Apresentação do PowerPoint - Universidade Federal de Pelotas

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Fundamentos de Sociologia
Prof. Francisco Eduardo B.Vargas
Instituto de Sociologia e Política
Universidade Federal de Pelotas
Curso de Filosofia – IFISP/UFPel
31/05/2017
1
Karl Marx e
Friedrich Engels
O Materialismo Histórico
e Dialético
31/05/2017
Disciplina: Sociologia do Trabalho ISP/UFPel -
2
Questões sobre o capitalismo moderno à
luz do materialismo histórico e dialético:
=> Apesar de sua elevada produtividade e
sofisticação tecnológica, em que medida é possível
afirmar que o capitalismo é, segundo Marx, um
sistema econômico baseado em antagonismos e
gerador de desigualdades sociais, uma vez que ele
se constitui a partir dos ideais de liberdade
(liberdade econômica) e igualdade típicos da
modernidade? Em que medida estão em xeque,
no capitalismo, as relações contratuais entre
sujeitos livres e iguais (empresários e
trabalhadores), o livre mercado?
3
Questões sobre o capitalismo moderno à
luz do materialismo histórico e dialético:
=> Como Marx analisa, a partir de seu ponto de
vista materialista, a formação do capitalismo
moderno? Trata-se de analisar a formação da
“mentalidade capitalista” ou seu caminho é
distinto daquele proposto por Weber?
(Marx está especialmente preocupado em
mostrar as bases materiais dos conflitos,
desigualdades e antagonismos da sociedade
moderna, a despeito dos valores e ideologias
libertários, igualitários e que vêem no Estado a
encarnação do bem comum).
4
O materialismo histórico e dialético
como método de investigação (I)
=> O materialismo dialético parte de uma
crítica à filosofia idealista de Hegel (com a
apropriação do método dialético) e dos neohegelianos e ao materialismo vulgar e
mecanicista (materialistas franceses).
=> Na relação entre “consciência” e
“existência”, estabelece-se o primado da
existência, do conjunto de condições materiais
de existência (condições objetivas) sobre as
formas de consciência (condições subjetivas) =
PREMISSA MATERIALISTA.
5
O materialismo histórico e dialético
como método de investigação (II)
=> Na relação entre “pensamento” ou conhecimento
(consciência) e “ação” ou “praxis” (existência), o
materialismo dialético supõe o primado da ação, da
transformação. A “ação” é “produto” e “produtora”
das condições de existência do mundo.
=> A consciência, portanto, não é um simples reflexo
da existência, das condições objetivas (materialismo
vulgar), mas um momento da ação, da prática
consciente sobre o mundo (relação dialética entre
consciência e existência) que transforma esse mundo.
=> Conhecimento como momento da atividade
humana sobre o mundo.
6
O materialismo histórico e dialético
como método de investigação (III)
=> O método dialético de interpretação da
realidade histórica supõe apreendê-la:
1. Em permanente mudança (em oposição
ao essencialismo)
2. Em suas contradições e antagonismos (a
luta dos contrários, a luta de classes)
3. Em sua totalidade (tudo se relaciona,
relações recíprocas entre os elementos
constitutivos da realidade, suas condições
objetivas e subjetivas mediadas pela ação).
7
Trabalho e produção como
categorias centrais (I)
O “TRABALHO” e a “PRODUÇÃO” como
categorias teóricas centrais e pontos de partida
na análise histórica e não as formas de
consciência:
=> O trabalho como categoria ontológica
expressa, segundo Marx, a relação metabólica
dos seres humanos com a natureza, tendo em
vista a necessidade de garantir a reprodução
material dos indivíduos e da sociedade em seu
conjunto.
8
Trabalho e produção como categorias
centrais (II)
A PRODUÇÃO, como reprodução da vida, é o
primeiro ato histórico dos seres humanos.
A produção e os MEIOS DE PRODUÇÃO
(instrumentos e objetos de trabalho) como
resultado da ação humana sobre a natureza:
MODOS DE PRODUÇÃO:
=> FORÇAS PRODUTIVAS (relação com a
natureza)
=> RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (relações
sociais, divisão social do trabalho)
9
Trabalho e produção como categorias
centrais (III)
=> O desenvolvimento das forças produtivas e a
formação dos EXCEDENTES ECONÔMICOS, na
passagem de ECONOMIAS DE SUBSISTÊNCIA a
ECONOMIAS DE TROCAS (mercantis), surgem
as CLASSES SOCIAIS como grupos que ocupam
diferentes posições na apropriação dos MEIOS
DE PRODUÇÃO e dos produtos do trabalho.
=> Com a formação das classes, as RELAÇÕES
DE PRODUÇÃO tornam-se RELAÇÕES
SOCIAIS DE CLASSE, supondo desigualdade e
uma maior divisão social do trabalho.
10
Trabalho e produção como categorias
centrais (IV)
O MODO DE PRODUÇÃO capitalista moderno supõe o
prévio desenvolvimento das relações mercantis, o
investimento de recursos na produção, supõe uma produção
de mercadorias para a troca, visando o lucro:
=> FORÇAS PRODUTIVAS (divisão técnica do
trabalho, produção industrial, incorporação da ciência e
desenvolvimento tecnológico)
=> RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (relações entre
empresários capitalistas e trabalhadores assalariados)
QUESTÃO: Quais são as bases do antagonismo nessa
relação social de assalariamento?)
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A mercadoria e suas propriedades
O
capitalismo e a mercantilização universal
das relações sociais.
 O valor de uso e o valor de troca das
mercadorias: os fundamentos das trocas
mercantis.
 Valor de uso: a utilidade de uma mercadoria
segundo suas propriedades intrínsecas.
 Valor de troca: o valor adquirido pela
mercadoria no mercado, expressa no seu
preço.
12
Trabalho, Força de Trabalho e
Processo de Trabalho:
A teoria do valor (I)
O
trabalho como fonte de valor, como produtor de
riquezas. Toda riqueza e todo capital é trabalho
humano objetivado. O trabalho vivo transforma-se
em trabalho morto. Este último, é trabalho
acumulado, cristalizado, é trabalho passado.
 É o trabalho vivo que é responsável pela valorização
constante do capital.
 O capital é o produto da extração do sobre-trabalho
(mais-valia) no processo de produção capitalista.
 Como isso ocorre?
13
Trabalho, Força de Trabalho e
Processo de Trabalho:
A teoria do valor (II)



Segundo Marx, no capitalismo, é preciso
distinguir “trabalho” e “força de trabalho”.
A relação salarial, de compra e venda entre o
capitalista e o trabalhador, é uma relação de
compra e venda de uma mercadoria especial: a
FORÇA DE TRABALHO.
No processo de trabalho, o capitalista precisa
converter essa capacidade de trabalho em
trabalho efetivo, em valores. A força de
trabalho produz mais valor que seu próprio
valor de troca no mercado de trabalho.
14
Processo de Trabalho e Processo de
valorização: a produção da mais-valia

A jornada de trabalho é formada pelo tempo de trabalho
necessário e pelo tempo de trabalho excedente ou sobretrabalho:
____________________ _____
6h
2h
É no tempo de trabalho excedente que o trabalhador
produz a mais-valia. No tempo de trabalho necessário ele
produz o equivalente ao seu salário.
A mais-valia (ou mais-valor) é o fundamento objetivo das
relações de antagonismo e exploração entre capital e
trabalho.
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As modalidades de extração da
mais-valia:
A
mais-valia absoluta ou a extensão da
jornada de trabalho.
A
mais-valia relativa ou a intensificação da
jornada de trabalho e a inovação
tecnológica e/ou organizacional
16
As fases da divisão do trabalho no
capitalismo
A
subsunção formal do trabalho ao capital e
a divisão manufatureira do trabalho (o
trabalhador ainda exerce um trabalho
qualificado).
A
subsunção real do trabalho ao capital e a
divisão do trabalho na fábrica e na grande
indústria (o trabalhador torna-se apêndice
das máquinas).
17
A composição orgânica do capital

O Capital total (C) é formado por duas partes fundamentais:
- O Capital constante (cc) e
- O Capital variável (cv);
Fórmula do capital: C = cc + cv
A crescente acumulação capitalista leva a uma elevação da
composição orgânica do capital, elevando-se a participação da
parte constante em detrimento da parte variável. Ou seja,
acumula-se o “trabalho morto” e reduz-se o “trabalho vivo”.
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A acumulação primitiva e a formação
do capitalismo moderno
A
formação da classe operária como um
processo de expropriação dos meios de
produção de camponeses e artesãos.
A
formação dos capitalistas industriais e a
aplicação de excedentes de capital na
produção manufatureira e industrial. Papel
decisivo do Estado.
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Uma análise em termos de classes
sociais: importância e limites
O
risco de reducionismo de uma análise em termos
de classes e a construção de outras formas de ação e
identidade (gênero, cor, etnia, geração, nacionalidade,
religião).
A importância de uma análise de classe em
sociedades capitalistas marcadas por fortes conflitos
distributivos. A importância de incorporar, na análise,
o papel do Estado nesses conflitos distributivos.
O marxismo como um paradigma do conflito em
torno das desigualdades sociais na produção e
apropriação de recursos materiais e simbólicos.
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