VIII ENONTRO NACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA ECOLÓGICA 05 a 07 de Agosto de 2009 - ´Cuiabá /MT Dècroissance: qual a consistência? Elimar Pinheiro do Nascimento Gisella Colares Gomes UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UnB) CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (CDS) Decroissance • Não é uma teoria • Movimento de idéias e intelectuais • Diálogo com obra e autores sobre a temática e que não se inscrevem no movimento • Reação ao crescimento sem limites e seus riscos • Proposta de uma sociedade mais simples e convivial Origens Históricas • Entre outros • • • • • Termodinâmica - Sadi Carnot Socialismo e Ecologia – Sergei Podolinsky Bio-economia - Nicholas Georgescu-Roegen Convivialidade - Ivan Illich Mauss - Alain Caillé (dádiva) Origens Episte-antropológicas 1- Natureza Entrópica do Sistema Econômico 2- Impossibilidade de Universalização do padrão de consumo dos países desenvolvidos 3- Limitações tecnológicas (descompasso entre oferta e demanda) 4- A sociedade de consumo: perda de autonomia, dependência das instituições e destituição de poderes e saberes. 5- Sociedade de Risco Global (Aumento dos riscos) Epistème / Visão Pré-Analítica • Desenvolvimento é horizonte epistêmico que condiciona a definição de problemas e a busca de soluções. • Teorias Econômicas supõem a idéia de aumento da produção e da produtividade • Bens materiais ou imateriais • Ciclo Produção -Consumo Desconstrução • Aumento de bens provoca uma Inflexão Perversa: os benefícios são substituídos por malefícios • Aplicação dos princípios microeconômicos em escala Ecosférica • Tendência à concentração (re-investimento) ciclo vicioso para compensá-la • PIB : Fluxo X Estoque • Externalidades negativas e landlords Desconstrução • Sub-avaliação dos recursos naturais • Verticalização (mesmo com elevação da escassez relativa o capital como um todo se valoriza). • Mito Prometêutico da Tecnologia (solução e causa de problemas) • Elevação da Produtividade dos fatores no curto e no longo prazo • Substitutibilidade não é ilimitada Conclusões do Movimento * Latouche Sociedade do crescimento é: -Não sustentável -Não desejável (injustiças, desigualdades, bem estar ilusório, não convivialidade) -Não produz qualidade de vida * Daly -Inversão Prioridades (Resiliência, justa distribuição antes de alocação) Possibilidades Futuras • Desafio é a questão institucional! • A ordem social não é redutível à ordem econômica e contratual • Simbolismo e solidariedade • Reinserção do mercado e do Estado numa ordem social e política com “sentido global” • Reformas sinérgicas (política, social, pensamento, educação, vida e moral) Conclusão propositiva • Reduzir - o consumo em geral, é possível viver melhor com menos • Reciclar - os produtos existentes para dispensar a produção de novos • Reutilizar - o que já existe economizando recursos naturais e energia • • • • • Reavaliar - os nossos consumos que são na maioria das vezes degradadores da natureza. Reconceituar - a nossa vida, consumo, relações e vínculos sociais para uma direção mais saudável Reestruturar - adaptar as estruturas econômicas e as instituições políticas e sociais aos novos objetivos de uma sociedade convivial Redistribuir - melhor os bens existentes, incluindo a participação nos processos decisórios; Relocalizar - a produção, o trabalho, a moradia para que, por exemplo, o “não transporte” possa ser disseminado Nossas conclusões • A proposição do horizonte epistêmico centrado no desenvolvimento é uma hipótese a ser considerada em suas consequências diversas. • A proposição do MD tem aspectos consensuais, enquanto princípios (os oito Rs). • Mas tem inconsistências, sobretudo do ponto de vista político e institucional. • Mas os grandes obstáculos não são do ponto de vista técnico mas cultural e ideológico.