Slide 1 - Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso

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AVALIAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES DE PREVENÇÃO
DA TRANSMISSÃO VERTICAL DE SÍFILIS NO PRÉ-NATAL EM
UNIDADES SAÚDE DA FAMÍLIA DE CUIABÁ
Maria Helena Lopes
Orientadoras: Elizabeth Moreira dos Santos (ENSP/FIOCRUZ)
Ana Cristina Reis (ENSP/FIOCRUZ)
Cuiabá – 14 e 15 de abril de 2011
1
Introdução
• Infecção congênita da sífilis pode levar a graves
desfechos em 40% das gestações (aborto
espontâneo, natimorto ou morte perinatal e causar
outras sequelas, como cegueira, surdez, retardo
mental e deformidades físicas) (Protocolo de prevenção à TV do HIV e
Sífilis na gestação, 2007)
• Doença evitável desde que diagnosticada e tratada
adequadamente por ocasião do pré-natal (Matilda e Gianna,
2006)
• Diagnóstico de baixo custo com proporções de cura
de 100%. (Protocolo de prevenção à TV do HIV e Sífilis na gestação, 2007)
• Um único registro de sífilis congênita pode ser
considerado falha da assistência pré-natal e grave
erro do sistema de saúde vigente (Schetini et al., 2005)
2
Sífilis na gestação
Brasil:
• A taxa de prevalência é de 1,6% de sífilis na gestação, com uma
estimativa de 50 mil parturientes com sífilis ativa e 12 mil nascidos vivos
com sífilis congênita (Estudo Sentinela 2004)
• Mato Grosso:
• dos casos de SC notificados, 68,7% a gestante teve acesso ao serviço
de pré-natal.
• Sendo que 42,5% foram diagnosticadas com sífilis no pré-natal.
•
42,1% dos companheiros receberam tratamento.
• A incidência de sífilis congênita registrada é de 1/1000 Nascidos Vivos NV.
• É alta a proporção de informações ignoradas/não preenchidas
• Foi de 42,5% a sub-notificação dos casos de SC.(Duarte, 2006)
3
Número de casos de SC e sífilis na gestação segundo município de
residência e anos de notificação, Cuiabá, 2001 – 2009
40
35
30
Nº
25
20
15
10
5
0
Sifilis Congênita
Sifilis em Gestante
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
3
11
14
5
6
37
38
34
16
3
16
22
28
14
Dados extraídos em 30.04.2010 sujeitos a alterações Fonte: SINAN W e NET/SES/MT/SVS/COVEPI/GEVDAE
4
Indicadores operacionais da sífilis congênita, Cuiabá, 2005 - 2009
300
250
%
200
150
100
50
0
2005
2006
% gest sífilis c/ diag. até 2º trimestre de gestação
2007
2008
2009
% gest c/ sífilis q realizaram VDRL no pré-natal
% gest. c/ parceiro tratados concomitante
5
Fonte: Dados extraídos em 30.04.2010 sujeitos a alterações. Fonte: SINAN W e ET/SES/MT/SVS/COVEPI/GEVDAE
Modelo Lógico do Programa
Componente
operacional
Componente
Técnico
Insumo
Pré-Natal
Prevenção
Farmacêutica
RH Treinados
RH treinados
RH treinados
RH treinados
RH treinados
Material Educativo
Materiais técnicos
Kits para teste sífilis
Medicamentos
Materiais técnicos
Ambiente
adequado
Solicitaçãofísico
de exames
na
1ª consulta e no último
trimestre de gestação
Instituição de tratamento à
gestante com sífilis
Testagem para sífilis
(penicilinas)
Dispensação de
medicamentos nas UBS
para tratamento da
sífilis
Fichas notificação
Notificação dos casos
de sífilis na gestação
Visitas Domiciliares
Produtos
Resultados
Impacto
Vigilância
Epidemiológica
Laboratorial
Captação Precoce
Atividades
Assistência
Clínica
Atividades educativas
individuais e Atividades
Educativas coletivas.
Tratamento do parceiro
Oferta de preservativo
Busca de faltosos
Visitas domiciliares
Estabelecimento de
fluxo e tempo de
retorno dos
resultados dos
exames
Dispensação de
preservativos
Garantia de estoques
Nº de gestante captada
precocemente.
Nº de visitas domiciliares
por gestante.
Nº de UBS com reunião
de gestantes regulares.
Nº de atividades
educativas com gestantes
realizadas
Nº
consulta
pré-natal
realizada.
Nº de testes solicitados
Nº. de gestantes com sífilis
tratadas adequadamente.
Nº. de parceiros tratados
Nº de gestantes
acompanhadas no prénatal
Nº de teste VDRL
disponibilizados
Nº de gestantes
testadas que receberam
o resultado
Nº de parceiros
testados que receberam
o resultado
Nº de tratamento de
sífilis materno
disponibilizado
Nº de tratamento de
parceiros
disponibilizado
Nº de preservativos
distribuídos
% de gestante com 2º
testes para sífilis
realizado no pré-natal
%de gestantes com de
sífilis
diagnosticas
e
tratadas adequadamente.
% de parceiros tratados
concomitante
com
as
gestantes
% de Kits de testes para
sífilis disponíveis
% de resultados de
exames em tempo
oportuno
%de tratamento para
sífilis materna
disponibilizado
% de pacientes reativos
tratados
Redução das taxas de transmissão vertical da sífilis
Nº de casos notificados
de gestantes com sífilis
% de casos de sífilis
em
gestantes
notificados
em
comparação
ao
estimado
6
Envolvimento dos usuários potenciais
• Usuários potenciais da avaliação foram identificados;
• Técnicas de consenso:
1. Método Delfos: instrumentos respondidos por
especialistas convidados e usuários potencias e
as respostas tratadas estatisticamente
2. Técnica do grupo nominal: permitiu que os
participantes exprimissem suas opiniões e
contribuições a respeito do problema.
7
1.Matriz de relevância de critérios/indicadores do contexto interno
Sub-dimensão
Pontuação Máxima de
Oportunidade Técnica
PM 303 Pontos
ACESSO
Contexto interno
Critérios/indicadores
Moda
(pontos)
Perguntas
Disponibilidade Pontuação
Máxima de 55
to
Relevância
Dimensão
110 (pontos)
Contex-
O apoio diagnóstico e
terapêutico está
disponível de acordo
com as necessidades
técnicas ?
Existência de profissionais médicos e enfermeiros com 40h disponíveis na
ESF
Realização de coleta de amostra de exames para sífilis na própria unidade do
pré-natal
Realização de entrega de resultados na própria unidade do pré-natal.
R RR RR
R
8
X
10
X
10
X
Existência de medicamento penicilina g. benzatina na ESF
7
Existência de preservativos disponíveis na farmácia da ESF.
10
X
10
X
10
X
10
X
10
X
10
10
X
X
10
X
10
10
X
X
10
X
10
X
Existência de material informativo referente a prevenção da TV da sífilis
afixado na ESF
Existência de profissionais entrevistados capacitados para a prevenção à
O apoio diagnóstico e
transmissão vertical da sífilis.
terapêutico está
ocorrendo no momento Existência de protocolo para prevenção de transmissão vertical da sífilis
disponível para consulta.
oportuno e de acordo
com as necessidades dos % de gestantes que tiveram seu teste VDRL solicitado no 1º trimestre de
gravidez
usuários?
% de gestantes que realizaram o 2º teste VDRL.
% de gestante que tiveram seu teste solicitado
% de gestante que receberam o resultado do exame VDRL em 15 dias após
coleta
% de gestantes com sífilis com diagnóstico oportunas
% de parceiros diagnosticados oportunamente
% de prontuários com registro de tratamento para sífilis durante a
gestação/parto
% de gestantes tratadas concomitante com os parceiros.
% de gestantes que usam preservativos em todas as relações sexuais
X
10
8
Parâmetros para a caracterização do grau de
implementação
Grau de implementação
Percentual
Implementação aceitável (IA)
Maior ou igual a 80%
Implementação incipiente (II)
De 40,0 a 79,9%
Implementação crítica (IC)
Menor ou igual a 39,9%
Fonte: Santos et al., 2006
9
Pressuposto
Adequada implantação do programa de prevenção da
TV da sífilis viabiliza o acesso da gestante às ações de
controle do agravo no momento do pré-natal,
propiciando a redução, a médio e longo prazo, da Sífilis
Congênita.
10
Perguntas Avaliativas
Geral
As ações de prevenção da transmissão vertical da sífilis
em Cuiabá estão sendo implementadas em
conformidade com o que preconiza o protocolo de
atenção à gestante com sífilis, no momento do prénatal?
Específicas:
1) Os insumos e atividades para a prevenção da TV da
sífilis em Cuiabá estão disponibilizados no momento
oportuno para evitar o caso SC?
2) As ações estão ocorrendo em conformidade com as
normas técnicas?
3) Qual é o grau de implementação do programa de
prevenção da transmissão vertical da sífilis em Cuiabá,
no momento do pré-natal?
11
Objetivos
Geral
Avaliar o grau de implementação das ações de
prevenção da transmissão vertical da sífilis em
Unidades de Saúde da Família, do município de Cuiabá.
Específicos:
• Verificar o grau de implementação das ações de
prevenção da transmissão vertical de sífilis;
• Analisar os fatores dos contextos externo e interno
associados ao grau de implementação das ações de
prevenção da transmissão vertical de sífilis no momento
do pré-natal, em Unidades de Saúde da Família no
município de Cuiabá;
•
Recomendar rotinas e padrões de boas práticas para a
prevenção da transmissão vertical de sífilis.
12
Metodologia da Avaliação
A análise de Implantação: relaciona a intervenção e
seu contexto
• Abordagem: avaliação normativa e formativa.
• Foco: componentes estruturais da intervenção de
estrutura (insumos) e de processo (atividades) e os
fatores que influenciaram na implementação.
• Uso: melhoria do programa.
13
Dimensões da análise de implantação do
programa
Contextos Dimensões
Interno
Acesso
Subdimensões
Perguntas
Disponibilidade
Os insumos e atividades para a
prevenção da TV da sífilis em
Cuiabá estão disponibilizados
para evitar o caso SC?
Oportunidade
Os insumos e atividades para a
prevenção da TV da sífilis em
Cuiabá estão disponibilizados no
momento oportuno para evitar o
caso SC?
Conformidade
As ações estão ocorrendo em
conformidade com as normas
técnicas?
14
Desenho do Estudo
Tipo de estudo:
Combinou-se um estudo transversal do programa de
prevenção à TV das sífilis no momento do pré-natal, a
análise de prontuários, com um estudo de dois casos
contrastantes.
Método: misto (quali e quantitativo)
Técnica de coleta de dados: primária e secundária
• primária: entrevista semi-estruturada com informanteschave e observação direta.
• secundária: revisão de prontuários, levantamento e
análise documental e sistemas de informação
15
Critérios de inclusão e exclusão
• Critérios de inclusão da USF caso: duas unidades de saúde da
família com êxito contrastante, entre os bairros de renda abaixo
de 2,91 SM; ter ESF implantada há mais de três anos e equipe
completa na hora da coleta de dados.
• Elegeu-se, em função da baixa prevalência, a revisão dos
prontuários de todos os casos de gestantes com sífilis ocorridos
nos anos 2007 e 2008 no município de Cuiabá e notificados no
SINAN.
• Para definição do número de prontuários de gestantes sem
sífilis que deveriam ser revisados, levou-se em conta a
população total de gestantes atendidas no ano/ESF e sua
paridade com o número de prontuários revisados de gestantes
com sífilis.
16
Coleta de dados
• A coleta de dados foi realizada entre os meses de
janeiro a março de 2010.
• Desenvolveu-se o trabalho de campo em que foram
revisados os prontuários de gestante com sífilis
notificadas nos anos de 2007 e 2008 ( ± 30 dias)
•
A coleta de dados nas ESF foi realizada pela
responsável pela pesquisa (± uma semana em cada
unidade).
• Todas as visitas foram acompanhadas por uma técnica
do Programa de DST/AIDS e Hepatites Virais Municipal.
17
Análise dos dados
• Os dados quantitativos (secundário e primário) foram
organizados em um banco de dados único,
utilizando-se o programa da Microsoft Excel, versão
2007. Foram agrupados através de tabela dinâmica
onde calculou-se as porcentagens, segundo as
variáveis selecionadas.
• Os dados qualitativos foram agrupadas por
segmento e repetição de ideias e categorizados por
relevância atribuída pela pesquisadora.
• A observação direta foi realizada na USF, utilizandose um roteiro de observação padronizado e
consolidados manualmente.
18
Modelo Teórico da Avaliação
Modelo Lógico do
Programa
Análise documental
Caracterização da
situação problema
Descrição do
programa:
Identificação das
dimensões e subdimensões essenciais
(
Insumos; atividades;
produtos resultados e
impactos.
Envolvimento
usuários da pesquisa
Delimitação das
perguntas
avaliativas
Desenho do estudo
Abordagens qualitativas e
quantitativas:
Avaliação de processo normativa e
formativa
Estudo de Transversal:
Estudo de caso múltiplo.
Coleta dos dados
1. Dados primários
entrevistas semi-estruturada
observação direta
2. Dados secundários:
SINAN/SINASC , documentos
institucionais, IBGE, IPDU.
Revisão prontuários dos casos
gestantes com sífilis e não sífilis
nos anos 2007 e 2008 das
unidades estudadas.
Análise dos dados
Julgamento e tomada de decisão
Disseminação
Caracterização do grau de
implantação (insumos e
atividades)
a) Construção e aplicação da
matriz de
Análise e julgamento
Julgamento do mérito do
Programa: identificação de fatores
facilitadores e
Obstáculos à implantação do programa
Apresentação de
relatórios parcial e final
aos usuários potenciais
da pesquisa; elaboração
de artigo científico para
socialização em
congressos, seminários e
reuniões científicas e
publicação em revistas
especializadas.
Estudo dos fatores
Explicativos do grau de
Implantação
a) Descrição do contexto
Externo
b) Descrição do contexto
Organizacional
Conclusão: lições aprendidas
Recomendações factíveis,
Considerando o contexto
Organizacional e externo
Organizar Seminário de
boas práticas.
Uso provável da avaliação:
Apoiar a tomada de decisão a respeito
dos ajustes necessários.
Informar os usuários potenciais
Confronto com o modelo
lógico do programa
Envolvimento dos usuários
potenciais e Definição
consensuada do MLP e das
matrizes de critérios e
indicadores; matriz de análise e
Julgamento; dos parâmetros e
padrões de julgamento e
indicadores da avaliação
Fonte: Adaptado de Santos et al.
19
• RESULTADOS
20
Grau de implementação dos insumos: subdimensão Disponibilidade
Insumos
Critérios/indicadores de
Disponibilidade
Existência
de
profissionais
médicos e enfermeiros com 40h
disponíveis na ESF
Realização de coleta de amostra
de exames para sífilis na própria
unidade do pré-natal
Testagem VDRL
Realização
de
entrega
de
resultados na própria unidade do
pré-natal.
Medicamentos
Existência
de
medicamento
penicilina g. benzatina na ESF
Existência
de
preservativos
disponíveis na farmácia da ESF
Insumos de Prevenção
Existência de material informativo
referente a prevenção da TV da
sífilis afixado na ESF
Grau de implementação da Sub-dimensão
Índice de
Índice de
implantação Implementação
do insumo
da dimensão
RH
100
100
100
100
100
0
0
100
50
0
Incipiente (62,5%)
21
Atividades
Resultados: Grau de implementação das
Critérios/indicadores
de Oportunidade
Índice de
Índice de
atividades,
sub-dimensão
oportunidade
Implantação Implementação da
da Atividade
Realização das ações de Existência de profissionais entrevistados capacitados para a
humanização no pré-natal prevenção à transmissão vertical da sífilis.
dimensão.
0
0
Existência de protocolo para prevenção de transmissão vertical da
sífilis disponível para consulta.
0
Realização da testagem no % de gestantes que tiveram seu teste VDRL solicitado-realizado no
pré-natal
1º trimestre de gravidez
35
% de gestantes que tiveram o 2º teste VDRL solicitado-realizado na
30ª semana de gestação .
% de gestante que tiveram seu teste solicitado durante a gravidez.
% de gestante que receberam o resultado do exame VDRL em 15
dias após coleta
76,7
46,1
3
% de gestantes com sífilis com diagnóstico oportunas
100
% de parceiros diagnosticados oportunamente
22
Realização de tratamento % de prontuários com registro de tratamento para sífilis durante a
concomitante gestante e gestação.
parceiro
% de gestantes tratadas concomitante com os parceiros.
Oferecimento preservativo
13
% de gestantes que usam o preservativo em todas as relações
sexuais
Grau de Implementação da sub-dimensão
89
50
11
0
0
Crítico (23%)
22
Resultados: Grau de implementação das
atividades, sub-dimensão conformidade
Atividades
Critérios/indicadores de Conformidade
Realização das ações % de prontuários de gestantes com cópia do cartão da gestante
de humanização no pré- informado
natal
% de gestante acompanhada em pré-natal por ESF frente ao
estimado
Existência de grupo de gestante formado e com reunião regular
Existência de rotina de visitas domiciliares no pré-natal
Existência de rotina para captação precoce de gestante.
Existência de práticas de educação em saúde para gestantes em
pré-natal
Existência de maternidade de referência para o parto definida
% de 7 ou + consultas realizadas por gestante no pré-natal.
Realização da testagem
no pré-natal
Realização
de
tratamento
concomitante gestante e
parceiro
Oferecimento
preservativo
Notificação
Existência de mecanismos de priorização de exames para gestantes
Existência de rotina de acompanhamento da gestante quando
referenciada a outros serviços
Existência de mecanismos de adesão ao tratamento.
Existência de mecanismos de busca de parceiros de gestantes com
sífilis
Existência de mecanismo de adesão ao preservativo
Existência de casos de gestante com sífilis notificadas por ESF
Grau de implementação da sub-dimensão
Índice
de Índice
Implantação Implantação
da atividade dimensão
33
42
0
45
45,0
100
0
100
39
100
100
100
96,6
90
100
0
0
50
50
23
Incipiente (57,0%)
de
da
Conclusão
• A partir dos resultados apresentados, foi possível
apontar que o grau de implementação das ações de
prevenção da transmissão vertical da sífilis no pré-natal
em Cuiabá encontra-se incipiente, atendendo a 47,5%
dos critérios/indicadores definidos para a classificação.
24
Caracterização do Município de Cuiabá
População do Município – 544.737 habitantes/2008
• População Feminina: 280.540 (Urbana – 276.331 e
Rural - 4.208) (Estimativa IBGE 2008)
•
% pop. com +10 ano: 0 a 1 anos de estudo - 4%
1 a 7 anos de estudo – 32%
•
•
IDH (2000): 0,821(Censo IBGE 2000) e (PNUD 2000)
Incidência de pobreza (2003) - 27,63% (8,2% da
população têm um rendimento nominal mensal de até 1
sm e 17,12% de até 3 sm) (Pesquisa de Orçamento Familiar IBGE-2003)
•
Cobertura do PSF (39%) ( MS-DAB- 2009)
25
Caracterização das Equipes de Saúde da Família
1.
A estrutura é própria, porém
atendem a duas ESF.
1.
O tratamento não é realizado na USF.
2.
Não há registro de falta de
preservativo na USF.
2.
Não há práticas de incentivo ao uso do preservativo.
3.
A coleta de sangue e entrega
de exame é realizado na
própria USF.
O exame de VDRL é realizado em laboratório
terceirizado e disponibilizado as ESF por cotas.
4.
A ESF não sabe se a cota disponibilizada atende a
necessidade dos usuários.
4.
O exame confirmatório
realizado pelo LACEC.
5.
Não há atividades individuais ou coletivas de educação
em saúde com gestantes .
5.
As visitas domiciliares
realizadas pelos ACS.
6.
Há uma grande rotatividade de médicos e enfermeiros
7.
As ESF não participaram de nenhuma atividade de
educação continuada sobre a prevenção da TV do HIV e
sífilis.
8.
Não há o protocolo de prevenção a TV do HIV e sífilis
para consulta na USF.
9.
.Não há a prática de uso da cópia do cartão da gestante
no prontuário.
10.
Não há material educativo relativos a prevenção da TV
da sífilis disponível na US.
11.
Não tem Conselho Gestor implantado na USF;
3.
é
são
6.
A
equipe
mínima
de
profissionais nas ESF e sua
composição
atendem
ao
requisito previsto na legislação.
7.
Os médicos e enfermeiros
possuem
cursos
de
especialização ou residência
em Saúde da Família.
8.
A estrutura e funcionamento
das
ESF
pesquisadas
obedecem
às
normas
sanitárias.
Fonte:observação direta e entrevista semi-estruturada
26
Caracterização do Contexto Organizacional e sua
Capacidade Técnica Gerencial
1. Possui planejamento e 1. A quantidade de exames e medicamentos é
orçamento para exames e planejada tomando como base uma série histórica
medicamentos para sífilis. dos exames realizados em anos anteriores;
2. No RAG (2007 e 2008) 2. Não há registro de meta de redução da SC no
há
registro
de Plano Municipal de Saúde;
monitoramento
de 3. São frágeis as ações intra-setoriais;
indicador de SC e sífilis
4. O município não possui uma política de
na gestação.
educação continuada definida;
3. Não houve nenhuma
denuncia na Ouvidoria de 5. É comum a gestante ter que procurar vaga
dificuldade
no disponível nas maternidades para a realização do
atendimento aos casos seu parto;
de sífilis na gestação ou 6. Existe uma fragilidade na vigilância do agravo;
SC.
7. Os mecanismos de Controle Social não está
sensibilizado para a prevenção do agravo.
Fonte: revisão de documentos institucionais
27
Ações de Controle da TV da Sífilis no Pré-Natal –
gestante com e sem sífilis
• Média de idade de 20 a 25 anos (p=0,5789)
• escolaridade, menos de sete anos de estudo (p=0,1837).
•
Observou-se uma diferença estatística significativa para o
primeiro exame da sífilis realizado no primeiro trimestre
que ocorreu em 29,5% dos casos comparados aos 35,2%
dos não casos (p=0,0701).
• das gestantes com sífilis (40,1%) e (13,7%) das gestantes
sem sífilis realizaram dois ou mais testes para sífilis na
gestação.
• das gestantes com sífilis (98,1%) e (62,7%) das gestantes
sem sífilis realizaram o teste HIV.
Fonte: revisão de prontuários
28
Comparação das ações de controle da TV da
sífilis entre gestantes com sífilis e sem sífilis.
120
100,0
100
80
77,3
60
49,0
38,6
40
20
0
R ealiz aram P ré-natal
Fonte: revisão de prontuários
C om 6 ou mais c ons ultas P rénatal
C om s ifilis
S em s ifilis
29
Ações de Controle da TV da Sífilis nas USF A e
USF B
60
52,0
50
40
38,5
40,0
30
19,2
20
10
0
7 e mais c ons ultas
ex ame para s ífilis 1º trimes tre
ES F B
Fonte: Revisão de prontuário
ES F A
30
Fatores associados à testagem para sífilis no prénatal
Fatores associados
OR
p-valor
IC
1a 7 anos de estudo
3,93
0,038
0,8818,76
Não brancas
19,80
0,000
5,2281,35
Realizar cuidado pré-natal
0,00
0,0052
0,00 0,67
Cópia do cartão pré-natal no
prontuário
0,20
0,06
0,06 0,65
Fonte: Revisão de prontuário
31
Acesso: sub-dimensão Disponibilidade
Recomenda-se:
1. para o planejamento da necessidade de exames se
utilize parâmetros de necessidades adotados na
Programação Pactuada Integrada – PPI do estado.
2. o emprego do software desenvolvido pelo DAB-MS,
denominado
Programação
para
Gestão
por
Resultados na Atenção Básica - PROGRAB.
3. a disponibilização da penicilina em todas as unidades
básicas.
4. disponibilizar material de apoio a
educativas individuais e coletivas às USF.
atividades
32
Acesso: sub-dimensão Oportunidade
Recomenda-se:
•
Conhecer a população adstrita à área de abrangência da USF.
•
Ampliar o esforço para a captação precoce da gestante.
•
Capacitação em serviço poderia ser viabilizada pela implantação
dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF.
•
Disponibilização do protocolo de prevenção à TV do HIV e sífilis
para as USF.
•
Ampliar a oferta de exame diagnóstico para gestantes.
•
Priorizar e Identificar as solicitações dos exames para gestantes
com um carimbo.
•
Que haja algum estímulo à participação do parceiro nas consultas
de pré-natal.
•
Comprometimento de todos os profissionais de saúde na
prevenção da TV ( atividades individuais e coletivas).
33
Casos reagentes
•
Faz-se necessário a implementação de
estratégias eficazes de busca ativa para
tratamento concomitante à gestante do(s)
parceiros sexuais com o uso do
preservativo em todas as relações sexuais
durante e após o tratamento.
• Acompanhar a adesão ao tratamento.
34
Acesso: sub-dimensão Conformidade
Recomenda-se:
•
•
•
Aprimorar o sistema de registro de atividades multiprofissionais
no prontuário.
Implementar as atividades educativas individuais e coletivas.
Incentivo ao uso do preservativo para pacientes com sífilis ou
outra DST.
•
Adesão municipal à Avaliação para melhoria da Qualidade –
AMQ.
•
Análise dos dados do SIAB para definição de prioridades
locais.
•
Incrementar a vigilância do agravo ampliando as atividades de
prevenção e oferta exames diagnóstico e tratamento para
populações sexualmente ativa e residente em áreas de maior
vulnerabilidade social
35
Novas estratégias recomendadas:
• Aproximar a USF dos movimentos sociais,
escolas e igrejas existentes na comunidade
para adoção de práticas de prevenção à
TVS.
• Ampliar o esforço para a prevenção, de
outras DSTs, considerando a semelhança
nas formas de transmissão.
• Ampliar a cobertura da ESF.
36
“...é até provável que quanto mais uma
avaliação seja bem-sucedida, mais ela
abra caminhos para novas perguntas”.
(A. C. Figueiró)
[email protected]
65-3613-5339/ 9242-7429
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