INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DO TRABALHO E DA EMPRESA Enunciado do 3º Trabalho de Laboratório FUNDAMENTOS DE ELECTRÓNICA TRANSÍSTOR DE EFEITO DE CAMPO Objectivos e regras de funcionamento: Com este trabalho pretende-se que o aluno consolide os conhecimentos teóricos adquiridos relativos ao funcionamento e às principais montagens do transístor de efeito de campo (TEC). TRANSÍSTOR DE EFEITO DE CAMPO Parte I o Análise do comportamento eléctrico do TEC em regime estacionário. o Esboço da influência da temperatura nas características eléctricas do dispositivo. Parte II o Análise do TEC usado como amplificador: montagem de fonte comum. o Análise do TEC para realizar um inversor CMOS. Formulário Equações do transístor NMOS I ds k n I ds W L 1 2 ( v gs Vt ) v ds v ds 2 kn W ( v gs Vt ) 2 2 L se v ds v gs vt (zona de tríodo) se v ds v gs vt (zona de saturação) se v sd v sg vt (zona de tríodo) se v sd v sg vt (zona de saturação) Equações do transístor PMOS I sd k p I sd W L 1 2 ( v sg Vt ) v sd v sd 2 kp W (v sg Vt ) 2 2 L Definições Vt Tensão de limiar k p p Cox k n n Cox gm ids v gs Cox ox tox vgs V gs Convenções Letras Maiúsculas – ponto de funcionamento em repouso PFR, (DC operating point) em (IS, ID, VO) Letras minúsculas – pequenos sinais (iS(t), iD(t), vO(t), vI(t)) – AC Temos então que o sinal é dado por: iD=ID+id(t); iS=IS+is(t); vO=VO+vo(t), etc Software Electronics workbench, Multisim Notas sobre simulação Simulação em Multisim Para obter os valores de corrente Id ou Is nos transístores ou o valor de corrente nas resistências pode utilizar as opções: More Options; Add device/model parameters. Pode usar a análise DC sweep para traçar as características eléctricas do TJB. Utilize a análise temperature sweep para verificar o efeito da temperatura no TJB. Para varia a temperatura de funcionamento do circuito click na “Tab Miscellanous Options” (no comando DC Sweep ou outros), e altere o parâmetro temp. Procedimento Experimental Parte I - Análise do comportamento eléctrico do TEC em regime estacionário Figura 1. Extracção das características do TEC a partir da montagem de source comum. Construa o circuito apresentado. Deve utilizar um transístor MOS de reforço tipo-N virtual. O transístor a utilizar é o n-ésimo da lista do Multisim, em que n é o número do grupo. Caso o número de transístores seja inferior ao seu numero de grupo subtraía sucessivamente o número de transístores no Multisim ao seu número de grupo até obter um possível. Indique no relatório o transístor que utilizou. 1. Obtenha a característica I DS VGS Vds20V . 2. Obtenha as características I DS VDS V GSC te. para VGS 1 V , VGS 2 V , VGS 3 V (sugestão faça a simulação , variando VDS entre 0 e 10V). Indique as diferentes zonas de funcionamento do dispositivo. Verifique o que acontece para Vds<0. 3. Determine aproximadamente os valores experimentais para VT e para k n W a L partir dos resultados da alínea anterior. 4. Calcule a tensão de Early do dispositivo. 5. Comente o que acontece quando troca o dreno com a source na montagem. Explicite o caso em que o body está ligado à source, ou em que este está ligado à terra. 6. Represente graficamente gm(VGS) em escala linear. Comente as variações de gm com a tensão VGS e indique as três zonas de funcionamento do dispositivo. (Utilize More Options; Add device/model parameters,.… gm). Esboço da influência da temperatura nas características eléctricas do dispositivo 7. Utilize a opção temperature sweep para obter a variação de Ids com a temperatura, para o valor de Vgs que achar conveniente. Comente os resultados obtidos. Parte II - Análise do transístor de efeito de campo em regime dinâmico Montagem de source comum Figura 2. Montagem de source comum. 1. Construa o circuito representado na figura. Utilize o transístor MOS de reforço tipo-n virtual. Faça edit model e altere os parâmetros Kp e Vt respectivamente para Kp 200uA/V 2 e Vt 0.5 n/10 . Assuma que W/L=1 (tal é equivalente a termos Kp 20uA/V 2 e W/L=10). Indique o valore utilizado no relatório. 2. Represente o modelo para pequenos sinais desta montagem. Calcule o ganho de tensão para pequenos sinais da montagem. 3. Mostre que para que tenhamos no ponto de funcionamento em repouso Vd=Vdd/2, devemos ter Vgs-Vt=Vdd/|A|, em que A é o ganho de tensão para pequenos sinais da montagem. 4. Dimensione a fonte de alimentação VGS usada para polarizar o TEC e a resistência Rp, de modo a que no ponto de funcionamento em repouso se tenha Vd=Vdd/2 e o ganho para pequenos sinais da montagem seja de 10? Utilizando as aproximações para pequeno sinais indique qual é o maior valor de vgs que garante que o transístor funciona na zona de saturação? 5. Obtenha por simulação os valores das tensões e correntes DC que estabelecem o ponto de funcionamento em repouso (PFR) do TEC nesta montagem. Compare os valores obtidos na simulação com os valores deduzidos analiticamente. 6. Defina a amplitude da fonte de sinal para 1 mV. Faça uma análise no tempo (transient analysis) da montagem representando os valores das tensões de entrada e saída do circuito. Compare o valor obtido para o ganho com o previsto teoricamente. 7. Duplique o valor de VGS-Vt. Comente o efeito observado no ganho de tensão e em gm. Análise de um inversor implementado em tecnologia CMOS Inversor CMOS Figura 3. Inversor CMOS. Construa o circuito representado na figura anterior, com Vdd=3V. 1. Varie a tensão de entrada do circuito vi de modo a obter a função de transferência vo(vi) desta porta lógica. Desenhe esta característica e nela indique as zonas de funcionamento dos transístores NMOS e PMOS (criteriosamente escolhido). Substitua QP por uma resistência de 1k e compare a função vo(vi) resultante com a obtida anteriormente. 2. Coloque um condensador de 1pF na saída do circuito. Obtenha por simulação a resposta temporal da tensão de saída vo deste inversor quando a entrada muda de nível lógico (Utilize uma fonte “pulse voltage source”). Represente e determine o tempo de subida e de descida (a 5% do valor final). Altere o valor do condensador para 10pF e verifique efeito que este tem na resposta temporal. 3. Obtenha através de simulação a frequência máxima que garante que a saída do circuito atinge 5% do seu valor final. Assuma um condensador de 1pF na saída. Elaboração do Relatório Elementos a incluir no relatório: · Os valores das resistências utilizados e os dimensionamentos teórico devem anteceder os resultados das simulações. · Descrição pormenorizada do procedimento experimental e dos problemas ocorridos durante a simulação. · Todos os gráficos referidos ao longo do enunciado correspondentes aos resultados de simulação, aos valores esperados analiticamente, e aos resultados reais do PCB. · Comentários sempre que os resultados de simulação não coincidam com os valores esperados analiticamente ou observados durante a demonstração experimental. · Lista das escolhas/decisões tomadas no decurso do trabalho. · Opções de implementação e demonstração de resultados utilizadas. Material a entregar: Relatório com os elementos pedidos no enunciado, e com identificação do grupo e dos seus elementos. O não cumprimento do prazo limite para entrega implica uma penalização de um valor por dia. Notas importantes As aulas de laboratório devem ser usadas para realizar as soluções idealizadas à priori. É fortemente recomendável que as opções de projecto e estratégias de implementação resultem de uma leitura atenta e antecipada do enunciado. ̤ Cada projecto envolve a realização de um relatório (25 páginas no máximo) a entregar na semana seguinte à sua conclusão. O enunciado de cada trabalho será entregue anteriormente à realização da aula de laboratório. As datasheets dos componentes utilizados nas demostrações laboratoriais estão disponíveis na página do laboratório http:/iscte.pt/labeti