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1) Gramática GerativoTransformacional
2) Relações sintagmáticas/
Diagramas
LINGUÍSTICA ESTRUTURAL
Prof.ª Gláucia Lobo
O que é gramática?
GRAMA (letra) + TICA (arte e/ou técnica):
arte e/ou técnica das letras;
Estudo
ou tratado dos fatos da linguagem
e das leis naturais que a regulam (Aurélio);
O que é gramática? – Sírio
Possenti
Conjunto
de regras – organização das
expressões que os falantes utilizam;
Hipóteses
sobre os conhecimentos que
habilitam o falante a produzir frases ou
seqüências de palavras de maneira tal que
essas
frases
e
seqüências
são
compreensíveis
e
reconhecidas
como
pertencendo a uma língua;
Todos os que falam sabem falar;
O que é gramática? – Sírio
Possenti
Não
confundir capacidade ou dificuldade
de aprender uma língua com a capacidade
ou dificuldade de aprender a escrever
segundo um determinado sistema de
escrita;
Ex.:
colocação do artigo antes do nome
(“A casa” e não “Casa a”);
Saber a gramática da língua é saber dizer
e saber entender frases.
O que é gramática?
Gramatical ≠ regras gramaticais;
Gramatical: o que é aceito na linguagem;
Ex.: “Os home do bá”; “Bá os home do”.
Contexto histórico
Gramáticas: surgimento – século XVI;
Início
do período clássico da literatura,
período de forte influência da literatura e
cultura greco-romana;
Padrão de boa cultura e de língua;
Linguagem
mais privilegiada:
(latim clássico), mais rebuscada.
clássica
Tipos de gramática
Há
diversos
gramática;
tipos
(modalidades)
Nossa abordagem:
1. Gramática Nocional (ou Tradicional)
2. Gramática Formal (Distribucional)
3. Gramática Estrutural
4. Gramática Gerativo-Transformacional
de
Gramática GerativoTransformacional
Nasceu como uma teoria da sintaxe;
Nossa
base: estudos do lingüista Noam
Chomsky;
Principais diferenças entre ela e as outras:
-Não busca um “modelo” correto;
-Não é taxionômica;
-É geral, é teórica.
Pressupostos da Gramática
Chomskyana
1. A concepção de
lingüística é inata:
que
a
capacidade
Teoria
inatista ou nativista: o homem
nasce com a capacidade lingüística;
Atenção:
não é a linguagem que é inata, é
a capacidade lingüística.
Pressupostos da Gramática
Chomskyana
2. Leis comuns = leis universais:
As
línguas são sistemas organizados
extremamente regulares; são dotadas de
leis que regem o seu funcionamento e são
de todas as línguas. Ex.: o gato/ gato o.
Pressupostos da Gramática
Chomskyana
3. A atividade lingüística é um ato criativo:
Às vezes foge à regra e é diferente. Podese entender essa criatividade como:
Mudança
e
desvio
das
(neologismos). Ex.: “caetanear”;
Sendo
entendida como regida
regras
(possibilidade
de
criar
infinidade de frases).
regras
pelas
uma
Noções básicas da
Gramática GerativoTransformacional
a) Sua designação:
Gerativa:
fornece
uma
descrição
estrutural (finita) para todos os objetos
lingüísticos (infinitos) que são gramaticais
dentro da língua natural que se examina;
Transformacional:
concebe e descreve
estruturas de superfície como resultado de
transformações
operadas
nas
suas
estruturas profundas; estuda as gerações e
as transformações das frases.
Noções básicas da
Gramática GerativoTransformacional
b) Competência e Performance:
Competência:
conhecimento que o falante
possui da língua;
Performance:
utilização efetiva da língua
em situações concretas.
Noções básicas da
Gramática GerativoTransformacional
c) Gramatical e Agramatical:
Nenhuma
gramática pode limitar-se a
elaborar listas de frases ou classificação
de elementos;
Uma
frase é gramatical (ou aceitável)
quando está bem formada, fonológica e
sintaticamente;
em
caso
contrário
dizemos que ela é agramatical.
Noções básicas da Gramática
Gerativo-Transformacional
c) Gramatical e Agramatical: as frases podem ser:
Bem
formadas (sintaticamente) e
sentido: O menino fará anos amanhã;
Bem
formadas, mas sem sentido:
sexagenário fará oitenta anos amanhã;
dotadas
O
de
menino
Mal
formadas, mas dotadas de sentido: O menino
fazer anos amanhã;
Mal
formadas e sem sentido: Fará sexagenário
amanhã anos o oitenta menino.
Ainda sobre Gramatical e
Agramatical
Chomsky: frases gramaticais são bem formadas de
acordo com as regras da língua e frases
agramaticais não são bem formadas, porém são
aceitas pelo falante:
Nós fomos embora: é gramatical e interpretável.
O salsicha é boa: não é gramatical, contudo
é
interpretável.
Carro menino um quebrou o do: não é gramatical
nem interpretável.
Há
graus de agramaticalidade e a interpretação
depende do conhecimento do falante.
Noções básicas da Gramática
Gerativo-Transformacional
d) Estrutura profunda e de superfície:
Estrutura profunda: não está representada
diretamente na forma do signo, é abstrata e
não possui duplo sentido – não é ambígua;
Estrutura
de
superfície:
diretamente
relacionada com a forma fonética do
enunciado, sua representação é linear,
possui arranjo hierárquico dos elementos –
pode levar à ambigüidade;
Noções básicas da Gramática
Gerativo-Transformacional
d) Estrutura profunda e de superfície:
Exemplo
de ambigüidade: “O
recebeu uma foto de Franca”;
Diagramas
homem
em
árvore
resolvem
o
problema da ambigüidade e casos em que
a estrutura é diferente, contudo o sentido
é igual (Ex.: orações na voz passiva).
Relações Sintagmáticas
Ocorrem
no âmbito da oração; estrutura
gramatical;
Conta
com três componentes, que formam
o componente sintagmático:
-Sintático;
-Fonológico;
-Semântico.
Relações Sintagmáticas
Uma oração é formada de sintagmas e não
de palavras;
Sintagmas: unidades formadas por uma ou
várias palavras que, juntas, desempenham
uma função na oração.
Relações Sintagmáticas
Sintagmas:
união dos três componentes
importantes
para
a
comunicação
e
compreensão
dos
falantes
na
emissão/recepção de mensagens;
O
componente sintagmático
estrutura profunda.
forma
a
Sintagmas
Estrutura
básica da frase: oração = um
sintagma nominal (sujeito) + um sintagma
verbal (predicado);
Nominal,
verbal,
preposicional;
adjetivo,
adverbial
e
Atenção para as funções dos sintagmas;
Sintagma
nominal: um artigo ou pronome
(determinante) + um substantivo ou um
pronome (nome = núcleo).
Sintagmas
Sintagma
verbal: um verbo (núcleo) + um outro
sintagma complemento, como:
Sintagma nominal;
Sintagma
núcleo);
adverbial (advérbio e locução adverbial =
Sintagma
preposicional (preposição ou locução
preposicional – núcleo – e um sintagma nominal);
Sintagma
adjetivo ou adjetival (adjetivo ou locução
adjetiva = núcleo);
Os sintagmas preposicional e adjetivo podem ocorrer
também no sujeito e em outros sintagmas da oração.
Sintagmas: esquema
O – SN + SV
SN – determinante + nome
SV – V + SN
V + S prep.
V + S. adv.
V + S. adj.
V + SN + S prep. (ou S adv. ou S adj.)
S prep. – preposição + SN
Diagramas em árvore
Eliminação de ambigüidade na oração;
Identificação
compõem;
dos
Exemplos a seguir.
sintagmas
que
a
O aluno entendeu o exercício.
SN: O aluno
SV: entendeu o exercício.
O
SN
SV
determinante nome
verbo
SN
determinante nome
O aluno
entendeu o exercício.
Ele corre rápido.
SN: Ele
SV: corre rápido.
O
SN
SV
determinante nome
X
V
pronome
Ele
corre
S adv.
advérbio
rápido.
O espetáculo foi maravilhoso.
SN: O espetáculo
SV: foi maravilhoso.
O
SN
SV
determinante nome
verbo S. adj.
adjetivo
O espetáculo
foi
maravilhoso
“Comprei uma flor para minha
mãe.”
SN: (eu)
SV: Comprei uma flor para minha mãe.
SV: verbo + SN + S. Prep.
Comprei uma flor para minha mãe.
O
SN
SV
det. nome
(Eu)
comprei
uma
flor
para
minha
mãe.
Soneto do amigo
(Vinícius de Moraes)
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica…
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