Aristóteles: A Ética da Justa Medida “Toda arte e toda investigação, bem como toda ação e toda escolha, visam a um bem” • O que é um Vício? • O que é uma Virtude? “A virtude é, pois, uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consistente numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática. E é um meiotermo entre dois vícios, um por excesso e outro por falta; pois que, enquanto os vícios ou vão muito longe ou ficam aquém do que é conveniente no tocante às ações e paixões, a virtude encontra e escolhe o meio-termo.“ A Justa Medida (Justo Meio) “O meio-termo oposto à jactância relaciona-se com quase as mesmas coisas;” “(...) bem como nos convenceremos de que as virtudes são efetivamente meios-termos” • Sentimento / Natureza Humana • Kayrós: Situação propícia para a ação moral Meio Termo Justo: • (...) como a natureza humana é complexa e muitas vezes apresenta tendências opostas, é preciso submetê-la a certas regras ou critérios racionais que a equilibrem - conseguir esse equilíbrio é o que Aristóteles chama de possuir a virtude, componente essencial da felicidade (eudaimônia). • A virtude impede que tendências opostas entrem em choque trazendo efeitos destrutivos para o ser humano. • Sendo, pois, de duas espécies a virtude, intelectual e moral, a primeira, por via de regra, gera-se e cresce graças ao ensino - por isso requer experiência e tempo; enquanto a virtude moral é adquirida em resultado do hábito, donde ter se formado o seu nome ética [êthiké] por uma pequena modificação da palavra hábito [éthos]. • Por tudo isso, evidencias que nenhuma das virtudes morais surge em nós por natureza; • Com efeito, nada do que existe naturalmente pode formar um hábito contrário à sua natureza. A Política • Vimos, portanto, que o objeto da ética aristotélica é o estudo da felicidade como supremo fim ou bem do ser humano. • Mas, como a condição fundamental para a realização da felicidade é a virtude, e esta só pode ser adquirida mediante exercício e esforço, o homem tem que desenvolver mecanismos de ação que garantam a sua aquisição. • Tais mecanismos são a educação e as leis. A educação deverá desenvolver no homem os hábitos virtuosos; as leis organizarão e protegerão o exercício da virtude pelos membros da sociedade. • Podemos concluir, afirmando que a ética tem o seu prolongamento no que se constitui no ápice da filosofia prática: a política.