Economia Brasileira Prof. Ricardo de Almeida

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Economia Brasileira
OBJETIVO GERAL:
• Tem por objetivo principal investigar as
alternativas e as possibilidades de
desenvolvimento face a três transformações
estruturais, consideradas como decisivas,
para viabilizar o ideal brasileiro de progresso
material com justiça social.
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Economia Brasileira
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Reconhecer a importância dos aspectos da Economia Brasileira;
· Transmitir que o desenvolvimento é um fator de grande importância
para um país;
· Analisar as diversas concepções e a evolução da Economia Brasileira;
· Reconhecer a interação do Estado na Economia do País;
· Caracterizar os processos de crescimento e desenvolvimento
econômico;
· Apresentar os elementos que fazem parte do desenvolvimento de um
país;
· Fornecer ferramentas do Desenvolvimento que, de modo geral sirvam
para esclarecer a história da Economia Brasileira.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
PARTE I: A HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Os Três Primeiros Séculos
1-) ASPECTOS DA ECONOMIA NO SÉCULO XVI
1.1 – Início da Economia Colonial;
1.2 – O Produto Conjuntural (Açúcar).
1.3 – Ascensão do Ciclo;
1.4 – Declínio do Ciclo.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
2-)ASPECTOS DA ECONOMIA NO SÉCULO XVII
2.1 – Política Colonial Portuguesa;
2.2 – O Ciclo da Mineração;
2.3 – O Declínio do Ciclo;
2.4 – Panorama no Fim do Século XVII.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
3-) ASPECTOS DA ECONOMIA NO
SÉCULO XVIII
3.1 – O Liberalismo Econômico;
3.2 – Atividades Econômicas da Colônia;
3.3 – A Industrialização Contida;
3.4 – A Revolução Industrial;
3.5 – As Transformações no Final do Século.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
4-) ASPECTOS DA ECONOMIA NO SÉCULO XIX
4.1 – As Atividades Econômicas no Início do Período
4.2 – Aspectos Gerais da Economia no Período
4.3 – O Café e a Origem da Indústria
4.4 – A Recuperação no Fim do Século XIX
4.5 – O Café e o Mercado Interno
4.6 – O Nascimento da Indústria
4.7 – A Superprodução de Café
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
5-) DESENVOLVIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
5.1 – Distribuição de renda no Brasil;
5.2 – Pobreza;
5.3 – Desenvolvimento: eqüitativo, sustentado e
participativo.
6-) DESEMPREGO E MERCADO DE TRABALHO
7-) INFLAÇÃO
8-) CONSUMO
9-) INVESTIMENTO
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
10-) POLÍTICA FISCAL
11-) POLÍTICA MONETÁRIA
12-) O BRASIL AO LONGO DO SÉCULO XX:
Alguns fatos estilizados
13-) ECONOMIA AGROEXPORTADORA
14-) A SAGA DOS PLANOS HETERODOXOS: A
Economia Brasileira de 1985 a 1994
15-)
ECONOMIA
BRASILEIRA
ESTABILIZAÇÃO: Plano Real
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PÓS-
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
16-) BRASIL E FLUXO DE CAPITAIS: Dívida Externa, sua
Crise e Reinserção nos Anos 90
17-) MUDANÇAS NAS RALAÇÕES COMERCIAIS DO
BRASIL COM O EXTERIOR
18-) ALTERAÇÕES NA PRESENÇA DO ESTADO NO
DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO
19-) ESTADO REGULADOR: Regulação e Defesa da
Concorrência
20-) SISTEMA FINANCEIRO BRASILEIRO E SUAS
TRANSFORMAÇÕES RECENTES
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
Monocultura e escravidão
• A empresa portuguesa no Brasil colonial caracterizouse pela produção especializada em apenas um produto
para exportação e pela utilização da mão-de-obra
escrava.
• Toda a produção brasileira era vendida à metrópele.
Esta por sua vez, fornecia à sua colônia tudo o que ela
necessitava para consumo.
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
Latifúndio
• A produção de bens agrícolas complementares aos
bens europeus era feita em grandes propriedades: os
latinfúndios monocultores. Foi assim com a cana-deaçúcar. O algodão, o fumo e, mais tarde, o café.
Impossibilidade do trabalho assalariado
• Por causa da abundância de terras, seria inviável o
emprego do trabalhador livre, porque este trabalhador
iria preferir, sem que se pudesse impedir, tomar para si
um pedaço de terra para produzir a sua subsistência, em
vez de trabalhadar como assalariado.
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
Impossibilidade do trabalho assalariado
• Nestas condições, o salário que precisaria ser pago ao
trabalhador para convencê-lo a ficar como empregado
inviabilizaria a lucratividade da produção.
• Para a mão-de-obra, a empresa estatal portuguesa no
Brasil utilizou escravos trazidos da África. Este regime
de trabalho foi a solução mais lucrativa.
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
Açúcar e mineração
• Entre o final do século XVI e o início do século XIX,
a produção de açúcar e, em seguida, a mineração foram
as duas principais atividades econômicas. Todos os
demais setores da economia colonial se desenvolveram
em função destas.
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
Exercícios:
1-) Quais foram as características básicas da estrutura
produtiva do Brasil, entre o final do século XVI e a
primeira metade do século XIX?
2-) Por que o trabalho assalariado não foi utilizado
nesse período?
3-) Nesse mesmo período, quais foram as atividades
que desempenharam o papel de pólo dinâmico da
economia?
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
AÇÚCAR (Produto Conjuntural)
A Empresa dos Açores
• No início do século XVI, o açúcar era uma especiaria com
vasto mercado consumidor na Europa.
• Antes da empresa brasileira, os portugueses já abasteciam
aquele mercado com a sua produção dos Açores. A montagem da
empresa no Brasil coincidiu com o desativamento da empresa
dos Açores.
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
AÇÚCAR (Produto Conjuntural)
Fatores que explicam o sucesso da atividade açucareira
•A produção de açúcar iniciada no Nordeste do Brasil contava
com a existência de um mercado consumidor já desenvolvido e
com a experiência dos portugueses nesse ramo de negócio;
• Além das condições climáticas, estes foram os principais
fatores que contribuíram para o sucesso do empreendimento.
O engenho
• O plantio da cana e a produção de açúcar na faixa litorânea
fértil da região Nordeste constituíram o primeiro grande foco de
atividade econômica desenvolvida no Brasil;
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
O engenho
• A empresa açucareira exigia um grande investimento
inicial, porque a fábrica, chamada de engenho, exigia uma
elevada escala de produção.
População
• A população cresceu extensivamente com a incorporação
de novas áreas e com o emprego de mais mão-de-obra
escrava. Por essa razão, o tráfico de escravos, feito por
comerciantes ingleses, também se tornou um bom negócio.
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
Alta renda per capita
• A empresa açucareira mostrou-se, desde o início, bem
sucedida. Os engenhos prosperaram já na primeira metade
do século XVII;
• A agricultura açucareira foi uma atividade de alta
lucratividade, atingindo o seu auge por volta de 1650;
• Comparando a renda gerada pela atividade açucareira com
a reduzida população livre aí instalada, podemos dizer que
a região foi bastante rica para os padrões da época, isto é,
possuía uma alta renda per capita;
• A renda gerada na produção de açúcar era distribuída entre
os proprietários dos engenhos e as pessoas que
transportavam e comercializavam o produto no mercado
externo, em sua maioria não residentes na colônia.
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
Produção e comercialização
• Houve separação entre a atividade de organização da
produção e a de comercialização;
• Os proprietários dos engenhos encarregavam-se
exclusivamente da produção;
• O transporte e a comercialização ficavam por conta dos
negociantes portugueses ou holandeses.
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
Pecuária
• No século XVII, a pecuária se desenvolveu como um
prolongamento da atividade açucareira. Enquanto o
negócio do açúcar se instalou na faixa litorânea da região
Nordeste, entre os atuais estados de Alagoas e da Paraíba, a
pecuária espalhou-se pelo interior dessa região;
• Essa expansão foi induzida pelo próprio desenvolvimento
da empresa da cana-de-açúcar, na medida em que esta
precisava de animais de carga e do abastecimento de carne;
• A pecuária fornecia couro para o mercado externo.
Contudo, o couro, juntamente com o fumo e o algodão,
tinha pouca importância no comércio internacional;
• A empresa do gado praticamente não utilizava mão-deobra escrava.
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
Economia de subsistência
• A economia de subsistência foi outra atividade que se
manteve paralelamente às atividades principais.
A decadência do negócio do açúcar
• Não obstante a produção de açúcar ter continuado até o
século XIX, a sua lucratividade começou a cair a partir da
segunda metade do século XVII;
• A entrada do açúcar das Antilhas no mercado internacional
provocou uma progressiva queda do preço do produto;
• Com a redução de sua lucratividade, a empresa açucareira
entrou em decadência.
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
Questões:
1-) Quais foram os principais fatores que possibilitaram o sucesso da
empresa portuguesa de açúcar no Brasil?
2-) Quando a economia açucareira atingiu o auge da sua lucratividade?
Essa lucratividade podia ser considerada alta?
3-) Quem organizava a produção e a comercialização do açúcar?
4-) Qual foi a principal atividade desenvolvida como prolongamento da
empresa açucareira?
5-) Quais foram as atividades que se desenvolveram acessoriamente à
empresa açucareira?
6-) Qual foi o motivo da queda progressiva do preço do açúcar no
mercado internacional, após a segunda metade do século XVII?
TEMA: AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO INÍCIO DO
SÉCULO XVII
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
ASPECTOS DA ECONOMIA APÓS A INDEPENDÊNCIA
A ECONOMIA PORTUGUESA APÓS A INDEPENDÊNCIA
•
Aproveitando-se do envolvimento da Espanha na Guerra dos Trinta Anos,
combatendo a França e a Espanha, os portugueses rebelaram-se e recuperaram sua
independência;
•
As condições de Portugal, no entanto, já não eram as mesmas apresentadas antes de
1581;
•
A conjuntura internacional era desfavorável, e o poder sofria as limitações
decorrentes do esfacelamento de sua economia.
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
ASPECTOS DA ECONOMIA APÓS A INDEPENDÊNCIA
O quadro português apresentava-se:
•
•
•
•
•
•
O tesouro exaurido e a indústria arruinada pelas contribuições e impostos pagos àa
Espanha;
A agricultura enfraquecida devido ao abandono a que fora relegada;
O comércio, principalmente com o Oriente, totalmente perdido, na maior parte para os
ingleses e holandeses;
O comércio do açúcar, do tabaco e de outros produtos tropicais, da região Nordeste do
Brasil, interrompido pela ocupação holandesa, e, a seguir, a perda do predomínio do
comércio mundial do açúcar, pela entrada do produto antilhano;
a pesca, que, juntamente com a extração do sal, constituída um ativo setor da
economia portuguesa do séc. XVI, foi superada pela maior atividade pesqueira dos
ingleses e holandeses;
A esquadra desfalcada das melhores naus, destruídas a serviço da Espanha, não tinha
mais expressão como força..
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
ASPECTOS DA ECONOMIA APÓS A INDEPENDÊNCIA
O quadro português apresentava-se:
•
A independência, a exigir a mobilização dos poucos recursos ainda disponíveis para
fazer frente aos ataques dos espanhóis;
•
O estado de beligerância com a Holanda – então, a maior potência marítima - , que
rejeitara as reiteradas propostas de paz, mantendo-se nas colônias já ocupadas e
atacando as frotas portuguesas;
•
A pressão das potências européias a exigir uma tomada de posição ante a Guerra dos
Trinta Anos (1618 – 48);
•
A situação insegura da Casa de Bragança, ameaçada na sucessão do trono português.
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
ASPECTOS DA ECONOMIA APÓS A INDEPENDÊNCIA
O quadro português apresentava-se::
“ Diante desse quadro caótico, Portugal se propôs a
preservar, a todo custo, sua condição de potência colonial,
permitindo vantagens comerciais por proteção política.
Com este propósito, o governo português procurou
reativar e intensificar o comércio com grandes potências.”
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
ALIANÇA LUSO-INGLESA
• Após a independência, Portugal abriu os portos (1641) para a França,
Holanda e Inglaterra e estabeleceu sucessivos acordos com diversos
países;
• O primeiro desse, o de 1642, proporcionou à Inglaterra mais
vantagens do que o firmado, no mesmo ano, com a Holanda, 1654;
• A situação de dependência de Portugal em relação à Inglaterra
chegou ao ponto de fazê-lo perder, praticamente, o resto de seu
comércio com o Oriente;
• Pelo tratado de paz e aliança de 1661. Portugal concedeu também
uma série de outras facilidades de navegação e comércio à Inglaterra;
• Comerciantes ingleses estabelecidos em Portugal poderiam negociar
diretamente com o Brasil e demais colônias;
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
ALIANÇA LUSO-INGLESA
• Quatro famílias inglesas seriam admitidas em Pernambuco, Bahia e
Rio de Janeiro, e uma família em cada uma das capitanias restantes;
• Portugal daria preferência à Inglaterra, no caso de aquisição de naus
para o tráfego com as colônias.
“Acordos foram firmados também com a França (1667) e com a Espanha
(1668), pelos quais Portugal concedeu liberdade de comércio com a
colônia”.
“Em 1666, o comércio exterior do Brasil voltou a ser realizado através
da metrópole, prevalecendo o pacto colonial imposto por Portugal”.
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
“O monopólio comercial da metrópole foi mantido até 1808, quando
ocorreu a abertura dos portos brasileiros, mas jamais a Inglaterra
deixou de dominar a economia portuguesa e, em conseqüência, a de
sua colônia na América”.
“Na segunda metade do séc. XVII, os preços dos produtos exportados
pelo Brasil sofreram sensível queda, provocada pela entrada no
mercado mundial de produtos tropicais das Antilhas”.
“Com a depressão, ocorreram diminuição da renda de dificuldades
financeiras que determinaram desvalorizações da moeda portuguesa,
a qual só conseguiu se estabilizar no período da mineração no Brasil,
no séc. XVIII;
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
A RESTAURAÇÃO ECONÔMICA DE PORTUGAL
• O Conde de Ericeira, a partir de 1675, deu maior ênfase à política
mercantilista, que se estendeu até o reinado de D. João V (1706-50);
• A política de industrialização encetada pelo Conde de Ericeira deu
início à restauração econômica de Portugal (1675-1777);
• Os tratados firmados por Portugal com a França e a Espanha
provocaram uma série de medidas intimidativas por parte da
Inglaterra;
• Diante da pressão inglesa e da possibilidade de perder sua colônia
americana, Portugal manteve o tratado de aliança com a Inglaterra e
voltou a ser, no início do séc. XVIII, o grande mercado de produtos
manufaturados ingleses, retardando seu crescimento industrial.
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
POLÍTICA COLONIAL PORTUGUESA
• O liberalismo que bem caracterizava a política colonial portuguesa
não retornou, mesmo após a independência de Portugal (1640);
• Continuaram a prevalecer o regime de monopólio e as restrições
originárias da política espanhola, com o objetivo de ampliar a
exploração ao máximo e canalizar para a metrópole todo o produto
de suas atividades econômicas;
• Com a perda do comércio com o Oriente e o decréscimo do mercado
açucareiro, a política colonial portuguesa com relação ao Brasil se
tornou cada vez mais restritiva;
• A coroa portuguesa proibiu a produção de produtos que concorressem
com a metrópole e, incentivou a construção naval e fundição de ferro.
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OS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
POLÍTICA COLONIAL PORTUGUESA (cont.)
• O aumento dos impostos que incidiram sobre a renda, cuja
arrecadação declinara e limitou ainda mais a capacidade de
reinvestimento na colônia;
• Aliás, a segunda metade do séc. XVII foi o período de mais profunda
pobreza do Brasil colonial, a Coroa portuguesa continuou a onerar,
contudo, a colônia com pesados encargos financeiros;
• Com o objetivo de assegurar o PACTO COLONIAL e, inclusive, de
promover o acúmulo de capital mercantil, a Coroa portuguesa,
estimulou a formação de companhias de comércio;
• No final do séc. XVII, o capitalismo mercantil começou a ceder
maior espaço ao capitalismo industrial emergente.
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QUESTÃO:
1-) Quais as principais características do
Liberalismo Econômico no início do século XVIII?
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ASPECTOS DA ECONOMIA NO SEC. XVIII
O LIBERALISMO ECONÔMICO
• O mercantilismo, dando ênfase exagerada ao acúmulo de
metas expandindo a produção em função do Estado, teria
comprometido o bem estar individual, com reflexos
diretos na diminuição das atividades econômicas em
geral;
• Emergiam novas idéias, que o indivíduo se tornava o
núcleo da sociedade;
• No início do século XVIII surgiu o mercantilismo
liberal, com William Petty, que colocava o trabalho e a
terra como principais geradores de riqueza;
• Desenvolve-se o pensamento da liberdade de iniciativa
privada e o livre comércio.
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ASPECTOS DA ECONOMIA NO SEC. XVIII
O Liberalismo Econômico destaca outros conceitos:
* a principal fonte de riqueza é o trabalho – o valor de
um bem é baseado no seu custo de produção;
* a boa política econômica visa a dar vantagens aos
consumidores, baixando o custo por meio do aumento
da produção (economia de produção);
* a divisão do trabalho acelera o desenvolvimento e
incrementa as trocas ( teoria das vantagens
comparativas);
* o interesse próprio do homem é que o faz progredir
(teoria do egoísmo).
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ASPECTOS DA ECONOMIA NO SEC. XVIII
O OURO
•
A partir do século XVII, a principal atividade da colônia
passou a ser a mineração. Essa atividade se estabeleceu na
Serra da Mantiqueira, no atual Estado de Minas Gerais, na
região de Cuiabá e no sul de Goiás.
POPULAÇÃO
•
Com a queda da lucratividade da empresa de açúcar e o
início da mineração, houve um deslocamento maciço de
mão-de-obra e de capitais do Nordeste para a região
Centro-Sul.
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ASPECTOS DA ECONOMIA NO SEC. XVIII
•
Verificou-se também um grande fluxo de migração espontânea de
Portugal para o Brasil. Ao contrário do que ocorrera no caso do
açúcar, esses imigrantes eram, em sua maioria, homens de classe
média, com pequenos recursos;
•
Por causa disso, em nenhum momento a população escrava
chegou a construir maioria na região mineradora.
•
•
SEMELHANÇAS COM A EMPRESA AÇUCAREIRA
Como no caso da cana-de-açúcar, a empresa de mineração teve
toda a sua produção dirigida ao mercado externo;
•
Foi altamente especializada;
•
Gerou grande lucratividade e utilizou mão-de-obra escrava de
origem africana.
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Economia Brasileira
ASPECTOS DA ECONOMIA NO SÉC. XVIII
DIFERENÇAS EM RELAÇÃO À EMPRESA AÇUCAREIRA
• Ao contrário da empresa açucareira, a de ouro exigia um investimento
inicial relativamente pequeno e permitia uma maior mobilidade do capital.
MOBILIDADE SOCIAL
• Dadas essas condições, podemos dizer que, no negócio do ouro, as
empresas podiam ter maior mobilidade social do que na empresa
açucareira. Qualquer indivíduo da classe média portuguesa podia reunir os
seus recursos e montar uma empresa mineradora.
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Economia Brasileira
PECUÁRIA
• Diferentemente do engenho, que era praticamente auto-suficiente, a
empresa do ouro dependia de alimentos produzidos fora atividade de
mineração;
• A necessidade de alimentos permitiu o desenvolvimento mais amplo da
pecuária, que alcançou regiões distantes da mineração;
• A pecuária do Rio Grande do Sul, que até então vivera de insignificantes
exportações de couro, vendido a preços menores do que as exportações de
açúcar, passou a atender o mercado da mineração;
• O mesmo ocorreu com a pecuária da região do mato Grosso do Sul;
• Até mesmo a pecuária do Nordeste passou a oferecer os seus produtos à
região do ouro;
• A produção do ouro também abriu mercado para animais de carga, uma vez
que se encontrava isolada por montanhas e distante dos portos.
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INFLUÊNCIA DA EMPRESA MINERADORA
•
A influência da atividade do ouro sobre as outras regiões brasileiras teve um raio de
ação muito maior do que o atingido pela empresa açucareira;
•
A empresa do ouro foi capaz de abrir mais mercados internos do que a do açúcar;
•
Além disso, como a renda agregada estava bem menos concentrada do que na
região da cana, havia uma demanda por bens de consumo mais diversificada.
IMPOSSIBILIDADE DE SURGIMENTO DA INDÚSTRIA
•
Nessa época, Portugal mantinha acordo com a Inglaterra para importar todos os
bens manufaturados que desejasse consumir;
•
Em Portugal não se praticavam atividades que exigiam conhecimento técnico para
montar empresas industriais e, sendo assim, não havia experiência nessa área que
pudesse ser transferida para os negócios do Brasil.
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Economia Brasileira
AUGE E DECLÍNIO DO NEGÓCIO DO OURO
• As exportações de ouro atingiram o seu auge em 1760. O ritmo da
produção do ouro passou a diminuir na década dos anos sessenta do século
XVIII;
• O negócio experimentou, a partir daí, uma rápida decadência: a mineração
foi dando lugar à atividade de subsistência.
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Economia Brasileira
EXERCÍCIOS
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Quando a mineração se tornou a principal atividade da economia
brasileira?
De onde partiram os principais fluxos migratórios para o negócio do
ouro?
Quais foram as principais semelhanças entre o negócio do açúcar e o do
ouro?
Quais foram as principais diferenças entre o negócio do açúcar e o do
ouro?
Quais foram as principais atividades beneficiadas pelo negócio do ouro?
Como o negócio do ouro se comparava ao do açúcar em termos de
criação de mercados?
Por que outras empresas não se desenvolveram em decorrência do
negócio do ouro, apesar dele ter favorecido este desenvolvimento?
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EXERCÍCIOS (CONTINUAÇÃO)
8.
Qual foi o período de auge das exportações?
9.
Em que período as exportações de ouro passaram a diminuir?
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Economia Brasileira
O INÍCIO DO SÉCULO XIX
ESTAGNAÇÃO ECONÔMICA
• Dos anos de 1760 até meados do século XIX, a economia
brasileira entrou em um período de estagnação;
• Nessa fase, tanto os preços como as quantidades das
exportações caíram;
• Em especial, a quantidade exportada de ouro foi muito
pequena;
• Além disso, os preços dos produtos agrícolas, como os do
algodão e do açúcar, se mantiveram em baixa.
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Economia Brasileira
O CAFÉ ENTRA EM CENA
• A partir do início do século XIX, as
exportações de café, até então um produto sem
expressão, cresceram;
• Sua produção aumentou, não obstante ser
baixa a lucratividade.
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Economia Brasileira
INDEPENDÊNCIA POLÍTICA
• Nessa época aconteceram importantes mudanças políticas,
como a abertura dos portos, em 1808, e os tratados firmados
entre Portugal e Inglaterra, em 1810;
• Esses tratados concederam à Inglaterra o privilégio de
comercializar com o Brasil, além de tarifas preferenciais
reduzidas;
• A administração da colônia encarou isso como um limite À sua
autonomia, que já se encontrava em curso;
• Em conseqüência, em 1822 o Brasil se separou abruptamente
de Portugal e manteve diretamente o intercâmbio com a
Inglaterra.
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Economia Brasileira
Exercícios
1-) O que se pode dizer sobre o desempenho da
economia brasileira na primeira metade do
século XIX?
2-) Quais foram os três principais
acontecimentos políticos que influenciaram a
economia brasileira no início do século XIX?
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Economia Brasileira
O CAFÉ E A ORIGEM DA INDÚSTRIA
A Recuperação no Fim do Século XIX
1.
•
•
•
•
Recuperação econômica e comércio exterior
A economia brasileira começou a se recuperar a partir da
segunda metade do século XIX e prosperou durante todo o
restante do século;
Novamente, a recuperação econômica foi motivada pelo
comércio exterior;
Nesse período, a renda real da economia foi multiplicada por
cinco. Cresceu a uma taxa anual aproximada de 3,5%;
Em detrimento do açúcar e do algodão, foram as
exportações de café que mais cresceram. Houve também
uma grande produção de borracha na Amazônia.
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Economia Brasileira
A BORRACHA
• O surto da borracha, no final do século XIX, foi um dos
fatores que mais contribuíram para a expressão econômica
desse período;
• “Surto” no sentido de que a produção de borracha
experimentou um crescimento rápido em um período de tempo
relativamente curto: entre 1870 e 1930;
• A expansão da produção foi motivada pelo grande crescimento
da demanda no mercado internacional;
• Aquele era o momento em que a indústria de carros começava
a liderar o crescimento da economia norte-americana.
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Economia Brasileira
CONTINUAÇÃO
• O surto da borracha atraiu para a Amazônia um grande fluxo
migratório de mão-de-obra nordestina;
• Foi um fenômeno quase isolado;
• Gerou muita riqueza para a região, mas essa riqueza não foi
aproveitada para se manter o crescimento econômico.
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Economia Brasileira
EXERCÍCIOS
1-) O que motivou a recuperação da economia brasileira na segunda metade do
século XIX?
2-) Que produtos se destacaram na pauta de exportações desse período?
3-) Em que período se verificou o surto da borracha?
4-) Que fato motivou a expansão do negócio da borracha?
5-) De onde veio a mão-de-obra para a montagem do negócio da borracha na
Amazônia?
6-) Durante o período do surto da borracha, que outro proporcionava o negócio
mais dinâmico da economia brasileira?
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