Arquivo 05

Propaganda
Modelos
Digitais de
Terreno
Índice
Estruturas de dados espaciais
Modelo de dados vectorial
Modelo de dados raster
Raster vs. Vectorial
Modelo Digital de Elevação
Dados auxiliares
A geomorfometria
Estruturas de Dados
Espaciais

para representar os objectos reais
definem-se dois tipos de estruturas de
dados espaciais
– modelo vectorial, em que se utilizam
objectos geométricos para representar os
objectos reais de natureza discreta



pontos: localização de jazidas arqueológicas...
linhas: rede eléctrica aérea, rede viária...
polígonos: vegetação, usos do solo, litologia...
– modelo raster, onde se representam as
propriedades das localizações espaciais
cobrindo o terreno mediante um mosaico
Modelo de dados vectorial

É um modelo de dados
baseado em objectos,
que se representam
mediante entidades
geométricas:
– pontos: um par de
coordenadas (x,y)
– linhas: um vector ou
conjunto ordenado de pontos
– polígonos: um vector
ordenado de linhas que
definem um espaço fechado
250
L5
200
R
150
L4
100
P
L1
L2
L3
P1
L
P2
50
P4
0
0
P
L
R
50
P3
100
150
200
250
(x y)
(x1 y1) (x2 y2) ... (xn yn)
(x1 y1) (x2 y2) ... (xn yn ) (x1 y1)
Modelo de dados raster

É um modelo de dados
baseado em localizações
cujas propriedades são:
– a superfície divide-se
mediante uma matriz regular
de células
– cada célula ou pixel
armazena o valor da variável
para essa localização
espacial
– a resolução espacial é função
do tamanho da célula ou
quadrado da malha
250
1 2 3
200
....
m
1
2
3
.
.
n
150
100
50
0
0
Zij
50
100 150 200 250 300
Zi,j+1 célula ou pixel
vectorial versus raster
dois modelos de dados complementares
modelo vectorial
 estrutura de dados
compacta
 estrutura de dados
eficiente em operações
topológicas
 representação idónea de
objectos pontuais e
lineares
 representação mais
compreensível (similar ao
mapa convencional)
 tamanho proporcional à
quantidade de informação
modelo raster
 estrutura de dados
simples
 estrutura de dados
eficiente em operações
de sobreposição
 representação idónea de
variáveis com grande
heterogeneidade espacial
 é um modelo de dados
necessário para manejar
imagens digitais
 tamanho proporcional à
área representada
Utilização dos modelos de dados
Modelo vectorial
– o modelo vectorial é apropriado para representar
variáveis nominais de distribuição descontínua
– estas variáveis podem tomar valores agrupados em
classes discretas entre as quais polígonos de
delimitação
Modelo raster
– o modelo raster é apropriado para representar
variáveis quantitativas de distribuição contínua
– estas variáveis assumem valores com variação
contínua sobre o terreno e não é possível traçar
limites claros entre classes
O Modelo Digital de Elevações
MDE
MDE da Austrália representado em pseudocôr
Conceito de
Modelo Digital de Elevações


Um MDE é uma estrutura numérica de dados que
representa a distribuição espacial da altitude da superfície
do terreno
O terreno real descreve-se como uma função contínua
bivariável
z = z (x , y)


Aplica-se sobre um domínio espacial D : MDE = (D, z)
Normalmente no MDE a função resolve-se segundo
intervalos discretos de x e y pelo que é composto por um
número finito de cotas
MDE = (D, z)x , y
As estruturas de dados no MDE

As cotas organizam-se
em estruturas de dados
– as estruturas vectoriais
representam entidades ou
objectos definidos pelas
coordenadas dos nós e
vértices
– as estruturas raster
representam localizações
que têm atribuído o valor
médio da variável para
uma unidade de superfície
ou quadrícula
VECTORIAIS
CONTORNOS
TIN
RASTER
MATRIZES
QUADTREES
Estruturas vectoriais:
curvas de nível

O MDE está formado
por linhas de altitude
constante ou isoipsas
 As linhas representamse como um vector de
pontos
 Cada ponto representase por um par de
coordenadas (x, y)
 O modelo pode
completar-se mediante
pontos cotados (linhas
de um só elemento)
Estruturas vectoriais: TIN

O MDE compõe-se
duma rede de
triângulos adaptada
ao terreno
 Os triângulos são
irregulares e
definem-se mediante
os três vértices
 Cada vértice
representa-se por
um terno de
coordenadas (x,y,z)


y
fila n
p4
p1
tesela
pi j
pn
latitud

O MDE é formado por uma
matriz sobreposta ao terreno
Cada célula ou quadrícula
representa uma unidade de
superfície
A cada célula associa-se o
valor médio de altitude da área
coberta
O MDE não representa
objectos mas sim
propriedades de localizações
espaciais
p3
2
columna n

Estruturas raster :
a matriz regular
p
 x longitud
centros das quadrículas
limites do modelo
Estruturas raster :
a matriz regular
Exemplo: Geração de Modelo Digital de Terreno
MODELO RASTER
interpolação sobre pontos
interpolação sobre TIN
Exemplo: Geração de Modelo Digital de Terreno
MODELO RASTER
interpolação sobre pontos
interpolação sobre TIN
Exemplo: Geração de modelo raster
MODELO RASTER
interpolação sobre pontos
interpolação sobre TIN
Exemplo: Geração de modelo raster
MODELO RASTER
interpolação sobre pontos
interpolação sobre TIN
Exemplo: Geração de modelo raster
MODELO RASTER
interpolação sobre pontos
interpolação sobre TIN
Exemplo: Geração de modelo raster
Interpolação da grid sobre o TIN
A construção do MDE :
geração da estrutura

O MDE constrói-se a partir
dum conjunto de informação
prévia:
– dados de altitude em forma de
contornos ou pontos cotados
– estruturas auxiliares como
linhas de inflexão e estruturais,
zonas de altitude constante, etc.

Os métodos de construção do
MDE variam em função da
estrutura de dados adoptada
MODELO MATRICIAL
DISTÂNCIAS PONDERADAS
KRIGING
CONSERVAÇÃO DA
CONTINUIDADE HIDROLÓGICA
MODELO VECTORIAL
TRIANGULAÇÃO DE
DELAUNAY
Dados auxiliares

Os dados auxiliares permitem introduzir
informação complementar à contida nas curvas
de nível
– pontos singulares -vips-: cumes, fundos
–
–
–
–
–
(depressões), colos…
linhas estruturais com valores de altitude: estradas,
cumeadas…
linha de rotura
linhas de rotura: rede hidrográfica (fluvial)
zonas vazias, com neve ou inundadas
zonas de altitude constante: aterros
zonas de recorte: limites
rio
Distâncias ponderadas

A altitude de cada célula estima-se em função dos
dados vizinhos com um peso inversamente
proporcional à distancia :
dados dentro de r
z
k
z
z
2
d
dado fora de r
z
raio r
1j
ponto problema
j
z
1
zi
i d b
ij
zˆ j 
1
i d b
ij
b exponente de ponderação
n
zi altitude do ponto i
d ij distância entre os pontos i e j
Kriging

Os pesos de cada dado estimam-se com ajuda
do semivariograma, que mostra a variação da
correlação espacial em função da distância

variância teórica
variância real
distância, h
 = variância
h = distância entre dados
n = número de dados
A conservação da
continuidade hidrológica


Trata-se de um método concebido especificamente
para gerar MDE sem falsos sumidouros (poços)
Os passos básicos são os seguintes:
– identificação dos pontos que parecem ser sumidouros
– análise da vizinhança para localizar um colo (ponto com
perfil côncavo numa direcção e convexo na perpendicular)
– modifica-se a altitude do ponto problema para permitir o
desaguar pelo colo

O método permite incorporar a rede hidrológica de
forma explícita
Triangulação de Delaunay

A construção dum TIN realiza-se mediante a
triangulação dos dados
D
D
D
C
C
C
E
A
B
O ponto E vai ser inserido
na rede dentro do triângulo
ABD, para o qual se divide
traçando segmentos
radiais a partir de E
A
B
Comprovam-se os triângulos
recém formados e observamse que os círculos inscritos
em BCD e BDE contêm
outros pontos da rede: o lado
BD não é válido
A
B
Os triângulos CDE e BCE
superam a prova já que os
círculos inscritos não contêm
outro ponto da rede: aceita-se
a nova triangulação
A informação nos MDTs

Os MDTs contêm informação de dois tipos:
– informação explícita: expressa mediante um conjunto
de dados que o compõem
– informação implícita: relativa às relações espaciais
entre os dados, à distância e à distribuição espacial

Ambos os tipos de informação permitem a
descrição e / ou análise das formas do relevo
– com objectividade, devido ao carácter digital dos
dados e ao uso de algoritmos para a respectiva análise
– com exaustividade, já que se aplica à totalidade dos
dados
A geomorfometria

O estudo das formas do relevo denomina-se
geomorfometria
– origem em Chorley et al. (1957)
– desenvolvimento em Evans (1972)

A geomorfometria geral usa descritores globais
e permite estabelecer parâmetros gerais dos
MDT
– por exemplo: sectorização em função da rugosidade
do relevo

A geomorfometria específica usa descritores
locais e permite analisar e reconhecer formas
específicas do relevo
– por exemplo: reconhecimento da rede hidrológica
numa zona
A parametrização do relevo

A tradução das formas do relevo a índices ou
variáveis denomina-se parametrização
 os parâmetros devem ser:
– interpretáveis: deve existir uma relação compreensível
com os processos que geram e modelam o relevo ou
com os respectivos resultados
– gerais, evitando a construção de variáveis ad hoc
– independentes entre si, reduzindo ao mínimo a
informação redundante e a multiplicação dos índices
– independentes da escala ou, em cada caso, deve
analisar-se a relação existente entre a escala e a
magnitude da variável
Modelos derivados básicos

Os principais modelos derivados do MDE
descrevem variáveis de natureza topográfica
MDD: inclinação do terreno
orientação, MDO: sentido da máxima declividade
curvatura, MDC : concavidade / convexidade da
– declividade,
–
–
vizinhança
– rugosidade, MDR: irregularidade do terreno

Os modelos derivados constroem-se mediante
algoritmos a partir do MDE que, em muitos
casos, se baseiam em operadores ou filtros de
âmbito local
A declividade

A declividade num ponto do terreno é o ângulo
entre o vector normal à superfície e a vertical

Os métodos de cálculo são diferentes
– declividade máxima local

com os 4 vizinhos mais próximos (Idrisi)

com os 8 vizinhos mais próximos (MicroDEM, ERDAS, ArcGIS)
– declividade do plano de ajustamento ao terreno

mínimos quadrados com os 4 vizinhos mais próximos

mínimos quadrados com os 8 vizinhos (operadores de Prewitt
e de Sobel)
Os componentes do gradiente

os componentes direccionais da
declividade são a base para o
cálculo de outros modelos digitais
MDE
-1 0 1
a10
-2 0 2
-1 0 1
1 2 1
0 0 0
-1 -2 -1
a01
operador de Sobel
O modelo digital de declividades
rio Ibias
MDE
a10
a01
tg 1 a102  a012
MDD
0º
70°
O modelo digital de orientações
0º
MDE
a10
a01
tg  a10 a01 
1
MDO
359°
O modelo digital de curvatura
convexo
MDE
-1 0 -1

0 4 0
-1 0 -1
 d2
MDO

 cóncavo
O modelo digital de rugosidade
 MDD MDO 
liso
xi  sen  i  cos i
yi  sen  i  sen i
zi  cos  i
R
 x    y    z 
2
i
2
i
i
n/R
MDR
2
rugoso
Os elementos do relevo
poço
cumeada
planície
pico
canal colo
ladeira
Formas elementares: festos

A declividade não
é um critério
determinante
 A curvatura é nula
no sentido da
cumeada
 A forma geral é
convexa no
sentido das
ladeiras
 A rugosidade é
media ou alta
curvatura nula
a pendente pode
ser não nula
convexidade
Formas elementares: ladeiras

A declividade deve ser
não nula (moderada
ou forte)
 A curvatura deve ser
moderada em todos os
sentidos
 Podem existir ladeiras
com diversas
combinações de
concavidade /
convexidade
 A rugosidade é baixa
pendente não nula
curvatura reduzida
em ambos os sentidos
Formas elementares: canais

A declividade não é
um critério
determinante
 A curvatura é nula no
sentido do canal
 A forma geral é
côncava no sentido
das ladeiras
 A rugosidade é média
ou alta
curvatura nula
concavidade
a pendente
pode ser não nula
Formas elementares: colos

A curvatura é côncava
no sentido do festo
 A curvatura é convexa
no sentido das
ladeiras
 A declividade não é
um critério
determinante
 A rugosidade será
média ou alta
concavidade
convexidade
a rugosidade
é significativa
Formas elementares: picos
formas convexas em ambas as direcções

A curvatura é
convexa em todas as
direcciones
 A rugosidade é
média ou alta
 A declividade não é
um critério
determinante
rugosidade não nula
Formas elementares: poços

A curvatura é
convexa em todas as
direcções
 A rugosidade é
média ou alta
 A pendente não é
um critério
determinante
Concavidade em todas direcções
rugosidade não nula
Sistemas de decisão

As formas anteriores podem reconhecer-se
mediante um sistema de decisão baseado
em regras
DECLIVIDADE
NÃO
SIM
PLANURA
LADEIRA
NÃO
SIM
CURVATURA
DE IGUAL SINAL
POÇO
CUME
COLO
VALE
FESTO
SIM
NÃO
CÔNCAVO / PLANO
SIM
NÃO
SIM
NÃO
CÔNCAVO
CÔNCAVO / CONVEXO
SIM
NÃO
Agradecimentos
A presente apresentação resulta da adaptação
de um trabalho de José António Gutierrez da
Universidade da Extremadura, apresentado no
Instituto Politécnico de Beja no âmbito do
programa ERASMUS
Adaptado por Luis Machado: ESTIG – IPBeja
2005
Download