Intestino delgado

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A motilidade intestinal
& sua especialização
para a eficiência dos
processos de digestão
e absorção
A passagem gastro-duodenal:
o esfíncter pilórico
duodeno
antro
A coordenação eletrofisiológica
antro-duodenal
A neuroquímica SNP e SNS sobre a
eletrofisiologia GI
5 m / 2-4 h
Intestino delgado:
Os movimentos do intestino delgado como em
qualquer parte do trato gastrintestinal, podem
ser divididos em 2 tipos:
-Segmentação ou contrações de mistura:
Tipo de motilidade que faz com que o quimo
proveniente do estômago se misture com as
enzimas.
-Peristaltismo ou contrações propulsivas:
Propulsão do quimo ao longo de todo o tubo
digestório.
Segmentação:
- Quando uma porção do intestino delgado é distendida pelo quimo, o
estiramento da parede intestinal desencadeia contrações localizadas que se
repetem ao longo de todo o intestino delgado e que duram cerca de frações de
segundos.
• Estas contrações ocorrem nos anéis de constrição (camada muscular circular).
• RÍTMICA.
• As constrições da figura acima ocorrem ao mesmo tempo em varias regiões
tanto do duodeno, jejuno e íleo.
• Este tipo de contração circular também proporciona a fragmentação e o
contato do quimo com a superfície mucosa absortiva dos microvilos do
intestino delgado.
Segmentação:
Observar setas:direção do movimento do quimo
Não é propulsiva!
Segmentação aumenta o atrito do quimo com as
vilosidades intestinais
Peristaltismo:
O quimo é propelido por todo o intestino delgado através das ondas
peristálticas. Estas ondas ocorrem em qualquer parte do intestino delgado com
função de propelir o quimo no sentido anal.
A atividade peristáltica do intestino delgado aumenta acentuadamente após as
refeições:
- Ocorre pela chegada do quimo ao duodeno.
- Reflexo gastro-entérico desencadeado pela distensão do estômago.
-Peristalse:
- Contração progressiva de secções sucessivas do músculo liso
circular.
- Envolvem apenas uma extensão curta do intestino delgado.
- Menos frequentes que a as contrações segmentares.
- Resulta em velocidade baixa de propulsão do quimo no intestino
delgado.
O trajeto do alimento no intestino delgado dura cerca de 6 a 8 horas.
Propicia aumento do tempo de digestão e absorção.
Após o esvaziamento gástrico,
surge um 3º. movimento no I. Delgado:
o Complexo Motor Migratório
Esfíncter íleo-cecal:
Sua função consiste em impedir o refluxo ou fluxo retrógrado do conteúdo
fecal do intestino grosso (ceco) para o intestino delgado (íleo).
• Como qualquer esfíncter, se
fecha quando a pressão se eleva
no ceco, impedindo o refluxo papa
o íleo.
• Passagem de quimoileal deve
ser compatível com capacidade
absortiva no ceco.
• O conteúdo do ceco não deve
voltar:
Caso isso ocorra, o intestino
delgado se infeccionará, pois NÃO
é preparado para receber a flora
bacteriana presente no intestino
grosso.
Intestino grosso:
Grau de contractilidade do esfíncter íleo-cecal e a intensidade do peristaltismo
no íleo terminal: são controlados significativamente por reflexos oriundos do
ceco.
Quando o ceco esta cheio, portanto distendido, a contração de esfíncter íleocecal é intensificada e o peristaltismo ileal é inibido, o que retarda o
esvaziamento adicional do quimo.
Qualquer irritação presente no ceco retarda o esvaziamento ileal, por exemplo,
apêndice inflamado.
Intestino grosso:
Função: Formação do quilo, que é o quimo pobre em água e nutrientes que
vão sendo absorvidos durante o processo.
- Em média, o volume do quimo que chega ao intestino grosso é de até 1,5
L/dia, mas apenas 80 a 200 mL de fezes são expelidas diariamente.
Flora bacteriana do intestino grosso:
Neste compartimento esta flora específica não causa mal algum, mas caso
se espalhe para outros locais podem causar problemas sérios.
Equilíbrio simbiótico: ela produz algumas vitaminas essenciais como a B1,
enquanto fornecemos um meio de cultura ideal.
Quando flora bacteriana cecal está diminuída (antibioticoterapia, p.ex.) há
necessidade de reposição de complexo B.
Intestino grosso é
dividido em 2 partes
funcionais:
1. Cólon absortivo: Compreende o
ceco, cólon ascendente e ½ anterior do
cólon transverso, sendo também
chamado de metade proximal do cólon.
Função: Absorção de H2O e eletrólitos
(íons) do quimo para a formação do
quilo ou fezes sólido-pastosas.
2. Cólon armazenador: Metade distal,
que compreende a metade terminal do
cólon transverso, cólon descendente e
sigmóide.
Função: Ainda ocorre uma pequena
absorção de água e eletrólitos. Sua
principal função é o armazenamento da
matéria fecal, até o momento adequado
em que ocorrerá a defecação.
Motilidade do intestino grosso:
Para exercer suas funções, não são necessários movimentos
intensos. Os movimentos do intestino grosso são em geral muito
lentos, mas apesar disto ainda exibem características semelhantes
ao do intestino delgado.
São também divididos em 4 tipos:
- Movimentos de mistura: Haustrações
- Movimentos anti-peristálticos
- Movimentos propulsivos: Peristalse (proximal)
Movimentos de massa
(distal)
Padrão de haustração no cólon de um
indivíduo normal
(imagem radiológica)
Haustrações (contrações segmentares):
- São características do Ceco e do Cólon Proximal
- Estes movimentos têm a finalidade de virar o alimento de forma que à parte que
não estava em contato com a parede do tubo, passe a estar em contato para
assim melhorar a absorção (não é uma contração que impulsiona o quilo).
- Contrações segmentares dividem o cólon em segmentos ovóides adjacentes.
- A grande diferença entre a haustração e a segmentação do intestino delgado é a
REGULARIDADE dos haustros e a grande EXTENSÃO envolvida num dado
momento.
Haustrações (contrações segmentares):
- São decorrentes do espessamento músculo circular do cólon.
- Resultam em movimentos para trás (anti-propulsivos) e para frente.
- No cólon proximal, os
padrões anti-propulsivos das
haustrações
predominam.
Devido a peristalse (delgado)
simultânea, o quimo é retido
no cólon proximal facilitando a
absorção de sais e água.
Movimentos de massa ou propulsivos:
A finalidade principal é a propulsão do alimento.
Ocorre mais intensamente na porção final do intestino grosso (cólon
armazenador) depois que já ocorreu toda absorção necessária (massa
fecal mais sólida).
Pode se iniciar no Cólon Transverso e terminar no Cólon Sigmóide.
Movimentos de massa ou propulsivos:
- Estas ondas de contração ocorrem uma a três vezes ao dia.
- São diferentes de uma onda peristáltica do delgado pois os segmentos
permanecem contraídos por mais tempo.
- Este movimento empurra o conteúdo por um comprimento significante do
cólon de forma unidirecional.
Os movimentos de massa podem se iniciar
por 2 tipos de reflexos:
- Reflexos colono-colônico: mediado parcialmente por fibras
simpáticas que suprem o cólon. Percebem a distensão de uma parte do
cólon causando relaxamento nas outras partes a frente.
- Reflexos gastro-cólicos: estimulado pelo enchimento do estômago,
ou seja, pelas distensões das paredes do estômago. Leva a motilidade
do cólon proximal e distal e um aumento da frequência dos movimentos
de massa. Depende da inervação autonômica para o cólon.
Reto, Canal Anal
e Defecação:
- A maior parte do tempo,
o reto não contém fezes.
Isto porque:
- Existe um fraco “esfíncter”
funcional que se localiza a
cerca de 20 cm do ânus na
junção
entre
o
cólon
sigmóide com o reto:
angulação aguda, o que
gera
uma
resistência
adicional,
dificultando o
enchimento do reto.
Esfíncteres anais:
- O impulsionamento contínuo de
matéria fecal através do ânus é
impedido através da constrição
tônica do esfíncter anal interno,
que é constituído de musculatura
lisa.
- O esfíncter anal externo é
constituído por músculo estriado
esquelético.
Dessa
forma,
apresenta controle voluntário que
pode
levar
a
constrição
esfincteriana externa (feito na
urgência em defecar).
Reflexos de Defecação
- A defecação é um comportamento complexo que envolve tanto ações reflexas
quanto voluntárias.
- Fisiologicamente a defecação é iniciada por 2 tipos de reflexos da defecação:
1) Reflexo intrínseco: FRACO!
2) Reflexo parassimpático da defecação:
IMPORTANTE!
1) Reflexo intrínseco:
mediado pelo SNE local na parede do
reto.
- Quando as fezes chegam no reto, a distensão da parede retal
desencadeia sinais aferentes que se propagam pelo plexo mioentérico
para iniciar ondas peristálticas no cólon descendente, sigmóide e reto o
que força as fezes na direção anal.
- À medida que as ondas peristálticas se aproximam do ânus, o esfíncter
anal interno relaxa parcialmente por impulsos inibitórios provenientes do
plexo mioentérico, caso ao mesmo tempo o esfíncter anal externo estiver
aberto poderá ocorrer à defecação.
- Entretanto o reflexo mioentérico intrínseco per se é relativamente
fraco.
2) Reflexo extrínseco:
envolvem ativação por neurônios
SNParassimpáticos provenientes dos segmentos sacrais da medula
espinhal.
- Estímulos parassimpáticos intensificam acentuadamente as ondas
peristálticas, e o estímulo para o relaxamento do esfíncter anal interno se
intensifica.
O BOLO FECAL TRANSITA PELOS COLONS, do ceco
até o COLON SIGMOIDE
FEZES SE ACUMULAM NO COLON SIGMOIDE até um
certo ponto (peso) = REFLEXO DA DEFECACAO
RETO COMECA A SER ENCHIDO
ESFINCTER ANAL INTERNO RELAXA (musc. liso)
ESFINCTER ANAL EXTERNO RELAXA
RELAXAMENTO DO PUBORRETAL
ALINHAMENTO ENTRE RETO E CANAL ANAL
MANOBRA DE VALSALVA AUMENTA PRESSAO
ELIMINACAO DAS FEZES
SE ESFINCTER EXTERNO NAO RELAXA???
RETO SEGMENTA MUITO -> FEZES VOLTAM AO
COLON SIGMOIDE
RELAXAMENTO
PUBORRETAL
ALINHA RETO COM O
CANAL ANAL
REFLEXOS GASTROINTESTINAIS:
SNE percebe alimento (presenca e composicao
quimica) num segmento
SINAIS sao enviados para for a do trato GI, via
INERVACAO AUTONOMA (simpático e
parassimpático)
SNA comunica estímulo aos neuronios do SNE de
outro segmento
o SEGMENTO-ALVO responde
DOIS REFLEXOS IMPORTANTES:
GASTRO-COLICO
ILEO-GASTRICO
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