguagem e da comunicação; Ídolos do teatro – as falsas noções provenientes das concepções filosóficas, científicas e culturais vigentes. Bento de Espinoza ou Baruch de Spinoza (hebraico), Amsterdam, novembro de 1632. Haia, fevereiro de 1677. Um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Blaise Pascal Clermont-Ferrand, 19 de junho de 1623. Paris, 19 de agosto de 1662. Físico, matemático, filósofo moralista e teólogo. Esta é uma esfera infinita cujo centro se encontra em toda parte e cuja circunferência não se acha em nenhuma.