Genética - psicocontextos

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PSICOLOGIA B
O longo passado e a curta história da psicologia.
O objeto de estudo da psicologia científica.
Introdução ao estudo da genética

Quem somos?

Todos diferentes, todos iguais.

O que é a vida?

Qual a origem das diferenças entre os
seres vivos?
A Psicologia tem um longo
passado mas uma curta história

Livro dos
mortos
Bíblia
Ex,20,12-17





Não blasfemei contra Deus, não
tirei os bens do pobre, não fiz
sofrer, não fiz passar fome, não
fiz chorar, não matei, não fiz mal
a ninguém.
Honra pai e mãe o outros
legítimos superiores.
Não matarás.
Não cometerás adultério.
Considerações Filosóficas
Confúcio
séc VI A.C.


Pitágoras


Retificai os vossos pensamentos.
São puros? Também o serão as
vossas ações.
O homem é mortal pelos seus
temores e imortal pelos seus
desejos.
O longo passado da psicologia
(cont.)

Diógenes
séc V A.C.
Heraclito
séc. V. A.C.



A sabedoria serve de freio à
juventude, de consolo aos velhos,
de riqueza aos pobres e de
ornamento aos ricos.
Não é bom para os homens
obterem tudo o que desejam. É a
doença que torna agradável a
saúde, o mal o bem, a fome a
saciedade, a fadiga a o repouso.
O longo passado da psicologia
(cont.)

Hipócrates

No que respeita às doenças eis como nós as
discernimos. O nosso conhecimento baseiase na natureza humana universal e na
natureza própria de cada pessoa; baseia-se
na doença, no doente, nas substâncias
administradas, naquele que as administra,
baseia-se nos hábitos, nos regimes de vida,
nas ocupações, na idade de cada um;
baseia-se nas palavras, nos modos, nos
silêncios, nos pensamentos, nos sonos, nas
insónias, nas qualidades e nos momentos
dos sonhos; baseia-se nos gestos
descoordenados das mãos, nas erupções de
pele e nas lágrimas
O longo passado da psicologia
(cont.)

Protágoras


Sócrates


Platão

O Homem é a medida de todas as
coisas.
Conhece-te a ti mesmo.
Existe em cada um de nós uma
espécie de desejo terrível,
selvagem, desregrado; e é nossa
opinião que isso acontece mesmo
com aquelas poucas pessoas que,
entre nós, são efetivamente
mesuradas.
O longo passado da psicologia
(cont.)

Epicuro


Aristóteles

O homem é rico desde que se tenha
familiarizado com a escassez.
Com efeito, pode-se ver na criança como
que a marca e o germe das disposições
que serão suas mais tarde, quando a sua
alma não difere, por assim dizer da alma
dos animais. É pois muito razoável
sustentar que certas características
psíquicas são as mesmas no Homem e no
animal, ao passo que outras apresentam
uma forte semelhança e outras não têm
entre si mais do que uma analogia.
O longo passado da psicologia
(cont.)


Santo
Agostinho
Maomé


A vida não é mais do que uma
morte lenta; cada dia
morremos.
Se te disserem que uma
montanha mudou de lugar,
tens a liberdade de duvidar;
mas se alguém te disser que
um homem mudou o seu
caráter, não acredites.
A Psicologia como ciência

Já no século XIX os estudos sobre o
homem levam à constituição de um
campo de estudos autónomo que sofreu
múltiplas influências e que passou por
diferentes fases mas que se afirmou como
o estudo do comportamento e dos
processos mentais, recorrendo a vários
métodos e a que chamamos Psicologia
científica.
A genética e o estudo do
comportamento.
A transmissão de características de
geração em geração e seu contributo
para a caracterização individual e para
a evolução das espécies.
1.1. A importância da genética no
comportamento

O que é a vida?

Quem é o Homem?

Quais as razões dos nossos
comportamentos?

Por que não conseguimos voar?

Por que somos parecidos/diferentes?
Genética
Genética (do grego genno = fazer nascer) é a
ciência dos genes, da hereditariedade e da
variação dos organismos. Ramo da biologia que
estuda a forma como se transmitem as
características biológicas de geração para
geração.
O termo genética foi criado por William Bateson
para designar o estudo da hereditariedade. A
genética como ciência começou com Gregor
Johann Mendel e os estudos pioneiros com
ervilhas.

HEREDITARIEDADE


Totalidade de características e
comportamentos biologicamente
transmitidos pelos progenitores à sua
descendência.
Será que a hereditariedade é um destino?
Hereditariedade

Funções

Reguladora da reprodutividade genética

Reguladora/motor da evolução e do
desenvolvimento
HEREDITARIEDADE

Específicatransmissão à
geração seguinte das
características
comuns aos
indivíduos de uma
espécie e que os
diferencia de todas as
outras espécies.

Individual- conjunto
único de
características
herdadas por um
indivíduo e que o
distingue de todos os
que integram a sua
espécie.
Hereditariedade


Específica
Características da
espécie


Individual
Características
próprias de um
sujeito
Hereditariedade


Em 1865, Gregor Mendel estabeleceu pela primeira vez
os padrões de hereditariedade de algumas
características existentes em ervilheiras, mostrando que
obedeciam a regras estatísticas simples e criando a lei
que veio a ser conhecida com o seu nome:
“Se se cruzam duas espécies puras relativamente a dada
característica, as plantas resultantes da primeira geração
terão todas a característica dominante. Na segunda
geração as plantas aparecerão com as características na
razão de três plantas da característica dominante para
uma da característica recessiva.
CROMOSSOMAS


A genética sofreu grande evolução com a
descoberta dos cromossomas e da sua
constituição A.D.N. (ácido
desoxirribonucleico) com Watson e Crick.
No interior dos organismos, nas células, a
informação genética está contida nos
cromossomas que têm a estrutura química
da molécula de A.D.N.
CROMOSSOMAS
CROMOSSOMAS

No caso humano os cromossomas são 46
e apresentam-se aos pares sendo
designados como homólogos.
Gene



Gene é um segmento de um par de
cromossomas a que corresponde um código
distinto, uma informação para produzir uma
determinada proteína ou controlar uma
característica.
Um cromossoma contém vários genes que são
responsáveis por diferentes características.
Os genes que informam para a mesma
característica estão situados no mesmo local de
cada cromossoma de um par pelo que são genes
alelos.
Genoma




Genoma é o conjunto de genes que constituem,
neste caso, o ser humano.
Interpretando o genoma, identificam-se os
genes e definem-se as suas funções e relações;
O ser humano tem cerca de 30 mil genes (as
moscas têm metade – cerca de 15 mil)
O que torna o ser humano único e especial não
é a quantidade de genes mas a complexidade da
sua organização genética
Árvore genealógica da vida
humana
Cromossoma Y
Cromossoma Y


Na espécie humana o cromossoma Y é o mais pequeno e
o mais poderoso. Ele é que determina o sexo masculino.
Mas ainda tem outra característica muitíssimo
importante: o cromossoma Y NUNCA se modifica de
geração em geração. Quer dizer que o cromossoma Y de
um homem atual tem exatamente as mesmas
características, os mesmos genes, que o do seu
antecessor macho há milhares de anos! É por isso que
as análises do cromossoma Y se podem fazer nas
ossadas que tenham sido guardadas em mausoléus até
cinquenta ou cem mil anos!
No diagrama dum cromossoma Y deve notar-se que os
traços horizontais dentro do cromossoma representam
os genes ou “agulhas do ramo do pinheiro”. Uns são
mais grossos que os outros e têm até cor diferente, daí
o nome de cromossoma… cromo de cor…
Genótipo -definição



Ou genoma: é o conjunto de todos os genes
(potencial genético) de cuja combinação surgirá
um novo indivíduo;
Há características imutáveis (geneticamente
determinadas) e há outras que se vão
modelando em interação com o meio;
Por isso se defende que o genótipo é o conjunto
de potencialidades que um ser vivo transporta
consigo quando é gerado.
Hereditariedade - manifestações
Genótipo
Genes dominantes
Genes recessivos
Fenótipo - definição


É constituído pelo conjunto de
características observáveis, as que se
manifestaram;
É o conjunto de características físicas e
comportamentais que se manifestaram
como resultado da interacção do genótipo
(potencialidade) e o meio em que se
insere (realidade, concretização);
Exemplos







Relação potência/realidade
Potencial e manifestação
Árvore: potencial de obtenção de sombra, alimento,
viver 100 anos, ser vistosa, madeira, papel, baloiço,
mobília…..
Mas será queimada ao fim de 10 anos no Parque de
Monsanto….
Potencialmente poderia viver 100 anos mas apenas
viveu 10 (a sua realização)
Caroço: pode vir a germinar e dar origem à árvore,
contudo pode também não germinar….
Potencial: germinar; realidade: não germinou…
Conceitos



Homozigótico
Hetero(di)zigótico
Fenótipo
“A genética não é destino, é
probabilidade.”
Técnicas de estudo da genética




Usando-se das mais modernas e apuradas
técnicas de investigação, a biogenética e
ciências afins socorrem-se, principalmente, de
três técnicas de estudo:
Gémeos monozigóticos (iguais ou de um só
ovo);
Árvores genealógicas;
E estudos de ADN (principais fontes de
informação)
Interesse da genética




Para além de conhecer o funcionamento dos
organismos, da vida, permite:
Investigar condições de cura e de prevenção de
doenças congénitas e hereditárias (Parkinson,
Alzheimer, Lupus)
Curar e prevenir doenças endémicas (HIV,
cancro…)
Manipular geneticamente a constituição de
organismos (manipulação genética de alimentos,
animais…. Em relação aos humanos também é
viável e realiza-se em alguns campos contudo…
há limites….
Genética (cont)




Potencialidades da genética
Origem da genética
Ciências decorrentes da genética
(eugenia, clonagem terapêutica, clonagem
reprodutiva, estudo de células
estaminais,etc)
Teorias genéticas:



Determinista (ou preformista)
Construtivista (ou epigenética)
Breve discussão temática:
“A hereditariedade dá as cartas, o
meio joga-as.”
Determinismo



Defende que a informação genética está
predefinida (por isso se designa também de
preformismo) e que a intervenção do meio é
quase insignificante;
Toda a realidade está predefinida; poucas
alterações se verificarão;
Teoria dificilmente sustentável pois não tem em
conta os factores circunstanciais do meio
(acidentes, por exemplo) – veja-se Chernobyl ou
Nagasaki
Construtivismo/interaccionismo


Ou teoria epigenética (ver génese do termo –
epi + gennos) defende uma teoria considerada
mais ajustada e realista: a da interacção do
património genético (predefinido) com o meio
(circunstancial, condicionado, casuísticos);
Parte-se do princípio que cada ser vivo constrói
a sua singularidade nesta relação entre a
genética e o meio enquanto processo de
maturação e adaptação do organismo vivo ao
meio.
Variação genética




Manipulação
Transgénicos
Mutações várias (decorrentes da
interacção com o meio, acidentes
genéticos, acidentes circunstanciais
externos, experimentações)
Variações
Variações/ mutações


Chama-se variação genética à alteração
genética provocada pelo meio
(processamento fenotípico) e não afectam
o código genético;
Mutação genética avalia-se em função das
alterações ocorridas no património
hereditário (processamento genotípico) e
que se transmite de geração em geração.
Exemplos de acidente genéticos



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





Consumo de talidomida/medicação
Rubéola
Exposição a radiações/ radioactividade
Radiações atómicas
Mercúrio
Tabaco
Consumo de substâncias psicotrópicas e alucinogéneas
Alcoolismo
Stress e perturbações psicológicas /mentais várias
Exposição a ambientes poluídos e saturados
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