1)Vírus da Encefalomielite Eqüina Leste

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ENCEFALOMIELITE
EQUINA
DEFINIÇÃO
É uma zoonose epidêmica, aguda
ou sub aguda, sazonal, com alta
mortalidade, que acomete os
eqüídeos e é caracterizada por
meningoencefalites.
IMPORTÂNCIA
Importância econômica – A EEE provoca 90% de mortalidade em
eqüídeos, além de seqüelas graves nos sobreviventes.
Importância de saúde pública – A EEE provoca até 70% de
mortalidade em crianças, após um início súbito, febre alta,
intranqüilidade, vômitos e convulsões.
ETIOLOGIA
Vírus RNA.
Família Togaviridae.
Gênero Alphavírus.
Espécie Vírus da Encefalomielite Eqüina.
Esta espécie possui três tipos de vírus:
1)Vírus da Encefalomielite Eqüina Leste (EEE) - 4
subtipos.
2) Vírus da Encefalomielite Eqüina Oeste (WEE)
- Diversos subtipos.
3) Vírus da Encefalomielite Eqüina
Venezuelana.(VEE) – 6 subtipos.
Arboviridae – Arthropod + born
= nascido de artrópodes
Tem forma esférica, simetria helicoidal, 70 nm de diâmetro,
envelope glicoproteico duplo no Leste e Oeste, lipoproteico no
tipo Venezuela e uma única fita de ácido nucleico RNA.
Crescem bem em células do tipo Vero, BHK 21, e células
primárias de embriões de aves, onde provocam efeito
citopático.
RESISTÊNCIA
Resistem
ao éter (Só leste e Oeste),
ao frio de até -196ºC,
ao clorofórmio à 0,2%,
ao fenol 2% e
à glicerina 50%.
SENSIBILIDADE
Temperaturas elevadas (superiores à 70ºC),
aos ácidos (pH <5,0),
ao formol 5%,
ao éter (Só o tipo Venezuela).
IMUNIDADE
Inicia 7 dias após a infecção e dura de 8 a 12
meses.
É tipo específica.
Não há Ac colostral ou placentário.
Não existe imunidade cruzada entre os tipos.
Reservatórios da EE Oeste
Reservatórios da EEE
Reservatórios da EEV
ESPÉCIES SUSCETÍVEIS
HOMEM
MAMÍFEROS
Distribuição da encefalite eqüina leste no Brasil.
DISTRIBUIÇÃO
A transmissão aumenta nos meses mais quentes quando ocorre maior
reprodução de vetores. Ocorrem em todas as Américas. No Brasil as epizootias
tem sido provocadas pelo tipo Leste, porém levantamentos sorológicos
demonstraram a existência dos três tipos de vírus no nosso território.
Distribuição da encefalite eqüina do leste nas Américas.
Distribuição da encefalite eqüina do oeste nas Américas.
Distribuição da encefalomielite eqüina venezuelana nas Américas.
MORBIDADE E MORTALIDADE
A DOENÇA APRESENTA CARÁTER EPIDÊMICO.
EE LESTE – MORTALIDADE ENTRE 50 A 90%.
EE OESTE - MORTALIDADE ENTRE 20 A 40%
EE VENEZUELANA – MORTALIDADE ENTRE 50 A 80%.
NO HOMEM – MORTALIDADE ENTRE 50 A 75%.
TRANSMISSÃO – EE LESTE E OESTE
Culex tarsalis,
Culiceta
melanura, Aedes
sp.
Malófagos e piolhos
Dermacentor andersoni
EE VENEZUELANA
EXCREÇÕES
SECREÇÃO
NASAL
DIFERENÇAS NAS FORMAS DE TRANSMISSÃO
EE Leste
Ave – Mosquito - Ave
EE Oeste
Equídeo
Homem
EE Venezuela
Morte
Imunidade
(OS EQUIDEOS TEM VIREMIA)
Roedores - Mosquito – Roedores
Homem
Eqüídeo- - - - Secreções- - - Equídeo
(Alta viremia) Excreções
Morte
Imunidade
PATOGENIA
MULTIPLICAÇÃO LOCAL
SANGUE
LINFA
PERIODO DE INCUBAÇÃO 5 DIAS
NERVOS
ACUSTICO E
OLFATORIO
SINTOMAS
-Febre alta, alterações cardíacas e
respiratórias, excitação, paraplegias,
hiperestesia da audição e tato.
- Depois, estes sintomas evoluem para
torpor, ranger de dentes, anorexia,
espasmos musculares, paralisias dos
lábios,
dificuldade
de
deglutição,
cegueira, posições anômalas, andar em
círculos, visão dupla, sonolência,
nistagmo.
- A morte sobrevêm em 3 a 8 dias. Os
poucos
sobreviventes
ficam
com
seqüelas tais como incoordenação e
demência.
HISTOPATOLOGIA
Manguitos perivasculares de linfócitos e monócitos, degeneração
neuronal, infiltração de células inflamatórias nas meninges, trombos
nos capilares cerebrais.
ACHADOS DE NECRÓPSIA
Meninges congestas e edemaciadas, icterícia moderada. Congestão grave
e edemas no cérebro e medula, hemorragias cerebrais, necroses no tecido
nervoso, principalmente na córtex.
DIAGNÓSTICO
Clínico – Suspeita-se da doença devido aos
sintomas nervosos, ao aspecto epidêmico com
alta mortalidade e pela constatação de casos
humanos.
Laboratorial
Reação de inibição de hemaglutinação, Soroneutralização e
ELISA são os mais indicados.
TRATAMENTO
Não existe droga que mate o vírus. Tratamento sintomático.
Glicose endovenosa, anfetaminas (melhorar a disposição,
combater o torpor).
Laxantes (cólicas)
Manter-se o animal de pé
Sulfas (infecções secundárias)
Evitar barulhos. Isolar os doentes e dar-lhes conforto.
PROFILAXIA
Vacinas inativadas, avianizadas, bivalentes ou
trivalentes.
Sómente quando existem muitos mosquitos, surtos ou em
regiões enzoóticas.
Potros podem ser vacinados aos 3, 4 e 6 meses de idade e
depois semestralmente.
Éguas - 30 dias antes do parto e a cada 6 meses.
Adultos: Iniciar com duas doses com intervalo de 3-4
semanas e a cada 6 meses.
Combate aos vetores
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