Risco de Incêndio - e-learning-IEFP

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Riscos de Incêndio
Segurança e
Higiene no
Trabalho
Riscos de Incêndio
Higiene e Segurança no Trabalho
Módulo II
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Apresentação
RISCO DE INCÊNDIO
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Riscos de Incêndio
Higiene e Segurança no Trabalho
Módulo II
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Introdução
O fogo é provavelmente o fenómeno mais marcante no caminho da
humanidade para a civilização.
O incêndio, sem dúvida, é um terrível adversário para o ser humano,
devendo ser evitado ao máximo o seu aparecimento.
Dentro desta premissa básica, reconhecida e aceite universalmente, têm-se
desenvolvido esforços para o combater, quer criando instrumentos e
equipamentos de reconhecida eficácia, quer aperfeiçoando técnicas para
minimizar tão nefasto evento.
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Introdução
Os incêndios provocam anualmente nas empresas enormes prejuízos
materiais e muitas vítimas, quer por queimaduras e ferimentos, quer,
sobretudo, por intoxicação.
Mesmo que não haja acidentes pessoais provocados pelo incêndio, resulta a
maior parte das vezes para os trabalhadores a privação do seu trabalho
habitual, durante um período de tempo apreciável.
É, pois necessário assegurar medidas visando impedir que o fogo se declare
ou, quando tal acontece, impedir a propagação.
Por outro lado, é necessário providenciar todos os meios materiais e
humanos susceptíveis de controlar rapidamente um incêndio, desde o início.
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Incêndio - o que é?
O incêndio é um fogo não controlado.
Um incêndio é um fogo indesejável que deverá ser controlado e extinto.
Fogo – o que é?
O fogo é uma reacção de combustão, isto é, uma reacção de oxidação de
alguns elementos da qual podem resultar cheiros, calor, fumo e/ou chama.
Um fogo é o que resulta de uma reacção de combustão entre um
combustível e um comburente a qual existe libertação de energia sob a forma
de calor.
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Tipos de combustão
As reacções de combustão não se produzem todas com a mesma velocidade,
pelo que se classificam em três tipos distintos:
Combustões lentas: São todas as que se produzem sem emissão de luz
e com pouca emissão de calor.
Combustões rápidas: São todas as que se produzem com forte emissão
de luz e de calor com chamas.
Combustões muito rápidas ou instantâneas: Caso típico de uma
combustão instantânea é a explosão, que é um fenómeno descontrolado e
não desejado.
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Tipos de combustão
Combustões muito rápidas ou instantâneas:
Quando a velocidade de propagação da frente das chamas é menor do que
a velocidade do som (340m/s), a explosão é denominada por deflagração.
Exemplo de combustão de vapores líquidos inflamáveis dispersos no ar
Quando a velocidade de propagação da frente é maior que a velocidade do
som, a explosão denomina-se por detonação.
Existem ainda as combustões espontâneas, produzidas pela reacção
química de diferentes matérias orgânicas.
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Elementos necessários para ocorrer um fogo:
Combustível: Todo o material ou substância (no estado gasoso, sólido
ou líquido) susceptível de arder.
Comburente: é o gás que permite que o combustível arda. Para que a
combustão se inicie e se mantenha, é necessário que o comburente esteja
presente numa razão igual ou superior a 21% relativamente ao ar. O
comburente mais comum é o oxigénio.
Energia de activação: refere-se ao calor necessário para iniciar e
manter a combustão. ( energia mínima necessária para se iniciar a reacção,
que é fornecida pela fonte de inflamação)
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Triângulo do fogo:
Se falta algum destes elementos,
a combustão não será possível.
Cada um dos elementos
representa-se como um dos lados
do triângulo.
Combustível
Comburente
A esta representação
simplificada, chama-se triângulo
do fogo
As técnicas de extinção de fogo,
baseiam-se no conhecimento do
triângulo do fogo e consistem na
eliminação de um ou mais destes
três factores
Energia de
activação
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Tetaedro do fogo:
Existe ainda outro factor que intervêm de
forma decisiva no incêndio que é a
reacção em cadeia, tratando-se da
transmissão de calor de umas partículas do
Combustível
combustível para as outras.
Logo, se de alguma maneira se interrompe
O2
a dita cadeia, não é possível a continuação
do incêndio.
Neste caso, amplia-se o conceito de
Comburente
FOGO
triângulo do fogo, passando agora a existir
quatro factores que se representam pelo
tetraedro do fogo.
Reacção
em cadeia
Energia de
activação
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Como extinguir o fogo:
As técnicas de extinção de fogo, baseiam-se no conhecimento do
triângulo do fogo e consistem na eliminação de um ou mais destes
quatro factores.
A falta ou a eliminação de um dos elementos que intervém na
combustão dará lugar à extinção do fogo. Em função do elemento que
se elimina, temos distintas formas ou mecanismos de extinção que se
enumeram em seguida:
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Como extinguir o fogo:
Remover ou isolar o combustível - dispersão do combustível
Eliminar o comburente – a extinção do fogo é feita por abafamento (
ex.: usar areia)- abafamento
Reduzir a temperatura do combustível – a extinção do fogo é feita por
arrefecimento (ex.:usar água)- arrefecimento
Actuar ao nível da reacção em cadeia – a extinção do fogo é feita
através da adição de compostos que impossibilitem ou dificultem a
propagação da reacção de combustão (ex.:adicionar antioxidantes a
plásticos)- inibição (rotura da reacção em cadeia)
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Como extinguir o fogo:
dispersão do combustível
Neste processo retira-se ou elimina-se o combustível.
Teoricamente, seria o método mais eficaz e directo de
extinção, mas na prática raramente se aplica
atendendo à sua complexidade.
Combustível
Imaginemos que se incendeia um grande armazém
Comburente
cheio de mercadorias e que teria de se retirar todo o
produto para evitar a propagação do incêndio.
Ignorando o risco para as pessoas que teriam que
realizar tal tarefa, a velocidade de propagação seria
superior à de retirar o combustível.
Este método é aplicável nos líquidos quando é possível
Energia de
activação
o transvaze destes para outros recipientes. Nos fogos
da classe C, basta suprimir o fluxo de gás para que se
dê a extinção por falta de combustível.
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Como extinguir o fogo:
abafamento
Assim chamado pelo facto de eliminar o oxigénio da
combustão, isto é, impede que os vapores
combustíveis, que se desprendem a determinada
temperatura para cada material, se ponham em
contacto com o oxigénio do ar.
Combustível
Pode conseguir-se reduzindo a quantidade de oxigénio
pela introdução de uma determinada concentração de
gás inerte num ambiente confinado ou cobrindo a
superfície em chamas com alguma substância ou
elemento incombustível. A este último método chamase asfixia.
Apresentam-se agora alguns exemplos:
colocar uma tampa na frigideira que pegou fogo;
projecção de gases inertes como CO2 ou azoto;
lançar areia sobre um material em combustão.
Comburente
O2
Energia de
activação
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Como extinguir o fogo:
arrefecimento
Este mecanismo consiste em eliminar o calor para
reduzir a temperatura do combustível. O fogo
extinguir-se-á quando a superfície do material
Combustível
Comburente
incendiado arrefeça a tal ponto que não deixe escapar
O2
vapores suficientes para manter a mistura no domínio
da inflamabilidade na zona do fogo.
A extinção de um fogo por arrefecimento necessita de
um agente extintor que tenha uma grande capacidade
para absorver o calor. Nos casos correntes, a água é o
Energia de
activação
melhor, mais barato e abundante.
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Como extinguir o fogo:
inibição
Consiste numa interferência química na reacção em cadeia. As substâncias
extintoras
combinam-se
com
os
radicais
responsáveis
pelas
reacções
elementares da propagação, retirando-os da reacção de combustão e desta
forma diminuindo ou anulando a reacção.
O exemplo mais corrente é a utilização de pós químicos.
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Produtos resultantes da combustão:
Os produtos próprios e manifestos da combustão são:
Fumo
Chama
Calor
Gases
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Produtos resultantes da combustão:
Fumo
O fumo é constituído por pequeníssimas partículas sólidas ou líquidas ou
vapores condensados que são arrastadas pelos gases quentes da combustão.
As partículas sólidas são constituídas por carbono e outras substâncias não
queimadas que surgem quando a combustão tem falta de oxigénio. As
partículas líquidas são constituídas essencialmente por vapor de água que se
forma por evaporação da humidade do combustível, mas sobretudo pela
combustão do hidrogénio.
É de salientar o efeito irritante do fumo sobre as mucosas dos olhos e das
vias respiratórias. A sua cor depende dos materiais que se estão queimando:
– cor branca ou cinza-claro indica que arde livremente;
– cor negra ou cinza-escuro indica normalmente um fogo quente e falta de
oxigénio;
– cor amarela, vermelha ou violeta, geralmente indica a presença de
gases tóxicos.
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Produtos resultantes da combustão:
Chama
Sabe-se que a chama é um gás incandescente, uma vez que ardem sempre
com chama os combustíveis gasosos ou líquidos. Estes últimos volatilizam-se
devido ao calor e à elevada temperatura de combustão, inflamando-se e
ardendo como gases.
Nos combustíveis sólidos ardem com chama os que produzem por
decomposição (destilação seca) compostos voláteis em quantidades
suficientes, como sucede com as hulhas gordas, a madeira, etc. Em
contrapartida, o coque arde praticamente sem chama, devido à total
ausência de compostos voláteis.
Como norma geral pode dizer-se que o fogo, numa atmosfera rica em
oxigénio, é acompanhado por uma luminosidade chamada chama, que se
manifesta como o factor destrutivo da combustão e que raramente se
separam.
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Produtos resultantes da combustão:
Calor e transmissão de calor (1)
Fala-se de calor (troca de calor, transferência de calor) quando existe energia
transferida entre dois corpos em virtude de uma diferença de temperatura.
Assim, o calor é apenas energia em trânsito, uma vez que esta energia entra
num corpo e vai simplesmente aumentar a energia interna deste.
Importa não confundir calor com temperatura que é uma medida de energia
cinética média das moléculas de um corpo.
No estudo do fogo é muito importante saber como actua o calor e como se
transmite, dado que é a causa de muitos incêndios e expansão dos mesmos.
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Produtos resultantes da combustão:
Calor e transmissão de calor (2)
O fenómeno da transmissão do calor traduz a apetência que determinado
material tem para absorver calor de outra. O fogo pode propagar-se ou
transmitir-se por:
Condução;
Radiação;
Convecção;
Contacto com a chama
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Produtos resultantes da combustão:
Calor e transmissão de calor (3)
Condução
Chama-se condução ao mecanismo de transferência de calor que se produz de um
ponto para outro por contacto directo através de um meio condutor de calor (vibração
das moléculas). Por exemplo: se aquecermos o extremo de uma barra metálica, ao fim
de algum tempo o outro extremo desta também terá aquecido.
Radiação
Chama-se radiação ao processo de transmissão de calor de um corpo para
outro através do espaço, em que a transmissão se realiza por raios
caloríficos. O calor radiado não é absorvido pelo ar, pelo que atravessará o
espaço até encontrar um corpo opaco e por sua vez, este corpo pode emitir
radiação. O calor do sol é o exemplo mais cabal da radiação térmica.
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Produtos resultantes da combustão:
Calor e transmissão de calor (4)
Convecção
Chama-se convecção ao processo de transmissão de calor pelo ar em
movimento. Estas correntes ou circulação de ar produzem-se devido à
diferença de temperatura que existe nos distintos níveis do incêndio, isto é, a
diferença entre as densidades dos gases quentes resultantes da combustão
de um material e a densidade das camadas de ar circundante origina a
formação de correntes de convecção. O deslocamento processa-se
normalmente de baixo para cima, procurando os gases quentes os pontos
mais altos.
Contacto com a chama
O calor também pode ser transmitido por contacto directo com a
chama. Quando um material é aquecido até ao ponto em que pode emitir
vapores inflamáveis, estes vapores podem entrar em combustão. Esta
substância ardendo fará com que ardam as que estão à sua volta e assim
sucessivamente.
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Produtos resultantes da combustão:
Gases
Os gases resultantes de uma combustão são geralmente tóxicos, invisíveis e
a sua expansão contribui para a propagação do fogo. Os gases que se
formam numa combustão dependem de muitas variáveis, mas principalmente
da composição química do combustível, da quantidade de oxigénio disponível
e da temperatura que é atingida durante o incêndio.
Entre os gases de combustão encontram-se o monóxido de carbono, anidrido
sulfuroso, dióxido de carbono, ácido sulfídrico, ácido cianídrico, ácido
clorídrico, vapores nitrosos (óxido e peróxido de azoto), fosgénio, etc.
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Combustíveis e Combustão
Os combustíveis podem apresentar-se nos três estados da matéria:
sólido:
madeira, carvão, outros materiais orgânicos, metais, etc.
gasoso: metano, gás natural, acetileno, propano, butano, hidrogénio,
etc.
líquido: gasolina, petróleos, álcoois, óleos, etc.
A Norma Portuguesa NP EN 2 classifica os fogos em quatro classes que são
definidas pela natureza do combustível. Esta classificação é muito útil, no
domínio do combate ao incêndio, para a escolha do agente extintor mais
adequado.
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Classes de fogo ( consoante o combustível):
Classe A (fogos de sólidos ou fogos secos)
– o combustível deste tipo de fogos é um
sólido, havendo normalmente a formação de
brasas (ex.: madeira, tecidos e papel)
Classe B (fogos de líquidos ou fogos gordos):
o combustível deste tipo de fogos é um líquido
ou um sólido liquidificável (ex. acetonas, álcoois,
óleos, gasóleo e plásticos);
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Classes de fogo ( consoante o combustível):
Classe C (fogos de gases) – o combustível é
um gás (ex.: propano, butano e acetileno)
Classe D (fogos de metais ou fogos especiais):
resultam da combustão de metais (ex.: alumínio,
sódio, potássio e magnésio)
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Consequências dos incêndios:
Danos Humanos:
- intoxicações
- Queimaduras
Danos materiais:
- Destruição de matérias primas;
- Destruição de equipamento
- Morte
- Destruição total ou parcial da
empresa
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