Ética, moralidade e jornalismo

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Ética, moralidade e jornalismo
Discentes:
Bruna Evangelista, Geraldo Júnior, Mayara Silva,
Ítalo Souza e Wesley Morais
Muniz Sodré
 Texto base: “Ética, moralidade e
Jornalismo”
Muniz Sodré de Araujo Cabral é
jornalista, sociólogo e tradutor
brasileiro, é professor-titular da
Universidade Federal do Rio de
Janeiro.
Conceitos
 Ética: conjunto de regra de condutas. É o ramo da filosofia
que estuda os fundamentos da moral e busca indicar o melhor
modo de viver no cotidiano e na sociedade.
 Moral: conjunto de regras de conduta consideradas como
válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo
ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada.
Distinção
Moral
Etimologia:
Moral deriva do latim mores: "relativo aos costumes"
 “mores” vem do grego “êthica”(que tem dois significados)
 o primeiro derivava de “êthos” e significa a interioridade do
ato humano, remete-nos para o âmago do agir.
 o segundo significa “ethos”, remetendo-nos para a questão
dos hábitos, costumes, usos e regras.
Distinção
Ética
Etimologia
 Ética, do grego “ethos”, significa modo de ser, caráter,
comportamento.
Moral Kantiana
Immanuel Kant
 “O legislador supremo da moralidade é a razão humana.”
 “A essência da moralidade deriva do conceito de lei; porque
embora tudo na natureza atue segundo leis, só um ser
racional pode atuar segundo a ideia de lei, isto é, por
vontade.” (Bertrand Russel)
Tratamento da notícia
 Art. 10. A opinião manifestada em meios de informação deve
ser exercida com responsabilidade.
• Art. 12. O jornalista deve:
II - buscar provas que fundamentem as informações de interesse
público;
 Profecia auto-realizadora: é a expectativa ou o pré-
conceito que se cria de algo ou de alguém e, mesmo que ela
seja errônea ou diferente da vontade do próprio indivíduo
em questão, pode se concretizar.
 “E assim a ‘profecia auto-realizadora’ da mídia
torna-se fato social...”
 “costuma verificar-se a profecia auto-realizadora,
ou seja, uma suposição ou predição que, só pela
única razão de ter sido feita, converte em realidade
o fato suposto...”
Caso Isabella Nardoni
 Isabella Nardoni foi encontrada ferida, no dia 29 de
março de 2008, após ter sido jogada de uma altura de seis
andares, no jardim do edifício London
 Após descartada a hipótese de acidente, e de assalto ao
apartamento onde a família morava, começa a suspeita de que
seu pai e sua madastra teriam cometido o crime.
A imprensa no
caso
 A revista VEJA na edição de
23 de abril de 2008 traz a
manchete “FORAM ELES”
como matéria de capa antes
mesmo do julgamento ter
acontecido.
A Imprensa no
caso
 A mesma matéria traz esta
imagem, com a legenda de
“ASSASSINOS”, neste
mesmo tom de amarelo e
logo após a continuação da
frase em preto e letras
minúsculas “Sob gritos e
xingamentos da multidão,
Anna Carolina e Nardoni saem
para depor

 “Ora a atividade de produzir enunciados informativos na
esfera pública (o jornalismo) modifica os fatos que são
objetos de informação.
 “A enunciação faz o que o enunciado diz.Neste caso costuma
verificar-se a profecia auto-realizadora, ou seja, uma
suposição ou predição, que só pela única razão de ter sido
feita, converte em realidade o fato suposto (...)”
 “Em nosso jornalismo cotidiano, escrito e televisivo, esse
mecanismo atua na própria definição do que seja uma questão
pública, ou na implementação de uma opinião
dominante.”
Consciência Moral e Sociedade
“Pressupondo sempre uma ‘sociedade de seres morais’, a ética
toma como questão própria o relacionamento entre consciência
moral e sociedade, tornando-a uma instância reflexiva. Por isso
é que a moral faz exigências e impõe renúncias à consciência
individual, tornando-a uma instância reflexiva.”
Moral Deontológica
 Deontologia: dever
“O dever do jornalista para com o seu público-leitor é
comunicar um enunciado correspondente a um fato, ou seja, a
realidade cotidiana.”
Moral Deontológica
 Surge “o outro lado da moeda moral...”
 A mídia hoje, com raras exceções, passa ao largo da
experiência da virtude.
Vitimização do público
O público leitor ou espectador termina sendo conivente com o
“pacto de comunicação” implícito na forma de vida criada pela
mídia.
Propriedades do Jornalismo
 Imparcialidade, clareza, comprometimento com a verdade e
compromisso social.
Capítulo II
Art. 4º
 O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade
no relato dos fatos, deve pautar seu trabalho na precisa
apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação.
Ética pessoal e Ética jornalística
 Dá pra separar?
Jornalismo Comercial
 Princípio de empresa privada: lucro
 “só se é ético enquanto for lucrativo.”
Interesses pessoais
 Autopromoção:
- Atitudes antiéticas - furo,
sensacionalismo
 Comentário - documentário
“Sangue do Barro”
 Micarla de Souza, Paulo Wagner,
Gilson Moura...
Não ao “Código de Ética”
 Legislação da Profissão: regulamentação ou censura?
 Impunidade
Obrigado pela atenção!
Natal – RN
Fevereiro – 2011
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