O que avaliamos

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Avaliação dos alunos no
ensino agrícola
Elementos de introdução
Jean-François MARCEL
Professeur de l’Enseignement Supérieur Agricole en Sciences de l’éducation
ENFA , Université de Toulouse (France)
Plano da intervenção
A diversidade das situações de avaliação
(Quando?)
 As funções da avaliação (Por quê?)
 A avaliação: uma obrigação institucional (É
preciso!)
 As dimensões da avaliação (O quê?)
 O procedimento da avaliação (Como?)
 Elementos para uma definição da avaliação (É
o quê?)
 Conclusão: alguns conselhos para avaliar

J-F Marcel, Brésil, mai 2009
2
Avaliação, quando?
A diversidade das situações
de avaliação
Em relação ao trabalho do professor, as
situações nas quais ele avalia, poderiam ser
categorizadas com a ajuda dos binômios de
términos antagônicos.
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
3
Em presença dos alunos /
fora de sua presença
Fase de passar as provas (P)
 Fase de preparação (FP)
 Fase de correção (FP)
 Fase de restituição (P)

J-F Marcel, Brésil, mai 2009
4
De maneira explícita /
de maneira implícita
Uma prova escrita tradicional, uma prova
oral, um exame (Ex)
 A imagem (e as expectativas) que você
cria de seus alunos ao longo do ano:
comportamentos, atitudes, modo de se
vestir, de falar, etc. (Im)

J-F Marcel, Brésil, mai 2009
5
De maneira individual (eu) /
de maneira coletiva (nós)
Eu: preparo minhas provas, aplico as provas a
meus alunos, corrijo minhas cópias, comunico
os resultados, etc.
 Nós: elaboramos CCF, avaliamos situações
pluridisciplinárias, avaliamos estágios,
participamos a jurados, decidimos para a
orientação (os conselhos de aula), etc.

J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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Por razões pedagógicas /
por outras razões






Para conhecer os avanços e os progressos de
meus alunos (RP)
Para ajustar meus ensinamentos (RP)
Por obrigação institucional (os boletins escolares)
(RNP)
Para exercitar meu poder (a avaliação punitiva)
(RNP)
Para controlar a regularidade dos alunos (a
avaliação « surpresa ») (RNP)
Para construir minha imagem (diante dos alunos,
dos parentes, dos colegas, da direção) (RNP)
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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Em resumo
-
-
Um professor de ensino agrícola avalia
seus alunos em muitas situações, segundo
modalidades diversificadas e por motivos
muito diferentes.
Pelo contrário vamos falar « das
avaliações » …
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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A avaliação, porquê ?
As diversas funções da
avaliação
A avaliação é um tipo de « faca Suiça »
pedagógico porque é ao mesmo tempo ...
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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Um instrumento de regulação
Um instrumento de regulação para a ação do
professor:
 No nível de exigências em relação aos
alunos (os resultados, o trabalho a fornecer)
 No nível da organização dos conteúdos
lecionados
 No nível do ritmo de trabalho em aula
 No nível das modalidades pedagógicas
(atividades propostas, recorrer à sínteses,
etc.)
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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Um instrumento de validação
Um instrumento de validação:
 De uma rota de aprendizagem
 De um dispositivo ou de uma
experimentação pedagógica
 De um nível de requisito
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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Um instrumento de federação
Um instrumento de federação de uma
equipe pedagógica:






Para um CCF
Para uma situação pluridisciplinária
Para um projeto de equipe
Para um projeto de estabelecimento
Para uma decisão de orientação
Para uma decisão de punição
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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Um finstrumento de comunicação
As notas, também as anotações e as
apreciações, constituem instrumentos de
comunicação em relação aos:
Alunos
 Parentes de alunos

E também, indireitamente aos:
Colegas
 Direção do colégio

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Um instrumento de valorização
Um instrumento de valorização ao serviço
da elaboração de imagem:
Do professor,
 De um dispositivo inovador,
 De um diploma ou de um curso,
 De um estabelecimento

J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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A avaliação, « é preciso » !
A avaliação, uma obrigação
institucional
Como professor, você é « obrigado » a
avaliar
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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Essa obrigação se refere
A avaliação ao serviço da orientação dos
alunos
 A avaliação certificativa ao serviço da
obtenção de um diploma

J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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A avaliação a serviço da orientação
dos alunos

Se trata:
◦
◦
◦
◦

Das provas com notas,
Atingindo a média,
Alimentando boletins escolares
E as decisões de orientação
Essa avaliação:
◦ Se enquadra numa equipe pedagógica (boletim,
conselho de classe)
◦ É destinado ao aluno, mas também aos parentes
◦ Envolve a imagem do aluno, do professor, da
turma, do curso, do colégio
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A avaliação certificativa a serviço da
obtenção de um diploma
Ela é acompanhada por uma série de
obrigações:
 De conhecer e de aplicar os textos oficias
que regem a avaliação,
 De elaborar certas provas (principalmente no
caso do CCF),
 De preparar seus alunos às provas de
certificação,
 De garantir que todos seus alunos possam
conseguir (obrigação « ética »)
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A avaliação, o quê?
As dimensões da avaliação
Para elaborar uma avaliação é necessário
estabelecer 5 pontos: os objetos, as
modalidades, os atores, as finalidades e os
efeitos
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1 – Os objetos da avaliação
O que avaliamos (verdadeiramente)
quando avaliamos ?
 Os alunos: Suas satisfações, suas atitudes,
seus desempenhos, suas competências, etc.
 Os professores (nós-mesmos): as escolhas
pedagógicas, a eficiência do período de aula,
etc.
 O dispositivo: o modo de organizar a
atividade, o conteúdo de um manual, etc.
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2 - As modalidades da avaliação
Como fazemos para avaliar?
 Quando a avalição foi analizada: antes de ter
preparado o período de aula ou depois de ter
terminado este período?
 Qual técnica usamos? Qual é seu grau de
transparência?
 Qual é o lugar dado ao aluno? Ele é avisado da
data? Dos objetivos? Do gabarito? Ele é
associado com a correção? E a elaboração da
prova?
 Qual solenidade damos ao ato de passar? E a
restituição dos resultados?
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3 – Quem são os atores da
avaliação
Quem é envolvido pela avaliação?
Qual é a função (em termo de
decisão por exemplo) que é
atribuída a cada um ?
 O professor avaliador
 Os alunos
 Os pais de alunos
 A equipe pedagógica
 A instituição (o colégio, o jurado)
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4 – As finalidades da avaliação
Por quê e para que avaliamos?
 Como é que distinguimos:
◦ As finalidades procuradas que se refere aos
valores e a ética
◦ Das causas da avaliação que se refere aos
objetivos mais operacionais?

Como deixamos claro as questões socias
da prova: seus destinatários, suas funções,
etc.
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5 – Os efeitos da avaliação
Avaliar tem efeitos:
 Efeitos sobre quem (ou sobre o quê? )
◦
◦
◦
◦
◦

Sobre os alunos?
Sobre o projeto do professor?
Sobre a equipe pedagógica?
Sobre o estabelecimento?
Sobre a institução?
Quais tipos de efeitos?
◦
◦
◦
◦
Efeitos visados (explícitos)?
Efeitos esperados (implícitos)?
Efeitos contrários (não desejados)?
Efeitos perversos (não previstos)?
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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Avaliação, como?
O procedimento da avaliação
Teoricamente ela inclui 7 etapas
agrupados em 3 fases (o esperado, o
obtido, a decisão)
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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A fase de elaboração (o esperado)
Ela é composta de 3 etapas:
 1 – Fixar o objetivo (em contato com as
referênciais)
 2 – Fixar os critérios (em termos de
esperados)
 3 – Fixar os indicadores (elaborar a
prova)
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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A fase de análise (o obtido)
Ela é composta de 2 etapas:
 4 – Recolher a informação (ato de passar
a prova)
 5 – Apreciar as distâncias entre os
indicadores e as informações (correção
das provas)
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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A fase de decisão
Ela é composta de duas fases:
 6 – Formular uma conclusão (notação,
apreciação)
 7 – Tomar uma decisão
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Caraterísticas do procedimento
Este procedimento de avaliação:
 É misturada pela negociação
 É repleta de subjetividade
 É sujeito à dificuldade
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Um procedimento misturado pela
negociação
O professor com ele mesmo: por motivo de conforto,
para se prender mais a seus ensinos que aos objetivos
oficiais, etc.
 O professor com seus alunos: sobre o nível de xigência,
sobre as notas, sobre as modalidades, etc.
 O professor com os pais dos alunos; sobre os níveis de
exigências, sobre as notas, sobre as decisões, etc.
 O professor com a equipe pedagógica: sobre as notas e
sobre as médias, sobre as apreciações, sobre as
decisões, etc.

J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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Um procedimento repleto de
subjetividade
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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Um procedimento sujeito a
dificuldade

A transposição, quer dizer declinar (ou traduzir) :
 O objetivo: por exemplo uma competência
 Em critérios: o que cobre esta competência
 Os critérios nos indicadores: elementos diretamente observáveis
que atestam a « presença » dos critérios.

A avaliação da transposição, se trata de verificar as adequações:
 Falando dos indicadores
 Para retornar ao criterio
 Depois ao objetivo

O « negativo » dos indicadores:
 Não basta listar os indicadores
 É preciso elaborar uma prova que permita de fazer emergir
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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A avaliação, é o quê?
Em direção à uma definição
da avaliação
Em 3 etapas
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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Uma primeira definição
A avaliação é um processo (1) pelo qual
definimos (2), obter (3) e fornece (4)
informações (5) úteis (6) permitindo se
tomar uma decisão (7)
◦ 1 : atividade contínua
◦ 2 : identificação das informações pertinentes
◦ 3 : colheta, medida, análise dos dados
◦ 4 : comunicação desses dados
◦ 5 : fatos a interpretar
◦ 6 : respeito dos critérios de pertinência
◦ 7 : ações de ensino, de orientação, etc.
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Uma definição a completar
 Avaliar não pode se fazer sem comparar,
quer dizer apreciar uma distância entre um
« esperado» e um « obtido »
 Comparar por exemplo:
◦
◦
◦
◦
◦
Uma cópia a um gabarito
Um aluno a ele mesmo
Um aluno aos outros colegas de turma
Os resultados de um aluno com média nacional
Etc.
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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Uma definição a « criar »
A






avaliação envolve valores:
Políticas,
Filosóficas,
Educativas,
Pedagógicas,
Éticas,
Etc.
 Principalmente
nas fases:
 De elaboração
 De decisão
 Avaliar:
 Em primeiro, confrontar-se a valores
 A dimensão técnica não aparece somente no segungo
tempo
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Conclusão: Alguns conselhos para avaliar
 Antecipar: a
avaliação é prevista antes do cíclo do
ensino
 Visar o sucesso de todos os alunos (guardar em
memória)
 Associar os alunos a sua avaliação
 Esclarecer: o que se está em jogo, as dimensões, as
funções, os destinatários, etc.
 Elaborar um procedimento racional e segurar sua
subjetividade (sem negá-la)
 Respeitar os textos oficiais
 Tomar seu lugar numa equipe pedagógica (ou em um
jurado)
 Decidir e assumir suas responsabilidades
J-F Marcel, Brésil, mai 2009
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