Filosofia pré-socrática : o início da filosofia ocidental Final século VII a.C ao final século V a.C. Por que filosofia pré-socrática ? • A expressão refere-se ao período da história da filosofia anterior ao filósofo grego Sócrates . • Este período é também conhecido como COSMOLÓGICO ou NATURALISTA. • As explicações sobre o mundo passaram a não mais depender dos mitos. Uma característica marcante dos pensadores pré-socráticos. • Ao voltarmos ao que convencionou-se chamar “início da filosofia ocidental” e analisamos os textos deixados por esses pensadores antigos ou relatos de pessoas posteriores (chamados doxógrafos) a esse período, verificamos a constância de um tema comum : a NATUREZA (Physis) • “Este mundo , igual para todos, nenhum dos deuses e nenhum dos homens o fez; sempre foi, é e será um fogo eternamente vivo, acendendo-se e apagandose conforme a medida” (Heráclito de Éfeso). As principais preocupações desse período eram: busca da origem do mundo e causa(s) das transformações da natureza. Qual a arqué do mundo * Perguntar pela arché é perguntar por aquilo que é o fundamento original do mundo; * era a pergunta pela causa primeira; pelo princípio original; pela força construtora e mantenedora; era a pergunta que desejava saber a origem/causa de tudo que existia. * Os primeiros filósofos buscaram entender/compreender o mundo em sua estrutura básica, porque se espantaram, se admiraram; foram tomados pelo encantamento do mistério e da complexidade do mundo natural; foram arrebatados pela perplexidade que o mundo causa naqueles que não se conformam com o óbvio : mudanças; diversidade de fenômenos; regularidade dos fenômenos. Tais eram suas preocupações. * A preocupação central era com a totalidade - a physis(natureza). Algumas perguntas básicas suscitadas quando lemos os pré-socráticos : 1) Qual a substância originária do cosmo ? 2) Há mais de uma substância originária do cosmo? 3) Por que as coisas são do jeito que são ? 4) As coisas que são do jeito que são, podem ser diferentes do que são ? 5) Por que as coisas mudam ? 6) Há algo que não mude na mudança ? Algumas respostas construídas pelos primeiros filósofos gregos. • Tales de Mileto (624-546 a.C) é considerado o primeiro filósofo. Disse que a origem de tudo é a água. “Tales viu a unidade do Ser e quando quis exprimi-la , falou água.” (Nietzsche). “Ele inventa a filosofia quando compreende a sua própria questão original, que é o do princípio unitário de todas as coisas (ARCHÉ), essência comum de tudo o que constitui o universo.” (Mário José Santos). Anaximandro de Mileto (610-546 a.C) foi discípulo de Tales. Afirmou que o princípio de tudo é o Ápeiron . “O ápeiron (ilimitado) era o princípio e o elemento das coisas existentes” (Simplício) “Para Anaximandro a substância original (ápeiron) que constitui o mundo é indefinida e em nada se assemelha a qualquer espécie de matéria ou elemento vistos no mundo já estruturado.” (Mário José Santos) Anaxímenes (585-525 a.C) foi discípulo de Anaximandro . Afirmou que o princípio de todas as coisas é o PNEUMA-ÁPEIRON. “O ar é a essência, o substrato, o elemento constitutivo, o fundamento de todas as coisas que são (que existem)” (Mário José Santos) “O ar se diferencia nas vários substâncias segundo o grau de rarefação e condensação: e assim dilatando-se dá origem ao fogo, enquanto condensando-se dá origem ao vento e depois às nuvens; e em grau maior de densidade forma a água, depois a terra e em seguida as pedras; as outras coisas derivam depois destes.” (Simplício) Atividade para casa Pesquisar os seguintes filósofos pré-socráticos : Pitágoras de Samos, Heráclito de Éfeso, Parmênides de Eléia, Demócrito de Abdera, Melisso de Samos, Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômenas, Diógenes de Apolônia * pesquisar as hipóteses/teorias que eles construíram sobre a origem do cosmo(mundo/universo); * Obs.: 1) elaborar uma conclusão que demonstre o seu entendimento sobre o que foi encontrado na pesquisa; 2) entregar o trabalho digitado e com as fontes de pesquisa. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA SANTOS, Mário José dos. Os pré socráticos: Cadernos de textos. Juiz de Fora: UFJF, 2001. Prof. André Luiz