Minha ignorância Clique para prosseguir Texto de Leila Marinho Lage Homenagem a Helen Breder Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2006 Informações baseadas nos serviços mencionados no final desta apresentação Anos atrás, uma moça apareceu no meu caminho para eu descobrir que ela tinha leucemia. Não tive contato com ela no último ano e pensei que estivesse curada, mas não está. Ela se internou para recomeçar quimioterapia e esperar que surja um doador compatível para o transplante de medula. Dentre milhares de doadores cadastrados no Brasil e milhões no mundo, o seu doador ainda não apareceu, mas ele existe e vai aparecer. Muitas pessoas estão na mesma situação e muitas outras poderiam salvar vidas, doando o que não tem preço – células do sangue para transplante. Basta haver compatibilidade genética entre o doador e o receptor. Quem se cadastra para a doação não sabe para quem vai doar e o paciente também não fica sabendo. Esta procura é realizada no Brasil e no mundo. Caso não haja parentes compatíveis e não se possa fazer o transplante autogênico (com as próprias células), os serviços autorizados partem para o transplante alogênico - não aparentado. Coincidentemente, minha prima, um dia antes de eu saber sobre esta paciente, disse que queria ser doadora, sem mais, nem menos... E me pedia informações. Falei um absurdo, que me faz enviar este pps: “Não. Isso vai te sacrificar”. Helen já fez outros tratamentos, mas agora precisa do transplante de células de alguém. Seus parentes não foram compatíveis. A esta hora, ela está no hospital, na ultima tentativa para manter sua vida. Ela gostaria de levar esta mensagem por um “pombo correio”. Por nosso desconhecimento, deixamos de ajudar e poderíamos salvar vidas, sem riscos para nossa saúde. Vamos saber um pouquinho sobre leucemia e transplante? A medula óssea é constituída por um tecido esponjoso mole, localizado no interior dos ossos longos. É nela que o organismo praticamente produz todas as células do sangue: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Estes componentes do sangue são renovados continuamente e a medula óssea é quem se encarrega desta renovação. É um tecido em contínua multiplicação. Os glóbulos vermelhos levam oxigênio para todo o organismo. Os glóbulos brancos combatem infecções, engolem substâncias estranhas no nosso corpo e células malignas. As plaquetas ajudam na coagulação sanguínea e previnem sangramentos. A leucemia é a produção anormal dos glóbulos brancos. O crescimento do número de células leucêmicas prejudica a medula óssea, que fica incapaz de manter a produção normal de glóbulos vermelhos, dos brancos e das plaquetas. O doente passa a apresentar infecções frequentes, distúrbios de coagulação, fadiga, dores nas articulações, gânglios linfáticos aumentados, além de uma série de alterações orgânicas. . A leucemia pode começar silenciosamente e apresentar sinais e sintomas pouco relevados. O diagnóstico pode ser difícil na fase inicial. O tipo de leucemia tem que ser definido para se fazer o tratamento específico, mas a quimioterapia deverá ser realizada em todos. Quando se decide pelo transplante, a dose de quimioterápicos é muito aumentada. Estes medicamentos exterminam todas as células leucêmicas, porém há destruição de células saudáveis do corpo, com efeitos colaterais severos em vários órgãos. Então, o paciente recebe as células progenitoras do doador, através do sangue, e elas migrarão espontaneamente para as cavidades dos ossos. Se estas células irão ou não se reproduzir na medula óssea do receptor, vai depender do acaso, entretanto há chances, e os profissionais especializados são altamente preparados para realizar os procedimentos de tratamento e apoio. Como colher células de medula óssea do doador A finalidade é obter células progenitoras em seu sangue. O doador espontaneamente se registra e é colhida uma pequena amostra de sangue numa veia do braço, que será analisada e congelada. As amostras em todo mundo são cadastradas. A forma mais simples é a doação através do sangue retirado da veia. Este sangue passa por uma máquina, através de tubos flexíveis. As células são separadas num processo chamado plasmaférese, no interior da máquina. Depois, o sangue volta para o doador, sem qualquer risco à sua saúde. Quando não há chance, por este processo, de se conseguir as células matrizes, capazes de reproduzir a medula óssea do doente, recorre-se à punção de cerca de 200 ml de sangue na medula do osso da bacia do doador, sob anestesia, que, apesar de ser mais invasiva, é a forma mais comum de se colher material. Somente pessoas saudáveis podem ser doadores e, por isso, passam por vários exames prévios, a fim de não lhe causarem algum mal ou ao doente. O doador poderá sentir um pequeno incômodo local durante sua recuperação. A utilização de transplante de células tronco de cordão umbilical é limitada, em função do peso do paciente, pois o número de células coletadas é pequeno, ainda sendo primordialmente indicada para as crianças. A qualquer momento o doador cadastrado tem o direito de desistir. Nada é obrigatório. Nada se cobra, nada se ganha - apenas a vida e a única retribuição que se pode dar à grandeza deste ato é respeito e admiração. HEMORIO Telefone 0800 282 0708 O candidato a doador precisa ter entre 18 e 55 anos de idade HEMORIO Telefone 0800 282 0708 Atendimento: Todas as segundas e terças-feiras às 9:30h e um Sábado a cada mês Rua Frei Caneca, 8 – Centro – RJ Próximo ao Campo de Santana HEMORIO Telefone 0800 282 0708 Outros estados acesse endereço e telefone no link: Telefones do REDOME (21) 3970-2382 / 3970/ 4100 Telefones do REREME (21) 3970-4076 / 3970/ 4324, Telefax (21) 3970-3968 REDOME / REREME Rua do Resende, 195, térreo - Centro - Rio de Janeiro / RJ BSCUP Banco de Células de Sangue do Cordão Umbilical e Placentário