Inclusão Digital DataFolha: 39% com acesso (set/07) (cerca de 50 milhões) Destes, 42% inserem algum conteúdo Ibope/Net Rating: 16,3 milhões de Internautas residenciais (abril/07) Inclusão Digital Direito à comunicação na Sociedade da informação CRIS – Communication Rights in the Information Socity • Fortalecimento do domínio público sobre o processo informativo • Assegurar o acesso e o uso efetivo de redes eletrônicas em ambiente de desenvolvimento • Bens Coletivos Globais •Manejo democrático e transparente de informações • Combate à censura • Apoio aos meios comunitários 4 eixos: • Estrutura de um sistema público de informação • Diversidade Cultural • Propriedade intelectual/ Direito de autor • Apropriação social das tecnologias da informação Programa Telecentro (Prefeitura SP) Inclusão Digital • Auxílio de monitores • Espaço de convivência Programa Acessa São Paulo (Estadual + Escola do Futuro) • Produção de conteúdo digital para capacitação e informação da população Portal Inclusão Digital (Federal) • Acessibilidade para usuários com deficiência E-governo Inclusão Social Internet - produção estruturada socialmente Cultura da Internet = Cultura dos criadores da internet Código Produtores/ usuários Consumidores/ Usuários Tecnomeritocrática Hacker Cultura da Internet Protocolos abertos Difusão do conhecimento Comunitária virtual Empresarial Cultura Tecnomeritocrática da Internet Desenvolvimento científico e tecnológico como progresso Tecnoelites: mérito decorre da contribuição para o avanço de uma dada tecnologia Tem como missão construir e desenvolver um sistema eletrônico de comunicação global Descoberta tecnológica como valor supremo Conhecimento orientado para a solução de problemas definidos pela comunidade Exame da descoberta pelos pares Coordenação de tarefas por figuras de autoridade Cultura tecnomeritocrática Cultura hacker Cultura empresarial Comunidades virtuais: Fontes de valores que moldaram comportamento e organização social Ambiente fomentador de inovação tecnológica Difusão das práticas da Internet para outros domínios da sociedade Naomi Klein (No Logo, 2003) : Embora muitos tenham observado que os recentes protestos de massa teriam sido impossíveis sem a Internet, o que foi esquecido é como a tecnologia da comunicação que facilita essas campanhas está moldando o movimento à sua própria imagem [...] o consenso forçado e manifestos elaborados desaparecem ao fundo, substituídos por uma cultura de troca de informações constante, frouxamente estruturada e às vezes compulsiva. Bourdieu (Sobre a televisão, 1997) o objeto, aqui, não é o ‘poder dos jornalistas’ – e menos ainda do jornalismo como ‘quarto poder’ -, mas a influência que os mecanismos de um campo jornalístico cada vez mais sujeito às exigências do mercado (dos leitores e dos anunciantes) exercem, em primeiro lugar sobre os jornalistas (e os intelectuais-jornalistas) e, em seguida, e em parte através deles, sobre os diferentes campos de produção cultural, campo jurídico, campo literário, campo artístico, campo científico Castells (O poder da identidade, 2º volume de A era da informação: economia, sociedade e cultura, 2001) Dizer que a mídia é o espaço da política não quer dizer que a televisão determina as decisões tomadas pelas pessoas A política está inserida na lógica da indústria da comunicação, pois sem a mídia as propostas e candidatos não têm chance de obter base de apoio Ianni (Enigmas da modernidade-mundo, 2000) “Democracia eletrônica”: atualização dos arquétipos gramsciano e maquiavélico. De um modo ou de outro, o sistema de comunicação captura o espaço político, que passa a se dar conforme as regras da indústria cultural. Com a “convergência da evolução histórica e da transformação tecnológica, entramos em um modelo genuinamente cultural de interação e organização social” e a informação torna-se “o principal ingrediente [...] e os fluxos de mensagens e imagens entre as redes constituem o encadeamento básico de nossa estrutura social” (Castells: A sociedade em rede, 1º volume de A era da informação: economia, sociedade e cultura, 200). Ao nos encaminharmos para as condições eletrônicas de informação, “os produtos estão se convertendo cada vez mais em serviços” (McLuhan por McLuhan: Entrevistas e conferências inéditas do profeta da globalização, 2005). Neste cenário, em relação especificamente ao modo produção da indústria cultural, Bustamante cita três processos interrelacionados como geradores de profundas transformações: a desregulamentação que ocorreu nas últimas décadas, deixando em segundo plano a ação do Estado e do serviço público, que passa a ser subsidiária da dinâmica de mercado; a concentração, acelerada a partir de 1990, decorrente tanto das promessas da tecnologia digital quanto da internacionalização da competição empresarial e levando às integrações verticais; e a globalização de formas e princípios de administração, que leva a uma completa conversão das indústrias culturais em instituições definidas pelas operações financeiras. Lessig (Free Culture: how Big Media uses technology and the law to lock down culture and control creativity, 2004,): Esta divisão entre o livre e o controlado tem sido agora apagada. A Internet ajustou o estágio desta correção e, empurrada pela grande mídia, a lei agora foi afetada. Pela primeira vez em nossa tradição, as maneiras usuais pelas quais os indivíduos criam e dividem cultura são regulamentadas pela lei, que expande seu vasto controle sobre a cultura e a criatividade de modo que nunca teve antes. A tecnologia que preservava o contrapeso em nossa história – entre nossas práticas culturais que eram livres e as práticas culturais que exigiam permissão – foi cancelada. A conseqüência é que temos cada vez menos uma cultura livre e cada vez mais uma cultura controlada Bustamante (Cultural industries in the Digital Age: some provisional conclusions. In Media, Culture & Society, 2004) Em contradição com o discurso do livre mercado, testemunhamos uma crescente concentração, e mesmo a criação de oligopólios e monopólios. Devido aos enormes investimentos requeridos e à lógica do mercado que surge nas situações de crise, o que podemos ver não é uma tendência de aumento para a competição e o pluralismo, mas, ao contrário, a constituição de enormes e poderosos centros de controle nas redes de distribuição (portais, ISPs, plataformas de TV paga). A aliança ou integração desses centros de controle afeta também um conjunto de direitos, como mostra o quase-monopólio das principais gravadoras ou dos interesses comuns das companhias de cinema frente à Internet. Tal concentração do poder financeiro acentua o poder das marcas e do marketing intenso em um ambiente de abundância que confunde os usuários