Embalarei os amores que meu coração escolhe sem me perguntar, Sentada no Balanço, embalando sozinha, a ausência, a solidão, a espera e a angústia, Será recompensado o meu aguardo? Viverei num Carrossel, rodopiando ilusões banais e insanas, Tal criança que ainda crê que os cavalinhos são de pura verdade, Sendo adulta, sei que o bichinho não me levará a parte alguma? Deixarei meu coração a mercê de uma Montanha-Russa sendo ele já tão sofrido, Provocando emoções fortes num sobe-desce de intensa agonia, Castigado por lembranças do passado, amores frustrados no presente, sem vislumbrar sequer quimeras no futuro. Procurarei dizer a mim mesma que estou no caminho exato, Que desta vez o Tiro ao Alvo será certeiro, Quando mal sei de mim e de minhas escolhas? Dispersarei as lágrimas que dos meus olhos afloram, Enquanto escolho o banco mais alto da Roda Gigante, A fim de que ninguém me olhe questionando? Assustarei-me com as desilusões que fatalmente ocorrem, Qual garoto adentrando no carrinho do Trem Fantasma, Se a vida me mostra dia-a-dia sua face mais cruel? Acreditarei que meus sonhos se tornarão realidade, Apenas por achar que comendo uma Maçã do Amor ele surja, Trazendo-me uma paz tão esperada? Deixarei minha vida e meu coração já tão enfraquecidos e vazios, Viverem num Parque sem Diversões??? Imagem: William Whitaker (internet) Texto cedido pela autora: Naelua Pessoa Música: Corazon Solitario (E. Cortazar) Formatação: [email protected] Site: www.momentos-pps.com.br Respeite os direitos autorais e de quem formatou este trabalho