Legislação Específica

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Interpretação de Texto
Prof. Mamute
CAMPO SEMÂNTICO: DEFINIÇÃO
Tênis  bota  chinelo  botina  piso
Supondo que a palavra
“canapé” seja desconhecida
pelo leitor, considere os
seguintes artifícios de que ele
poderia se utilizar para tentar
descobrir o seu significado.
I. Tentar desmembrá-la para
chegar aos termos “cana” e
“pé”.
II. Associar o significado da
palavra a outras palavras de
grafia semelhante.
III. Analisar o contexto em que
a palavra está inserida.
EXERCÍCIO SOBRE CAMPO
SEMÂNTICO
1. Futebol, campo, arquibancada,
goleira, rua, esporte
2. Sala de aula, amizade, giz,
quadro-negro, aprendizado
3. Leito, médico, doença, cura,
enfermeiro, recepção
4. Goleira, jogador, futebol,
arquibancada, árbitro
5. Piso, tênis, bota, chinelo,
botina
6. Mulher, delicadeza,
inteligência, vaidade, objetividade
7. Jornal, quadro, livro, escultura,
música
8. Arquitetura, projeto, votação,
deputado, política
9. Arquitetura, prédio, casa,
votação, edifício
10. Rio, barco, motocicleta, correnteza,
água.
11. Plantação, arado, milho, estrada, vacas
12. Revólver, pistola, cacetete, espingarda,
fuzil
13. Embelezar, enfear, beleza, gostar,
adorar
14. Concurso, tensão, aprovação, estudo,
choro
15. Casamento, virgindade, amor,
eternidade, sofrimento
INFERÊNCIA: DEFINIÇÃO
1. Carlos continua jogando bem.
a) Carlos joga futebol.
b) Carlos pratica esportes.
c) Carlos sempre jogou.
d) Carlos jogava anteriormente.
e) Carlos já jogou mal.
2. As calotas polares estão
derretendo
a) É um dos possíveis efeitos do
aquecimento global
b) O nível dos oceanos está
subindo.
c) A temperatura do planeta está
aumentando.
d) Mudanças estão ocorrendo na
natureza.
DICAS PARA INTERPRETAR
UM TEXTO
1. Qual a importância do que
penso sobre o tema?
2. Ler primeiro as questões.
3. Anotar nexos ou afins
4. Onde está o tema central?
5. Onde está a conclusão do
autor?
6. O que está no miolo?
TEXTO 1
O governo inglês divulgou
recentemente o que é até agora o
mais detalhado estudo sobre
custos e riscos econômicos do
aquecimento global e sobre
medidas que poderiam reduzir as
emissões de gases do efeito estufa,
na esperança de evitar algumas de
suas piores conseqüências.
Ele deixa claro que o problema
não é mais se podemos nos dar
ao luxo de fazer algo sobre o
aquecimento global, mas sim se
podemos nos dar ao luxo de não
fazer nada.
Esse relatório propõe uma agenda que
custaria apenas o equivalente a 1% do
consumo mundial, mas evitaria riscos que
custariam cinco vezes mais. Os custos
são mais altos do que em estudos
anteriores porque levam em conta que o
processo de aquecimento é bastante
complexo e não-linear, com a
possibilidade de que possa ganhar ritmo
muito mais alto do que se imaginava, além
de ser muito maior do que o previsto
anteriormente.
O estudo talvez esteja
subestimando significativamente
os custos: por exemplo, a
mudança do clima pode fazer
desaparecer a Corrente do Golfo
– de particular interesse para a
Europa – e provocar doenças.
Já em 1995 havia sinais evidentes de que
a concentração de gases do efeito estufa na
atmosfera tinha aumentado acentuadamente
desde o início da era industrial, de que a
atividade humana contribuíra
significativamente para esse aumento e de
que ele teria efeitos profundos sobre o clima
e o nível dos mares. Mas poucos previram a
rapidez com que a calota de gelo do Ártico
parece derreter. Mesmo assim, alguns
sugerem que, já que não estamos seguros
da extensão do problema, pouco ou nada
devemos fazer. A incerteza deve, porém,
levar-nos a agir hoje mais resolutamente, e
não menos.
Um efeito global pode ser enfrentado
com uma mudança tributária
globalmente consensual. Isso não quer
dizer aumento geral de tributação, mas
simplesmente a substituição em cada
país de algum imposto comum por
outro, específico, sobre atividades
poluidoras. Faz mais sentido tributar
coisas más do que coisas boas, como a
poupança e o trabalho. A boa notícia é
que há muitas formas pelas quais
melhores incentivos poderiam reduzir
as emissões.
Mudanças de preços que mostrem os
verdadeiros custos sociais da energia
extraída de combustíveis fósseis devem
estimular inovação e conservação.
Pequenas alterações práticas,
multiplicadas por centenas de milhares de
pessoas podem fazer uma enorme
diferença. Por exemplo, plantar árvores
em volta das casas ou mudar a cor de
telhados em clima quente, para que
reflitam a luz do sol, podem produzir uma
grande economia na energia consumida
pelo ar condicionado.
Só temos um planeta e
devemos cuidar dele. O
aquecimento global é um risco
que simplesmente não podemos
mais ignorar.
(Adaptado de Joseph E. Stiglitz.
O Globo, Opinião, 19 de
novembro de 2006)
1. A idéia central do texto encontra-se na
(A) preocupação com os altos custos
sociais que estão embutidos na energia
obtida de combustíveis fósseis, em todo o
planeta.
(B) proposição de uma necessária ação
efetiva consensual no sentido de reduzir
práticas que alimentem o aquecimento
global.
(C) defesa da criação de impostos,
especificamente sobre combustíveis
fósseis, no sentido de diminuir seu
consumo em alguns países.
(D) constatação, cada vez mais
evidente, de que o nível dos
mares continua subindo, em
virtude das alterações climáticas
em todo o globo.
(E) previsão de medidas a serem
tomadas, em todo o planeta, para
finalmente deter o ritmo em que
se amplia o aquecimento global.
2. ... se podemos nos dar ao luxo
de fazer algo sobre o
aquecimento global, mas sim se
podemos nos dar ao luxo de não
fazer nada. (1º parágrafo)
É correto inferir da afirmativa
acima que ela
(A) explicita, por idéias opostas entre si, o
desacordo existente entre cientistas e as
pessoas comuns, quanto às terríveis
conseqüências do aquecimento global.
(B) indica, de maneira irônica, a
irresponsabilidade de alguns estudiosos
que propõem o abandono de medidas
destinadas a reduzir o efeito estufa.
(C) esclarece, por meio de um trocadilho,
o impasse criado no mundo todo pelos
altos custos de estudos anteriores, de
poucos resultados.
(D) conclui, de forma pessimista,
por uma posição comodista a
respeito da inutilidade da ação
humana quanto aos efeitos do
aquecimento global.
(E) contém, num jogo de
palavras, uma crítica à ausência
de providências objetivas e
eficazes para controlar o efeito
estufa.
3. Identifica-se relação de causa e
conseqüência, respectivamente, entre as
frases:
(A) ... e sobre medidas que poderiam reduzir
as emissões de gases do efeito estufa, na
esperança de evitar algumas de suas piores
conseqüências.
(B) Esse relatório propõe uma agenda que
custaria apenas o equivalente a 1% do
consumo mundial, mas evitaria riscos que
custariam cinco vezes mais.
(C) Mas poucos previram a rapidez com que
a calota de gelo do Ártico parece derreter.
(D) ... já que não estamos
seguros da extensão do
problema, pouco ou nada
devemos fazer.
(E) A incerteza deve, porém,
levar-nos a agir hoje mais
resolutamente, e não menos.
4. Considere o 4º parágrafo do texto.
A frase que constitui um argumento
utilizado pelo autor na defesa de sua
proposta é:
(A) Um efeito global pode ser
enfrentado com uma mudança
tributária globalmente consensual.
(B) Isso não quer dizer aumento geral
de tributação, mas simplesmente a
substituição em cada país de algum
imposto comum por outro, específico,
sobre atividades poluidoras.
(C) Faz mais sentido tributar coisas
más do que coisas boas, como a
poupança e o trabalho.
(D) A boa notícia é que há muitas
formas pelas quais melhores incentivos
poderiam reduzir as emissões.
(E) Por exemplo, plantar árvores em
volta das casas ou mudar a cor de
telhados em clima quente, para que
reflitam a luz do sol, podem produzir
uma grande economia na energia
consumida pelo ar condicionado.
TEXTO 2 – Os doutores do
pessimismo
Não é preciso ser um grande
gênio para constatar que vivemos
num mundo bárbaro, que o ser
humano é capaz das maiores
atrocidades, que a vida é feita de
competição, inveja, egoísmo e
crueldade.
Ninguém precisa ter vivido num
campo de prisioneiros na Sibéria
nem ter sido moleque em região
violenta de uma grande cidade
para saber disso. Mas virou
moda, entre muitos intelectuais e
jornalistas, anunciar uma espécie
de “visão trágica” do mundo,
como se se tratasse da mais
surpreendente novidade.
Com certeza há nisso uma reação saudável
contra o excesso de otimismo. Nada mais
correto do que denunciar o horror. O que
me parece estranho é que, mais que
denunciar o horror, esses pensadores
trágicos e jornalistas sombrios gostam de
destruir as esperanças. O reconhecimento
do Mal, a percepção de que ninguém é
“bonzinho” e de que a realidade é uma
coisa dura e feia vão-se transformando em
algo próximo do fascínio. E, com diferentes
níveis de elaboração e de cortesia pessoal,
esses autores tendem a fazer do fascínio
uma estratégia de choque.
Quanto mais chocarem o
pensamento corrente (que considera
ruim bombardear crianças e bom
defender a Amazônia, por exemplo)
mais ganharão em originalidade, leitura
e cartas de protesto. Parece existir uma
competição nas páginas dos jornais e
na Internet para ver quem conseguirá
ser o mais “durão”, o mais “realista”, o
mais desencantado. Será chamado de
ingênuo ou nostálgico todo aquele que
quiser algo melhor do que o mundo em
que vive.
Então, aquilo que deveria ser
ponto de partida se torna ponto
de chegada: o horror e a
crueldade fazem parte da
paisagem. Melhor assim, quem
sabe: “nós, pelo menos, tiramos
disso a satisfação de não sermos
ingênuos”. Você está
esperançoso com a vitória de
Obama?
Ouço um risinho: “que otário”.
Você quer que se preservem as
reservas indígenas da Amazônia?
Mais um risinho: os militares
brasileiros entendem mais do
problema do que você, que pensa
ser bonzinho mas é tão malvado
como nós. “Pois o ser humano é
mau, desgraçado e infeliz desde
que foi expulso do Paraíso. Você
não sabe disso?”
O que sei é que algumas
pessoas foram expulsas do Paraíso
para morar numa mansão em
Beverly Hills e outras para morar
em Darfur (*).
(Adaptado de Marcelo Coelho,
Folha de S. Paulo, 21/01/2009)
(*) Beverly Hills – rica cidade da
Califórnia; Darfur – região pobre e
conflituosa do Sudão.
1. O autor do texto insurge-se
contra intelectuais e jornalistas
que
(A) desconfiam de quem
dissemina um excesso de
pessimismo.
(B) denunciam as grandes
atrocidades perpetradas pelo
homem.
(C) defendem com radicalismo a
preservação das reservas
indígenas da Amazônia.
(D) propagam seu fascínio por
uma visão de mundo
desencantada.
(E) usam o pessimismo como
estratégia para a defesa de boas
causas.
2. O autor faz ver que, no afã de
defenderem suas convicções, os
doutores do pessimismo
(A) passam a se apoiar em valores
do senso comum, na esperança de
obterem um maior apoio de seus fiéis
leitores.
(B) costumam ver na manifestação
do horror um fato natural e
consumado, em vez de tomá-la como
estímulo a uma reação.
(C) acham desafortunadas tanto as
pessoas que moram em Beverly
Hill como as que moram em Darfur.
(D) posam de nostálgicos nas
páginas dos jornais, para provocar
polêmicas e cartas de protesto dos
leitores.
(E) hesitam em considerar como
boas as notícias que a maioria das
pessoas não teve dúvida em julgar
auspiciosas.
3. Atente para as seguintes afirmações:
I. Embora ache saudável a denúncia das
barbaridades do mundo, o autor se
espanta com o prazer que isso dá a
intelectuais e jornalistas que gostam de
cultivar a desesperança.
II. Os doutores do pessimismo parecem
atribuir a si mesmos, segundo o autor do
texto, a qualidade de realistas, que
fazem questão de se opor a quem
alimenta esperanças de um mundo
melhor.
III. No último parágrafo, com
alguma ironia, o autor apresenta
uma réplica à ideia de que todos
os seres humanos estão,
igualmente, condenados à
infelicidade.
Em relação ao texto, está correto
o que se afirma em
(A) I, II e III.
(B) I e II, somente.
(C) II e III, somente.
(D) I e III, somente.
(E) I, somente.
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