Ciências Poríferos,cnidários,platelmintos, nematóides. Carolayne, Carolina Poríferos: Introdução: Porífera é um filo (filos são os agrupamentos mais elevados em cada um dos reinos em que os seres vivos foram divididos) do reino Animália (também chamado de Reino Animal ou Metazoa, é composto por seres vivos multicelulares cujas células formem tecidos biológicos, com capacidade de responder ao ambiente que os envolve), sub-reino Parazoa, onde se enquadram os animais conhecidos como esponjas. Características: O nome do filo vem do Latim porus "poro" e ferre "carregar".Estes organismos são primitivos e sésseis (não se deslocam voluntariamente do seu local de fixação).Sua maior parte é marinha, estes seres alimentam-se por filtração, bombeando a água através das paredes do corpo e retendo as partículas de alimento nas suas células. As esponjas estão entre os animais mais simples, com tecidos parcialmente diferenciados (para zoas), porém sem músculos, sistema nervoso, nem órgãos internos. Eles são muito próximos a uma colônia celular de coanoflagelados,(o que mostra o provável salto evolutivo de unicelulares para pluricelulares) pois cada célula alimenta-se por si própria. Existem mais de 15.000 espécies modernas de esponjas conhecidas, que podem ser encontradas desde a superfície da água até mais de 8.000 metros de profundidade, e muitas outras são descobertas a cada dia. Reprodução: Pedaços de esponjas são capazes de se regenerar até se transformarem em uma nova esponja. Este processo é conhecido como reprodução assexuada, podendo ocorrer através de gemulação ou gemiparidade (processo de reprodução no qual ocorre a formação de gemas ou gomos no progenitor, que após se separarem deste, desenvolvem-se dando origem a novos indivíduos), e também, por fragmentação (processo no qual o corpo do progenitor é quebrado em vários pedaços, onde cada uma destas partes é capaz de se regenerar individualmente até assumir forma semelhante de seu progenitor). Cnidários: Introdução: Cnidários são animais aquáticos radialmente simétricos com uma extremidade do corpo exibindo uma boca circundada por tentáculos. A boca é a única abertura para a cavidade intestinal. Os cnidários apresentam-se em duas formas, a medusa, a qual representa uma adaptação à existência pelágica e o pólipo que representa uma adaptação à existência bentônica fixada. Organização colonial desenvolveu-se em muitos grupos poliplóides. Cnidários são primitivos por não possuírem órgãos, por não apresentarem células epiteliais e musculares completamente diferenciadas, e pela origem essencialmente diploblástica do corpo do adulto. A parede do corpo consiste de uma epiderme externa, uma gastroderme interna e uma mesogléia entre as duas. Esta última pode ser fina ou espessa, celular ou acelular. Uma estereogástrula ciliada de vida livre, chamada plântula, ocorre no ciclo vital da maioria dos cnidários. A maioria alimenta-se de zooplâncton embora alguns utilizem animais maiores e outros ainda alimentam-se de material suspenso finamente particulado. A presa é capturada pelos tentáculos e imobilizada por células explosivas chamadas cnidócitos as quais são peculiares a este filo. A digestão é inicialmente extracelular e depois intracelular, Os neurônios são usualmente arranjados como uma rede nervosa na base das camadas epidérmica e gastrodérmica e a transmissão de impulsos tende a ser radiante, As junções sinápticas são normalmente nãopolarizadas. CLASSE HYDROZOA : Os membros da classe Hydrozoa são medusóide ou poliplóides ou então apresentam ambas as formas durante o seu ciclo de vida. A mesogléia é acelular, os cnidócitos estão restritos à epiderme na qual também desenvolvem-se os gametas. Os hidrozoários podem constituir a mais primitiva dentre as três classes de cnidários. Hidromedusas são usualmente pequenas e planctônicas. Os hidrozoários mais primitivos são provavelmente as espécies medusóide na qual a actínula pelágica desenvolve-se diretamente numa medusa adulta. Tal ciclo de vida pode também ser primitivo para todo o filo. A forma poliplóide pode ter se originado em alguma espécie medusóide na qual a actínula passou por um período de fixação anterior ao desenvolvimento do adulto pelágico, isto é, a actínula fixada foi o primeiro pólipo. Estágios poliplóides primitivos, incluindo a actínula fixada, provavelmente reproduziram-se de forma assexuada por brotamento. A persistência da fixação dos brotos levou às espécies poliplóides coloniais chamadas hidróides e que constituem, anualmente, a maior parte dos hidrozoários. Associados à organização colonial ocorreram a evolução de um esqueleto (suporte) e o polimorfismo (divisão de trabalho). Espécies solitárias nuas, tais como as hidras e o pólipo de Gonionemus, derivaram provavelmente de antigas formas poliplóides não coloniais. A supressão da fase medusóide — através da fixação do pólipo com subseqüente redução — desenvolveu-se independentemente em diferentes linhagens de hidrozoários sendo que as espécies atuais exibem todos os graus de redução da forma medusóide. CLASSE HYDROZOA : CLASSE ANTHOZOA: Os membros da classe Scyphozoa são cnidários pelágicos nos quais a medusa é a forma dominante e conspícua. Uma larva polipóide equivalente a uma actínula, segue-se à plânula. Assumindo a natureza medusóide como primitiva, os cifozoários são primitivos em seu ciclo vital e talvez tenham se desenvolvido precocemente a partir dos hidrozoários ancestrais. Dentro da classe Scyphozoa, especializações levaram a complexidades na estrutura medusóide, sendo isto evidenciado pelas características seguintes: tamanho maior que o das hidromedusas, manúbrio mais altamente desenvolvido, mesogléia celular, cavidade gástrica septada ou pelo menos provida de filamentos gástricos, cnidócitos gastrodérmicos e algum desenvolvimento de órgãos sensoriais. CLASSE ANTHOZOA: CLASSE ANTHOZOA: As gônadas são gastrodérmica e os ovos (os quais são liberados pela boca) desenvolvem-se em plânula. A plânula, após fixar-se, desenvolve-se numa larva polipóide a qual se nutre e se reproduz assexuadamente. Em algumas espécies a larva polipóide transformase diretamente numa medusa jovem. Isto pode ser tomado como evidência adicional de que a forma polipóide derivou-se, na evolução dos cnidários, de um estágio larval. Na maior parte das espécies de cifozoários, as medusas jovens surgem por estrobilação transversal a partir da extremidade oral da larva polipóide. CLASSE ANTHOZOA: Os membros da classe Anthozoa são cnidários polipóide estando o estágio medusóide inteiramente ausente. O pólipo dos antozoários é mais especializado que aquele dos hidrozoários e a presença de uma mesogléia celular, cavidade gastrovascular septada, cnidócitos nos filamentos gástricos e gônadas gastrodérmicos indicam que eles estão filogeneticamente relacionados mais intimamente com os Scyphozoa que com os Hydrozoa. A diferença na forma do corpo dos Scyphozoa e Anthozoa (medusa versus pólipo) pode ser reconciliada se os antozoários forem derivados através da larva polipóide dos cifozoários. As duas classes, Zoantharia e Octocorallia, refletem diferentes níveis de evolução estrutural dentro da classe Anthozoa. Os octocorais mantiveram o arranjo de oito mesentérios completos e oito tentáculos o que pode ser a condição antozoária primitiva. Organização colonial é característica de todos os octocorais e os pólipos interconectam-se através de uma complexa massa de mesogléia e tubos gastrodérmicos. Os zoantários apresentam um sistema mais complexo de mesentérios os quais invariavelmente excedem o número de oito. Existem muitas formas solitárias e as espécies coloniais interconectam-se através de dobras externas mais ou menos simples da parede do corpo. As anêmonas-do-mar são o principal grupo de antozoários solitários e, talvez relacionada à sua condição solitária, muitas espécies desenvolveram um tamanho muito maior que os pólipos dos hidrozoários. O número e a complexidade de seus mesentérios, provendo uma grande área superficial de filamentos gástricos, podem estar relacionados à utilização de presas grandes. CLASSE ANTHOZOA: CLASSE ANTHOZOA: A maioria dos antozoários é colonial sendo que este tipo de organização desenvolveu-se dentro desta classe independentemente por várias vezes. Embora as colônias possam chegar a ser grandes, os pólipos individuais são geralmente pequenos. Existem alguns grupos com colônias polimórficas mas esta condição não é tão comum como entre os hidrozoários. Os corais escleractinios, embora similares às anêmonas-do-mar são quase que inteiramente coloniais e são únicos por secretarem um esqueleto calcário externo. O esqueleto fornece à colônia um substrato uniforme sobre o qual ela pode se assentar. Os esclerócitos podem contribuir para a adesão dos pólipos às taças tecais e fornecer alguma proteção contra predadores quando os pólipos estão retraídos . A maior parte dos corais escleractinios habita recifes tropicais (herma típicos) e abriga zooxantelas. Zooxantelas são encontradas em muitos outros antozoários bem como em algumas cifomedusas e alguns hidrozoários. CLASSE ANTHOZOA: CLASSE ANTHOZOA: Os alcionáceos coloniais, ou corais moles, os quais são abundantes nos recifes do Indo-Pacífico, são em muitos aspectos semelhantes aos corais escleractinios, pois a volumosa massa cenenquimal forma o substrato a partir do qual originam-se os pólipos individuais. As colônias em forma de bastonetes ramificados das gorgônias são adaptações a fim de explorar a coluna vertical de água usando apenas uma pequena área para fixar-se ao substrato. O suporte flexível é fornecido por um bastão esquelético orgânico em posição central e por espículas calcárias separadas imersas no cenenquimal. Os penatuláceos, incluindo as penátulas e renegas são adaptados à vida em substrato mole. Um grande pólipo primário, que determina a forma da colônia, não apenas fornece a ancoragem na areia como também funciona como substrato a partir do qual originam-se os pequenos pólipos secundários. A larva plânula, característica da maior parte dos antozoários, desenvolve-se num pólipo. Formas coloniais derivam-se por brotamento a partir do primeiro pólipo. CTENOPHORA: Os membros do filo Ctenophora são animais marinhos pelágicos mais ou menos similares às medusas por sua forma globosa birradial, sua mesogléia gelatinosa e sua transparência. Uma espécie de ctenóforos possui cnidócitos. Os ctenóforos desenvolveram-se provavelmente a partir dos cnidários ou, pelo menos, os dois filos têm um ancestral comum. Primitivamente, os ctenóforos têm corpo esférico mas muitas espécies tornaram-se achatadas em graus variáveis, comprimidas ou deprimidas. No desenvolvimento das espécies achatadas, o corpo é inicialmente esférico (larva cidipídio). Os ctenóforos distinguem-se por possuírem oito faixas de placas ciliadas meridionais que proporcionam o corpo durante a natação com a extremidade oral para frente. Os ctenóforos são predadores de outros invertebrados pelágicos. Dois tentáculos retráteis ramificados apresentam estruturas adesivas especiais (coloblastos) que são usados, em muitas espécies, na captura de presas. Alguns ctenóforos têm tentáculos reduzidos e capturam a presa diretamente com a boca. Os ctenóforos são hermafroditas. Platelmintos: A reprodução dos platelmintos: A reprodução dos platelmintos é sexuada, embora a formas de reprodução assexuada façam parte do ciclo reprodutivo de trematódeos e citódios. Os turbelários, devido a sua elevada capacidade de regeneração, podem reproduzir-se por bipartição transversal. TURBELÁRIOS As planárias são platelmintos bem conhecidos. São animais de vida livre, com representantes terrestres e aquáticos. As terrestres estão sempre associadas a solos úmidos. Muitas planárias são animais coloridos, bastante vistosos. As planárias apresentam simetria bilateral, com região anterior e posterior, dorsal e ventral. Na região anterior encontram-se um par de estruturas sensíveis à luz, chamada ocelos. Características Gerais: Os platelmintos, também conhecidos popularmente como vermes, são animais pertencentes ao filo Platyhelminthes, reino Animália e sobreiro Meta zoa. O corpo dos platelmintos é achatado, pois não possuem sistemas respiratório e circulatório. Vivem em locais úmidos e, algumas espécies, parasitam animais (principalmente mamíferos). Sistema digestivo: Ocorre de forma entra e extracelular. O sistema é incompleto, apresentando apenas uma abertura em todo sistema. Possuem boca, faringe e intestino. Sistema nervoso: Possuem sistema nervoso central formado por um anel. Possuem filetes nervosos que percorrem o corpo todo através de ramificações. Sistema excretor: A excreção é realizada através das células-flama (protonefrídios), que realizam a excreção para a superfície do corpo. Os platelmintos secretam amônia. Sistema respiratório: Não possuem sistema respiratório. Nos platelmintos de vida livre as trocas são feitas por difusão. Já nos parasitas ela é feita de forma anaeróbica, ou seja, não utiliza oxigênio. Sistema circulatório: Também não possuem sistema circulatório. Os alimentos são distribuídos pelo corpo através das ramificações Sistema reprodutor: A reprodução varia de acordo com a espécie. Muitos platelmintos são hermafroditas. Alguns se reproduzem por partenogênese (desenvolvimento do embrião sem fecundação, de forma assexuada). As planárias podem se reproduzir por fissão (ruptura de um pedaço do corpo gerando outro) ou, até mesmo, de forma sexuada . Principais doenças provocadas por platelmintos: - Taenia Solium provoca no ser humano a teníase e a cisticercose. - Esquistossomo provoca a esquistossomose. - Tremátodes provocam doenças no sangue e no fígado. Nematóides: Nematóides: Entre as doenças que afetam a produtividade de fruteiras de clima temperado, aquelas causadas por nematóides assumem grande importância em virtude dos sérios prejuízos causados à planta e, indiretamente, ao produtor, pela redução dos lucros. Os nematóides fitoparasitas prejudicam as plantas pela ação nociva sobre o sistema radicular que, por sua vez, afeta a absorção e a translocação de nutrientes, alterando a fisiologia da planta. Esses organismos também podem predispor a planta a doenças e a estresses ambientais ou atuarem como transmissores de outros patógenos. Doenças causadas por nematóides : Entre fruteiras de caroço, a maioria dos trabalhos associados com fitonematóides foi realizada com a cultura do pessegueiro. Já foram relatadas mais de 30 espécies de nematóides fitoparasitas em pessegueiro, destacando-se como mais importantes Meloidogyne spp., Mesocriconema SPp., Xiphinema spp. e Pratylenchus spp. Esses nematóides podem reduzir o vigor e a produção do pomar e, ocasionalmente, em conjunto com outros fatores, causar a morte da planta.