A microcirculação e o sistema linfático: Trocas capilares, líquido

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A microcirculação e o
sistema linfático:
Trocas capilares,
líquido intersticial e
fluxo de linfa
Caroline Pouillard de Aquino
Introdução
 Na microcirculação ocorre o transporte
de nutrientes para os tecidos e a
remoção dos produtos da excreção
celular.
 A parede dos capilares é extremamente
delgada, o que facilita o intercâmbio
entre tecidos e sangue circulante.
Estrutura da microcirculação
e do sistema capilar
 Artéria
Arteríolas
Capilares
 As arteríolas são muito musculares e as
metarteríolas (arteríolas terminais) não têm
revestimento muscular contínuo
 No ponto onde cada capilar verdadeiro se
origina da metarteríola, uma fibra muscular lisa
circunda o capilar, formando o esfincter précapilar
 Vênulas: Maiores que as arteríolas e com
revestimento muscular mais fraco
Estrutura da microcirculação
e do sistema capilar
Estrutura da parede
capilar
 Uma camada unicelular de células
endoteliais
 Circundada por uma membrana basal
muito fina, do lado externo do capilar
 2 vias de passagem ligam o interior do
capilar ao exterior: fenda intercelular
(entre células adjacentes) e vesículas
plasmalêmicas
Estrutura da parede
capilar
Fluxo de sangue nos
capilares- Vasomotilidade
 O fluxo sanguíneo nos capilares é
intermitente, devido à vasomotilidade
(contração intermitente das metarteríolas
e dos esfincteres pré-capilares)
 A concentração de oxigênio nos tecidos
regula a vasomotilidade
Troca de água, nutrientes e outras
substâncias entre o sangue e o
líquido intersticial
 Difusão através da membrana capilar
- Meio mais importante de transferência de
substâncias entre plasma e líquido intersticial
 Substâncias lipossolúveis (O2 e CO2) se
difundem diretamente através das membranas
das células endoteliais, sem precisar
atravessar os “poros”
 Substâncias hidrossolúveis (água, íons sódio e
cloreto, glicose) se difundem apenas através
dos “poros” intercelulares (fendas) nos
capilares
Troca de água, nutrientes e outras
substâncias entre o sangue e o
líquido intersticial
 Efeito do tamanho molecular sobre a passagem
através dos poros (a permeabilidade varia com os
diâmetros moleculares) :
Largura das fendas intercelulares capilares:
- 20 vezes maior que a molécula de água;
- menor que o diâmetro das moléculas de proteínas
plasmáticas;
- íons sódio e cloreto, glicose e uréia possuem
diâmetros intermediários
Os capilares, em diferentes tecidos, apresentam
grandes diferenças de permeabilidade (ex: alta
permeabilidade dos capilares nos sinusóides
hepáticos)
Troca de água, nutrientes e outras
substâncias entre o sangue e o
líquido intersticial
Efeito da diferença de
concentração sobre a
intensidade da difusão
 A intensidade de difusão de uma substância,
através de qualquer membrana, é proporcional
à sua diferença de [ ] entre os 2 lados da
membrana
 Quanto > a diferença de [ ] entre os 2 lados, >
o movimento total da difusão em uma das
direções
Ex: Difusão ( sangue-tecidos ou vice-versa) de
O2 e CO2
O interstício e o líquido
intersticial
 1/6 do volume corporal consiste em
interstício (espaço entre as células)
 O líquido nesses espaços é o líquido
intersticial, o qual possui praticamente os
mesmos constituintes que o plasma,
exceto por [ ] menores de proteínas
plasmáticas
Filtração do líquido pelos
capilares
 A pressão hidrostática nos capilares tende a
forçar o líquido e as substâncias nele
dissolvidas, através dos poros capilares, para
os espaços intersticiais
 A pressão osmótica gerada pelas proteínas
plasmáticas (pressão coloidosmótica) tende a
fazer com que o líquido se movimente, por
osmose, dos espaços intersticiais para o
sangue
 O sistema linfático retorna à circulação a
pequena quantidade de proteínas e excesso
de líquido que extravasaram do sangue para o
interstício
4 forças determinam o
movimento de líquido através
da membrana capilar
1- Pressão Capilar: Força o líquido para fora do
vaso
2- Pressão do líquido intersticial: Força o líquido
para dentro do vaso quando é positiva e faz o
inverso quando é negativa
3- Pressão coloidosmótica (oncótica) plasmática
capilar: Promove entrada de água no vaso, por
osmose
4- Pressão coloidosmótica do líquido intersticial:
Promove saída de água do vaso, por osmose
4 forças determinam o
movimento de líquido através
da membrana capilar
 Se a pressão efetiva de filtração (soma
das 4 forças) for positiva, ocorrerá
filtração de líquido pelos capilares para o
interstício
 Se for negativa, ocorrerá absorção de
líquido do interstício para os capilares
 A PEF é ligeiramente positiva nas
condições normais
4 forças determinam o
movimento de líquido através
da membrana capilar
Efeito das diferentes
proteínas plasmáticas sobre
a pressão coloidosmótica
 As proteínas plasmáticas representam uma
mistura contendo albumina, globulinas e
fibrinogênio.
 Essa pressão é determinada pelo número de
moléculas dissolvidas no líquido, e não por sua
massa
 Cerca de 80% da PC total do plasma resulta
da fração de albumina, 20% das globulinas e
0% do fibrinogênio
Trocas de líquido através
da membrana capilar
 A pressão média nas extremidades arteriais
dos capilares é 15 a 25 mmHg maior que nas
extremidades venosas
 O líquido é filtrado para fora dos capilares nas
extremidades arteriais e reabsorvido de volta
para os capilares nas extremidades venosas
 A pressão de reabsorção faz com que cerca de
9/10 do líquido que foi filtrado para fora (nas
extremidades arteriais) sejam reabsorvidos
nas extremidades venosas
 O 1/10 restante flui para os vasos linfáticos,
por onde retorna para o sangue circulante
Sistema linfático
 O sistema linfático epresenta uma via
acessória por meio da qual o líquido
intersticial pode fluir dos espaços
intersticiais para o sangue.
 Os vasos linfáticos transportam para fora
dos tecidos (de volta para o sangue)
proteínas e grandes partículas que não
podem ser absorvidas pelos capilares
Canais linfáticos do corpo
 Quase todos os tecidos do corpo
possuem canais linfáticos, exceto as
porções superficiais da pele, o SNC, o
endomísio dos músculos e os ossos.
 Esses tecidos possuem pré-linfáticos
(minúsculos canais), pelos quais o
líquido intersticial pode fluir
Canais linfáticos do corpo
 Todos os vasos linfáticos da parte inferior do
corpo drenam para o ducto torácico, o qual
drena para para o sistema venoso, na junção
entre a veia jugular interna esquerda com a
veia subclávia esquerda
 A linfa do lado esquerdo da cabeça, do braço
esquerdo e de partes do tórax também penetra
o ducto torácico antes de se escoar nas veias
Canais linfáticos do corpo
 A linfa do lado direito da cabeça e do
pescoço, braço direito e partes do
hemitórax direito segue pelo ducto
linfático direito, o qual escoa no sistema
venoso, na junção entre veia subclávia e
veia jugular interna direita
Canais
linfáticos do
corpo
Formação da linfa
 A linfa é derivada do líquido intersticial
que flui para os linfáticos, apresentando,
assim, a mesma composição do líquido
intersticial
 Todos os capilares linfáticos têm válvulas
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