Expansão marítimo e comercial européia Durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, lançaram-se nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico com dois objetivos principais : descobrir uma nova rota marítima para as Índias e encontrar novas terras. Este período ficou conhecido como a Era das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos. A expansão marítimocomercial européia, ocorrida a partir do século XV, fez parte do processo histórico no qual as burguesias européias buscavam ampliar seus lucros por meio da criação de novas e lucrativas rotas comerciais. Centralização Política: Estado Centralizado reuniu riquezas para financiar a navegação; O Renascimento: Permitiu o surgimento de novas idéias e uma evolução técnica; Objetivo da Elite da Europa Ocidental em romper o monopólio Árabe-Italiano sobre as mercadorias orientais; A busca de terras e novas minas (ouro e prata) com o objetivo de superar a crise do século XIV; Expandir a fé católica; Causas do pioneirismo português 1. Formação das monarquias nacionais ibéricas (Estados Modernos) precocemente; 2. Revolução de Avis (Aliança entre a monarquia e a burguesia = interesses mercantis); 3. Posição Geográfica Favorável; 4. Escola de Navegação de Sagres; 5. Invenções: astrolábio, bússola e caravela; 6. Espírito “cruzadístico” português. Centro de Estudos Náuticos, fundado pelo infante Dom Henrique, que manteve até a sua morte, em 1460, o monopólio régio do ultramar. O "Príncipe perfeito" Dom João II (14811495) continuou o aperfeiçoamento dos estudos náuticos com o auxílio da sua Junta de Cartógrafos, que teria elaborado em detalhe o plano de pesquisa do caminho marítimo para as índias. A grande novidade deste navio foi a utilização das velas triangulares em mar aberto, as quais permitiam que a caravela avançasse em zigzag mesmo com ventos contrários. As caravelas não possuíam os mesmos tamanhos: as pequenas levavam entre vinte e cinco a trinta homens e as maiores chegavam a levar mais de cem homens a bordo. Geralmente a tripulação era formada por marinheiros muitos jovens, os capitães podiam ser rapazes de vinte anos de idade. No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações: é a chegada das caravelas, comandadas por Vasco da Gama às Índias. Navegando ao redor do continente africano, Vasco da Gama chegou à Calicute e pôde desfrutar de todos os benefícios do comércio direto com o oriente. Ao retornar para Portugal, as caravelas portuguesas, carregadas de especiarias, renderam lucros fabulosos aos lusitanos. Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Cabral ao litoral brasileiro, em abril de 1500. Após fazer um reconhecimento da terra “descoberta", Cabral continuou o percurso em direção às Índias. Em função destes acontecimentos, Portugal tornouse a principal potência econômica da época. A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste período, tornando-se, ao lado de Portugal, uma grande potência. Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a África, os espanhóis optaram por um outro caminho. O genovês Cristovão Colombo, financiado pela Espanha, pretendia chegar às Índias, navegando na direção oeste. Em 1492, as caravelas espanholas partiram rumo ao oriente navegando pelo Oceano Atlântico Colombo tinha o conhecimento de que nosso planeta era redondo, porém desconhecia a existência do continente americano. Chegou em 12 de outubro de 1492 nas ilhas da América Central, sem saber que tinha atingido um novo continente. Foi somente anos mais tarde que o navegador Américo Vespúcio identificou aquelas terras como sendo um continente ainda não conhecido dos europeus.