Aedes aegypti - Ibilce

Propaganda
Projeto: Ação comunitária para o
controle do Aedes aegypti.
Sugestão de apresentação para
grupos de pessoas
Hermione E.M.C. Bicudo
UNESP-São José do Rio Preto
O mosquito Aedes aegypti: um problema
de saúde pública
• Aedes aegypti: seríssimo problema de
saúde no Brasil onde transmite os virus
causadores das doenças:
• Febre Amarela, Dengue,
Dengue Hemorrágica,
Chikungunia, Zika
• Sómente para a febre amarela existe vacina
eficiente. Mesmo assim, essa doença é ainda
hoje uma forte ameaça em nosso País.
Essas doenças são muito graves!
• A Dengue é muito dolorosa, deixa seqüelas e na forma
hemorrágica (DH) tem alto índice de mortalidade.
• No Brasil, ano 2007: mais de 500.000 pessoas afetadas
com pelo menos 250 mortes por DH.
Ano 2015: de janeiro a setembro 1 milhão e meio de
afetados com quase 800 mortos pela DH (dados do
Ministério da saúde)
• Os números continuam a crescer e nosso risco
aumenta porque o número de mosquitos também
tem crescido assutadoramente
Ainda sobre as doenças transmitidas
pelo Aedes
• A Chikungunia e a Zika também podem causar
muitas dores e sofrimento, mas a Zika parece
estar relacionada com graves alterações no feto
(microcefalia) e doenças neurológicas no adulto.
• A situação é de fato assustadora!
• Assim temos que fazer tudo o que esteja
ao nosso alcance para impedir o
alastramento dessas doenças . Como?
Combatendo o mosquito!
Conhecendo o Aedes aegypti para
combatê-lo
• O desenvolvimento do mosquito dura mais ou
menos 7 dias (a temperatura influi)e passa por 4
fases:
ovo
larva
pupa
adulto
• De ovo até pupa ocorre na água. O adulto se
forma dentro da pupa e quando está pronto sai
por uma abertura e voa.
Ovo do mosquito fotografado em microscópio
É difícil ver a olho nu. É do tamanho de um pontinho feito
com lápis preto de ponta fina
Larva do Aedes aegypti.
Sai do ovo bem pequena, alimenta-se dos detritos
existentes na água, movimenta-se muito e
cresce......
Pupa
A larva cresce e se transforma na pupa, que
também se move rápida, mas não se alimenta
Aedes aegypti adulto.
É fácil de reconhecer por ser rajado de branco e
preto
Como os mosquitos transmitem os vírus
• Apenas as fêmeas adultas se alimentam de
sangue. Portanto, só elas picam as pessoas e
transmitem os vírus das doenças. Elas precisam
de ingerir sangue para amdurecer seus ovos.
• Quando pica a pessoa doente, a fêmea ingere
os vírus que estão no sangue. Eles se
multiplicam no seu corpo e ficam na sua saliva.
• Quando a fêmea infectada pica outra pessoa,
um pouco da saliva com vírus é injetada, a
pessoa torna-se também doente e assim a
doença se espalha.
Uma fêmea infectada forma uma corrente
de transmissão das doenças
• Uma vez infectada, a fêmea do mosquito tornase vetor dos virus até a sua morte, podendo
levar a doença a muitas pessoas que também
podem ser picadas por outros mosquitos que
picam outras pessoas e assim segue.....
– Essa corrente de transmissão, em regiões
onde há doentes, só pode ser quebrada se
não houver mosquitos.
Esta é a nossa grande tarefa. Sem
mosquitos adultos não haverá
transmissão
Aedes aegypti : inimigo cheio de vantagens
• As fêmeas botam os ovos em águas paradas, limpas ou
sujas.
• Botam mesmo em quantidade de água muito pequena
(exemplos: em tampinha de garrafa, cascas de ovos, um
pedaço de plástico, deixados ao relento).
• E mesmo que a água seque, os ovos do mosquito não
morrem; eles podem permanecer vivos por até um ano
e quando nova água encher aquele pequeno espaço
poderão desenvolver-se.
•
Tudo isto é muito bom para a
sobrevivência do mosquito, mas é
muito ruim para nós.
Mais “armas” do inimigo
• Cada fêmea bota cerca de 300 ou mais ovos
(há quem fale em mil!).Portanto, uma só fêmea
pode originar uma “multidão” de mosquitos!
Outra característica que é ótima
para o mosquito, mas é
péssima para nós.
Como combater o Aedes aegypti?
• Podemos pensar: eliminando os adultos pela
pulverização com inseticidas. Isto não é bom. A
pulverização com inseticidas, hoje só deve ser feita em
situações especiais porque:
– 1. os mosquitos se escondem dentro das casas, no
meio das plantas e outros locais onde escapam ao
efeito do inseticida
– 2. os mosquitos estão se tornando resistentes, isto é,
os inseticidas já não os matam.
Estas características beneficiam o mosquito, mas
tornam nossa tarefa mais difícil.
Outros efeitos do uso dos inseticidas
Além disso, inseticidas causam danos à
natureza. Na tentativa de matar os
mosquitos, os inseticidas matam insetos
úteis, podem matar pássaros que comem
insetos envenenados, são levados para os
rios onde envenenam os peixes, etc, e
também são tóxicos para o homem e os
animais domésticos.
Assim, o uso de inseticidas, além de não
ser uma boa solução, prejudica.
Ainda estratégias para eliminar o
mosquito
• Outra possibilidade: matar o mosquito com
inseticidas na fase de larva, quando ela pode
ingerir produtos tóxicos, colocados na água.
Sem larvas não há adultos e nem o risco de
transmissão dos vírus. Neste processo de
eliminar as larvas há ainda problemas:
As larvas também já estão se tornando
resistentes aos inseticidas e o efeito sobre o
ambiente é o mesmo já descrito.
A melhor forma de combate ao mosquito
• Assim, chega-se à solução que melhor
funciona: eliminar as águas paradas
(criadouros). Sem água parada o
mosquito não se reproduz.
-Esta é a nossa missão principal.
Todos nós precisamos nos
conscientizar dessa urgente
necessidade.
E o que fazer com os criadouros que
não podem ser eliminados?
• Orgãos municipais responsáveis pela saúde da
população têm recomendado, para matar larvas nos
criadouros em potencial que não podem ser eliminados,
como ralos de escoamento de água, lajes e vasos
sanitários,o uso de:
• sal fino de cozinha (uma colher de sopa para um copo
de água)
• água sanitária (uma colher de sopa para cinco litros de
água)
• Para piscinas é melhor usar o cloro, na concentração
recomendada de acordo com a quantidade de água.
• Mas lembrem-se: só tratar criadouros que
não puderem ser eliminados.
Locais onde os mosquitos frequentemente são
encontrados (criadouros)
• Lajes, calhas entupidas, caixas d´água, pneus, garrafas,
latas e qualquer outro vasilhame, deixados ao relento e
onde a água da chuva pode se acumular, ralos de
escoamento onde a água se acumule dentro ou fora da
casa, vasos sanitários, bandejas de geladeira, piscinas,
vasilhas de animais domésticos e outros.
– Na verdade cada casa tem seus
criadouros específicos. Eles variam muito
com as condições locais e os hábitos das
pessoas.
– Cabe aos moradores encontrar, eliminar
ou vigiar e tratar seus possíveis
criadouros. È tarefa intransferível!
Alguns dos muitos criadouros possíveis
Caixa d água
Manter a
caixa
d´água
sempre
bem
tampada
Plásticos ao relento
Pneus com água
Garrafas ou
qualquer vasilhame
contendo água
Tampas de garrafas ou de
vidros de qualquer tipo
Cascas
de ovos
Como eliminar os criadouros?
Mais detalhes
• Jogar fora o que já não é útil, colocar em lugar
coberto o que precisa ser guardado, desentupir
as calhas frequentemente, manter caixas
d´água, vasos sanitários, talhas ou outros
reservatórios de água limpos e cobertos e
manter vigilância constante.Verificar se não há
água parada em sua calçada ou nas
vizinhanças, especialmente nos terrenos
baldios.
• Ajude a alertar outras pessoas. Os
mosquitos criados na vizinhança também
nos ameaçam. Dados mostram que eles
voam 300 metros ou mais.
Criadouros freqüentes nos jardins
• Nos jardins, os principais criadouros são:
– pratos colocados sob os vasos para segurar o
excesso de água da rega,
– água parada na superfície de vasos deixados
ao relento,
– plantas com folhas ou flores em forma de
cálice.
•
Criadouros comuns em vasos
Água acumulada sobre a
terra dos vasos
Água acumulada nos
pratos de vasos
Criadouros em bromélias
Um dos muitos tipos de bromélias
Água acumulada
nos espaços é
criadouro em
potencial
Como proceder nos jardins?
1. eliminar o prato sob o vaso ou diminuir a quantidade
de água da rega para que não escorra no prato ou não
acumule sobre a terra dura do vaso;
2. Levar os vasos que ficam ao relento para locais
cobertos ou transferir as plantas para a terra do canteiro;
3. Nas plantas com “cálice”, como as bromélias,
plantadas em vasos, regar só a terra e “deitar” o vaso
para derramar a água que eventualmente se acumule
nos “cálices” .
4. Se as bromélias estão plantadas em canteiro, é
melhor transferir algumas para vasos, onde podem ser
cuidadas mais facilmente, e eliminar as demais.
A hora é de emergência e o que pode parecer
absurdo é apenas o necessário.
Assim, a necessidade atual é:
• Eliminar os possíveis criadouros que
podem ser eliminados (garrafas,
plásticos, pratos de vasos etc).
• Cuidar mantendo limpos e, se
necessário, tratar com substâncias
alternativas, os possíveis criadouros
que não podem ser eliminados (calhas,
lajes, ralos, etc).
Esses cuidados são de hoje, amanhã e
provavelmente do futuro
• Os cuidados com o Aedes aegypti não têm data para
acabar. Devemos ensiná-los aos nossos filhos e nossos
netos e estes talvez tenham que continuar a transmitir
esses conhecimentos aos seus descendentes. Basta um
descuido e os mosquitos tornam-se de novo muito
numerosos. Além disso, neste mundo de hoje, em que
pessoas (sadias ou doentes) e objetos(muitas vezes
contendo ovos de mosquitos, como pneus e outros)
viajam entre lugares mesmo muito distantes, é sempre
possível que surjam novas epidemias.
• Tornar esses cuidados um hábito contribuirá para
dificultar que isto ocorra.
Um por todos e todos por um
• Se cada um de nós fizer sua parte,
diminuiremos os riscos de contrair a dengue,
a dengue hemorrágica, a chikungunia , a zika
e ainda a febre amarela, todas transmitida
pelo Aedes. Lembremos que a vida de
muitos está em nossas mãos, inclusive a
nossa e de nossa família.
• Transmita estes conhecimentos a outras
pessoas e as incentive a participar desta
ação!
Um ambiente saudável favorece a vida
• Daquí para a frente vamos nos esforçar para
manter um ambiente saudável ao nosso redor e
ensinar as outras pessoas : quintais limpos, sem
entulho e mato, não jogar lixo nos terrenos
baldios, nas ruas, jardins, praias (jogar o lixo no
lixo). Se este negligente e triste hábito já tivesse
sido eliminado em nosso País, não estaríamos
passando por situação tão difícil quanto ao
Aedes aegypti porque o número de criadouros
seria muito menor. Quantas vidas seriam
poupadas! Pensemos nisto e vamos agir. É
tarefa de todos, pois o mal que afeta um pode
afetar os demais.
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