Islamismo - ensinoreligiosonreapucarana

Propaganda
Islamismo
O Islã é uma religião monoteísta que surgiu na Península Arábica
no século VII, baseada nos ensinamentos religiosos do profeta Maomé
(Muhammad) e numa escritura sagrada, o Alcorão. A religião é conhecida
ainda por islamismo.
Na visão muçulmana, o Islã surgiu desde a criação do homem, ou
seja, desde Adão, sendo este o primeiro profeta dentre inúmeros outros,
para diversos povos, sendo o último deles Maomé. Cerca de duzentos anos
após Maomé, o Islã já se tinha difundido em todo o Médio Oriente, no
Norte de África e na península Ibérica, bem como na direção da antiga
Pérsia e Índia. Mais tarde, o Islã atingiu a Anatólia, os Balcãs e a África subsaariana. Recentes
movimentos migratórios de populações muçulmanas no sentido da Europa e do continente
americano levaram ao aparecimento de comunidades muçulmanas nestes territórios.
A mensagem do Islã caracteriza-se pela sua simplicidade: para atingir a salvação basta
acreditar num único Deus, rezar cinco vezes por dia, submeter-se ao jejum anual no mês do
Ramadão, pagar dádivas rituais e efetuar, se possível, uma peregrinação à cidade de Meca.
O Islã é visto pelos seus aderentes como um modo de vida que inclui instruções que se
relacionam com todos os aspectos da atividade humana, sejam eles políticos, sociais, financeiros,
legais, militares ou interpessoais. A distinção ocidental entre o espiritual e temporal é, em teoria,
alheia ao Islã.
Crenças
O Islã ensina seis crenças principais:






A crença em Alá (Allah), único Deus existente;
A crença nos Anjos, seres criados por Alá;
A crença nos Livros Sagrados, entre os quais se encontram a Torá, os Salmos e o
Evangelho. O Alcorão é o derradeiro e completo livro sagrado, constituindo a coletânea dos
ensinamentos revelados por Alá ao profeta Maomé;
A crença em vários profetas enviados à humanidade,
dos quais Maomé é o último;
A crença no dia do Julgamento Final, no qual as ações
de cada pessoa serão avaliadas;
A crença na predestinação: Alá tudo sabe e possui o
poder de decidir sobre o que acontece a cada pessoa.
Alcorão
A primeira sura do Alcorão, intitulada Al-Fatiha ("A
Abertura")
Os ensinamentos de Alá (Allah, a palavra árabe para
Deus) estão contidos no Alcorão (Qur'an, "recitação"). Os
muçulmanos acreditam que Maomé recebeu estes
ensinamentos de Alá por intermédio do anjo Gabriel (Jibreel)
através de revelações que ocorreram entre 610 e 632 d.C..
Maomé recitou estas revelações aos seus companheiros, muitos dos quais se diz terem memorizado
e escrito no material que tinham à disposição (omoplatas de camelo, folhas de palmeira, pedras...).
As revelações a Maomé foram mais tarde reunidas em forma de livro. Considera-se que a
estruturação do Alcorão como livro ocorreu entre 650 e 656 durante o califado de Otman.
O Alcorão está estruturado em 114 capítulos chamados suras. Cada sura está por sua vez
subdividida em versículos chamados ayat. Os capítulos possuem tamanho desigual (o menor possui
apenas 3 versículos e os mais longos 286 versículos) e a sua disposição não reflete a ordem da
revelação. Considera-se que 92 capítulos foram revelados em Meca e 22 em Medina. As suras são
identificadas por um nome, que é em geral uma palavra distintiva surgida no começo do capítulo
("A Vaca", "A Abelha", "O Figo").
Uma vez que os muçulmanos acreditam que Maomé foi o último de uma longa linha de
profetas, eles tomam a sua mensagem como um depósito sagrado, e tomam muito cuidado
assegurando que a mensagem tenha sido recolhida e transmitida de uma maneira a não trair esse
legado. Esta é a principal razão pela qual as traduções do Alcorão para as línguas vernáculas são
desencorajadas, preferindo-se ler e recitar o Alcorão em árabe. Muitos muçulmanos memorizam
uma porção do Alcorão na sua língua original; aqueles que memorizaram o Alcorão por inteiro são
conhecidos como hafiz (literalmente "guardião").
A mensagem principal do Alcorão é a da existência de um único Deus, que deve ser
adorado. Contém também exortações éticas e morais, histórias relacionadas com os profetas
anteriores a Muhammad (que foram rejeitados pelos povos aos quais foram enviados), avisos sobre
a chegada do dia do Juízo Final, bem como regras relacionadas com aspectos da vida diária como o
casamento e o divórcio.
Além do Alcorão, as crenças e práticas do Islã baseiam-se na literatura hadith, que para os
muçulmanos clarifica e explica os ensinamentos do profeta.
Comemorações
O calendário islâmico (também denominado calendário hegírico em função da sua origem
remontar à Hégira ou migração dos primeiros muçulmanos de Meca para Medina em 622 d.C.)
segue o ano lunar, que é cerca de onze dias mais curto que o solar. Consequentemente, as
comemorações muçulmanas acabam por circular por todas as estações de ano.
As duas comemorações do Islã são o Eid ul-Fitr, que celebra o fim do jejum do Ramadão, e
o Eid ul-Adha que marca o fim da peregrinação a Meca (Hajj).
O dia 10 do mês de Muharram (o primeiro mês do calendário islâmico) é um dia de
particular importância para os muçulmanos xiitas. Neste dia comemora-se o martírio do terceiro imã
xiita, Hussein, morto em Karbala em 680 por aqueles que os xiitas consideram usurpadores da
liderança da comunidade muçulmana. No início deste mês as pessoas envolvem-se em atividades
como ouvir contadores de histórias relatar o martírio de Hussein ou assistir a peças de teatro que
pretendem reconstituir os acontecimentos. O dia é marcado com procissões, que incluem atos de
auto-flagelação como bater no peito ou cortar-se com uma lâmina (os membros do clero xiita
desencorajam estas práticas).
Outras comemorações populares incluem o Mawlid, que celebra o aniversário de Maomé
(12 do mês de Rabi al-Awwal), a Noite da Ascensão (Laylat al-Micraj, no dia 27 de Rajab), quando
se recorda o dia em que Maomé subiu ao céu para dialogar com Deus e a Noite do Poder (Laylat alQadr, na noite do 26 para 27 do mês do Ramadão), que marca o aniversário da primeira revelação
do Alcorão e durante a qual muitos muçulmanos acreditam que Deus decide o que acontecerá
durante o ano.
Lugares sagrados
A Cúpula da Rocha, em Jerusalém, cidade sagrada para a
religião muçulmana
A Caaba ("O Cubo"), um edifício situado dentro da
mesquita principal de Meca (Al Masjid Al-Haram) na
Arábia Saudita, é o local mais sagrado do Islã. De acordo
com o Alcorão, ela foi construída por Abraão (Ibrahim)
para que todas as pessoas fossem ali celebrar os ritos da Hajj. No tempo do profeta Maomé o
monoteísmo instituído por Abraão tinha sido corrompido pelo politeísmo e pela idolatria. Segundo
o islamismo, Maomé não procurou fundar uma nova religião, mas antes restabelecer o culto
monoteísta que existia no passado. Uma vez que o Islã se identifica com a tradição religiosa do
patriarca Abraão é por isso classificado como uma religião abraâmica. O islamismo não nega
diretamente o judaísmo e o cristianismo, pelo contrário considera uma versão antiga e perdida
dessas religiões monoteístas como parte da sua herança; as suas versões atuais teriam sido alteradas,
o próprio Islã considerando-se uma restauração da verdade divina.
O segundo local sagrado do islamismo é Medina, cidade para a qual Maomé e os primeiros
muçulmanos fugiram (num movimento conhecido como Hégira), e onde se encontra o seu túmulo.
A cidade de Jerusalém é o terceiro local sagrado do Islã. Este estatuto advém da sua
associação aos profetas anteriores a Maomé e sobretudo pelo fato dos muçulmanos acreditarem que
o profeta teria viajado para este local durante a noite, cavalgando um ser denominado Buraq, numa
viagem conhecida como Isra. Uma vez em Jerusalém ele teria ascendido ao céu (Mi’raj), onde
dialogou com Deus e outros profetas, entre os quais Moisés. No local de Jerusalém onde se acredita
que Maomé subiu ao céu foi construída a Cúpula da Rocha em cerca de 690, sobre as ruínas do
antigo Templo de Salomão dos judeus.
Vida do profeta Maomé
Muhammad (Maomé) nasceu na cidade de Meca no ano de 570. Filho de uma família de
comerciantes, passou parte da juventude viajando com os pais e conhecendo diferentes culturas e
religiões. Aos 40 anos de idade, de acordo com a tradição, recebeu a visita do anjo Gabriel que lhe
transmitiu a existência de um único Deus. A partir deste momento, começa sua fase de pregação da
doutrina monoteísta, porém encontra grande resistência e oposição. As tribos árabes seguiam até
então uma religião politeísta, com a existência de vários deuses tribais.
Maomé começou a ser perseguido e teve que emigrar para a cidade de Medina no ano de 622. Este
acontecimento é conhecido como Hégira e marca o início do calendário muçulmano.
Em Medina, Maomé é bem acolhido e reconhecido como líder religioso. Consegue unificar e
estabelecer a paz entre as tribos árabes e implanta a religião monoteísta. Ao retornar para Meca,
consegue implantar a religião muçulmana que passa a ser aceita e começa a se expandir pela
península Arábica.
Reconhecido como líder religioso e profeta, faleceu no ano de 632. Porém, a religião
continuou crescendo após sua morte.
Divisões do Islamismo
Os seguidores da religião muçulmana se dividem em dois grupos principais : sunitas e xiitas.
Aproximadamente 85% dos muçulmanos do mundo fazem parte do grupo sunita. De acordo com os
sunitas, a autoridade espiritual pertence a toda comunidade. Os xiitas também possuem sua própria
interpretação da Sharia.
O Islã no mundo contemporâneo
O Islã é a segunda religião com maior número de fiéis, atrás apenas do cristianismo,
segundo o CIA World Factbook de 2005. De acordo com o World Network of Religious Futurists, e
o U.S. Center for World Mission o islamismo estaria crescendo mais rapidamente em número de
crentes de qualquer outra religião.
O Islã reúne hoje entre 1 a 1,3 bilhão de crentes. Apenas 18% dos muçulmanos vive no
mundo árabe, um quinto encontra-se espalhado pela África subsariana, cerca de 30% vive no
Paquistão, Índia e Bangladesh, e a maior comunidade nacional encontra-se na Indonésia. Há
significantes populações islâmicas na China, Ásia Central, e Rússia.
O islamismo contemporâneo é dominado pelo tradicionalismo, preocupado com a
manutenção de rituais e práticas antigas, como o uso do véu pelas mulheres. Existem ainda
correntes que pretendem conciliar o Islã com aspectos da modernidade, que são principalmente
ativas nos Estados Unidos da América. À semelhança do que acontece no judaísmo e no
cristianismo, o islamismo é também marcado pela existência de movimentos ditos integristas ou
fundamentalistas.
As tradições islâmicas baseiam-se no Alcorão, nos ditos do profeta (hadith) e nas
interpretações destas fontes pelos teólogos. Ao longo dos últimos séculos, tem-se verificado uma
tendência para o conservadorismo, com interpretações novas vistas como indesejáveis.
A xariá antiga tinha um carácter muito mais flexível do que aquele hoje associado com a
jurisprudência islâmica (fiqh), e muitos acadêmicos muçulmanos islâmicos acreditam que ela deva
ser renovada, e que os juristas clássicos deveriam perder o seu estatuto especial. Isto implica a
necessidade de formular uma nova fiqh que seja praticável no mundo moderno, como proposto
pelos defensores da islamização do conhecimento, e iria lidar com o contexto moderno. Este
movimento não pretende alterar os pontos fundamentais do islamismo, mas sim evitar más
interpretações e libertar o caminho para a renovação do prévio estatuto do mundo islâmico como
um centro de pensamento moderno e de liberdade.
fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Islã
http://www.suapesquisa.com/islamismo/
Download