PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Conceito: – É a interrupção da circulação sanguínea que ocorre em consequência da interrupção súbita e inesperada dos batimentos cardíacos ou da presença de batimentos cardíacos ineficazes. ANATOMIA BASICA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Consequências: – 10 a 15 segundos: perda de consciência devido à parada de circulação sanguínea cerebral. – 3 minutos: começa a ocorrer lesão cerebral. – Após 10 minutos: as chances de ressuscitação são próximas a zero. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Causas de Parada Respiratória: – – – – – – – – Afogamento. Estrangulamento ou sufocação. Aspiração excessiva de gases venenosos. Soterramento. Presença de corpos estranhos na garganta. Choque elétrico. Parada cardíaca. Choque. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Causas de Parada Cardíaca: – – – – – – Parada respiratória. Doença coronariana. Doença de Chagas. Fibrilação ventricular. Embolia pulmonar. Choque. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Sinais da Parada Respiratória: – Inconsciência. – Tórax imóvel. – Ausência de saída de ar pelas vias aéreas. • Sinais da Parada Cardíaca: – Inconsciência. – Ausência de pulsação. – Ausência de som de batimentos cardíacos. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Abordagem Inicial: – Conversar com a vítima para verificar o estado de consciência. – Ver, ouvir e sentir: • • • • Ver se o tórax se expande. Ouvir se há algum ruído de respiração. Sentir na sua própria face se há saída de ar. Sentir a pulsação através das artérias carótidas. – Ausência destes sinais APNÉIA. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Ressuscitação cardiorrespiratória básica: – A ressucitação cardiopulmonar é um conjunto de manobras utilizadas para restabelecimento das funções circulatória e respiratória para preservar a vida. – Procedimentos de emergência: • Reconhecimento de obstrução das vias aéreas, de parada respiratória e de parada cardíaca. • Aplicação da RCP através da circulação artificial (compressão torácica externa). PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Cuidados na RCP: – Colocar a vítima em posição de decúbito dorsal sobre uma superfície dura, firme e plana. – Se a vítima estiver em decúbito lateral ou ventral, virá-la em bloco, de modo que a cabeça, pescoço e ombros movam-se simultaneamente, sem provocar torções. – Colocar-se ao nível dos ombros da vítima e se ajoelhar quando ela estiver no solo. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Abertura das vias aéreas: – Na ausência do tônus muscular, a língua e/ou a epiglote poderão obstruir as vias aéreas, uma causa comum de obstrução em pessoas inconscientes. – A dorsoflexão da cabeça determina a progressão do maxilar inferior para frente, promovendo o afastamento da língua da parede dorsal da faringe, com a consequente abertura das vias aéreas superiores. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA – Deve-se colocar a palma de uma das mãos na fronte da vítima e as pontas dos dedos, indicador e médio, da outra mão sob a parte óssea do queixo, tracionando-o para frente e para cima. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Alterações na circulação sanguínea: – Frequência cardíaca e Pulsação. – Resposta capilar. – Cor da pele. – Pressão arterial. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Medição da pulsação: – Ritmo cardíaco em repouso 60 a 80 bpm. – Variações: idade, sexo, condições patológicas, atividade física, estado emocional. – Locais para medir: pulso (base do polegar) ou pescoço. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Resposta capilar: – Pressionar e libertar a pele, a unha ou o lábio. – Se a circulação estiver normal, a área pressionada ficará branca durante a pressão e normal (cor-de-rosa) quando libertada. – Se a área ficar branca, vermelha ou violeta é sinal que a circulação é pobre ou parou. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Cor da pele: – Normal: cor-de-rosa. – Branca/pálida: o sangue não chega à pele. – Violeta: o sangue encontra-se parado nos capilares. – Pele fria: o sangue está saindo da pele e entrando em órgãos essenciais. – Pele quente: a pele está recebendo grandes quantidades de sangue. Na PCR pele pálida ou violeta PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Aferição da Pressão Arterial: – Definição de PA. – Pressão máxima ou sistólica 100 + idade (em mmHg). – Pressão mínima ou diastólica 60 a 80mmHg. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Técnica de aferição de PA: – Verificar se a braçadeira está sem ar e a válvula de borracha completamente fechada. – Virar o braço esquerdo do paciente para cima. – Colocar a braçadeira cerca de 2 a 4cm acima da dobra do cotovelo. – Encher a braçadeira até deixar de sentir a pulsação. – Colocar o estetoscópio na artéria no ponto em que sentiu a pulsação. – Manter o braço esticado. – Lentamente, liberar o ar da braçadeira e ouvir cuidadosamente. – Quando ouvir a pulsação forte pressão sistólica. – Quando a pulsação parar pressão diastólica. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA Tabela - Classificação da pressão arterial (>18 anos) segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. CLASSIFICAÇÃO SISTÓLICA DIASTÓLICA Ótima < 120 < 80 Normal < 130 < 85 130-139 85-89 SISTÓLICA DIASTÓLICA Estágio 1 (leve) 140-159 90-99 Estágio 2 (moderada) 160-179 100-109 Estágio 3 (grave) > 180 > 110 Sistólica isolada > 140 < 90 Limítrofe HIPERTENSÃO ARTERIAL Obs: Quando a sistólica e diastólica estão em categorias diferentes, classifica-se pela maior delas. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Técnica de RCP: – Manter os braços estendidos com as articulações dos cotovelos fixas, transmitindo ao esterno da vítima a pressão exercida pelo peso dos seus ombros e tronco. – A pressão aplicada deve ser suficiente para deprimir o esterno de 3,5 a 5cm no adulto. – A compressão deve ser regular e rítmica, seguindo-se imediatamente o relaxamento de igual duração, aliviando totalmente a pressão, permitindo ao tórax retornar a sua posição normal, sem entretanto, retirar as mãos. – A seqüência destas manobras deve ser ininterrupta. – A freqüência das compressões deve ser de 80 a 100/min no adulto. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • As compressões torácicas devem ser feitas da seguinte forma: – Na presença de um socorrista, realiza-se 5 repetições de 30 compressões. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA – Caso haja um segundo socorrista, um encarregase das ventilações e o outro das compressões, e a alternância compressões/ventilações passará a ser de 30 compressões para cada duas ventilações feitas com ambu. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA – Após 4 a 5 ciclos de compressão e ventilação (aproximadamente 1min), aconselha-se a reavaliação de presença de pulso e de respiração espontânea, repetindo-se as reavaliações a cada 3min. SITUAÇÕES RELACIONADAS À COLETA DE SANGUE • Reações durante ou após a coleta: – Ansiedade e nervosismo: • Converse com o paciente tentando distraí-lo e redobre sua atenção. – Náusea e vômito: • Interrompa o procedimento. • Ofereça recipiente e papel toalha. • Chame o médico. SITUAÇÕES RELACIONADAS À COLETA DE SANGUE – Palidez, sudorese e calor intenso: • Interrompa o procedimento. • Afrouxe a roupa do paciente para que ele se sinta confortável. • Coloque-o em posição trendelemburg. • Verifique a PA, o pulso e a respiração. SITUAÇÕES RELACIONADAS À COLETA DE SANGUE – Tontura e perda de consciência: • • • • Interrompa o procedimento. Coloque-o em posição trendelemburg. Chame o médico. Verifique a PA, o pulso e a respiração. SITUAÇÕES RELACIONADAS À COLETA DE SANGUE – Frequência respiratória aumentada: • Interrompa o procedimento. • Ofereça um saco de papel para que o paciente respire dentro dele. SITUAÇÕES RELACIONADAS À COLETA DE SANGUE – Parada Cardiorrespiratória: • Chame o médico. • Inicie os procedimentos de RCP. • Encaminhe-o ao serviço de emergência.