Mecanismos Mentais e Dor Sandra Fortes Prof. Adjunta. Psicologia Médica FCM/UERJ PhD em Saúde Coletiva – IMS-UERJ Pesquisadora em Somatização e Dor Crônica Definição de Dor (IASP, 1979) Dor segundo a definição de Meskley, aceita pela IASP é: “Experiência sensorial e emocional desprazerosa associada com real ou potencial lesão de tecido ou descrita em termos de tal lesão” A DOR Assim sendo, dor é sempre subjetiva e “psicogênica”. A queixa de dor é uma forma de comunicação de sofrimento Temos que lembrar que o limiar da dor é muito variado, dependendo de fatores sócio-culturais, transmitidos pela família e pela sociedade, que modulam a resposta a dor A forma como a dor será percebida depende de características intrínsecas dos pacientes. Idade Sexo Maturidade Emocional Experiências anteriores Aprendizado Familiar Padrão de Comunicação cultural COMPONENTES DA DOR 1) SENSITIVO/PERCEPTIVO – DISCRIMINANTE 2)MOTIVACIONAL/AVERSIVO – AFETIVO 3)COGNITIVO - AVALIADOR Trajetória de um Estímulo Doloroso Componentes, Mecanismos e Tipos de Dor Trajetória de um Estímulo Doloroso Componentes, Mecanismos e Tipos de Dor COMPONENTES DA DOR Variáveis Cognitivas: Coping, Expectativa, Controle, Valorização e Conhecimento Variáveis Situacionais: Reações Familiares, Estresse, Aposentadorias, Mudança Papéis Sociais, Litígios Trabalhistas Variáveis Emocionais: Raiva, Medo, Tristeza, Depressão, Angústia, Frustração A IMPORTÂNCIA DA CONCEPÇÃO DE DOENÇA A IMPORTÂNCIA DAS ATRIBUIÇÕES CAUSAIS ENQUANTO DETERMINANTES DE COMPORTAMENTO DO DOENTE COMO BUSCA DE ATENDIMENTO, USO DE MEDICAÇÃO, COMO DETERMINANTE ETIOLÓGICO DA DOENÇA COMO DETERMINANTES DA VALORIZAÇÃO SINTOMATOLÓGICA PROCESSOS CULTURAIS, SOCIAIS E COGNITIVOS DE ATRIBUIÇÃO SINTOMÁTICA SENSAÇÕES ATRIBUIÇÕES SOMÁTICAS NARRATIVAS DE DOENÇA COMPORTAMENT O DE DOENÇA E PADRÃO DE BUSCA DE AJUDA EXPERIÊNCIA IDIOMA DE SOFRIMENTO MUNDO PESSOAL CONTEXTO SOCIAL PADRÕES DE ATRIBUIÇÃO DE SINTOMAS »NORMALIZAÇÃO »SOMATIZAÇÃO »PSICOLOGIZAÇÃO O Papel de Doente canaliza energias e atenção para o cuidar de sua saúde regressão psicológica normal na doença mais dependente e egocêntrico socialmente definido e aceito... parte do processo de cura e que facilita a aceitação das restrições da doença e da internação. Deve ser superado pelo paciente, criando novas formas de conviver com a dor crônica Quando falha, o paciente irá apresentar um comportamento anormal de dor. Mechanic, 1986 Reações Normais e Patológicas à Dor e o Papel do Psiquiatra COMPORTAMENTO DE DOENTE Essa reação regressiva deve ser superada pelo paciente por meio de mecanismos maduros de adaptação ao seu problema, criando formas de conviver com a doença que preservem o máximo possível sua autonomia, e atividades criativas. Essa capacidade, conhecida pelo termo de coping, de enfrentamento, engloba a alternativa criativa de viver com ou apesar da doença, onde são construídas novas formas de realizar as atividades rotineiras da vida, aceitando e elaborando as limitações da doença, e representa uma maneira madura de adoecer, COMPORTAMENTO ANORMAL DE DOR (Gatchel e Turk, 1996). Amplificação das queixas dolorosas. Presença de alterações na marcha, expressões faciais e posturas corporais indicando grande sofrimento. Restrição excessiva de atividades físicas Grau intenso de comprometimento de atividades laborativas e funcionais. Ganho secundário de atenção e cuidado. Resolução de situações conflitivas inter-relacionais através da posição de doente. ESCALA MADISON Aguiar e Branchtein (1997) citam a ESCALA MADISON, a partir de Hackett e Bouckoms (1991): Instrumento para avaliação da importância dos fatores psicológicos na queixa de dor. Cada característica é avaliada segundo uma escala de 0 (ausente) a 4 (muito intensa) Quanto maior a pontuação, maior a importância dos aspectos psicológicos no quadro de dor. Uma pontuação acima de 15 indica a necessidade de intervenção de um profissional de saúde mental. ESCALA MADISON M – Multiplicity – multiplicidade A – Authenticity – autenticidade D – Denial – negação I - Interpersonal Relationships – (relações interpessoais) S – Singularity – singularidade O – Only you – apenas voce N – Nothing helps – nada resolve Transtornos Mentais e Dor A comorbidade de transtornos psiquiátricos em pacientes com dor é alto. Alguns estudos demonstram que no último ano: Em pacientes com dor crônica em geral, 21,7% tiveram algum transtorno de humor contra 10% da população geral; e 25,1% apresentou algum transtorno ansioso comparado com 18,1% da população geral. Em pacientes com dor crônica cervical ou lombar, 17,5% apresentaram transtorno do humor, 26,5% transtorno ansioso, com 35% desses pacientes tendo tido pelo menos um transtorno mental nos últimos 12 meses. Ansiedade e Dor Dor aguda reação ansiosa (medo, raiva) ampliada sensação de desconhecimento e insegurança Ansiedade aumento da secreção de cortisol e catecolaminas hiperventilação e alcalose aumento da agregação rebaixamento do limiar de dor, aumento da atenção à dor e à interpretação de qualquer sensação como dor. plaquetária e do tônus simpático Estar bem informado e consciente do que esta ocorrendo, aumenta a sensação de controle, reduzindo a ansiedade e a percepção de dor Transtornos Mentais e Dor Depressão e Dor desesperança, desvalia, impotência e desespero, baixa auto-estima, culpa e ruína desencadeados pela nãoresolução do quadro álgico. queixas de dor no corpo todo, lombalgia, cefaléias e dor em membros inferiores. depressão dor • O paciente se sente diminuído pelas limitações que a dor traz, • Perda da confiança nas equipes médicas. • Progressiva valorização e amplificação da dor persistente. Transtornos Mentais e Dor Transtornos Mentais e Dor Essa alta comorbidade, a importância e o risco aumentado de reações de ajustamento ansiosas e depressivas tornam fundamental a avaliação desses pacientes nesse aspecto. Iniciar tratamento adequado para os transtornos mentais associados significa uma melhor resposta terapêutica e prognóstico para esses pacientes. Abordagem Psicoterápica pelo Profissional de Saúde Sandra Fortes – Psiquiatra HSE/RJ Profa Adjunta Psicologia Médica – FCM/UERJ ESTRUTURA Relação profissional de saúde- paciente: - modelo centrado no paciente - seus mecanismos terapêuticos - principais dificuldades O paciente com dor crônica: - componentes emocionais importantes - Situações Especiais: - Adaptação a Doença - Somatização - Cuidados paliativos Terapia de Resolução de Problemas A Relação Profissional Saúde - Paciente Toda relação profissional de saúde – paciente é terapêutica em si O paciente busca sempre no profissional de saúde escuta, acolhimento, suporte e esclarecimento. Só isso já é psicoterápico.... Pois psicoterapia é um intervenção de base psicológica para tratamento do sofrimento humano em seus componentes emocionais e cognitivos. Modelo Centrado no Paciente Relação em que o profissional promove uma relação de cooperação em que ambos protagonistas encontram um terreno comum para abordar as preocupações do paciente, decisões a serem tomadas, suas idéias sobre o que ocorre e o que deve ser feito, levando em conta expectativas e experiência pessoal e cultural de enfermidade, inclusive as de sua comunidade. (Lewin SS, 2001; Tizon J., 1989 apud Borrell, 2004) Modelo Centrado no Paciente Características Operativas Permite que o paciente expresse suas preocupações mais importantes Busca que sejam verbalizadas perguntas concretas Favorece que eles expliquem suas crenças e expectativas sobre a sua enfermidade Facilita a expressão emocional do paciente Proporciona informação ao paciente Envolve o paciente na construção de uma plano de avaliação e tratamento (Pytnam SM, 1995 apud Borrel i Curio, 2004) A Relação Profissional Saúde - Paciente 1. 2. 3. 4. Como assim? As relações terapêuticas (qualquer uma....), que envolvem cuidado, agem através de mecanismos que são psicoterápicos: Escuta – permite a catarse O acolhimento permite o cuidado e estabelece o vínculo. O suporte representa continente para os sentimentos envolvidos O esclarecimento desfaz fantasias, aumenta informação, reestrutura o pensamento e e reduz ansiedade e depressão. Habilidades em lidar com problemas Catarse – poder expressar seus sentimentos Informação/ educação Estabelecendo vínculos Negociação Estratégias de coping e de resolução de problemas Estratégias comportamentais simples Motivando mudanças/ promovendo auto cuidado Consulta conjunta KEY SLIDE (Linda Gask. Salvador, 2005) 27 Acolher o paciente - - Qualidades de Superfície: calor humano Respeito Cordialidade Qualidades profundas: Empatia Contenção emocional ( não ter que dar soluções a tudo !!!) Assertividade Dar controle ao paciente (Borrell y Curio, 2004) Escutar o paciente Tudo nos fala do paciente ; linguagem não verbal A demanda aparente nem sempre é a demanda real Escuta ativa: facilitação, palavras em repetição, frases interrogativas e expressões empáticas (Borrell y Curio, 2004) O que os Profissionais Temem nas Relações Terapêuticas Não saber o que dizer Ter que resolver os problemas do paciente Perder o controle do tempo e do assunto da consulta Erros Freqüentes Erros de atitude: - já sei o que esta ocorrendo - sou só um técnico - atitude prepotente - desconhecer os próprios pontos de irritação – quem é o paciente que eu mais odeio? Porque? (Borrell y Curio, 2004) Erros Freqüentes - - Erros de Técnica: Saudação fria ou inexistente Não escutar já no início da consulta Não delimitar claramente o motivo da consulta Introduzir conselhos e informações precocemente Não integrar a informação atual com o que se conhece do paciente Condutas de antagonismo, culpabilização, juízos de valor e asseguramentos prematuros (Borrell y Curio, 2004) Abordagem Psicoterápica da Dor Principais modalidades específicas de abordagem psicoterápicas: – – – hipnose; terapia cognitiva comportamental; técnicas de grupo. Objetivo Auxiliar o paciente a viver com a dor, modificando os aspectos cognitivos que reforçam o comportamento anormal de dor e dificultam a adaptação do paciente á sua nova condição física. Tratando o Paciente com Dor Abordagem Psicoterápica do Paciente com Dor – três focos Paciente com doença orgânica - Aceitando a doença: entender, aceitar e conviver Paciente com somatização - Reatribuição: perceber onde está o problemas – recodificá-lo - Procurando a chave... Paciente em Cuidados Paliativos Fatores Associados à Dor • Variáveis Cognitivas – coping (mecanismos de enfrentamento), valorização, expectativa, controle e conhecimento. • Variáveis Situacionais – estresse, reações dos familiares, mudança de papéis sociais (como aposentadoria) ou situações conflitivas (como litígios trabalhistas). • Variáveis Emocionais – raiva, medo, tristeza, depressão, angústia, frustração. Componentes, Mecanismos e Tipos de Dor Abordagem Psicoterápica da Dor Trabalham com: • Técnicas de relaxamento e consciência corporal; – reduzir o impacto da tensão sobre o corpo • Modificação dos padrões cognitivos disfuncionais; – permitir um coping apropriado da dor • Reconhecimento dos conflitos emocionais existentes em sua vida e como estes se relacionam com suas queixas físicas; • Detecção de ganhos secundários e reforços situacionais e familiares; • Construção de novas formas de lidar com os problemas interpessoais e com a dor. Tratando o Paciente com Dor TRABALHANDO UM NOVO MODELO O PACIENTE EM CUIDADOS PALIATIVOS: A FALHA DO MODELO ANATOMOCLÍNICO? ESCUTANDO A FALA DO PACIENTE: PODE-SE FALAR DA MORTE CONSTRUINDO UM MODELO COMUM DO ADOECER EU NÃO SOU O SENHOR DA SAÚDE OU DA DOENÇA OU DA MORTE DIRETRIZES NO MANEJO DO PACIENTE TERMINAL: A. OUVIR O PACIENTE B. OUVIR A FAMÍLIA C. TRATAR O PACIENTE E NÃO A DOENÇA D. PRIMO NON NOCERE Conversando sobre como parar? A. MUDE A DIRETRIZ DO TRATAMENTO. A MEDICINA PALIATIVA TAMBÉM É MEDICINA B. CONVERSAR COM TODA A EQUIPE RESPONSÁVEL, TRAÇANDO CONDUTAS EM COMUM. C. CONVERSAR COM A FAMÍLIA, INFORMANDO –A DETALHADAMENTE DA SITUAÇÃO, PREPARANDO A FAMÍLIA PARA O FIM, ESTABELECENDO COMO SE IRÁ PROCEDER REAÇÕES PSICOLÓGICAS DO PACIENTE FPT NEGAÇÃO RAIVA BARGANHA DEPRESSÃO ACEITAÇÃO Abordagem Psicoterápica do Paciente com Queixas Somáticas Paciente com doença orgânica - Aceitando a doença: entender, aceitar e conviver Paciente com somatização - Reatribuição: perceber onde está o problemas – recodificá-lo - Procurando a chave... Gerenciando o “paciente poliqueixoso” O que não ajuda? – Dizer “você não tem nada” – Os paciente não querem apenas o alívio do sintoma, mas compreensão – Não desafie o paciente – na realidade há um problema – Evite explicação prematura de que os sintomas são emocionais – Fique atento para a apresentação de sofrimento emocional – Diagnósticos orgânicos positivos não vão necessariamente curar o paciente. Técnicas de Reatribuição – Goldberg & Gask Se sentindo compreendido Ampliando a agenda Fazendo o vínculo Negociando o tratamento 1. Se sentindo compreendido História de apresentação da queixa – Sintomas associados, ‘dia típico’, exemplos específicos Respondendo a pistas emocionais Investigando antecedentes psico-sociais e conseqüências Investigando crenças sobre saúde/agenda do paciente Exame físico breve, focado KEY SLIDE 44 2. Ampliando a agenda Dando o feedback dos resultados dos exames/investigações Reconhecendo a realidade da dor/sintomas Reenquadrando a queixa: resuma todos os sintomas (físicos e psicológicos) Investigando a possibilidade de vínculo com eventos vitais/fatores psico-sociais 3. Estabelecendo o vínculo Como os sintomas podem ter ocorrido antes durante stress. Sintomas autonômicos na resposta a ‘stress’ Como tensões musculares causam dor física Como os sintomas podem ser relacionados a eventos de vida Como a depressão pode abaixar o limiar da dor Como os sintomas podem fazê-lo sentir-se mais deprimido ‘o círculo vicioso Vinculando no ‘aqui e agora’. Outros significantes 4. Negociando o tratamento Investigando a visão do paciente Reconhecendo as preocupações do paciente Boa vontade com – Medicação anti-depressiva – TCC ou outras intervenções psicológicas Técnicas de resolução de problemas Técnicas de relaxamento/exercício físico Planos específicos para o follow-u O que pode ajudar? Um médico para organizar o tratamento Clarificar as áreas onde voce e o paciente estão de acordo e as que não estão. Consultas marcadas regulares “Limpar” a agenda durante a consulta Limitar os exames diagnósticos Fornecer um modelo claro ao paciente Envolver os colegas com a equipe de atenção primaria Envolver a familia do paciente Não esperar uma cura Uma abordagem baseada em problemas Qual é o problema? Problemas – não diagnósticos Siga o que o paciente lhe diz Três fontes de informação O que o paciente diz: a “História”- mas também pistas verbais O que o profissional de saúde ‘vê’ e ‘ouve’: pistas faladas e não-verbais. O que o profissional de saúde sente. KEY SLIDE 50 Habilidades para detecção de problemas Começando a entrevista Percebendo/respondendo a pistas verbais Percebendo /respondendo a pistas nãoverbais Demonstrando empatia Perguntando sobre crenças/preocupações Controlando a entrevista KEY SLIDE 51 Percebendo /respondendo a pistas não-verbais Pergunta aberta Esclarecimento Exemplo KEY SLIDE 52 Coping strategies Como eles elaboraram doenças anteriormente? Quais as fontes de suporte? Como conseguir acessá-las? Identifique metas sim-ples e planeje como as obter. Divida metas grandes em pequenos passos KEY SLIDE 53 Terapia de Resolução de Problemas (TRP) Técnica psicoterápica para resolução de situações de estresse da vida diária Efetiva e fácil de aplicar Capacidade varia de pessoa a pessoa Não Tem Relação com Inteligência Boa capacidade de resolução constitui um fator de primeira ordem para prevenção de doenças mentais Há metanálise confirmando sua efetividade (Nível de evidência I) Garcia-Campayo et al. Terapia de Resolucion de Problemas Porque utilizar Terapia de Resolução de Problemas? Facilmente aprendida Larga aplicação para vários problemas psicológicos e psiquiátricos Pode ser utilizada em conjunto com medicação É a mais efetiva para que as pessoas construam suas próprias soluções Menos estressantes para cuidadores Quando pode ser utilizada: - O problema do paciente pode ser especificado As metas são realistas Ausência de patologia psiquiátrica grave O risco de suicídio esta superado? O paciente tem condições de assumir responsabilidades sobre si mesmo? Terapia de Resolução de Problemas (TRP) Indicações: perdas reais ou temidas, dificuldades nas relações conjugais e interpessoais, problemas de trabalho, adaptação a situações de enfermidade, situações que envolvem decisões (gerenciamento de problemas). Garcia-Campayo et al: Aten Primaria 1999, 24, 594-601 TRP - Objetivos Objetivos : Ajudar pacientes a identificar problemas como causa de mal estar psicológico - Ensinar a reconhecer recursos que possuem para abordar suas dificuldades e aumentar seu sentido de controle ante circunstâncias negativas - Facilitar um método sistemático de superação de problemas - Dotar os pacientes de uma forma de enfrentar dificuldades no futuro. - Garcia-Campayo et al: Aten Primaria 1999, 24, 594-601; Linda Gask (Salvador, 2005) TRP - Contra-indicações Transtorno Baixa Psiquiátrico Grave autoestima e confiança Transtorno de Personalidade TRP – Estágios Estágios: 1. Valorização da idoneidade da TRP 2. Explicação do tratamento e de sua base racional 3. Clarificação e definição do problema 4. Seleção das Metas Alcançáveis 5. Criar soluções 6. Examinar Pró e Contras 7. Escolher a solução preferida 8. Por em prática a solução preferida 9. Avaliação Garcia-Campayo et al: Aten Primaria 1999, 24, 594-601 Define Problem Option 1 Option 2 Pros Option 3 Cons Rehearse Option Action Review KEY SLIDE 61