As bases políticas da República Oligárquica

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Ciências Humanas e suas
Tecnologias - História
Ensino Médio, 3°Ano
As bases políticas da República Oligárquica
HISTÓRIA, 3º Ano do Ensino do Médio
As bases políticas da República Oligárquica
Algumas questões são necessárias para se discutir a
República das Oligarquias:
1. O que foi a República Oligárquica?
2. Quais as bases políticas que constituíram o
período que se refere à Primeira República ou
República Oligárquica?
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As bases políticas da República Oligárquica
Para melhor compreensão da estrutura política
da república oligárquica, é necessário
relacionar os fatores que encaminharam a
proclamação da República.
Abordar com o vídeo “Nasce a República”, disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=AxE_l8FHjdY&feature=related
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Fim da monarquia e proclamação da República
A passagem do Império
para a República foi
quase um passeio. Os
vários grupos que
disputavam o poder
tinham interesses
diversos e divergiam em
suas concepções de como
organizar a República.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil,
2009, p.139
Imagem: Proclamação da República, 1893 / Benedito Calixto / Pinacoteca
Municipal de São Paulo / Domínio Público.
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Muito mais do que uma simples troca de chefes
de Estado, a saída de um marechal e a entrada
de um cafeicultor representavam uma
mudança no equilíbrio de forças no país. Com
ela, o poder saiu das forças políticas das
Forças Armadas e retornou às oligarquias do
Sudeste.
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A consolidação da República
Os representantes políticos da classe dominante das
principais províncias defendiam a ideia da República
Federativa, que asseguraria um grau considerável de
autonomia às unidades regionais.
São Paulo
Rio Grande do Sul
Minas Gerais
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A República concretizou a autonomia estadual dando plena expressão aos
interesses de cada região. Isso se refletiu no plano da política, na
formação dos partidos republicanos restritos a cada Estado. Controlados
por uma elite reduzida, os partidos republicanos decidiam os destinos da
política nacional, fechando os acordos para a indicação do candidato à
presidência da República.
Uma característica peculiar da política brasileira
durante a República Oligárquica foi a "Política
dos Estados", vulgarmente conhecida como
"política dos governadores", instituída no
governo de Campos Sales.
Imagem: O mapa do Brasil no ano do Centenário de Independência / Autor
Desconhecido / Digitalizado por Selma Silveira / Domínio Público.
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Quem representava as oligarquias?
As oligarquias eram constituídas por grandes
proprietários de terra que exerciam o
monopólio do poder local. Este período da
história republicana é caracterizado pela
defesa dos interesses destes grupos,
particularmente da oligarquia cafeeira.
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Os grupos oligárquicos vão garantir a dominação política no país,
através:
1. do coronelismo;
2. do voto do cabresto;
3. da política dos governadores e da política de valorização do
café.
A política dos governadores foi um acordo entre os governadores dos Estados e o governo central. A Política dos
Governadores ocorreu em três níveis: no federal, o Presidente conta com o apoio dos deputados federais sendo
ocasional a oposição; na esfera estadual, o governador, representante do sistema oligárquico estadual, atua sem
oposição nas assembleias legislativas; e, no plano municipal, o domínio é do coronel, o mandão local.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-3.php#ixzz1yr7RUGCN
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Como esse tipo de política dominava uma grande
massa da população?
• No final do século XIX, existia uma grande massa de
analfabetos, num país essencialmente agrícola.
1. 80% da população livre era analfabeta.
2. 17% da população entre 6 e 15 anos frequentava
escolas.
3. Cerca de 22 mil alunos estavam matriculados em
colégios secundários.
4. 80% das pessoas se dedicavam às atividades
agrícolas; 13% aos serviços e 7% à indústria.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil, 2009, p.134,135.
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Política oligárquica
Grande massa de analfabeto: massa de controle político e eleitoral
Clientelismo
Mandonismo
Coronelismo
Este vídeo aborda o poder político dos coronéis, voto de cabresto e controle político.
www.youtube.com/watch?v=STNPWbsQSRg (Coronelismo e voto de cabresto)
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Os governadores apoiavam o presidente,
concordando com sua política. Em troca, o
governo federal só reconheceria a vitória de
deputados e senadores que representassem
estes governadores. Desta forma, o
governador controlaria o poder estadual e o
presidente da República não teria oposição no
Congresso Nacional.
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Durante o governo do presidente Campo Sales (1898-1902), a
República Oligárquica efetivou o que marcou
fundamentalmente a Primeira República: a chamada política
dos governadores, que se baseava nos acordos e alianças
entre o presidente da República e os governadores de Estado,
que foram denominados Presidentes de Estado. Estes sempre
apoiariam os candidatos fiéis ao governo federal; em troca, o
governo federal nunca interferiria nas eleições locais
(estaduais).
http://www.brasilescola.com/historiab/republica-oligarquica.htm
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Pacto oligárquico – política clientelista
O fundamento do pacto oligárquico, envolvendo presidente da República,
governadores estaduais, deputados, senadores e outros cargos públicos, era a
troca de favores. O coronel manda no município, nomeia, arranja empregos para
seus aliados; o governador não sofre oposição na Assembleia Legislativa, assim
como o Presidente, que tem todas suas iniciativas aprovadas pelo Congresso
Nacional.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-3.php#ixzz1yr7RUGCN
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Política do café com leite
A Primeira República é conhecida, no senso comum,
como política do café com leite, o que exprime a
ideia de que uma aliança entre São Paulo (café) e
Minas Gerias (leite) comandou no período a política
nacional.
O que representavam as diversas oligarquias estaduais?
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• Em São Paulo, a elite política
oligárquica esteve mais próxima
dos interesses dominantes,
ligados à economia cafeeira e,
com o correr do tempo ,
também à indústria;
• a oligarquia paulista soube
organizar o estado de São Paulo
tendo em vista os interesses da
classe dominante;
Imagem: Avenida Tiradentes, São Paulo, 1900 / Guilherme
Gaensly (1843-1928) / Domínio Público.
A Estação da Luz é o símbolo de evidência do
poder do café
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• tanto a oligarquia gaúcha quanto a mineira, que
controlavam o PRR e o PRM, respectivamente,
tiveram bastante autonomia em suas relações com a
sociedade;
• assim, a escolha do presidente ficava com o Partido
Republicano Paulista (PRP) e o Partido Republicano
Mineiro (PRM). Essa política era muito criticada
pelos empresários ligados à indústria, que, naquele
período, estavam em expansão.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_Velha
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Política do Café com Leite
A Política do Café com Leite, como ficou conhecida essa aliança, permitiu à
burguesia cafeeira paulista controlar no âmbito nacional a política
monetária e cambial, a negociação no exterior de empréstimos para a
compra das sacas de café excedentes, enfim, uma política de intervenção
que garantia aos cafeicultores lucros seguros. Para Minas Gerais, o apoio a
São Paulo garantia a nomeação dos membros da elite mineira para cargos
na área federal e verbas para obras públicas, como a construção de
ferrovias. Os paulistas e os mineiros ocupavam os cargos de Presidente da
República e os ministérios da Justiça, das Finanças, da Agricultura, Vice-presidência etc.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-3.php#ixzz1yr6iKjkb
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A união das oligarquias paulista e mineira foi um
elemento fundamental da história política da
Primeira República. A união foi feita com a
preponderância de uma ou de outra das duas
forças.
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• A postura dos políticos mineiros era diferente. Eles
representavam um Estado economicamente
fragmentado entre o café, o gado e, de certo modo, a
indústria;
• Minas não tinha o potencial econômico de São Paulo
e dependia dos benefícios da união;
• os mineiros exerciam forte influência na Câmara dos
Deputados , onde tinham uma bancada de 37
membros enquanto os paulistas eram apenas 22.
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O Presidente Campos Sales buscou em especial o apoio de Minas
Gerais, que tinha 37 deputados federais, constituindo-se na
maior bancada, devido a sua população. Em 1899, Silviano
Brandão, governador de Minas Gerais, aceitou o pacto com
São Paulo; era a oportunidade para Minas Gerais ocupar uma
situação privilegiada, tirando vantagens políticas e
econômicas para a elite mineira.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-3.php#ixzz1yr6XlMuJ
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•
•
•
A situação foi diversa em Minas Gerais, onde as divergências de grupos só se
acalmaram com a fundação do PRM. Daí para a frente , a presença mineira na
política nacional cresceu cada vez mais;
a oligarquia mineira controlava o poder através do Partido Republicano Mineiro. A
lista dos candidatos era organizada pela Comissão Executiva do PRM, que mandava
os nomes para serem homologados pelo governador do Estado. Para integrar esta
lista o candidato tinha que ser da confiança dos chefes políticos da região, os
coronéis, ou indicados pelo governo devido ao talento e cultura. Não havia lugar
no Partido para os dissidentes, que eram expulsos;
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-3.php#ixzz1yr77mEab
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•
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nos Estados as famílias oligárquicas ocupavam os cargos de Governador do Estado
e as Secretárias das Finanças, da Educação e Saúde, a Prefeitura da Capital, a
Chefia de Polícia Estadual, a Diretoria da Imprensa Oficial, a presidência dos
Bancos Estaduais e da Assembleia Legislativa;
a Política dos Governadores consolidou o poder das famílias ricas dos Estados
formando as oligarquias. Em Minas as principais famílias eram representadas por:
Cesário Alvim, Bias Fortes, Bueno Brandão, Afonso Pena, Francisco Sales, Artur
Bernardes entre outras. Para integrar a oligarquia mineira contavam "os laços de
família, educação e dinheiro" estando aberta aos indivíduos talentosos que
formavam-se principalmente em Direito nas Universidades do Rio de Janeiro e São
Paulo;
de volta ao Estado, ele tornava-se promotor público, juiz, casava-se com moça da
elite da cidade, podia tornar-se político elegendo-se vereador, prefeito e
deputado.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-3.php#ixzz1yr6xb9iK
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Ainda hoje, São Paulo e Minas Gerais exercem enorme
poder na política brasileira, principalmente graças ao
grande número de eleitores que possuem e,
portanto, graças a sua influência no nível federal.
Sugestão de atividade de pesquisa: dos presidentes eleitos após o fim da ditadura,
identificar os representantes de Minas Gerais e São Paulo e que partidos políticos
defendiam.
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A estrela do Rio Grande do Sul:
• a presença dos gaúchos na política nacional teve a
peculiaridade de relacionar-se com a presença militar. Entre
1894 e 1910, estiveram quase ausentes da administração
federal. Reapareceram na eleição do marechal Hermes da
Fonseca;
• o PRR impôs-se como uma máquina política forte, inspirada
numa versão autoritária do positivismo, arbitrando os
interesses de estancieiros e imigrantes em ascensão.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil, 2009, p.148
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A estrela do Rio Grande do Sul começou a dar sinais de vida por ocasião
dos entendimentos que levaram à candidatura do mineiro Afonso Pena.
A partir do governo Hermes, ela passou a brilhar como estrela de
terceira grandeza na constelação do café com leite.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil, 2009, p.154
A presença gaúcha na política
nacional foi significativa. A
Oligarquia gaúcha ascendeu após
1910 com grande presença nos
ministérios.
Imagem: Fazenda na província do Rio Grande do Sul / Autor
Desconhecido/ Domínio Público.
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• Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política
do café com leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM.
Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís
indicou um político paulista, Julio Prestes, à sucessão, rompendo com o
café com leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do
Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal) para lançar a presidência o
gaúcho Getúlio Vargas;
• Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando
descontentes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais.
Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares
descontentes provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e
início da Era Vargas.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-3.php#ixzz1yr5ynHFy
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Atividade proposta: fomentar um debate com
o seguinte questionamento:
As práticas políticas clientelistas foram muito
presentes na estrutura de poder durante a
República Oligárquica. Essas práticas ainda
persistem hoje? De que forma? Como
combatê-las ?
Tabela de Imagens
n° do
slide
4
7
16
26
direito da imagem como está ao lado da
foto
link do site onde se consegiu a informação
Proclamação da República, 1893 / Benedito http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Benedito_
Calixto / Pinacoteca Municipal de São Paulo / Calixto_Domínio Público.
_Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica,
_1893.jpg
O mapa do Brasil no ano do Centenário de http://commons.wikimedia.org/wiki/File%3AMapa_
Independência / Autor Desconhecido /
do_Brasil_-_1922.jpg
Digitalizado por Selma Silveira / Domínio
Público.
Avenida Tiradentes, São Paulo, 1900 /
http://commons.wikimedia.org/wiki/File%3AGuilher
Guilherme Gaensly (1843-1928) / Domínio me_Gaensly_Público.
_Esta%C3%A7%C3%A3o_da_Luz%2C_c._1900.jpg
Fazenda na província do Rio Grande do Sul / http://commons.wikimedia.org/wiki/File%3AFarm_
Autor Desconhecido/ Domínio Público.
province_Rio_Grande_do_Sul_1885_00.jpg
Data do
Acesso
28/08/2012
28/08/2012
28/08/2012
28/08/2012
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