Método dos Elementos Finitos Teoria Eletromagnética IIC Prof. Antonio Lopes de Souza, Ph.D. (Modelo estrutural em elementos finitos do Cubo d’Água de Pequim) Soluções Para Problemas do Eletromagnetismo Solução Analítica: solução na forma de uma equação algébrica explícita, na qual todos os valores dos parâmetros do problema podem ser substituídos. Ex.: campo elétrico da carga pontual E Q 40 R 2 ar (V/m) Vantagens das soluções analíticas: são exatas e tornam mais fácil observar o comportamento da solução em função da variação dos parâmetros do problema. Figura 2 - Linhas de força do campo elétrico de um sistema de duas cargas pontuais Desvantagem: somente são possíveis para problemas com configurações simples e elevado grau de simetria. Soluções Para Problemas do Eletromagnetismo Solução não Analítica: é usada quando a complexidade do problema torna difícil a obtenção de uma solução analítica por métodos matemáticos tradicionais. Os procedimentos não-analíticos incluem Métodos gráficos Métodos experimentais Métodos numéricos Os métodos gráficos e experimentais são aplicados a um número reduzido de problemas e têm utilidade limitada. Os métodos numéricos mais usados são: Método das Diferenças Finitas (FDM - Finite Diference Method) Método dos Momentos (MOM - Method of Moments) Método dos Elementos Finitos (FEM – Finite Diference Method) Soluções Para Problemas do Eletromagnetismo Solução Não-analítica: exemplo Figura 3 - Visualização da deformação de um carro em um choque assimétrico usando o método dos elementos finitos (imagem: Wikimedia Commons) Método dos Elementos Finitos O Método dos Elementos Finitos (FEM – Finite Element Method) é uma técnica numérica usada para encontrar a solução de Equações Diferenciais Parciais (PDE). Ele surgiu na década de 40 do século passado e era usado para resolver problemas estruturais nas engenharias civil e aeronáutica. Os primeiros trabalhos sobre o método foram publicados por Alexander Hrennikoff (1) (1941) e Richard Courant (2) (1942). O uso do método para a soluções de problemas de eletromagnetismo data de 1968 (3). Figura 5: Solução bidimensional de um problema de magetostática mostrando a direção (as linhas) e a intensidade (cores) da densidade de fluxo magnético. (imagem: Wikimedia Commons). Esquerda: Malha do problema Direita: Solução gráfica do problema (1) A. Hrennikoff; “Solution of Problems of Elasticity by the Frame-Work Method” (1941); ASME J. Appl. Mech. 8; A619–A715. (2) Courant, R.L;“Variational Methods for the Solution of Problems of Equilibrium and Vibration”;Bulletin of the American Mathematical Society 49:1-23 (1943) . (3) P.P.silvester e R.L.Ferrari; Finite Elements for Electrical Enginiers, Cambridge, England, Cambridge University Press, (1983). Método dos Elementos Finitos Etapas na modelagem de um problema através do Método dos Elementos Finitos: Descrição geométrica da região; Geração de uma malha de elementos interconectados por nós; Definição das equações diferenciais parciais e respectivas de contorno do problema; condições Solução numérica do sistema algébrico resultante; Pós-processamento de resultados e visualização Um modelo em CAD pode ser fornecido a um programa de geração de malhas que vai gerar a entrada de outro programa que contém um núcleo de solução numérica e, finalmente, o resultado é visualizado em uma ferramenta de pós-processamento gráfico. Método dos Elementos Finitos Seqüência na apresentação do método: 1. Discretização do domínio em um número finito sub-regiões ou elementos. 2. Obtenção das equações que regem um elemento típico. 3. Conexão de todos os elementos no domínio. 4. Resolução do sistema de equações obtido. Método dos Elementos Finitos 1- Discretização A representação do domínio: o domínio é dividido em regiões (elementos) que não se sobrepõem. Buscamos uma aproximação para o potencial Ve dentro de um elemento. Inter-relacionamos as distribuições de potencial em vários elementos de tal modo que ela seja contínua através dos contornos entre os elementos relacionados. A solução aproximada do potencial para o domínio em estudo é do tipo: N V ( x, y ) Ve ( x, y ) e Onde N é o número de elementos triangulares nos quais o domínio foi dividido Figura 6 – elemento triangular com a indicação dos nós e tensões de nós. A orientação dos nós segue o sentido anti-horário. Método dos Elementos Finitos 1- Discretização Representação do potencial no interior do elemento: quando o elemento tem a forma triangular a forma mais comumente usada para representar o potencial Ve no seu interior é a aproximação polinomial Ve ( x, y) a bx cy Quando o elemento for quadrangular a aproximação para representar Ve é dada por: Ve (x, y) a bx cy dxy De um modo geral usamos elementos triangulares para problemas bidimensionais porque esses permitem representar fronteiras irregulares com maior precisão. Supomos que o potencial varia linearmente dentro do elemento. Isso implica em considerar o campo elétrico é uniforme dentro de um mesmo elemento. Como os potenciais respeitam a equação de Laplace a distribuição de energia do campo elétrico é mínima na região. Método dos Elementos Finitos 2- Equações que regem os elementos O elemento usado tem a forma triangular abaixo mostrada: O potencial no seu interior é representado por: Ve ( x, y) a bx cy Ve1 a bx1 cy1 Aplicando a equação aos três vértices do elemento temos: Ve2 a bx2 cy2 Ve a bx cy 3 3 3 Método dos Elementos Finitos 2- Equações que regem os elementos Representando o sistema de equações anterior na forma matricial temos: Ve1 a bx1 cy1 Ve1 1 x1 y1 a Ve2 a bx2 cy2 Ve2 1 x2 y2 b Ve a bx cy Ve3 1 x3 y3 c 3 3 3 Onde a matriz 1 x1 y1 1 x y 2 2 1 x y 3 3 É denominada “matriz dos coeficientes” Método dos Elementos Finitos 2- Equações que regem os elementos Os coeficientes a,b,c podem ser calculados a partir da equação anterior como: 1 Ve1 1 x1 y1 a Ve 1 x y b 2 2 2 Ve3 1 x3 y3 c Ve1 a 1 x1 y1 b 1 x y Ve 2 2 2 Ve3 c 1 x3 y3 E usando a regra de CRAMER Ve1 x1 y1 1 a Ve2 x2 y2 D Ve3 x3 y3 1 Ve1 y1 1 b 1 Ve2 y2 D 1 Ve3 y3 1 x1 Ve1 1 c 1 x2 Ve2 D 1 x3 Ve3 Onde D é o determinante da matriz dos coeficientes dado por 1 x1 y1 D 1 x2 y2 x2 y3 x3 y1 x1 y2 x2 y1 x1 y3 x3 y2 1 x3 y3 Método dos Elementos Finitos 2- Equações que regem os elementos É possível mostrar que a área A do triangulo que representa o elemento é dada por: D 1 A ( x2 x1 )( y3 y1 ) ( x3 x1 )( y2 y1 ) 2 2 (Os nós devem ser numerados no sentido anti-horário para evitar que a área do elemento, acima calculada em função das coordenadas dos vértices, produza um valor negativo) Ou seja: D 2A Método dos Elementos Finitos 2- Equações que regem os elementos Substituindo o valor D=2A em a,b,e c e resolvendo os determinantes temos: Ve1 x1 y1 1 1 Ve ( x y x y ) Ve ( x y x y ) Ve ( x y x y ) a Ve x y 2 2 2 1 2 3 3 2 2 3 1 1 3 3 1 2 2 1 2A 2A Ve 3 x 3 y3 1 Ve1 y1 1 1 Ve ( y y ) Ve ( y y ) Ve ( y y ) b 1 Ve y 2 2 1 2 3 2 3 1 3 1 2 2A 2A 1 Ve 3 y3 1 x1 Ve1 1 1 Ve1 (x 3 x 2 ) Ve 2 (x1 x 3 ) Ve 3 (x 2 x1 ) c 1 x 2 Ve 2 D 2A 1 x 3 Ve 3 Método dos Elementos Finitos 2- Equações que regem os elementos As equações anteriores podem ainda ser colocadas na forma matricial como Ve1 1 (x 2 y3 x 3 y 2 ) (x 3 y1 - x1y3 ) (x1y 2 - x 2 y1 )Ve 2 a 2A Ve 3 Ve1 1 ( y 2 y3 ) (y3 - y1 ) (y1 - y 2 )Ve 2 b 2A Ve 3 Ve1 1 (x3 x 2) (x1 - x3) (x2 - x1) Ve 2 c 2A Ve 3 E lembrando a forma matricial da equação que descreve as distribuições de potencial a V( x, y) a bx cy 1, x, y b c Método dos Elementos Finitos 2- Equações que regem os elementos Substituindo as expressões matriciais para a, b e c na equação matricial que descreve as distribuições de potenciais no elemento temos: ( x 2 y3 x 3 y 2 ) 1 1 x y (y 2 - y1 ) Ve( x, y) 2A (x 3 - x 2 ) (x 3 y1 - x1 y3 ) (x1 y 2 - x 2 y1 ) Ve1 Ve (y 3 - y1 ) (y1 - y 2 ) 2 Ve 3 (x1 - x 3 ) (x 2 - x1 ) Expandindo a equação acima temos: 1 Ve ( x, y) Ve1( x 2 y 3 x 3 y 2 ) ( y 2 y 3 ) x ( x 3 x 2 ) y 2A 1 Ve 2 ( x 3 y1 x1 y 3 ) ( y 3 y1 ) x ( x1 x 3 ) y 2A 1 Ve 3 ( x1 y 2 x 2 y1 ) ( y1 y 2 ) x ( x 2 x1 ) y 2A Ou seja Ve( x, y) 1Ve1 2 Ve 2 3Ve 3 3 Ve i i 1 i Método dos Elementos Finitos 2- Equações que regem os elementos e 1 1 ( x 2 y3 x 3 y 2 ) ( y 2 y3 ) x ( x 3 x 2 ) y 2A 1 (x 3 y1 x1y3 ) ( y3 y1 ) x (x1 x 3 ) y 2A 1 ( x1y 2 x 2 y1 ) ( y1 y 2 ) x ( x 2 x1 ) y 3 2A 1, 2 e 3 são funções lineares de interpolação que permitem a obtenção dos potenciais Ve(x,y) dentro do elemento finito em termos dos potenciais nos nós do mesmo elemento. Elas são denominadas “Funções de Forma dos Elementos”. Desse modo a função 3 Ve( x, y) 1Ve1 2 Ve 2 3Ve 3 i Ve i 2 i 1 nos dá o potencial em qualquer ponto (x,y) dentro do elemento finito desde que os potenciais nos vértices sejam conhecidos. Método dos Elementos Finitos 2- Equações que regem os elementos As funções de propriedades: forma do elemento satisfazem as seguintes 1, i j i ( x , y) 0, i j Cada uma das três funções de forma se anula em todos os vértices com exceção de um no qual assume o valor unitário. Cálculo da Energia Armazenada no Elemento Quando a quantidade analisada é o potencial eletrostático a energia do campo elétrico é o funcional a ser utilizado porque o potencial eletrostático minimiza esta energia. A energia do campo elétrico por unidade de comprimento normal às duas dimensões (ou seja, na direção z) pode ser obtida por: 2 1 We e dS 2 Método dos Elementos Finitos 2- Equações que regem os elementos A função de energia pode ser expandida como abaixo: We A 2 1 1 1 2 E dS Ve dS (Ve Ve)dS 2 2A 2 A Lembrando que Ve( x, y) 1Ve1 2 Ve 2 3Ve 3 3 Ve i i i 1 A função de energia pode ser colocada na forma: 3 1 We ( Ve1 i 2 A i 1 3 Ve )dS 1 i 1 i 1 3 We 2 i 1 3 Ve ( )dS)Ve i j1 i j A (e) Onde denominamos Cij ( i j )dS A O termo Cij(e) pode ser considerado como o acoplamento entre os nós i e j j Método dos Elementos Finitos 2- Equações que regem os elementos A equação da energia armazenada no campo elétrico 1 3 We 2 i 1 3 Ve ( )dS)Ve onde i j1 i j j A Cij( e ) ( i j )dS é o acoplamento entre os nós i e j A pode ser escrita na forma matricial como: We 1 T Ve C( e ) Ve 2 (e) (e) (e) C C C 11 12 13 Ve1 onde Ve Ve 2 , Ve T Ve1 Ve 2 Ve 3 e C(e) C 21( e ) C 22( e ) C 23( e ) (e) (e) (e) Ve3 C31 C32 C33 A matriz C(e) é denominada “Matriz dos Coeficientes do Elemento” Método dos Elementos Finitos 2- Equações que regem os elementos Cálculo dos Termos da Matriz dos Coeficientes do Elemento Cálculo de C12(e) 1 ( x 2 y3 x 3 y 2 ) ( y 2 y3 ) x ( x 3 x 2 ) y 1 2A 1 (x 3 y1 x1y3 ) ( y3 y1 ) x (x1 x 3 ) y 2 2A Precisamos calcular ( y2 y3 )a x ( x3 x2 )a y 1 2A 1 ( y3 y1 )ax ( x1 x3 )a y 2 ( x, x) 2A E resolvendo a integral temos que C12 (e) C12( e) (1 2 )dS A 1 ( x , y ) 1 ( y2 y3 )( y3 y1 ) ( x3 x2 )( x1 x3 ) 2 4A A dS Método dos Elementos Finitos 2- Equações que regem os elementos 1 ( y2 y3 )( y3 y1 ) ( x3 x2 )( x1 x3 ) 4A Os outros coeficientes podem ser calculados de modo semelhante 1 (e) 1 (e) 2 2 C ( y2 y3 ) ( x3 x2 ) 22 4 A ( y3 y1 ) 2 ( x1 x3 ) 2 C11 4A 1 (e) ( y1 y2 ) 2 ( x2 x1 ) 2 C33 4A 1 (e) (e) ( y2 y3 )( y1 y2 ) ( x3 x2 )( x2 x1 ) C13 C31 4A 1 (e) (e) ( y3 y1 )( y1 y2 ) ( x1 x3 )( x2 x1 ) C23 C32 4A P1 ( y2 y3 ) P2 ( y3 y1 ) P3 ( y1 y2 ) Usando a notação: Q1 ( x3 x2 ) Q 2 ( x1 x3 ) Q3 ( x2 x1 ) Logo: C12 (e) C21 (e) Podemos escrever Cij (e) 1 Pi Pj QiQ j 4A e A 1 P2Q3 P3Q2 2 Método dos Elementos Finitos 2- Equações que regem os elementos Em resumo: para a obtenção da função potencial no elemento é necessário conhecer as funções de forma 1, 2 e 3 cujo cálculo depende do valor das coordenadas dos 3 vértices do elemento triangular. Ve( x, y) 1Ve1 2 Ve 2 3Ve 3 Ve1 Ve Ve 2 , Ve T Ve1 Ve 2 Ve 3 Ve3 i i i 1 1 T Ve C( e ) Ve 2 C11( e ) C12( e ) C13( e ) (e) (e) (e) (e) e C C 21 C 22 C 23 (e) (e) (e) C C C 32 33 31 O cálculo da energia do elemento pode ser feito We Onde Ve Como todos os elementos são escritos em função das diferenças entre as coordenadas podemos definir novas variáveis P e Q como abaixo Cij (e) 1 Pi Pj QiQ j 4A e A 1 P2Q3 P3Q2 2 As novas variáveis satisfazem as seguintes propriedades: P1 ( y2 y3 ) P2 ( y3 y1 ) P3 ( y1 y2 ) Q1 ( x3 x2 ) Q 2 ( x1 x3 ) Q3 ( x2 x1 ) P1 P2 P3 0 Q1 Q2 Q3 3 C i 1 (e) ij 3 Cij j 1 (e) Método dos Elementos Finitos 3- Conexão de todos os elementos Após a análise de um elemento típico o próximo passo é a conexão de todos os elementos. A energia associada à conexão de todos os elementos da malha é o somatório das energia armazenadas nos elementos: V1 V 2 N 1 T W We V CV onde V . 2 e 1 . Vn Nas equações acima “N” é o número de elementos e “n” é o número de nós. A matriz [C ] é denominada Matriz de Rigidez Global e representa a conexão das matrizes dos coeficientes dos elementos individuais. Não confundir [C] com [C(e)]. Os coeficientes Cij são obtidos observando-se o fato de que os potenciais devem ser contínuos através dos contornos dos elementos Método dos Elementos Finitos 3- Conexão de todos os elementos Considere a malha de três elementos abaixo: Numeração global: 1,2,3,4,5 (nós da malha, qualquer ordem) Numeração local: 1,2,3 (vértices do elemento, sempre no sentido antihorário para evitar que a área fique negativa) Para o elemento 3 a numeração global 3,4,5 corresponde à numeração local 1,2,3 respectivamente. Método dos Elementos Finitos 3- Conexão de todos os elementos C11 C12 C13 C14 C15 C C C C C 21 22 23 24 25 C C31 C32 C33 C34 C35 C C C C C 41 42 43 44 45 C C C C C 51 52 53 54 55 Como a malha tem cinco nós globais a matriz de rigidez global é do tipo 5x5. Note que a matriz de rigidez global é a superposição de todas a matrizes dos elementos. Como muitos potenciais são iguais, vários termos da matriz se superpõem de modo que a mesma fica reduzida a uma matriz de estrutura nxn, onde n é o número de nós globais. Para obter o termo C11 notamos que o nó global 1 pertence aos elementos1 e 2. Notamos, também que os nós locais que fazem parte do nó global 1 são (1) ( 2) os nós locais 1 de ambos os elementos, logo: C11 C11 C11 Já o coeficiente C14 é calculado lembrando que a fronteira global 1-4 contem as fronteiras 1-2 do elemento 1 e 1-3 do elemento 2, então: C14 C12 C13 (1) ( 2) Método dos Elementos Finitos 3- Conexão de todos os elementos C11 C12 C13 C14 C15 C C C C C 21 22 23 24 25 C C31 C32 C33 C34 C35 C C C C C 41 42 43 44 45 C C C C C 51 52 53 54 55 Quando não há acoplamento entre os nós referenciados no termo o mesmo é nulo, como no caso do termo C15, já que não há conexão direta entre os nós 1 e 5. Desse modo a matriz de rigidez global fica como: (1) (2) C11(1) C11( 2 ) C13(1) C12(2) C12 C13 0 (1) (1) (1) C33 0 C32 0 C31 (2) (2) ( 3) (2) (3) (3) C C21 0 C 22 C11 C 23 C13 C12 (2) (1) (2) (3) (1) (2) (3) (3) (1) C C C C C C C C C 21 31 23 32 31 22 33 33 32 (3) (3) (3) 0 0 C C C 21 23 22 A matriz de rigidez global é simétrica (Cij =Cji) e o determinante formado por seus termos é nulo. Método dos Elementos Finitos 4 - Resolução das equações resultantes Do cálculo variacional temos que a equação de Laplace é satisfeita no domínio quando a energia total no mesmo é mínima. Portanto é necessário que as derivadas de W em relação ao potencial de cada nó sejam zero. Isso permite estabelecer um sistema de equações que nos levará ao cálculo dos potenciais dos nós globais V1, V2, V3 ...Vn, onde n é o número de nós globais. W W W W ...... 0 V1 V2 V3 Vn Método dos Elementos Finitos 4 - Resolução das equações resultantes Temos que a energia elétrica armazenada em todo o domínio é dada por: N 1 T We V CV 2 e 1 V1 V 2 Onde a matriz dos potenciais dos nós globais é dada por V V3 V4 V5 W Desmembrando a equação da energia temos, para o exemplo tomado com três elementos e cinco nós globais: C11 C 22 C33 C 44 C55 V1 C C C C C 21 22 23 24 25 V2 1 W V1 V2 V3 V4 V5 C31 C32 C33 C34 C35 V3 2 C C C C C 41 42 43 44 45 V4 C C C C C V 51 52 53 54 55 5 Método dos Elementos Finitos 4 - Resolução das equações resultantes O produto das matrizes [C] e [V] gera uma matriz coluna como abaixo mostrada: C11V1 C12V2 C13V3 C14V4 C15V5 C V C V C V C V C V 22 2 23 3 24 4 25 5 21 1 1 W V1 V2 V3 V4 V5 C31V1 C32V2 C33V3 C34V4 C35V5 2 C V C V C V C V C V 42 2 43 3 44 4 45 5 41 1 C V C V C V C V C V 52 2 53 3 54 4 55 5 51 1 W C11V12 C12V1V2 C13V1V3 C14V1V4 C15V1V5 C 21V1V2 ... C31V1V3 ... V1 V1 ... C 41V1V4 ... C51V1V5 W 2C11V1 C12V1 C13V2 C14V4 C15V5 C 21V2 ... C31V3 ... C 41V4 ... C51V5 V1 Método dos Elementos Finitos 4 - Resolução das equações resultantes W 2C11V1 C12V1 C13V2 C14V4 C15V5 C 21V2 ... C31V3 ... C 41V4 ... C51V5 V1 W mas como C12=C21 temos 2C11V1 2C12V2 2C13V3 2C14V4 2C15V5 V1 como W 0, V1 0 V1C11 V2C12 V3C13 V4C14 V5C15 n W nos leva a 0 Cik onde K 1,2,3,4....n Ou no geral: Vk i 1 Dese modo obtemos um conjunto de equações que pode ser resolvido para obter V1, V2, V3, V4, V5 Método dos Elementos Finitos 4 - Resolução das equações resultantes FIM