As principais religiões do mundo

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RELIGIÕES UNIVERSAIS
Geralmente, defini-se como religião universal as
crenças ( judaísmo, confucionismo, hinduismo,
budismo, cristianismo e islamismo), cuja
compreensão do mundo propõe uma ética na qual
o indivíduo escolheria, com maior ou menor grau
de consciência, o caminho de sua “salvação”.
Devido à enorme expansão destas religiões, as
suas crenças influenciaram profundamente as
nossas concepções do mundo e os valores que
partilhamos.
As Principais Religiões
do Mundo
Outro
Judeu
Muçulmano
21%
Sikh
Chinês
6%
Animista
3%
Budista
6%
Católico,
Ortodoxo e
Outro
22%
Cristão
33%
Evangélico
11%
Hindu
13%
Fonte: P. Johnstone, Intercessão Mundial, 2001
Sem
Religião
18%
SEPAL (Tel: 11 5523-2544 www.sepal.org.br) MU-510
• Judaísmo. Entre os seus criadores
estão Abrão e Moisés ( 1500 a.C).
• Culto de um Deus único que elegeu um povo
como o seu preferido.
• É uma religião voltada para a ação, assente
num conjunto de leis destinadas a disciplinar as
relações entre os homens e a permitir, assim, a
reconciliação com a divindade justiceira e
onipotente.
• Os livros sagrados são a Tora e o Talmude.
• A maioria dos judeus concentra-se em Israel e
nos EUA, embora existam comunidades
espalhadas por todo o mundo.
• Islamismo. Criada pelo profeta Maomé (620 dc),
caracteriza-se pela afirmação da unicidade de
Deus (Alá) e apego às orações e ao jejum.
• O livro sagrado é o Corão.
• Está espalhada por todo o mundo, em especial por
África, Médio Oriente, Indonésia, Paquistão,
Afganistão, Cazaquistão, etc.
• Desde o início do século XX, registra um enorme
crescimento devido à forte expansão demográfica
dos países muçulmanos.
• Hinduísmo ou Bramanismo é a principal
religião da Índia, reunindo uma enorme
variedade de crenças e cultos, no qual
sobressaem três divindades: Brama, o deus
impessoal e criador de todas as coisas e para o
qual tudo volta; Vishu, o deus conservador;
Shiva, o deus destruidor.
• Na origem do hinduismo está a religião dos
arianos, povo que invadiu a Índia por volta de
1.500 a.C. Os seus deuses representavam as
diversas forças da natureza, como Varuna
(Vida), Indra (Céu) ou Agni (Fogo). Não é pois
por acaso que os primeiros livros religiosos do
Hinduísmo - os "Vedas" tenham sido escritos na
língua deste misterioso povo, o sânscrito.
• Cristianismo. Formada a partir do Judaísmo,
por Jesus de Nazaré. Afirmação de um Deus
único.
• Diferencia-se das restantes religiões por
anunciar a salvação pela mediação redentora
de Cristo. Para salvar a humanidade dos seus
pecados e transmitir uma nova mensagem de
fé, Deus enviou o seu filho Jesus, que se fez
homem e tomou para si todos os pecados do
mundo, resgatando a Humanidade através do
sacrifício da sua vida, reconciliando desta forma
o homem com Deus.
• O Cristianismo apresenta-se hoje dividido em
muitas igrejas, entre elas destacam as
seguintes:
• a) Igreja Católica. É a maior igreja cristã. O chefe
supremo é o papa. Caracteriza-se pelos seus
dogmas, sacramentos, culto de santos. A maior
concentração de católicos encontra-se na Europa e
na América.O Brasil é pais com maior número de
católicos do mundo.
b) Igrejas Evangélicas. Igrejas nascidas do movimento
reformista iniciado no século XV. Caracteriza-se pela
importância dada à Bíblia e à salvação pela fé. O
norte da Europa e da América são as áreas de maior
implantação destas igrejas.Desde a metade do século
passado, está ocorrendo um grande crescimento das
igrejas evangélicas no Brasil
c) Igrejas Ortodoxas. Nascidas do cisma de 1050.
Caracterizam-se pela importância conferida à liturgia,
culto de santos, divergências doutrinais em relação à
Trindade e natureza de divina de Cristo. Estão
implantadas sobretudo na Grécia, Rússia, Armênia e
no Médio Oriente.
• A ideia fundamental que distingue o cristianismo do
judaísmo: a ideia de um Deus único que deve ser
adorado por todos os povos sem excepção, nem
privilégios. Esta posição nega que aos judeus
qualquer relação privilegiada com Deus, fazendo
emergir a ideia de que a relação com Deus é
essencialmente de natureza individual. Neste
sentido, o cristianismo acaba por valorizar na
cultura ocidental a antropologia, a subjectividade,
a interioridade...
• Quando Jesus de Nazaré é morto, a comunidade
de fiéis na Galileia e Jerusalém contaria com cerca
de 72 discípulos e 12 apóstolos. Para a
organização dos cristãos e consolidação da sua
doutrina, num conjunto de escritos inspirados, teria
sido decisiva a intervenção de S. Paulo (5-67).
• Após a conversão de S. Paulo a comunidade
cristã começa a espalhar-se pelo mundo antigo.
S. Paulo é o primeiro a iniciar grandes viagens
missionárias (entre 45 e 58 ). De Antióquia viaja
para Chipre, Ásia Menor, Grécia (Atenas,
Tebas,Corinto), Macedónia, e Damasco e
Jerusalém. Perseguido foi decapitado no ano de
64 ou 67.
• O corpus doutrinal cristão é constituído por 46
livros judaicos ( o Antigo Testamento), e 27
livros escritos por 4 evangelistas ( o Novo
Testamento). Estes últimos foram escritos entre
o ano 50 e 100, baseados em versões orais que
corriam sobre a vida e os ensinamentos de
Cristo.
• Em virtude de combaterem as crenças dos
romanos, os cristãos viram-se perseguidos,
sofrendo grandes morticínios (197-311). Em
313, com o edito de Milão, o imperador
Constantino concede a liberdade de culto aos
cristãos, e mais tarde o imperador Teodósio
proclama o cristianismo religião oficial do
Império Romano.
• Nos séculos posteriores, o cristianismo espalhase pelo mundo romano. A doutrina desenvolvese, adquirindo uma notável consistência
teórica.
• Budismo. Buda é o nome que foi dado a um
jovem chamado Gautama e que se tornou o
fundador da religião budista. Buda, que significa
“cheio de iluminação’, viveu no século VI a.C,
ou, aproximadamente, há 2.500 anos. Em
determinada altura, quase um terço da
população mundial era budista.
• O budismo é a principal religião do Sri Lanka, da
Ásia Central, Oriental e Sudeste. Esta religião
ensina que o segredo da vida é o amor fraternal,
que o egoísmo está no centro da miséria do
mundo e que pode ser erradicado pelo modo de
viver de cada um.
• Os budistas vêem Deus como um Ser
impessoal; vêem Jesus Cristo simplesmente
como um Deus-homem; vêem a salvação como
uma consciência cósmica de paz e amor, sem
nenhuma identidade pessoal, e a justiça
alcançada pelas boas obras.
• Confucionismo. Religião oriental baseada nas
idéias do filósofo chinês Confúcio (551- 479
a.C.). Conhecido pelos chineses como Junchaio
(ensinamentos dos sábios).
• O princípio básico do Confucionismo é a busca
do Caminho (Tao), que garante o equilíbrio
entre as vontades da terra e as do céu.
• O Confucionismo permaneceu como religião
oficial da China desde sua unificação, no século
II, até sua proclamação como República em
1911.
• Entre 1966 e 1976, durante a Grande
Revolução Cultural Proletária, foi duramente
atacado por contrariar os interesses comunistas.
• Atualmente, apesar do comunismo banir todo
tipo de religião, 25% da população chinesa
afirma viver segundo a ética confucionista.
• Fora da China, o Confucionismo possui cerca
de 6.3 milhões de adeptos, principalmente no
Japão, na Coréia do Sul e em Cingapura.
Religião e Globalização
Por volta de 500 a.C., a conjunção de
diversos eventos ao redor do mundo, como
o surgimento de Buda, Confúcio e dos
profetas judeus, entre outros, constituiu uma
ruptura com o processo até então vigente,
isto é, o tempo do misticismo estava dando
lugar a uma nova forma de explicar a vida.
As religiões universais são sempre
obras de intelectuais.
• A religião passa a ser um elemento
aglutinador, levando à unificação de
cidades-estado e vilas.
•
É um poder integrador, promovendo
uma totalidade coerente de explicação do
mundo, também sendo fonte legitimadora
de um poder político central.
•
Uma decorrência disso é a unificação
da China em 221 a.C. e a passagem do
confucionismo de uma escola de
pensamento à religião de Estado.
•
O uso da escrita foi fundamental nesse
processo, facilitando a integração de povos
distintos em uma mesma norma de
comportamento.
•
Um exemplo é a expansão do Islamismo, que
uniu diferentes povos através de uma matriz
religiosa e de um idioma, considerado sagrado, o
árabe.
•
Com o surgimento do Estado-Nação os
princípios universais da religião são substituídos
pelos princípios e interesses do Estado. É o
período da religião oficial.
•
O advento da globalização, cuja lógica
ultrapassa os limites do Estado-Nação, leva-nos ao
que se chama de Sociedade Global, abrindo
espaço para as religiões e suas doutrinas. Agora,
em maior ou menor extensão, remodeladas pela
modernidade.
•
As religiões transcendem os povos e o Estado –
Nação, tendo uma vocação transnacional. São
como uma empresa,que se define como “além das
fronteiras”.
•
Ao reunir as pessoas em diversos pontos da
terra, elas fornecem um lugar de memória, de
Identidade e de referência comum
•
Com a globalização, a crise das identidades
nacionais abre espaço para outras identidades,
sendo a principal delas, a identidade religiosa.
•
As novas tecnologias de comunicação
favorecem a globalização da educação
teológica.
•
O nível de independência Religião/Estado é
extremamente variável, sendo que nos países
árabes, a religião exerce enorme influência nos
assuntos de estado.
•
É inegável que a religião, por sua
abrangência e influência, adquira um peso cada
vez maior no mundo atual, tanto entre pessoas
como entre as nações.
•
A ética volta ao debate, entendendo-a como
uma norma de conduta ajustada a um conjunto
de valores, inerentes aos preceitos de cada
religião.
•
Algumas contradições se apresentam, ao
confrontar-mos as religiões e a globalização. O
consumismo é uma delas.
•
O consumismo é alimentado pelo “Mercado
Global”, que tem duas características
semelhantes à religião: transcêndencia e
unipresença.
•
Religião e mercado surgem como
entidades morais mundiais concorrentes
e conflitantes.
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