Audição

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Audição
http://dogblog.8pawsup.com/2009/06/how-to-clean-a-labradors-ears.html
Audição
• Estruturas do sistema auditivo periférico
– Constituído de três componentes:
• Ouvido externo: pavilhão auricular ou pina (cartilagem
coberta por pele), o qual se estende até a membrana
timpânica.
• Ouvido médio: câmara cheia de ar contendo 3 ossos.
Nos mamíferos que conectam a membrana à janela
oval (vestibular) da cóclea.
• Ouvido interno: parte acústica, a cóclea, e uma parte
não acústica, o órgão vestibular.
Audição
Estruturas do sistema auditivo periférico
http://www.dog-health-handbook.com/dog-ear.html
http://www.adiestradorcanino.com/content/page.php?98
Audição
• Anatomia
– Pavilhão auricular
• Parte externa do ouvido.
• Aves, anfíbios, peixes e répteis não tem pavilhão
auricular e em mamíferos a estrutura costuma ser
altamente desenvolvida.
• Função: orientar as ondas sonoras para baixo do canal
auditivo até a membrana timpânica, fazendo-a vibrar; e
age como estrutura de ressonância. Sua perda elimina a
ressonância normal e impossibilita a audição, de modo
que se tenta salvar tal estrutura, caso sofra lesão.
Audição
• Anatomia
Ave
http://f1hybrids.com/savannah-cat-hearing/
http://www.syriavet.com/vet/showthread.php?t=10509
Audição
• Anatomia
– Pavilhão auricular
• A orelha pode ser orientada de forma individual ou
sincrônica por muitos mamíferos em determinada
direção, fornecendo, assim, informação sobre a direção
da fonte do som com relação a diferenças na
intensidade do som e no tempo de chegada dele com
orientações diferentes do pavilhão auricular.
• Os animais surdos de um ouvido continuam a fazer
movimentos de orientação com ambas as orelhas.
• Embora não tenham pavilhão auricular, algumas
espécies de aves e crocodilos possuem meato auditivo
externo; em geral, há uma membrana externa que
pode cobrir ou expor o meato.
Audição
• Anatomia
http://www.skillsandtools.com/download_croc.htm
Audição
• Anatomia
– Membrana timpânica (tímpano)
• Localização: extremidade do meato auditivo externo, separa
a orelha externa da média.
• Conectada à sequencia de ossículos da orelha média,
conectados a janela oval da cóclea ou ouvido interno.
• Esses pequenos ossos estão ligados por articulações sinoviais
em uma sequencia, do exterior para o interior, do martelo à
bigorna até o estribo. As vibrações da membrana timpânica
fazem vibrar o martelo, que se articula com a bigorna, que se
articula com o estribo; a placa do estribo transmite as
vibrações para a janela oval.
Audição
• Anatomia
http://www.monvt.eu/content.aspx?CategoryID=927&EntryID=3261&Languag
e=en
Audição
• Anatomia
– Tímpano
• A ruptura da membrana timpânica causa significativa
redução na capacidade auditiva, mas não surdez, pois
os sons continuam a ser transmitidos para a cóclea,
principalmente pelas vibrações ósseas. Os répteis e
aves tem um único ossículo contendo dois
subcomponentes, a columela e subcolumela, em vez
dos três ossos distintos dos mamíferos.
Audição
• Anatomia
– Ossículos
• Exercem uma função protetora, atenuando os reflexos
ativados por sons altos e vários outros estímulos.
• Os músculos do ouvido médio (tensor do tímpano e
estapédio) são estimulados a se contrair por eferentes do
tronco cerebral, para que fiquem úmidos e, a seguir
diminuam em 30 a 40 dB a transmissão da vibração através
dos ossículos.
• O reflexo tem uma latência de resposta de 40 a 160 ms (mais
curta para os sons altos), de maneira que um som alto, como
o percussivo de uma arma de fogo, pode causar dano
mecânico as células pilosas cocleares antes da ativação do
reflexo. A exposição repetida provoca perda auditiva
cumulativa irreversível, problema comum em cães de caça.
O reflexo também é ativado antes da vocalização, por
estimulação tátil da cabeça ou pelo movimento geral do
corpo.
Audição
• Anatomia
http://visual.merriam-webster.com/human-being/senseorgans/hearing/auditory-ossicles.php
http://www.intropsych.com/ch04_senses/structures_of_the_ear.html
Audição
• Anatomia
– Tuba auditiva (Eustáquio)
• Conecta a cavidade do ouvido médio à orofaringe.
• Abre-se periodicamente para igualar a pressão no
ouvido médio com a pressão atmosférica externa e
retirar os líquidos do ouvido médio.
• A abertura faríngea do tubo normalmente se abre
durante a deglutição, igualando a pressão através da
membrana timpânica, como ocorre durante a faringite,
pode causar desconforto e dor semelhantes aos que as
pessoas costumam sentir durante uma viagem aérea.
• A tuba auditiva constitui uma via para o
desenvolvimento de otites medias e interna em
consequência de processos infecciosos na faringe.
Audição
• Anatomia
– Tuba auditiva (Eustáquio)
• Equino: possui um divertículo ventral da tuba auditiva,
cuja função é incerta, denominada bolsa gutural. Tal
estrutura é um local de frequente infecções.
http://www.pasofinohorsedirectory.com/Forum/comments.php?DiscussionID=640
Audição
• Anatomia
– Cóclea
• Dividida
em
três
compartimentos
ou
ductos
paralelos,
espiralados e cheios de
liquido, pela membrana
basilar e membrana de
Reissner:
– Rampa vestibular
– Rampa do tímpano
– Rampa média (ducto
coclear
www.eumus.edu.uy/docentes/maggiolo/acuapu/sap.html
Audição
• Anatomia
– Rampa vestibular: se conecta diretamente com a janela oval
no vestibulo e está separada da rampa média pela membrana
de Reissner (vestibular)
www.eumus.edu.uy/docentes/maggiolo/acuapu/sap.html
Audição
• Anatomia
– Rampa do tímpano: termina na
janela redonda (coclear) e é
separada da rampa média pela
membrana basal
www.eumus.edu.uy/docentes/maggiolo/acuapu/sap.html
Audição
• Anatomia
– Cóclea
– Rampa média (ducto coclear): enrolam-se em torno de uma estrutura
óssea central conhecida como modíolo, cujo centro contém células
ganglionares da parte auditiva do VII nervo craniano, estrutura chamada
gânglio espiral. A rampa vestibular e a rampa do tímpano são contínuas
no ápice da cóclea em uma região denominada helicotrema. Esses ductos
contem um liquido chamado perilinfa, de composição semelhante a do
liquido extracelular, sendo relativamente rico em sódio e pobre em
potássio. A rampa média contem um liquido conhecido como endolinfa,
semelhante ao liquido intracelular, relativamente rico em potássio e
pobre em sódio. A perilinfa e endolinfa também estão presentes nas
estruturas vestibulares.
– O conteúdo da endolinfa é mantido por uma estrutura vascular na
parede externa da rampa média, denominada estria vascular, que
reabsorve ativamente o sódio da endolinfa e secreta potássio para ela
contra os seus respectivos gradientes de concentração. As lesões da
estria, de origem genética ou exógena, são uma das principais causas de
surdez. A morte de células neurais pilosas como consequência secundária
de degeneração da estria resulta em surdez sensorioneural.
Audição
• Anatomia
Audição
• Anatomia
– Todas as estruturas desempenham um papel na transdução da
pressão através dos líquidos cocleares. As vibrações são transmitidas
da membrana timpânica para a cóclea pelos ossículos. A placa plantar
do estribo flexiona a membrana da janela oval no vestíbulo, causando
o movimento do liquido para dentro e para fora na rampa vestibular.
As alterações de pressão são transmitidas para cima pelas espirais da
rampa vestibular para o ápice e, em seguida, para baixo pela rampa do
tímpano para a janela redonda. Como os líquidos cocleares são
praticamente incompressíveis e a cóclea está embutida em um osso, é
necessário um mecanismo de alivio de pressão. O resultado imediato
da pressão para dentro na janela oval é que a membrana da janela
redonda se abaula para fora no ouvido médio contendo ar, fazendo
uma deflexao de 180º fora de fase com a janela oval
Audição
• Anatomia
http://radiographics.rsna.org/content/26/suppl_1/S117/F12.expansion
Audição
• O numero de espirais ou voltas na cóclea varia entre as espécies.
– Humanos: 2,75 espirais
– Gatos: 3 espirais
– Cães: 3,25 espirais
•
A variação auditiva correlaciona-se um pouco com o numero de espirais,
se não se incluírem as espécies com a cóclea especializada (morcegoferradura, toupeira, canguru, gerbo, golfinho). O limite superior da
frequência da audição em mamíferos tem correlação com a diminuição da
distancia entre as orelhas, sugerindo que a audição de alta frequência,
desenvolvida através da evolução nos mamíferos menores, capacita-os a
localizar as fontes sonoras graças as diferenças no tempo de chegada do
som a orelha esquerda e a direita.
• As espécies aviarias tem uma cóclea curta sem espirais, e suas células
pilosas possuem a capacidade de se regenerar, o que não parece ocorrer
nos mamíferos .
Audição
• Anatomia
– Órgão de Corti
• É o do sentido da audição
• Situa-se sobre a membrana basilar na rampa média, estreita e rígida na
base próxima das janelas oval e redonda, e larga e elástica no ápice.
• Contem receptores sensoriais: uma fileira de células pilosas internas e
três ou quatro de células pilosas externas. Cada célula pilosa tem
múltiplos estereocílios, dispostos nas células pilosas externas em um
zigue-zague que aponta para fora do modíolo, o eixo em torno do qual a
cóclea forma as espirais. As células pilosas vestibulares são semelhantes
as da cóclea, exceto por também terem uma grande estrutura
denominada cinocílio no ápice do zigue-zague. As extremidades cocleares
dos estereocílios estão embutidas na membrana gelatinosa tectorial,
secretada por células no órgão de Corti.
Audição
• Anatomia
– Órgão de Corti
http://www.medicinageriatrica.com.br/2009/03/17/
Audição
•
Quando a pressão das ondas sonoras segue para cima na cóclea, a membrana
basilar é pressionada, o que empurra os estereocílios das células pilosas contra a
membrana tectorial, fazendo com que eles se encurvem. Os estereocílios
individuais de uma célula se interconectam em suas extremidades por filamentos
finos (ligações de extremidade), de maneira que a deflexão dos estereocílios mais
altos ocorre na direção do mais curto para o mais alto também causa a deflexão
dos estereocilios mais curtos. Esses filamentos estão ligados a canais de K+ que se
abre ou fecham mecanicamente, sendo responsáveis pela despolarização das
células pilosas.
http://www.medicinageriatrica.com.br/2009/03/17/
Legenda – 1. membrana de Reissner, 2.
membrana tectória, 3. extremidade
espiral, 4. sulco espiral interno, 5. fibras
nervosas do nervo coclear, 6. célula
acústica interna, 7. pilar interno, 8.
galeria de Corti, 9. cabeças dos pilares,
10. células acústicas externas, 11.
células de Deiters, 12. pilar externo, 13.
células de Hensen, 14. células de
Claudius, 15 ligamento espiral, 16 estria
vascular, 17 falanges das células de
Deiters, 18. pêlos acústicos.
Audição
•
As células pilosas internas funcionam com transdutores sensoriais, e as células
pilosas externas parecem funcionar primariamente influenciando, de forma,
mecânica, a sensibilidade das células pilosas internas. As células pilosas externas
contem a proteína contrátil miosina. A inervação eferente do tronco cerebral que
despolariza as células pilosas externas pode causar uma alteração rápida em sua
dimensão linear, alongando ou encurtando a célula por ação da miosina. A
contração ou o alongamento podem pré carregar os esteriocílios das células
pilosas contra a membrana tectorial, aumentando ou diminuindo a sensibilidade
da célula pilosa interna, ao encurvar parcialmente ou retificar os estereocílios.
Audição
http://www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/acervo_port.asp?id=385
Características do som
• As ondas sonoras são uma forma de energia que consiste em
vibrações de moléculas de ar (ou moléculas em outros meios) em
fases alternadas de compressão e refração. Na natureza, os sons
raramente são de tonalidade pura, e sim combinações de
frequências superpostas.
• A frequência do som é medida em unidades de oscilações por
segundo, Hertz (Hz), e a amplitude do som (ou intensidade ou
sonoridade), em decibéis (dB), medida logarítmica da pressão do
som em comparação com um valor de referencia.
Audição
• Fisiologia
– Geração do potencial receptor
• Vários potenciais elétricos podem ser medidos dentro da
cóclea. Entre a rampa média e o tímpano, há um potencial
positivo de aproximadamente +80mV conhecido como
potencial endococlear. O interior da célula pilosa também
tem um potencial transmembrana de aproximadamente 45mV com relação a rampa do tímpano (-70 mv nas células
pilosas vestibulares). Como consequência, há uma força
resultante de +80 –(-45) = 125 mV, atuando para direcionar
íons com carga positiva para dentro da célula pilosa
Audição
• Fisiologia
– Geração do potencial receptor
• O encurvamento mecânico dos estereocílios das células pilosas
inicia os seus potencias receptores. A despolarização das células
pilosas é iniciada pelo movimento de íons K+ da endolinfa rica em
K+ para dentro das células pilosas, quando os estereocilios sofrem
deflexão na direção que faz com que a extremidade dos filamentos
abra os seus canais de K+ controlados mecanicamente. Ocorre
influxo de potássio, mesmo que o líquido intracelular das células
pilosas esteja relativamente rico em potássio, por causa (1) da
seletividade do canal para o potássio, (2) do alto nível extracelular
de potássio e (3) da força direcional eletromotiva (125 mV). A
deflexão dos estereocílios na direção oposta fecha os canais e
permite a repolarização ou hiperpolarização das células pilosas por
bombas iônicas transmembrana que requerem energia.
Audição
• Fisiologia
– Geração do potencial receptor
• O influxo de potássio despolariza a célula, a qual abre os canais de
Ca+ controlados pela voltagem perto do terminal sináptico da
célula pilosa sobre a célula ganglionar terminal despolarizando,
ainda mais, a célula pilosa e iniciando a fusão de vesículas
sinápticas com a membrana pré-sináptica e iniciando a fusão de
vesículas sinápticas com a membrana pré-sináptica, para liberar
neurotransmissor na fenda sináptica. O transmissor – que pode ser
o glutamato, mas pode ser que também haja outros transmissores
– atua nos terminais do gânglio espiral do ramo auditivo doo VIII
nervo craniano, iniciando potenciais de ação para o sistema
nervoso central. Os outros transmissores identificados na cóclea,
que se acredita sejam liberados principalmente por fibras
eferentes, são a acetilcolina (eferentes olivococleares), o ácido
gama-aminobutírico e a encefálica.
Audição
• Fisiologia
– Percepção da frequência
• Um tom puro que entra na cóclea desencadeia uma onda de pressão
constante que produz uma deflexão máxima da membrana basilar em
um ponto ao longo do seu comprimento, variando a localização
sistematicamente de acordo com a frequência do tom. A
consequência é que frequências diferentes são detectadas de maneira
excelente em diferentes pontos ao longo da cóclea, sendo as altas
frequências (ondas curtas) mais bem detectadas na base perto da
janela oval e as baixas frequências (ondas longas) no ápice da cóclea.
O resultado desse código de frequência é que as células pilosas ao
longo da membrana basilar estão arranjadas de acordo com a
sensibilidade a frequência (organização tonotópica), que possibilita a
discriminação da tonalidade. Os sons complexos consistem em
misturas de sons de varias frequências de modo que a resposta
coclear a eles consiste nas respostas a vários componentes de tons
puros do complexo sonoro, sendo todos transmitidos para o sistema
nervoso central.
Audição
• Fisiologia
– Percepção da frequência
• Os registros das células pilosas individuais – ou dos neurônios que
as inervam – demonstram a estreita variação de sensibilidade a
frequência das células em qualquer local da membrana basilar, o
que é conhecido como curva de tonalidade. A intensidade mínima
do estimulo necessária para provocar uma resposta é colocada
contra a frequência, o que demonstra a necessidade de
intensidades mais altas, para desencadear uma resposta, até que
seja alcançada uma faixa estreita de frequência, onde são
necessários estímulos de intensidade muito baixa. A queda na
curva com frequências abaixo da ideal é não é tão acentuada
como a subida ante frequências acima da ideal. Curvas de
tonalidade semelhantes podem ser usadas para mapear a
sensibilidade a frequência em toda a cóclea.
Audição
• Fisiologia
– Percepção da frequência
• Vários fatores físicos determinam onde irá ocorrer a onda de
pressão máxima para uma tonalidade pura, como a rigidez da
membrana basilar perto da base, além da massa e inércia do
sistema perto do ápice.
• Muito se estudou a correlação entre a variação da frequência da
audição em diferentes espécies com os parâmetros físicos da
cóclea, inclusive o numero de voltas cocleares, e o comprimento,
largura, espessura e rigidez (proporção entre a espessura e a
largura) da membrana basilar, mas com sucesso muito limitado. A
maioria dessas determinações da variação da audição foi feita por
meio de testes comportamentais (condicionamento operante e
outros métodos), e em algumas foram usados testes
eletrofisiológicos.
Audição
• Fisiologia
– Percepção da frequência
• Devido as diferenças nos métodos de testes e nos
critérios para estabelecer os limites entre os
pesquisadores, nem sempre é possível comparar
precisamente os valores de uma espécie com os de
outra
Audição
• Fisiologia
– Percepção da intensidade
• A cóclea demonstra uma faixa inacreditável de
sensibilidade em níveis variáveis de intensidade.
Vibrações tão pequenas da membrana timpânica, como
a provocada por uma molécula de hidrogênio 10⁶ vezes
maior em magnitude. Tal variação é possível , porque
cada aumento de 10 vezes na amplitude do som produz
aumento igual na percepção da intensidade, escala
logarítmica que permite a compressão de ampla gama
de intensidades descendentes na faixa de percepção
manipulável.
Audição
• Fisiologia
– Percepção da intensidade
• A informação acerca da intensidade do som é extraída na cóclea
por vários mecanismos. A membrana basilar não apenas vibra
seletamente em um local correspondente a frequência do som,
como também o faz em uma amplitude proporcional a intensidade
do som. A maior distorção de determinada célula pilosa resulta em
maior magnitude do potencial receptor, o qual resulta em maior
frequência de potenciais de ação produzidos nas células
ganglionares espirais pelas células pilosas. Além disso, sons de alta
amplitude excitam as células pilosas de alto limiar graças a maior
distorção dos estereocílios, e por fim há somação espacial dos
efeitos sobre as células pilosas, pois um maior número de células
em torno da área de tonalidade da membrana está distorcido.
Audição
• Fisiologia
– Percepção da intensidade
• Para as frequências acima de 1 kHz, as células pilosas
podem despolarizar, e as suas fibras nervosas auditivas
associadas podem disparar impulsos em sincronia com
o estímulo, mas elas não conseguem fazer isso com
frequências maiores, de modo que a organização
tonotópica da cóclea e o mecanismo primário para
extrair a frequência contida nos sons. As frequências de
disparo das fibras auditivas levam informação
principalmente acerca da intensidade do som, mais do
que a sua frequência.
Audição
• Fisiologia
– Percepção da intensidade
• Os limiares para a dor em resposta a sons muito altos
parecem variar de acordo com a espécie e é provável que
também sejam dependentes da frequência. A intensidade do
som relatada como causadora de dor em seres humanos é
de 120dB, embora os sons de alta frequência não sejam
dolorosos para as pessoas (de instrumentos musicais)
geralmente evoquem resposta sugestivas de dor em cães.
No extremo oposto, foram registradas vocalizações de baixa
frequência (15 a 30Hz) em baleis de barbatanas com
intensidades de 185dB, podendo-se supor que , apesar dos
reflexos protetores do ouvido médio que atenuariam em
parte os níveis sonoros, esses animais rotineiramente não
produzem vocalizações dolorosas por causa deles.
Audição
• Fisiologia
– Percepção da localização do som
• O valor da informação sonora será reduzido, se a localização de sua
origem não puder ser determinada. Os neurônios do tronco cerebral
nos núcleos olivares, bem como os neurônios em estruturas mais
altas, possibilitam a localização de uma fonte sonora, ao comparar as
diferenças entre os ouvidos na intensidade do som e na latência de
chegada. Conforme o tamanho da cabeça de um animal, a diferença
máxima no tempo de chegada aos dos pavilhões auditivos de um som
colocado em um lado da cabeça é de aproximadamente 0,7 ms; essa
demora cai para zero conforme a posição da fonte no plano horizontal
muda para o plano mesossagital (de frente ou de trás) do animal. As
diferenças de 10 μs ou menos na latência podem ser distinguidas,
permitindo a localização com acurácia de poucos graus. As diferenças
na latência de chegada são melhores para localizar os sons de baixa
frequência. As diferenças na intensidade são melhores para localizar
os sons de alta frequência, porque a cabeça os absorve mais que os de
baixa frequência, enfatizando qualquer diferença na intensidade de
alta frequência entre as orelhas.
Audição
• Fisiologia
– Percepção da localização do som
• As espécies com controle muscular dos pavilhões
auriculares tem a vantagem de possuir uma mecanismo
adicional para a localização do som. Ao orientar o eixo
linear da orelha na direção da fonte de um som, a
sensibilidade para detecta-la pode aumentar até 28 dB
no caso dos sons na faixa de quilohertz de alta
frequência, correspondendo a comprimentos de onda
curtos em comparação com as dimensões do pavilhão
auricular.
Audição
• Fisiologia
– Percepção da localização do som
• Os animais com surdez unilateral congênita de inicio
exibem um déficit na localização da fonte dos sons.
Porém, geralmente adaptam-se rapidamente ao déficit,
o que torna mais fácil o diagnostico do déficit de
audição por métodos comportamentais.
Audição
http://auladefisiol
ogia.wordpress.c
om/
Audição
• Condições clínicas auditivas
– Várias condições clínicas que alteram o sentido da audição são
comumente na medicina veterinária. Talvez as condições
diagnosticadas mais comumente sejam as infecções do ouvido:
otite externa, otite média e, menos frequentai, otite interna.
Tais condições, em geral resultantes de ácaros auriculares, mas
também de infecções bacterianas e fungicas, podem prosseguir,
causando ruptura da membrana timpânica e ou lesões na cóclea
ou no sistema nervoso central. O exsudato e detritos celulares
das otites externas e media podem resultar em surdez de
condução, impedindo que o som alcance a cóclea. A otite
externa em cães é mais frequente em raças com pelos crescidos
no meato e naquelas com orelhas pendulares. A otite externa
crônica pode causar estenose do canal auditivo em decorrência
de hiperplasia tecidual e depósitos de cálcio dolorosos que
podem requerer ablação cirúrgica parcial ou total do canal
auditivo
Audição
• Condições clínicas auditivas
– Outro problema comum em espécies domesticas é a surdez congênita
hereditária frequentemente ligada a vários genes responsáveis pela
pigmentação branca (malhada de preto e branco, e de cor dourada em cães
bem como branca em gatos). Essa surdez costuma ocorrer em cães e gatos,
mas também se verifica em suínos, bovinos, equinos e mesmo seres humanos.
A cor branca de pele e pelagem resulta da supressão dos melanócitos
mediada pelo gene. A estria vascular da cóclea contem melanócitos. Quando o
gene da pigmentação branca se expressa fortemente, também suprime os
melanócitos da estria, causando degeneração dela e morte secundaria das
células pilosas. A surdez é tipicamente absoluta no ouvido, podendo ser
bilateral ou unilateral.
http://viajarcomluciana-saninha.blogspot.com.br/2011_01_01_archive.htm
Audição
• Fisiologia
– Condições clínicas auditivas
• Uma forma de surdez que vem sendo cada vez mais
observada é a perda de audição induzida por
traumatismo causado por ruídos em cães de caça, em
que os sons percussivos de alta pressão das armas de
fogo causam ruptura mecânica cumulativa de células
pilosas que acarreta perda auditiva progressiva. Outras
causas de perda da audição são a intoxicação
medicamentosa por gentamicina e fármacos correlatos,
bem como a perda auditiva relacionada com a idade
(presbicusia).
Audição
• Fisiologia
– Condições clínicas auditivas
• Algumas pessoas com perda da audição ou outra patologia
auditiva tem uma sensação subjetiva de ouvir soar uma
campainha nos ouvidos, o que é conhecido como tinido ou
zumbido. Por ser puramente subjetiva, não é possível saber se os
animais tem a mesma experiência. Um zumbido objetivo,
conhecido como emissão otoacústica espontânea, foi observado
em um pequeno número de pessoas e cães. Nesses casos, um som
puro suave de campainha de alta tonalidade é audível para o
observador. As emissões otoacústicas são geradas por células
pilosas externas, espontaneamente ou em resposta a um estimulo.
As emissões otoacústicas evocadas estão começando a ser usadas
na avaliação clínica da função das células pilosas externas, pois a
cóclea normal emite ecos projetados no ouvido, mas em níveis
muito baixos para serem percebidos normalmente.
Referências
• SWENSON, M.J.; REECE, W.O.; Dukes Fisiologia dos Animais
Domésticos. 11ª ed. Rio de Janeiro, RJ, Editora: Guanabara
Koogan, cap.47.
• www.uff.br/fisiovet
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