Filosofia analítica era, inicialmente, a filosofia que tomou como hipótese que a lógica criada por Gottlob Frege, Bertrand Russell e outros, entre o final do século XIX e o início do século XX, poderia ter conseqüências filosóficas gerais e ajudar na análise de conceitos e no esclarecimento das idéias. Um dos mais claros exemplos dessa tendência é a análise de Russell de frases contendo descrições definidas. Os primeiros filósofos analíticos foram Frege, Russell, George Edward Moore e Ludwig Wittgenstein. Na Inglaterra, com Russell e Moore, opunha-se às escolas procedentes do idealismo alemão, principalmente o hegelianismo, representado sobretudo por J.E.McTaagart e F.H.Bradley. Atualmente a filosofia analítica é a filosofia dominante nos departamentos universitários de filosofia nos países de língua inglesa, além dos países escandinavos, certos países do Leste Europeu, como a Polônia, e também Israel. Algumas vezes é entendida por oposição à filosofia continental. Entretanto, se tivermos em conta que algumas de suas raízes estão no continente europeu, e.g., com os trabalhos de Franz Brentano, e alguns dos seus seguidores (p.ex. Alexius Meinong), em torno do conceito de intencionalidade, talvez a alegada oposição seja apenas aparente. Além da referência original à lógica contemporânea, não há idéia unificadora ou dogma característico da filosofia analítica: A epistemologia e a lógica de Frege opunham-se sobretudo ao empirismo. Todavia, muitos filósofos analíticos posteriores, notadamente os positivistas lógicos e Quine, defenderam posições empiristas, e rejeitaram o racionalismo de Frege. Filósofos analíticos mais recentes, como Tyler Burge, rejeitam o empirismo, e defendem o racionalismo. Em lógica, Frege se opôs ao psicologismo de John Stuart Mill Algumas idéias atribudas a Mill p.ex., que nomes próprios não têm o que chama conotação - voltaram a circular entre os filósofos analíticos. Saul Kripke, p.ex., defende uma teoria dos nomes próprios milliana, contra o alegado descritivismo do que chama "a concepção de Frege-Russell".) Russell e vários outros defenderam posições realistas. Já seu primeiro aluno e depois colega Wittgenstein parece ter sido, ao menos por algum tempo, um anti-realista. O Círculo de Viena e a filosofia da linguagem ordinária se opunham a toda e qualquer metafísica. Hoje a metafísica floresce na filosofia analítica. Até o início da década de 1950, o positivismo lógico era o principal movimento dentro da filosofia analítica. No entanto, o movimento sofreu um golpe mortal em 1951, quando Quine publicou "Dois Dogmas do Empirismo". Foi o fim do positivismo lógico. Depois disso a filosofia analítica desenvolveu-se em diversas direções: A ciência cognitiva e a filosofia da mente tomaram o lugar da lógica e da filosofia da linguagem. Há uma metafísica e mesmo uma teologia analítica. Há uma filosofia política (John Rawls). Há diversos estudos sobre ética.