Periodização do livro do João Manuel

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Periodização do livro do João Manuel
“O Capitalismo Tardio”
Etapas:
Economia Colonial (1500-1808)
Economia Escravista Cafeeira Nacional
(1808-1888)
Economia Exportadora Capitalista (1888-1930)
Industrialização Restringida (1930-1956)
Industrialização Acelerada (1956-1961)
Economia Colonial
• Contornos da economia colonial: Estão presentes dois setores:
um exportador e um produtor de alimentos. O setor exportador
produz, em larga escala, produtos coloniais (açúcar, tabaco, metais
preciosos, etc.) destinados ao mercado mundial. A produção
mercantil é organizada pelos proprietários dos meios de produção
com utilização do trabalho compulsório. O setor produtor de
alimentos só é mercantil na medida em que o tempo de trabalho da
força de trabalho empregada no setor exportador é dedicado,
exclusivamente, à produção de mercadorias de exportação. Este
setor pode estar organizado à base de trabalho servil, trabalho
escravo ou, mesmo, por produtores independentes. Porém, parte do
tempo de trabalho da força de trabalho do setor exportador pode ser
empregada na produção de subsistência. Neste caso, o caráter
mercantil do setor produtor de alimentos desaparece e ele surge
como que embutido no setor exportador.
• A economia colonial define-se, portanto, como altamente
especializada e complementar à economia metropolitana. (p. 37)
Economia mercantil-escravista cafeeira nacional
•
A queda do “exclusivo metropolitano” e a subseqüente formação do
Estado Nacional marcam o início da crise da economia colonial no Brasil.
• O processo de produção em qualquer economia mercantil-escravista
principia-se com a existência de um “quantum” de capital-dinheiro, que se
metamorfoseia, em seguida, em terras, meios de produção e escravos, os
quais, combinados de um certo modo, se transformam em mercadorias. As
mercadorias, ao serem realizadas, assumem novamente a forma de
capital-dinheiro, agora acrescido de um plus, o lucro. Indagar, portanto, a
gênese da economia mercantil-escravista cafeeira há de significar:
1) investigar as origens do capital-dinheiro que a ela se dirigiu;
2) examinar a existência e a mobilização dos recursos produtivos;
3) considerar o nascimento e o “sentido” da demanda externa por café, que,
em última análise, lhe confere o caráter mercantil.
• A economia mercantil-escravista cafeeira nacional é obra do capital
mercantil nacional, que se viera formando, por assim dizer, nos poros da
colônia, mas ganhara notável impulso com a queda do monopólio de
comércio metropolitano e com o surgimento de um muito embrionário
sistema monetário nacional, conseqüências da vinda da Família Real para
o Brasil, que consistiu no passo decisivo para a formação do Estado
Nacional. (p.57-trecho complementar)
Dinâmica da economia mercantil-escravista cafeeira
nacional
• O desenvolvimento da economia mercantil-escravista está
sujeito a três condições fundamentais: 1) à disponibilidade de
trabalho escravo a preços lucrativos; 2) à existência de terras
em que a produção pudesse ser rentável; e 3) às condições
de realização, relativamente autônomas, porque dependem,
também, do comportamento das economias importadoras.
• p. 62 – síntese da primeira condição. p. 63 – síntese da
segunda condição. p. 65 – síntese da terceira condição. p. 67
– conclusão.
• Embora as condições 2) e 3) tenham importância na sua
dinâmica, a crise da economia mercantil-escravista cafeeira
nacional será determinada, significativamente, pelas
inviabilidade do uso do trabalho compulsório.
Emergência do trabalho assalariado: Economia
Exportadora Capitalista
• A inviabilidade da reprodução do trabalho compulsório
coloca concretamente a possibilidade de regressão no
desenvolvimento brasileiro;
• As dificuldades da empresa escravista-cafeeira foram
agravando-se tanto pelas dificuldades de manutenção a
custos competitivos quanto pela expansão de outras
formas de produção mais avançadas, com o uso do
trabalho assalariado;
• A estrada de de ferro e maquinização do beneficiamento
reforçaram a economia mercantil-escravista, por um
lado, mas, ao mesmo tempo, opuseram-se a ela,
criando condições para a emergência do trabalho
assalariado. (p. 82-88 – complemento)
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