Associação e integração entre países Aula 11 – Geografia Política Prof. Raul Borges Guimarães Integração regional . As relações econômicas internacionais se realizam por meio de complexos sistemas de troca de serviços, de tecnologia e de capitais. . A substituição do bilateralismo pelo multilateralismo no comércio mundial está na base da organização de diversos tipos de blocos econômicos. Formação de blocos . Se a globalização da economia ampliou o poder das grandes corporações que atuam além das fronteiras nacionais, diminuindo o controle exercido pelos países na economia mundial, a formação de blocos econômicos internacionais buscou reconduzir os Estados ao status de orquestradores da economia-mundo. . Devemos sempre considerar que acordos comerciais entre nações são apenas uma das dimensões da política externa de um país. . A globalização e a formação de blocos econômicos regionais são pro cessos complementares: os blocos produzem mercados regionais extremamente atrativos, ampliando a escala de atuação das grandes corporações, assim como favorecem a centralização de capitais dessas empresas, tornando-se, portanto, um instrumento da globalização. Tipos de blocos econômicos . União econômica e monetária: é a forma de organização econômica de maior abrangência, com a união econômica em que todas as economias associadas passam a se comportar como uma só (união monetária, criação de um parlamento comum e de políticas externa unificadas) – União Europeia. . União aduaneira: acordo que propõe a livre circulação de mercadorias entre os países-membros, com eliminação de tarifas alfandegárias, assim como o estabelecimento de uma política aduaneira comum MERCOSUL . Área de livre comércio: associação econômica propõe a eliminação de barreiras alfandegárias entre os países-membros, sem compromisso com o desenvolvimento integrado do grupo. Tem por finalidade favorecer a expansão comercial entre seus membros - NAFTA. Processo de integração da Europa Araújo, Regina; Corrêa, ângela, Guimarães, Raul. Observatório de Geografia (volume 4). São Paulo: Moderna, 2009. Integração europeia: antecedentes . Em 1944, surgiu o Benelux, bloco econômico formado por Bélgica, Holanda e Luxemburgo, com sede em Bruxelas, na Bélgica, com o objetivo de facilitar as relações comerciais mútuas a partir da redução das tarifas alfandegárias. . O êxito da BENELUX levou posteriormente à formação da Ceca (Comunidade Européia do Carvão e do Aço), instituída em 1952, com sede em Luxemburgo. O objetivo era a criação de um mercado comum com isenção de taxas alfandegárias para o carvão, o ferro, o coque, o gusa e o aço, e de controlar os preços e o transporte desses produtos. . Com uma Europa assim mais unida, fortaleceu-se a idéia de um bloco econômico mais sólido para o continente. Em 1957, concretizou-se o MCE (Mercado Comum Europeu) instituído pelo Tratado de Roma, cujos membros iniciais foram os mesmos que formaram a Ceca. Conhecida como “Europa dos Seis”, o bloco visava estender os benefícios propostos pela Ceca a outros produtos, assim como estabelecer o intercâmbio de mão-de-obra. Integração europeia: antecedentes . Nas décadas seguintes, houve uma crescente ampliação do MCE, com a admissão de Reino Unido, Eire e Dinamarca, formando então a “Europa dos Nove”. Em 1981, a Grécia passou de país associado a membro integrante da comunidade e, em 1985, ingressaram Portugal e Espanha, formando a “Europa dos Doze”. . Em 1991, em função das crescentes alterações no panorama mundial, a chamada “Europa dos Doze” assinou o Tratado de Maastricht, buscando ampliar os objetivos iniciais e promovendo uma integração ainda maior entre seus membros. Também por esse tratado o MCE passou a chamarse União Européia, sigla UE. . Em 1995, a Suécia, a Finlândia e a Áustria passaram a fazer parte do bloco. O passo seguinte foi a criação do Banco Central Europeu e de uma moeda única — o euro. A união monetária tem gerado grande polêmica, em função das disparidades cambiais existentes na Europa e da resistência do Reino Unido. Araújo, Regina; Corrêa, ângela, Guimarães, Raul. Observatório de Geografia (volume 4). São Paulo: Moderna, 2009. Alianças comerciais