Slides Powerpoint

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Instrumentação Optoelectrónica
Interacção entre luz e sistemas atómicos
Assumimos um gás atómico numa cavidade em equilíbrio termodinâmico com
um campo de radiação com uma densidade espectral r(n,T) característica da
radiação de corpo negro.
Consideramos apenas dois estados de energia para os átomos: Eb e
Ea com Eb > Ea.
Se existe equilíbrio, o número de átomos no nível a (Na), o número de
átomos no nível b (Nb) e o número de fotões no campo de radiação
permanecem constantes
164
Instrumentação Optoelectrónica
165
Interacção entre luz e sistemas atómicos
Absorção
Eb
Eb
Ea
Ea
 dNa 

   Bab  Na  r  n 
 dt abs
[s-1·m-3]
n
Eb  Ea
h
Bab – coeficiente B de Einstein para absorção
Instrumentação Optoelectrónica
166
Interacção entre luz e sistemas atómicos
Emissão espontânea
Eb
Eb
Ea
Ea
 dNb 

  Aba  Nb
 dt esp
[s-1·m-3]
Aba – coeficiente A de Einstein para emissão espontânea
Instrumentação Optoelectrónica
167
Interacção entre luz e sistemas atómicos
Emissão estimulada
Eb
Eb
Ea
Ea
 dNb 

   Bba  Nb  r  n 
 dt est
[s-1·m-3]
Bba – coeficiente B de Einstein para emissão estimulada
Instrumentação Optoelectrónica
168
Interacção entre luz e sistemas atómicos
Se as populações Na e Nb permanecem constantes:
dNb
 0  Aba  Nb  Bba  Nb  r  n   Bab  Na  r  n 
dt
eq. 1
A densidade de radiação de frequência n, à temperatura T é dada pela lei
de Planck
8hn3n3
1
eq. 2
r n 

[J· Hz-1·m-3]
3
hn
c
ekT  1
A distribuição de Boltzmann entre dois níveis de energia (não
degenerados) é
E E
hn
 b a

Nb
 e kT  e kT
Na
eq. 3
Instrumentação Optoelectrónica
169
Interacção entre luz e sistemas atómicos
Da equação 1 obtém-se
r n 


Bab
Aba  Nb
 Na  Bba  Nb
Aba  Nb


Na
Nb   Bab 
 Bba 
Nb


Aba
hn


kT
 Bab  e  Bba 


Instrumentação Optoelectrónica
170
Interacção entre luz e sistemas atómicos
8hn3n3

Como r  n  
3
c
1
hn
kT
e
1
Aba
tem-se
hn

kT
 Bab  e

Aba
8hn3 n3
1


hn
c3

kT
e 1
 Bba 

hn
 kT
 8hn3 n3
  e  1 
c3


Aba  e
hn
kT
 Aba
hn


kT
  Bab  e  Bba   0


hn
8hn3 n3
8hn3 n3
kT

 Bab  e 
 Bba  0
c3
c3
 Aba 8hn3 Bab



3
B
Bba
c
 ba
hn
 kT
 Aba 8hn3 n3 

e 
0
3
B
c

 ba

Instrumentação Optoelectrónica
171
Interacção entre luz e sistemas atómicos
hn
3 3
3 3



A
B
A
8

hn
n
8

hn
n 
ab
ba
kT
A equação  ba 


e




0
3
3
Bba 
c
c
 Bba
 Bba

tem que ser válida para todas as temperaturas T. Para tal terá
que se verificar:
 Aba 8hn3n3 Bab 



0
3
B
B
c
ba 
 ba
Daqui conclui-se:
e
 Aba 8hn3n3 


0
3
B
c
 ba

Aba 8hn3 n3

Bba
c3
Aba 8hn3 n3 Bab 8hn3 n3 8hn3 n3 Bab






3
3
3
Bba
Bba
Bba
c
c
c
Bab  Bba
Instrumentação Optoelectrónica
172
Interacção entre luz e sistemas atómicos
Conclusões:
Os coeficientes de Einstein estão todos relacionados
Os coeficientes de emissão estimulada e de absorção
(estimulada) são iguais
 dN 
 dN 
Notar que as taxas  b    Bba  Nb  r  n  e  a    Bab  Na  r  n 
 dt abs
 dt est
são diferentes:
se Nb > Na a emissão estimulada excede a absorção.
Os fotões emitidos adicionam-se ao campo de radiação
se Na > Nb a absorção excede a emissão estimulada.
Os fotões são retirados do campo de radiação
Amplificação
Atenuação
Instrumentação Optoelectrónica
173
Interacção entre luz e sistemas atómicos
Conclusões:
A amplificação do campo de radiação por emissão estimulada (o
princípio físico na base do LASER – Light Amplification by
Stimulated Emission of Radiation) exige Nb > Na: Inversão de
população
mas não só…
Instrumentação Optoelectrónica
174
Interacção entre luz e sistemas atómicos
Como
Aba 8hn3 n3

Bba
c3
8hn3n3

a densidade de radiação r  n  
3
c
pode escrever-se: r  n  
Aba

Bba
1
hn
kT
e
1
1
e
hn
kT
1
O quociente entre as taxas de emissão estimulada e espontânea é
R
Bba  Nb  r  n 
Aba  Nb

Bba  r  n 
Aba
1

e
hn
kT
1
Para que os processos de emissão estimulada e espontânea tenham a mesma
probabilidade a equação acima deverá ser igual à unidade.
Se substituirmos na equação k e h e considerarmos valores de n típicos
verifica-se que para que ocorra R = 1 são necessárias temperaturas superiores
a 30,000 K!!
Instrumentação Optoelectrónica
Interacção entre luz e sistemas atómicos
Assim, se o nosso objectivo é amplificar luz:


devemos promover emissão estimulada à custa da emissão
espontânea.
para aumentar a importância relativa da emissão estimulada
devemos aumentar a densidade de radiação na cavidade
175
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers - Fundamentos
A chave para criar uma inversão de população reside nas probabilidades de
transição entre estados electrónicos
A probabilidade de ocorrência de emissão espontânea é inversamente
proporcional ao tempo de vida do estado excitado.
Tipicamente estes tempos de vida variam entre 10-9 e 10-6
O tempo de vida para emissão espontânea para um par de estados
electrónicos a, b é dado pelo coeficiente Aab de Einstein
1
ab 
Aab
Em certos materiais, o tempo de vida de emissão espontânea pode ser elevado
(10-4 – 10-3 s) para alguns pares de estados electrónicos. Logo a probabilidade de
emissão espontânea entre estes estados é baixa
Estes estados são designados por estados metaestáveis
Se diminui a probabilidade de emissão espontânea então as condições para
emissão estimulada são favorecidas
176
Instrumentação Optoelectrónica
177
Lasers - Fundamentos
Na prática não é possível construir um laser com base na absorção e emissão
entre o mesmo par de níveis de energia.
Para qualquer par de níveis de energia, estabelece-se um equilíbrio entre a taxa
a que o nível de maior energia é povoado, por absorção, e a taxa a que é
despovoado, por emissão estimulada.
 dNa 

   Bab  Na  r  n 
dt

abs
 dNb 

   Bba  Nb  r  n 
 dt est
Bab  Bba
Num sistema de dois níveis o melhor que se pode obter é uma igualdade de populações
São necessários sistemas com uma estrutura de três ou quatro níveis de energia
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers - Fundamentos
Elementos essenciais de
um laser:
fonte externa de energia bombeamento
meio de amplificação ou
meio activo
cavidade óptica
ressonante
178
Instrumentação Optoelectrónica
179
Lasers - Fundamentos
Bombeamento (pumping)
O bombeamento é realizado com uma fonte externa de energia utilizada para excitar
os átomos do meio activo e produzir a Inversão de população.
O mecanismo de bombeamento pode ser óptico, eléctrico, químico ou térmico
Nos lasers gasosos o processo de
bombeamento mais utilizado consiste numa
descarga eléctrica.
A excitação dos átomos do meio activo dá-se
por colisão com electrões livres libertados no
processo de descarga ou por processos de
colisão inelástica entre átomos ou moléculas.
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers - Fundamentos
Laser de 3 níveis
A bombagem de energia ocorre entre um par de estados electrónicos distinto do
par envolvido na emissão. Os mecanismos de bombagem e de emissão estão
desacoplados
Um laser de 3 níveis inclui:
Uma banda de absorção sobre a qual se realiza a bombagem (Wp)
Um nível intermédio metaestável (Wu) que actua como nível de emissão
A emissão laser ocorre para transições entre o estado metaestável e o
estado fundamental (WI)
180
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers - Fundamentos
Laser de 3 níveis
Notar que a desexcitação do nível Wp para o nível Wu também pode ocorrer por
emissão espontânea e por processos não radiativos (colisões)
Se a taxa a que o nível metaestável Wu é povoado a partir do nível de bombagem
for superior à taxa de desexcitação espontânea do nível Wu então é possível
estabelecer inversão de população entre este nível e o estado fundamental,
A taxa mínima de
bombagem é
Gpmin = Aul = 1/ul
181
Instrumentação Optoelectrónica
182
Lasers - Fundamentos
Laser de 4 níveis – o laser de He-Ne
Vimos que a excitação dos átomos do meio activo pode dar-se por processos de colisão entre
átomos. Neste caso é necessária a utilização de uma mistura de gases. É o que sucede no
laser de He-Ne.
1 - Um electrão livre colide com um átomo de He e excita-o para o estado 21So.
2 - O átomo excitado He*(21So) colide com um átomo de Ne, resultando um átomo excitado
Ne*(3s2)
3 - O estado 3s2 do Ne é metastável: só após
um intervalo de tempo longo é que o átomo
desexcita para o nível 2p4, emitindo um fotão
de 632.8 nm
4 - O átomo excitado Ne*(2p4) desexcita
rapidamente para o estado fundamental
Devido à rapidez deste processo de desexcitação,
no plasma de HeNe existem, em qualquer instante,
mais átomos no estado 3s2 do que no estado 2p4
estabeleceu-se inversão de população entre estes
2 níveis.
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers - Fundamentos
Laser de 4 níveis - resumo
Num laser de 4 níveis existe um nível de
energia abaixo do nível de menor energia
envolvido na transição laser. Normalmente
esse nível é o estado fundamental.
A função deste nível é assegurar o
despovoamento rápido do nível laser de
menor energia.
O objectivo é garantir que o nível laser
superior está sempre preenchido e o nível
laser inferior está sempre despovoado.
A inversão de população é mais fácil de
obter
183
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers - Fundamentos
Prof. John Watson
EG40GC Optical Engineering
Lecture Notes
UNIVERSITY OF ABERDEEN
184
Instrumentação Optoelectrónica
185
Lasers - Fundamentos
O primeiro laser
O primeiro laser era um laser de 3 níveis. Foi desenvolvido por Theodore Maiman em 1960 nos
Hughes Research Laboratories.
Tratava-se de um laser pulsado de Rubi que emitia no vermelho (694.3 nm)
Para excitar as impurezas de Cr3+
contidas no rubi Maiman utilizou
uma Lâmpada de impulsos de
Xénon – bombeamento óptico
O processo de bombeamento
óptico é o único processo de
bombeamento que pode ser
utilizado de forma prática com
meios activos sólidos e líquidos
Instrumentação Optoelectrónica
186
Lasers - Fundamentos
Cavidades ressonantes ópticas
Vimos que para obter amplificação de luz a partir de um dado meio activo
precisamos de:
estabelecer uma inversão de população entre um par de níveis de
energia adequados
promover a emissão estimulada à custa da emissão espontânea
Por si só estes não são critérios suficientes para produzir emissão laser num dado
sistema. Os fotões resultantes da emissão estimulada têm que estar confinados no
sistema de forma a serem utilizados para desencadear mais processos de emissão
estimulada
Se não confinarmos os fotões o sistema radia segundo todas as direcções e não
é possível sustentar o processo de emissão estimulada
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers - Fundamentos
Cavidades ressonantes ópticas
É necessário um mecanismo de realimentação óptica:
O feixe resultante da emissão estimulada é forçado a atravessar ciclicamente o
meio activo, maximizando o processo de emissão estimulada.
Tal consegue-se colocando o meio activo dentro de uma
cavidade ressonante óptica.
187
Instrumentação Optoelectrónica
188
Lasers - Fundamentos
Cavidades ressonantes ópticas
O meio laser é colocado entre 2 espelhos:
um espelho de elevada reflectância
um espelho parcialmente transmissivo.
Estes espelhos definem a cavidade ressonante e asseguram continuidade
da emissão ao dirigirem os fotões no meio activo ao longo do eixo principal
da cavidade.
PUMPING SOURCE
Excited atom
Ground atom
O espelho parcialmente
transmissivo permite a
transmissão de uma pequena
quantidade de radiação: o feixe
laser.
LASER
OUTPUT
Rear mirror
(Totally reflecting)
Stimulated photons
Output mirror
(Partially reflecting)
Random photons
A LASER SYSTEM
Instrumentação Optoelectrónica
189
Lasers - Fundamentos
Cavidades ressonantes ópticas
Os fotões estimulados deslocam-se continuamente ao longo da cavidade
criam mais fotões por emissão estimulada (equivale a usar um meio
activo com um de elevado comprimento)
fotões que não se deslocam paralelamente ao eixo óptico são perdidos
fotões aleatórios (espontâneos) com comprimento de onda e/ou
direcção incorrecta são igualmente perdidos.
PUMPING SOURCE
Excited atom
Ground atom
LASER
OUTPUT
Rear mirror
(Totally reflecting)
Stimulated photons
Output mirror
(Partially reflecting)
Random photons
A LASER SYSTEM
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers - Fundamentos
190
Instrumentação Optoelectrónica
191
Lasers - Fundamentos
Cavidades ressonantes ópticas
A onda electromagnética que se propaga na cavidade assume uma
configuração de onda estacionária em que a posição dos nodos é função da
distância L entre os espelhos (comprimento da cavidade)
A cavidade diz-se ressonante (ou seja
permite manter um padrão de ondas
estacionárias) quando a distância L for
múltiplo inteiro de meio comprimento de
onda (nodos em cada espelho)
L  m
nm

2
mv

2L
v - velocidade
da luz na
cavidade
Existe um número infinito de modos de oscilação longitudinal cada um com a
sua frequência nm. A diferença entre as frequências de modos consecutivos
define a banda espectral livre (FSR – Free Spectral Range ou Mode Spacing)
nm1  nm  n 
v
2L
Exemplo: L= 1 m; n = 150 MHz
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers - Fundamentos
Cavidades ressonantes ópticas
Parece haver um problema:
só alguns modos (frequência) de oscilação, múltiplos da frequência
fundamental nm podem ser suportados na cavidade
só fotões estimulados com frequência nul podem ser amplificados
nm e nul coincidem?
Se tratarmos nul como uma linha infinitesimamente estreita, só por pura sorte.
De facto a situação real é bem mais favorável porque a linha espectral
emitida na transição de Wu para Wl tem uma largura finita nul
192
Instrumentação Optoelectrónica
193
Lasers - Fundamentos
Cavidades ressonantes ópticas
A linha espectral emitida em resultado da
desexcitação do nível de energia Wu para o nível Wl
tem uma largura finita nul, centrada em nul.
Esta largura (que pode ser da ordem de alguns nm)
resulta de vários mecanismos:
Alargamento por colisões (com outros átomos, iões, electrões livres, paredes da
cavidade)
Alargamento natural: o princípio da incerteza de Heisenberg relaciona o tempo de
vida de um estado excitado com a precisão na sua energia. Como a energia
emitida pelo átomo decai no tempo de acordo com exp(-t/) então o seu espectro
de Fourier cobre uma gama de frequências da ordem de 1/.
Alargamento por efeito Doppler (alargamento Térmico)
Alargamento por efeito Stark: resulta da interacção do emissor com um campo
eléctrico. O desvio de energia é proporcional à intensidade do campo
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers - Fundamentos
Cavidades ressonantes ópticas
Os únicos modos de oscilação que
podem ser suportados dentro da
cavidade são aqueles que estão
contidos sob a banda da transição
laser.
A cavidade selecciona e amplifica
apenas algumas riscas estreitas
(quando não uma única)
Esta é a origem da quasemonocromaticidade de um feixe
laser.
A intensidade da emissão é
controlada pelo perfil da transição
laser
194
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers - Fundamentos
Cavidades ressonantes ópticas
Podemos incorporar na cavidade um elemento de ajuste fino do seu
comprimento de forma a forçar as oscilações para um modo longitudinal único.
Desta forma o laser oscilaria apenas numa única frequência da cavidade.
Consegue-se este objectivo utilizando um componente selectivo à frequência.
Por exemplo um etalon (interferómetro de Fabry-Perot)
Obtém-se a potência máxima seleccionando o modo de
oscilação mais próximo do centro do perfil de emissão laser.
Claro que ao eliminarmos modos de oscilação estamos a
perder potência radiante.
195
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers - Fundamentos
Cavidades ressonantes ópticas
Até agora ignorámos a largura da cavidade. Contudo a cavidade tem uma
largura finita. Logo suporta modos de oscilação transversais resultantes de
configurações do campo perpendiculares ao eixo da cavidade.
Estes modos designam-se geralmente por TEMmn (transverse electric and
magnetic). Os índices m e n são inteiros que indicam, para uma qualquer
secção transversa do feixe emergente, o número de linhas nodais que
intersectam os eixos x e y.
Os modos transversos influenciam o perfil espacial da irradiância do feixe laser
196
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers - Fundamentos
Cavidades ressonantes ópticas
O modo fundamental é o modo TEM00
Corresponde a um perfil gaussiano de densidade de fluxo (irradiância)
197
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers - Fundamentos
Cavidades ressonantes ópticas
198
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers – Ganho num meio activo
Os slides seguintes baseiam-se nas Lecture
Notes do Prof. John Watson
EG40GC Optical Engineering
UNIVERSITY OF ABERDEEN
199
Instrumentação Optoelectrónica
200
Lasers – Ganho num meio activo
Consideremos um feixe paralelo monocromático a irradiar um
meio atómico de espessura l e coeficiente de absorção a
Seja E(n) a irradiância do feixe, correspondente a uma densidade
de energia espectral r(n).
O feixe tem uma frequência central n e uma largura de linha
infinitesimamente estreita (n → 0).
l
Ein
Eout
a
u
Wu
Assume-se que o meio
possui 2 níveis de
energia (Wu > Wl)
Despreza-se a emissão
espontânea
E(n)in
E(n)out
Blu
B
Aul
ul
Wl
l
Instrumentação Optoelectrónica
201
Lasers – Ganho num meio activo
A perda de irradiância do feixe ao atravessar o meio é
-E = E(n)in - E(n)out
Se assumirmos que toda a energia incidente é absorvida e
que toda a energia à saída resulta de emissões
estimuladas temos
Wu
-E = E(n)abs - E(n)est
u
E(n)in
E(n)out
Blu
B
Aul
ul
Wl
 dN l 
  h  n  l  B lu  Nl  r  n   h  n  l
dt

abs
[W·m-2]
 dN 
Eest    u   h  n  l  Bul  Nu  r  n   h  n  l
 dt est
[W·m-2]
A irradiância absorvida é Eabs   
A irradiância emitida é
l
Instrumentação Optoelectrónica
202
Lasers – Ganho num meio activo
Então a perda de irradiância do feixe ao atravessar o meio é
E  B lu  Nl  r  n   h  n  l  Bul  Nu  r  n   h  n  l
 B lu  Nl  Bul  Nu   r  n   h  n  l
Como os coeficientes B de absorção e de
emissão estimulada são iguais, tem-se E  Nl  Nu   B  r  n   h  n  l
Sabendo que E  n   r  n  
c
n
Podemos calcular a perda fraccional de irradiância por unidade de
comprimento de meio activo
n
 h  n  l
c
E
n
 Nl  Nu   B  n  h 
[m-1·Hz-1]
E  n   l
c
E  Nl  Nu   B  E  n  
Instrumentação Optoelectrónica
203
Lasers – Ganho num meio activo
E
n
 Nl  Nu   B  n  h 
E  n   l
c
Esta equação representa a variação fraccional de
irradiância de um feixe de radiação ao atravessar
um meio em equilíbrio termodinâmico
Se esta quantidade fosse positiva tal significaria que o feixe iria adquirir
potência ao atravessar o meio: amplificação do feixe
Para tal basta que (Nl – Nu) seja negativo: inversão de população
Em inversão de população o incremento fraccional de irradiância por unidade
de comprimento corresponde ao ganho para pequenos sinais:
E
n
n
   n   Nu  Nl   B  n  h   Ninv  B  n  h 
E  n   l
c
c
Alu
8hn3 n3

como
Bba
c3
e
Alu
1

sp
Ninv  c2
tem-se   n  
8  sp n2n2
Esta equação representa o ganho óptico possível num
sistema atómico em condições de inversão de população
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers – Ganho num meio activo
Quais as implicações de considerar a largura finita da linha laser?
Basta considerar que o número de átomos que interage com a radiação
aumenta por um factor n
Então o coeficiente de ganho num intervalo de frequência unitário deve
diminuir por um factor n
Ninv  c2
 n 
8  sp n2 n  n2
204
Instrumentação Optoelectrónica
205
Lasers – Condição limiar da cavidade
As análises feitas até agora não tiveram em conta quaisquer perdas no sistema
Embora a inversão de população seja essencial, não haverá emissão laser
até que a potência radiante resultante da emissão estimulada se
sobreponha à potência radiante perdida.
Mecanismos de perda de potência radiante
•
•
•
•
potência emitida em transições espontâneas
perdas internas por absorção
dispersão no meio activo
dispersão e absorção nos espelhos
A taxa de perda de energia da cavidade impõe restrições no meio activo. Existe um
limiar de inversão de população abaixo do qual não ocorre acção laser. Não é todo o
valor de inversão de população que garante acção laser. Este limiar corresponde ao
equilíbrio entre os ganhos e as perdas.
Instrumentação Optoelectrónica
206
Lasers – Condição limiar da cavidade
Vimos que o ganho fraccional de irradiância por unidade de comprimento
de meio activo corresponde a
E
E  n   l
Integrando obtém-se E  E0  ex
As perdas podem ser contabilizadas diminuindo
o ganho  por um factor s correspondente a um
coeficiente de perdas internas
E  E0  e
 s x
l
E0
E

Instrumentação Optoelectrónica
207
Lasers – Condição limiar da cavidade
Comprimento do meio activo = Comprimento da cavidade = L
E0
E = E0 exp[(-s)L]
E = R·E0 exp[2(-s)L]
E = R·E0 exp[(-s)L]
E = R·E0 exp[2(-s)L]
Espelho totalmente reflector
R=1
Espelho parcialmente reflector
R<1
Instrumentação Optoelectrónica
208
Lasers – Condição limiar da cavidade
Se a irradiância após completar um circuito completo pelo sistema for igual
ou superior à irradiância inicial então a acção laser pode ser mantida
2 s L
E0  R  e
2  s L
R e
2  s L
e

 E0
1
1
R
1
2     s   L  ln  
R 
 s
1
1
 ln  
2L
R 
Esta expressão define o ganho limiar abaixo do
qual a acção laser não é possível
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers – Condição limiar da cavidade
Temos agora 2 expressões para o ganho. Uma relacionada com parâmetros
da cavidade
lim  s 
1
1
 ln  
2L
R 
Outra relacionada com características do meio
lim
Ninv  c2

8  sp n2 n  n2
209
Instrumentação Optoelectrónica
Lasers – Inversão de População
O início da acção laser depende de factores externos tais como a taxa a que
se bombeia energia para o sistema e as perdas de energia do sistema.
Vimos que existe um valor limiar para a inversão de população, valor esse
que deve ser atingido para obter uma acção laser sustentável.
Abaixo deste limiar a emissão estimulada é desprezável. A emissão radiativa
deve-se quase totalmente a fenómenos espontâneos
210
Instrumentação Optoelectrónica
211
Lasers – Inversão de População
Recordemos os fundamentos de um laser de 3 níveis.
Um laser de 3 níveis inclui:
Uma banda de absorção sobre a qual se realiza a bombagem (Wp)
Um nível intermédio metaestável (Wu) que actua como nível de
emissão
A emissão laser ocorre para transições entre o estado metaestável
e o estado fundamental (WI)
O fornecimento de energia Wpump = Wp – Wl resulta no povoamento do nível de
energia Wp e, consequentemente do nível metaestável Wu.
Instrumentação Optoelectrónica
212
Lasers – Inversão de População
Os átomos que atingem o nível Wp relaxam rapidamente para o nível laser
superior. Logo a população do nível Wp tende para zero: Np  0
Podemos considerar que a bombagem se dá directamente para o nível Wu. A
população total do sistema é dada por:
Ntot  Nl + Nu
É o tempo de vida da transição laser que determina a taxa de emissão de energia.
Para obter inversão de população é necessário bombear energia para o sistema a
uma taxa superior à taxa de emissão. A taxa mínima de bombagem de energia é:
Gpmin = Aul = 1/ul
Para a taxa mínima de
bombagem, a população
total é partilhada de forma
igual pelos dois níveis:
Nu = Nl = Ntot/2
Instrumentação Optoelectrónica
213
Lasers – Inversão de População
Para que haja inversão num sistema de 3 níveis mais de metade dos átomos no
estado fundamental deve ser bombeados para o estado metaestável de modo que
Nu > Nl
Normalmente nestes sistemas a magnitude da inversão de população é pequena
quando comparada com o número total de átomos.
Vejamos agora o que se passa num sistema de 4 níveis
Np
W p nível de bombagem, p
Apu
relaxamento rápido
W nível laser superior, u
Nu
Energia de bombagem
por átomo, W p
u
Blu
Gp
Aul
densidade de Radiação, rn
Nl
Ng
Gl
Alg
Emissão Laser
Bul
Wl
nível laser inferior, l
relaxamento rápido
Wg
Estado Fundamental, g
Instrumentação Optoelectrónica
214
Lasers – Inversão de População
O povoamento do estado Wu é conseguido bombeando átomos a partir do estado
fundamental para o nível Wp a uma taxa de GpNg átomos por unidade de volume
de tempo, seguida de relaxamento rápido desses átomos para o nível Wu
Entre os níveis laser u e l pode ocorrer emissão estimulada
a uma taxa r(n)·Bul·Nu e emissão espontânea a uma taxa
Aul·Nu
Transições não
desejadas
átomos no nível l podem
ser excitados para o nível
u, a uma taxa r(n)·Blu·Nl
átomos no estado
fundamental podem ser
excitados para o nível l, a
uma taxa GlNg.
Os átomos no nível l relaxam para o nível fundamental a
uma taxa Alg·Nl.
Np
Nu
Energia de bombagem
por átomo, W p
W p nível de bombagem, p
Apu
relaxamento rápido
W nível laser superior, u
u
Gp
densidade de Radiação, rn
Nl
Ng
Blu
Aul
Bul
Emissão Laser
nível laser inferior, l
Wl
Alg
Gl
relaxamento rápido
Wg
Estado Fundamental, g
Instrumentação Optoelectrónica
215
Lasers – Inversão de População
Para os tempos de vida de emissão espontânea é necessário verificar-se pu « ul
e lg « ul o que implica Np  0 e Nl  0.
A população total é partilhada entre os dois restantes níveis: Ntot  Ng + Nu
A inversão de população que daqui resulta é Ninv = Nu - Nl  Nu
Assumimos que a taxa de
bombagem parasita, GlNg,
entre os níveis g e l como
sendo desprezável
A bombagem de átomos
de l para u também é
parasita: Mas como Nl é
igual a zero também o é
r(n)BluNl
Np
Nu
Energia de bombagem
por átomo, W p
W p nível de bombagem, p
Apu
relaxamento rápido
W nível laser superior, u
u
Gp
densidade de Radiação, rn
Nl
Ng
Blu
Aul
Bul
Emissão Laser
nível laser inferior, l
Wl
Alg
Gl
relaxamento rápido
Wg
Estado Fundamental, g
Instrumentação Optoelectrónica
216
Lasers – Inversão de População
As hipóteses que colocámos permitem-nos tratar o sistema ideal de 4 níveis como
um sistema de 2 níveis.
Como a população do nível l é efectivamente zero, o comportamento do sistema
é controlado pela taxa de povoamento do nível laser superior
dNu
 Gp  Ng - r  n   Bul  Nu - Aul  Nu  Gp  Ng - Nu  r  n   Bul + Aul 
dt
Em regime estacionário a taxa de variação de população do nível u deve ser nula
Gp  Ng - Nu  r  n   Bul + Aul   0
Então a inversão de população, que corresponde à população do nível laser
superior é dada por
Gp  Ng
Nu 
r  n   Bul + Aul
Instrumentação Optoelectrónica
217
Lasers – Inversão de População
Nu 
Gp  Ng
r  n   Bul + Aul
Esta equação mostra que praticamente qualquer número de
átomos no estado u resulta em inversão de população
Mesmo quando a taxa de emissão estimulada r(n)·Bul é baixa é possível obter
inversão de população para qualquer taxa finita de bombagem Gp.
De facto, na ausência de emissão estimulada a inversão de população é dada por
Nu 
Gp  Ng
Aul
 Gp  Ng  ul
Em geral Ng >> Nu. Logo Ng ≈ Ntot e Nu 
Gp  Ntot
Aul
 Gp  Ntot  ul
Trata-se de uma melhoria clara relativamente aos sistemas de 3 níveis (Nu = Ntot/2).
O número de átomos que é necessário bombear para obter inversão de população é
apenas uma fracção pequena da população total
Instrumentação Optoelectrónica
218
Lasers – Inversão de População
Laser de Rubi (3 níveis)
Laser Nd:YAG (4 níveis)
rede de Al2O3 dopada. 0.5% de iões
de crómio por unidade de massa.
Laser Nd:YAG típico:  = 1064 nm; n = 1.82;
n = 180 GHz;  = 230 s; th = 1 m-1
A densidade total de Cr3+ é cerca de
Ntot = 1.6 x 1025 m-3
O limiar de inversão de população é:
Logo o limiar de inversão do rubi é
Nlim
inv
N
 tot  0.8 x1025 m3
2
O tempo de vida para transição
espontânea entre os níveis laser é
3 ms.
Logo, a taxa de bombagem mínima
para atingir o limiar de inversão é
Gpmin = 1/ul = 1/3 ms = 333 s-1
8  sp n2 n  n2  lim
Ninv  c2
lim
 n 
 Ninv 
8  sp n2 n  n2
c2
21
3
Nlim

3
x
10
m
inv
Cerca de 6 x 1025 m-3 átomos de Nd no
cristal. No limiar temos
lim
Nlim
inv  Gp  Ntot  ul
O tempo de vida para transição espontânea
entre os níveis laser é 230 s.
Logo a taxa mínima de bombagem é,
lim
N
1
inv
Glim


0.22
s
p
Ntot  ul
Instrumentação Optoelectrónica
Emissão Laser
Abaixo do limiar
A emissão estimulada é fraca
A densidade de radiação espalha-se por todos os modos da cavidade
r(n)·B → 0
Toda a emissão radiativa é espontânea
No limiar
A emissão estimulada começa a dominar
Os átomos desexcitam para o nível laser menos energético
O nível laser superior fica despovoado
A população desce abaixo do valor limiar
A emissão estimulada cessa
Continuação da bombagem conduz novamente à inversão de população
O limiar é novamente alcançado
A emissão estimulada reinicia
Os átomos desexcitam para o nível laser menos energético…………
219
Instrumentação Optoelectrónica
220
Emissão Laser – condições de estado estacionário
O estado estacionário é alcançado quando o ganho resultante da emissão
estimulada é compensado pelas perdas resultantes de todos os outros
métodos de desexcitação (principalmente espontâneos)
Alcançado o regime estacionário, a inversão de população satura no seu valor
limiar Ninv = Ninvlim: saturação de ganho
Aumentar a potência de bombagem não resulta num aumento da inversão de
população apenas através da bombagem. Logo o aumento da potência de
bombagem não conduz ao aumento da potência do feixe laser.
A potência do feixe laser só aumenta se a taxa de emissão estimulada na
cavidade aumentar à mesma taxa que a potência de bombagem
Instrumentação Optoelectrónica
221
Emissão Laser – condições de estado estacionário
Vimos que num laser de 4 níveis a
inversão de população é dada por
Ninv 
Gp  Ng
r  n   Bul + Aul
Como Ng = Ntot – Nu e em geral Ng >> Nu tem-se Ng ≈ Ntot e Ninv 
Também vimos que no limiar de inversão r(n)·Bul  0
G  Ntot
Logo Nlim  p
inv
Aul
Numa situação de saturação de ganho tem-se Ninv = Ninvlim
o que implica
Gp  Ntot
r  n   Bul + Aul
Gp
lim
p
G


Glim
 Ntot
p
Aul
r  n   Bul + Aul
Aul

r  n   Bul
Aul
1
Gp  Ntot
r  n   Bul + Aul
Instrumentação Optoelectrónica
222
Modos Laser
Aumentar a bombagem conduz ao aumento da emissão estimulada no interior
da cavidade uma vez que empurra cada vez mais fotões para os modos de
oscilação favorecidos
N
Abaixo do limiar
n
Ninv
perfil da linha laser
Acima do limiar
Ninvlim
Instrumentação Optoelectrónica
223
Potência no Limiar
Potência emitida em transições
estimuladas
stim  Nlim
inv  hn  r  n   Bul V
stim
abaixo do limiar
acima do limiar
Potência emitida em transições
espontâneas
lim
lim

N
sp
inv  hn  Aul V
Ninv
Gplim
Gp
Razão entre saída estimulada e saída N th
inv
espontânea
Gp
r  n   Bul
 stim

 lim  1
A
lim
Gp
ul
sp
V – volume do meio activo
Gplim
Gp
Instrumentação Optoelectrónica
224
Potência de entrada e de saída no limiar
Até ao limiar (e inclusive) o modo dominante de libertação de potência a partir do
laser será por emissões espontâneas aleatórias. A emissão estimulada ainda não é
significativa
A potência emitida pelo laser até atingir o limiar é constituída quase inteiramente
por fotões espontâneos distribuídos pelo grande número de modos de oscilação
permitidos.
No limiar, a potência de saída depende
da inversão da população
da taxa a que os átomos desexcitam espontaneamente a partir do
nível laser superior (1/ul).

lim
sp
lim
inv
N
Nlim
 hn  V
 hn  Aul V  inv
ul
Instrumentação Optoelectrónica
225
Potência de entrada e de saída no limiar
Em materiais de 3 níveis
O limiar de inversão é igual a metade da população total. Logo a potência
emitida é

lim
sp

3l

Ntot  hn  V
2ul
Em materiais de 4 níveis:
é possível obter o limiar de inversão para qualquer taxa de bombagem. A
potência emitida no limiar (por emissão espontânea) de saída é
 
lim
sp 4l
Nlim
 hn  V
 inv
ul
Instrumentação Optoelectrónica
Potência limiar de bombagem
De forma a alcançar e manter inversão de população no laser, a
potência emitida em transições espontâneas, com frequência nul
precisa de ser substituída por absorção a partir da fonte de
bombagem, à frequência de bombagem np.
Logo a potência de bombagem a fornecer deve ser suficiente para
elevar um número suficiente de átomos para o nível laser superior de
forma a estabelecer o limiar de inversão.
226
Instrumentação Optoelectrónica
227
Taxa de bombagem num sistema de 3 níveis
Num sistema de 3 níveis a potência de bombagem necessária para levar
o laser ao limiar é
lim
lim
 Gplim  hnp  Ninv
V
p
A taxa mínima de bombagem é Glim

p
Logo lim

p
lim
hnp  Ninv
V
1
ul
ul
Como a população limiar é metade da população total temos
lim

p
hnp  Ntot  V
2ul
np é a frequência da radiação de bombagem. Corresponde à frequência
necessária para elevar átomo do nível fundamental para o estado Wp
Instrumentação Optoelectrónica
228
Exemplo: operação limiar num laser de rubi
Dados: laser de 3 níveis
rede Al2O3 dopada com cerca de 0.5 % de Cr3+
densidade total de Cr3+: Ntot = 1.6x1025 m-3
cilindro de rubi com 10 mm de diâmetro e 150 mm de comprimento
tempo de vida espontâneo da transição laser ul = 3 ms
 = 694.3 nm
energia do nível de bombagem: 2 eV acima do estado fundamental
Potência de bombagem no
limiar, por unidade de volume:
lim
p
V
lim
p

hnp  Ntot
2ul
2  1.6 x1019  1.6 x1025
8
3


9.54
x10
W

m
V
2  3 x103
2
lim
p
 10 x103 
8
3
 9.54 x10    
  150 x10  11.2 kW
2


Instrumentação Optoelectrónica
229
Exemplo: operação limiar num laser de rubi
A potência total de saída por emissão espontânea depende da razão
entre as frequências laser e de bombagem
lim
lim

sp  p
nul
c

np
  np
Ep
2  1.6 x 1019
14
np 


4.82
x
10
Hz
34
h
6.63 x 10

lim
sp
3 x 108
 11.2 x 10 
 10 kW
9
14
694.3 x 10  4.82 x 10
3
Instrumentação Optoelectrónica
230
Potência limiar de bombagem num sistema de 4 níveis
Num sistema de 4 níveis, a potência de bombagem para atingir o limiar é
 
lim
p
4l
 Glim
p  hnp  Ntot  V
lim
A inversão limiar é dada por Nlim
inv  Gp  Ntot  ul

Logo a potência limiar de bombagem é lim
p

4l

Nlim
 hnp  V
inv
ul
Instrumentação Optoelectrónica
231
Exemplo: operação limiar num laser Nd:YAG
Dados: laser de 4 níveis
rede de Y3Al5O12 (YAG – yttrium alluminium garnet) dopada com iões de Nd
densidade total de Nd3+: Ntot = 6x1025 m-3
cilindro de Nd:YAG com 10 mm de diâmetro e 150 mm de comprimento
tempo de vida espontâneo da transição laser ul = 230 s
 = 1064 nm
energia do nível de bombagem: 2 eV acima do estado fundamental
taxa de bombagem limiar: 0.22 s-1 (ver slide 218)
Potência de bombagem no
lim
p
limiar, por unidade de volume:
 Glim
p  hnp  Ntot
V
lim
p
V
lim
p
 0.22  2  1.6 x1019  6 x1025  4.22 x106 W  m3
2
 10 x103 
6
3
 4.22 x10    
  150 x10  49.7 W
2


Instrumentação Optoelectrónica
232
Exemplo: operação limiar num laser Nd:YAG
A potência total de saída por emissão espontânea depende da razão
entre as frequências laser e de bombagem
lim
lim

sp  p
nul
c

np
  np
Ep
2  1.6 x 1019
14
np 


4.82
x
10
Hz
34
h
6.63 x 10

lim
sp
3 x 108
 49.7 
 29 W
9
14
1064 x 10  4.82 x 10
Instrumentação Optoelectrónica
233
Acoplamento da saída
Mostrámos quais as condições necessárias para o limiar de sustentação de
oscilações laser numa cavidade óptica.
Para se obter do laser uma potência útil de saída é necessário que o sistema
seja bombeado a uma taxa superior à necessária para estabelecer a inversão
limiar de população
A taxa mínima de bombagem necessária para estabelecer uma inversão de
população é a potência limiar de bombagem plim
A razão entre a potência de bombagem fornecida e a potência limiar de
bombagem corresponde a
p
p
lim
p
Instrumentação Optoelectrónica
Acoplamento da saída
A potência radiante total fornecida pelo laser pode ser expressa em termos da
potência gerada em transições estimuladas, stim
 am 
out  stim  

a

s
 m

os termos entre parêntesis representam a fracção da potência gerada que
emerge do espelho de saída (am representa as perdas no espelho de saída e
s as perdas internas)
1
1
am 
 ln  
2L
R 
A potência gerada como radiação estimulada está relacionada com a potência
de bombagem fornecida:  stim  p - spont
A potência radiante emitida em transições espontâneas é proporcional ao
coeficiente total de perdas (am + s) e está relacionada com a potência limiar de
bombagem por
 s 
lim
=



p
spont 
a

s
 m

234
Instrumentação Optoelectrónica
235
Acoplamento da saída
lim
p
Então, a potência emitida pelo laser é out =
  am  am 
 p  


a

s
s

  m

Esta relação dá a potência radiante de saída para uma dada
potência de bombagem e coeficientes de perda.
Tipicamente, a razão de bombagem deverá ser pelo menos igual a 4
para se obter uma saída laser útil
A potência extraída depende da transmitância do espelho de saída.
Aumentar a sua transmitância de forma a extrair mais potência leva ao aumento
das perdas do sistema. Isto obriga a maior potência de bombagem para atingir
o limiar.
Se reduzirmos a zero a transmitância do espelho, diminuímos a potência limiar
de bombagem para um valor mínimo. Mas impedimos a extracção da luz laser
É lícito concluir que haverá uma transmitância óptima que maximiza a potência
radiante de saída.
Instrumentação Optoelectrónica
236
Potência de saída óptima
A transmitância óptima do espelho de saída obtém-se diferenciando out
relativamente a am. O valor óptimo para a transmissão do espelho é
 am opt
 s


p 1
Substituindo este valor na expressão da potência
de saída, obtemos a potência de saída máxima
 out max  plim 


p 1
2
Instrumentação Optoelectrónica
237
Características da luz laser
Monocromaticidade
embora nenhuma luz possa ser verdadeiramente monocromática, a luz
laser aproxima-se deste limite ideal muito mais do que qualquer outra fonte
de luz
Radiação de corpo negro:
a emissão envolve biliões de átomos com muitos conjuntos de pares de
estados electrónicos envolvidos em cada átomo
Corpo negro:
corpo que absorve toda a
radiação electromagnética
que nele incide. Emite
energia de acordo com a
sua temperatura
Instrumentação Optoelectrónica
238
Características da luz laser
Monocromaticidade
Seleccionar um conjunto de átomos idênticos e isolar a emissão de um único
par de níveis de energia
emissão menos intensa
mas mais monocromática
quando esta radiação é produzida por
excitação não térmica designa-se por
fluorescência
Instrumentação Optoelectrónica
239
Características da luz laser
Monocromaticidade
O processo de emissão laser estreita consideravelmente a largura da linha
 central
0 (nm)
Largura da Linha
(FWHM)
 (nm)
Largura da Linha
(FWHM)
n (Hz)
Lâmpada de
descarga normal
589.6
0.1
9 x 1010
Lâmpada de Cádmio
de baixa pressão
643.8
0.0013
9.4 x 108
Laser He-Ne
632.8
10-8
7.5 x 103
Fonte de Luz
Instrumentação Optoelectrónica
240
Características da luz laser
Monocromaticidade
a emissão corresponde apenas às frequências de modos da cavidade
contidas na banda de emissão espontânea (banda de ganho)
Exemplo
Laser He-Ne.  = 632.8 nm. Cavidade com
comprimento de 0.5 m.
Largura espectral da emissão do Néon a
632.8 nm: 0.0016 nm
c
 3 x 108 Hz
2L
c 
1.6 x 1012
n '  

 
632.8 x 109
n 

n '
4
n

2
 12 x 108 Hz
Instrumentação Optoelectrónica
Características da luz laser
Coerência
é a propriedade óptica que melhor distingue os lasers das restantes
fontes de luz. esta propriedade está fortemente relacionada com a
capacidade da luz exibir efeitos de interferência
Um campo de radiação diz-se coerente quando existe uma relação de
fase constante entre os valores do campo eléctrico para diferentes
pontos do espaço ou em diferentes instantes de tempo.
Distingue-se coerência espacial e coerência temporal
Coerência espacial significa uma correlação forte (relação de fase
constante) entre os campos eléctricos em diferentes pontos do espaço
Coerência temporal significa uma forte correlação entre os campos
eléctricos num dado ponto do espaço para instantes de tempo distintos.
241
Instrumentação Optoelectrónica
242
Características da luz laser
Coerência
A coerência espacial dos lasers resulta dos modos de ressonância da
cavidade que definem padrões de campo eléctrico com elevada correlação
espacial. Não resulta da emissão em fase característica do processo de
emissão estimulada
A coerência temporal é uma medida da monocromaticidade da fonte laser
estando relacionada com a largura n do seu espectro de emissão.
Se apenas um modo da cavidade receber ganho suficiente para oscilar então
ocorre a selecção de um único modo longitudinal da cavidade resultando em
funcionamento em regime de monofrequência com elevada coerência
temporal.
1
Tempo de coerência: tempo durante o
c 
qual se mantém a relação de fase
n
constante
1
Comprimento de coerência: distância
lc  c  c  c 
percorrida durante o tempo de coerência
n
Instrumentação Optoelectrónica
243
Características da luz laser
Coerência
Laser
Comprimento de coerência típico
He-Ne: monomodo transversal e longitudinal
até 300 km
He-Ne: multimodo
0.1 a 0.5 m
Árgon multimodo
0.02 m
Nd:YAG
10-2 m
GaAs
10-3 m
Instrumentação Optoelectrónica
244
Características da luz laser
O feixe laser
Um feixe de potência P correspondente ao modo fundamental da cavidade
ressonante (modo TEM00) exibe uma irradiância descrita por uma função
gaussiana
2r2
2r2


z é a distância medida a partir
2
2
2P
w z 
w z 
I r, z   I0  e

e
do plano em que a frente de
2
w
onda é plana
Como mostra a figura,
mesmo que a frente de
onda seja perfeitamente
plana numa dada região
do espaço ela adquire
rapidamente curvatura e
começa a espalhar-se
de acordo com

   w20 
R  z   z  1  



z




2





 z 
w  z   w0  1  
2 


w

0 


2




1
2
Instrumentação Optoelectrónica
245
Características da luz laser
O feixe laser
w0 é o raio do contorno de irradiância 1/e2 no plano em que a frente de onda é
plana
w(z) é o raio do contorno de irradiância 1/e2 para a distância de propagação z
R(z) é o raio de curvatura da frente de onda para a distância z
O plano z = 0 corresponde à cintura do feixe (w0 é o raio da cintura do feixe).
Neste plano a frente de onda é plana.
Se as frentes de onda
esféricas fossem
concêntricas em z = 0
ter-se-ia R(z) = z.
Verifica-se R(z) ≈ z
apenas para
z
  w20

Esta condição define o chamado campo longínquo
z
(far field). Aqui a largura do feixe é dada por
w z 
  w0
Instrumentação Optoelectrónica
246
Características da luz laser
Direccionalidade do feixe laser
O elevado grau de direccionalidade dos feixes laser deve-se à geometria da
cavidade ressonante e à monocromaticidade e coerência da luz produzida na
cavidade.
No campo longínquo
w z 
z
  w0
como /2 é pequeno podemos
considerar tan  ≈ 
Então
 w z
2
1.27  



2
z
  w0
D0
com D0 = 2·w0
Instrumentação Optoelectrónica
247
Características da luz laser
Direccionalidade do feixe laser

O resultado
1.27  
D0
é semelhante ao obtido para o raio angular
do disco de Airy (padrão de difracção de
Fraunhofer por uma abertura circular).

2.44  
D
A divergência do feixe gaussiano é cerca de metade da divergência de uma onda
plana difractada por uma abertura com diâmetro igual ao diâmetro da cintura do
feixe
A semelhança entre as equações sugere que se possa interpretar a divergência do
feixe laser em termos de difracção. A cintura do feixe corresponde a uma abertura
circular efectiva situada no interior da cavidade e cujo diâmetro se pode ajustar de
forma a controlar a divergência do feixe
Instrumentação Optoelectrónica
248
Características da luz laser
Irradiância do feixe laser
O laser é muitas vezes
publicitado como sendo
“mais brilhante que o sol”.
Será verdade?
Vamos escolher um dos
lasers He-Ne da MellesGriot (25 LHP 213-230)
potência: 0.5 mW
diâmetro de feixe: 0.46
mm.
P
A irradiância será: E 

A
0.5 x 103
2
 3008 W  m2
 0.46 x 103 


2


À superfície da terra a irradiância solar é cerca de 1400 W·m-2
Instrumentação Optoelectrónica
249
Q-switching (Comutação Q)
O modo de operação do laser que até agora descrevemos é designado por freerunning (ou "burst", "relaxation oscillation" ou modo "normal“).
Existe um modo alternativo de operação denominado Q-switched (Q-comutado)
Este modo permite obter, para uma dada energia de bombagem, potências de pico
muito superiores. A energia é emitida em impulsos intensos de curta duração
No modo QS coloca-se um obturador óptico na cavidade. Com o obturador fechado
impede-se o retorno do espelho. O mecanismo de bombagem permanece, o que
resulta num valor elevado de inversão de população. As oscilações laser na
cavidade são impedidas.
Desta forma, aumenta-se a
capacidade de armazenamento de
energia da cavidade
Instrumentação Optoelectrónica
250
Factor Q
A capacidade de uma cavidade ressonante armazenar energia é normalmente
definida em termos do seu factor Q.
O factor Q corresponde à razão entre a energia armazenada e a energia
dissipada por ciclo da cavidade
Tipicamente os lasers têm factores de Q da ordem de alguns milhões.
Os osciladores eléctricos (circuitos RC , RLC, etc.) possuem factor Q
bem mais baixos: da ordem de alguns milhares
Instrumentação Optoelectrónica
Q-switching (Comutação Q)
Enquanto o obturador está fechado o factor Q é baixo
as perdas são elevadas; não há oscilações na cavidade
o ganho devido à inversão de população aumenta bem para além do
valor limiar
as perdas elevadas impedem que ocorra acção laser enquanto se
mantém a bombagem de energia para o estado excitado
251
Instrumentação Optoelectrónica
Q-switching (Comutação Q)
Quando o obturador abre:
O factor Q comuta rapidamente para valores elevados – as perdas na
cavidade são baixas
O ganho limiar diminui rapidamente para o valor normal
As oscilações laser aumentam rapidamente
A emissão de energia ocorre num impulso curto (impulso Q-switched)
O nível laser de maior energia é rapidamente despovoado terminando a
emissão laser
é possível obter durações de
impulsos da ordem de alguns
nanossegundos o que resulta
em potências médias da ordem
de megawatts ou superiores
252
Instrumentação Optoelectrónica
Mecanismos de Q-switching
Espelho rotativo
Um dos métodos mais simples e dos primeiros a ser empregue consistia na
substituição do reflector total por um espelho rotativo.
A oscilação laser é impedida até que haja alinhamento entre os 2 espelhos
253
Instrumentação Optoelectrónica
Mecanismos de Q-switching
Comutação por corantes – Q-switching passivo
Este método usa um corante orgânico na cavidade ressonante. O corante é
um absorvente saturável (i.e. a absorção diminui com o aumento da
irradiância) como, por exemplo a criptocianina.
Consegue-se um controlo melhor da operação, com impulsos mais curtos e
maiores potências.
O corante inicialmente é opaco e impede a oscilação laser. Quando um dado
valor de potência é atingido o corante lixívia (bleaches) tornando-se
transparente e permitindo a acção laser. O valor limiar de potência depende do
tipo e espessura do corante e do comprimento de onda da radiação laser.
As principais desvantagens deste mecanismo de Q-switching advêm do tempo
de vida limitado do corante e da variância na temporização do início da acção
laser. Além disto a maioria destes corantes orgânicos são carcinogénicos
254
Instrumentação Optoelectrónica
Mecanismos de Q-switching
Q-switch por Célula de Pockels – Q-switching activo
Uma célula de Pockels é um dispositivo que contém um cristal electro-óptico
através do qual a luz se pode propagar.
Por aplicação de um tensão eléctrica variável é possível modular o atraso de
fase no cristal (efeito Pockels). Desta forma obtém-se uma lâmina de atraso
controlada por tensão.
Se combinarmos a célula Pockel com um polarizador linear obtemos um
modulador electro-óptico de amplitude que actua como um obturador
controlado por tensão
255
Instrumentação Optoelectrónica
Mecanismos de Q-switching
256
Instrumentação Optoelectrónica
257
Mode locking
A técnica de mode-locking permite gerar impulsos de curta duração (ps) e
elevada potência (GW)
Mode-locking refere-se à situação em que os modos de oscilação da cavidade
são obrigados a oscilar com a mesma amplitude e com uma relação de fase
constante (fases trancadas – phase locked)
Soma de 10 modos com a mesma fase
relativa
Se na cavidade oscilarem n modos
longitudinais em condição phase-locked,
i.e. l – l-1 =  com  constante,
a interferência destes modos resulta
num único impulso a circular na
cavidade, por ciclo da cavidade
Soma de 10 modos com fase aleatória
Instrumentação Optoelectrónica
Mode locking
A saída do laser é constituída por um trem de impulsos separados por um
intervalo de tempo igual a um ciclo completo da cavidade: 2L/c
A largura de cada impulso depende do número de modos
phase-locked. Para impulsos com perfil gaussiano verifica-se:
 
0.44 0.44  2L

n  n
nc
Podemos calcular a menor duração de impulso
que pode ser produzida por um laser.
Para um laser He-Ne com uma largura de
banda de 1.5 GHz o menor impulso gaussiano
terá uma duração de cerca de 300 ps.
Para o laser Ti:safira a largura de banda é de
128 THz o que resulta numa duração limite de
impulso de 3.4 fs
258
Instrumentação Optoelectrónica
259
Óptica ultra-rápida vs. Electrónica
–6
Escala de tempos (s)
10
–9
10
Electrónica
–12
10
Óptica
–15
10
1960
1970
1980
1990
2000
Ano
Ninguém espera que a electrónica recupere …
Instrumentação Optoelectrónica
260
Lasers ultra-rápidos
Um impulso de 4.5-fs…
Menor duração de impulso (fs)
mode locking activo
1000
mode locking passivo
100
10
mode locking por
colisão de impulsos
Compressão de
impulsos extra-cavidade
'65
'70
'75
'80
Ano
'85
Compressão de
impulsos intra-cavidade
'90
'95
Recorde actual:
80 asec - 2008
Max Planck Institute
for Quantum Optics,
Garching, Germany
laser Ti:sapphire
ultra-rápido
Em 80 as a luz
percorre 24 nm!!
Instrumentação Optoelectrónica
Os setups ultra-rápidos podem ser muito sofisticados.
261
Instrumentação Optoelectrónica
262
Potências para além do imaginável
0.2 TW = 200,000,000,000 watts!
Sistema 1 kHz “Chirped-Pulse Amplification (CPA)” na
Universidade do Colorado (Murnane e Kapteyn)
Instrumentação Optoelectrónica
263
Lasers
Comprimentos de onda dos lasers mais comuns
Argon fluoride (Excimer-UV)
Krypton chloride (Excimer-UV)
Krypton fluoride (Excimer-UV)
Xenon chloride (Excimer-UV)
Xenon fluoride (Excimer-UV)
Helium cadmium (UV)
Nitrogen (UV)
Helium cadmium (violet)
Krypton (blue)
Argon (blue)
Copper vapor (green)
Argon (green)
Krypton (green)
Frequency doubled
Nd YAG (green)
Helium neon (green)
Krypton (yellow)
Copper vapor (yellow)
0.193
0.222
0.248
0.308
0.351
0.325
0.337
0.441
0.476
0.488
0.510
0.514
0.528
0.532
0.543
0.568
0.570
Helium neon (yellow)
Helium neon (orange)
Gold vapor (red)
Helium neon (red)
Krypton (red)
Rhodamine 6G dye (tunable)
Ruby (CrAlO3) (red)
Gallium arsenide (diode-NIR)
Nd:YAG (NIR)
Helium neon (NIR)
Erbium (NIR)
Helium neon (NIR)
Hydrogen fluoride (NIR)
Carbon dioxide (FIR)
Carbon dioxide (FIR)
0.594
0.610
0.627
0.633
0.647
0.570-0.650
0.694
0.840
1.064
1.15
1.504
3.39
2.70
9.6
10.6
Instrumentação Optoelectrónica
264
Laser He-Ne
Trata-se de um laser gasoso típico
Foi o segundo laser a ser demonstrado
O primeiro laser gasoso
O primeiro laser a produzir um feixe de saída contínuo
O meio activo é uma mistura gasosa de átomos na proporção de 10:1.
O gás está confinado num tudo de quartzo.
A descarga é produzida por um impulso de 10 kV aplicado a eléctrodos colocados
nas extremidades do tubo.
Uma corrente estacionária de 3 - 10 mA (dc) é suficiente para manter o processo
de bombagem.
A emissão laser dá-se para um comprimento de onda de 632.8 nm
potência na gama de 0.5 a 50 mW cw
divergência de feixe de cerca de 1 mrad
larguras de linha da ordem de alguns pm (1500 MHz)
Instrumentação Optoelectrónica
Laser He-Ne
265
Instrumentação Optoelectrónica
Laser He-Ne da Spectra Physics
266
Instrumentação Optoelectrónica
Outros lasers gasosos
Iões de Árgon
Principais comprimentos de onda de saída: 457nm, 488 nm & 514 nm
(azul-verde)
Potências até 50 W cw
Iões de Krypton
Principais comprimentos de onda:
647 nm, 673 nm (vermelho)
Potências até alguns watts cw
Dióxido de Carbono
Comprimento de onda de saída 10.6
mm (IR)
Potências até 25 kW cw
267
Instrumentação Optoelectrónica
Laser de
iões de
Árgon Lexel
268
Instrumentação Optoelectrónica
Regime de mono frequência
Vimos que a maioria dos lasers oscilam num conjunto de comprimentos de
onda próximos.
Muitos lasers podem ser forçados a operar num único modo longitudinal (slm).
O laser de árgon é um bom exemplo.
Estes lasers emitem de 1 a 20 W de potência distribuídos por todos os
comprimentos de onda de emissão laser. Cerca de 5 a 6 W são obtidos no
comprimento de onda de maior potência: 514 nm.
O regime de monomodo é obtido colocando um dispositivo sensível ao
comprimento de onda como, por exemplo, um prisma no interior da cavidade.
Depois de escolher um regime monomodo é possível seleccionar um regime de
mono frequência para aplicações que exijam comprimentos de coerência
elevados.
Para tal é necessário inserir um componente selectivo à frequência como um
etalon.
269
Instrumentação Optoelectrónica
270
Selecção de modo num laser de Argon
Instrumentação Optoelectrónica
O laser de CO2
Os níveis de energia envolvidos no processo laser não são níveis electrónicos
mas sim níveis vibracionais.
A molécula de CO2 pode ser vista como um arranjo linear de átomos O-C-O
que vibram uns relativamente aos outros. Os diferentes modos de vibração
dão origem a um conjunto de níveis de energia na região do infra vermelho.
O principal comprimento de onda do laser de CO2 é 10.6 m (infravermelho
longínquo)
Produzem saídas contínuas com potências e vários kilowatts
Trata-se do laser de eleição para aplicações de processamento de materiais:
corte, soldadura, annealing.
Ao contrário da maioria dos lasers gasosos possui uma eficiência apreciável
(10 a 25 %)
Para atingir as potências elevadas destes lasers são necessárias cavidades
de grandes dimensões (2 m ou mais)
271
Instrumentação Optoelectrónica
O laser de CO2 - Fresagem
272
Instrumentação Optoelectrónica
273
Lasers de estado sólido
O meio activo é um cristal isolador dopado com um número pequeno de iões
de impurezas. São as impurezas que fornecem a estrutura energética
necessária para obter emissão laser.
O ião dopante é normalmente um ião de um elemento de transição ou de uma
terra rara (crómio, neodímio)
Estes lasers são muitas vezes referidos como lasers de isoladores dopados
A bombagem é normalmente óptica através de uma lâmpada de impulsos
O lasers de isoladores dopados mais comum é o Nd:YAG. O
material hospedeiro é um cristal de ítrio-alumínio-garnate
(Y3Al5O12), YAG dopado com 0.7% por unidade de massa de
iões de Neodímio (Nd3+)
Tal como o laser de rubi apresenta emissão pulsada. Aceita taxas
de repetição de alguns kHz.
Instrumentação Optoelectrónica
Laser Quantel Nd-YAG com duplicação de frequência
274
Instrumentação Optoelectrónica
Laser Quantel Nd-YAG com duplicação de frequência
275
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