Olhos de lince À minha maneira, esculpi uma montanha para sonhar, emprestei dos pássaros as sinfonias da vida, resolvi ser confidente da lua, brincar de escondeesconde com as estrelas. À minha maneira, colhi amigos, acomodei-os em meu coração, com janelas de sinceridade, com almofadas de respeito e poltronas de carinho. À minha maneira, denominei-me, sonhadora romântica, fiz dos meus olhos o perscrutor da alma. À minha maneira, abri meu coração, e, encantada, acreditei no amor. Amores, que me deram alegria, amores, que me fizeram sofrer. À minha maneira, acreditei que: posso realizar os meus sonhos, que a esperança pode habitar em mim, e que o bem-querer, faz parte do meu dia-adia. À minha maneira, entendo que a maldade existe, para que eu possa lapidar a minha alma. À minha maneira, em silêncio recebo as feridas que incrustadas em meu coração, me roubam lágrimas e me fazem sofrer. À minha maneira, entendo que a vida, nem sempre é bela, mas que posso pintá-la, com as cores que eu quiser. À minha maneira, descobri que posso ser feliz, basta que eu não deixe as teias da maldade, se formarem em meu caminho. À minha maneira, sofri por me entregar a amores que não eram honestos, e que fizeram do meu coração, um tobogã de mentiras. À minha maneira, aprendi a lidar com a mágoa. À minha maneira, ainda sofro com a decepção, por alguns dias fico sem chão, mas aprendi a reconstruir o meu caminho, mais rápido do que um findar do dia. À minha maneira, faço da minha vida um grande jardim, em que não apenas flores germinem, pois inevitavelmente, as ervas daninhas estarão sempre presentes. À minha maneira, cuido do meu jardim, desculpando os que me fazem sofrer e acariciando os que me querem bem. À minha maneira, construí e estou construindo o meu mundo. À minha maneira, eu amo a DEUS e espero pela hora que me chamará, para viver em sua linda Morada. **À minha maneira, eu amo viver ! ** Texto retirado do site da autora Formatado por Vera Affonso [email protected]