PRINCIPAIS BIOMAS BRASILEIROS

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PRINCIPAIS BIOMAS
BRASILEIROS
Prof. Regis Romero

O Brasil, quinto país do mundo em extensão territorial, ocupa
5,7% das terras emersas do planeta.

Foi o primeiro signatário da Convenção sobre a Diversidade
Biológica (CDB), e é considerado um país megabiodiverso pela
Conservation International (CI), pois reúne ao menos 70% das
espécies vegetais e animais do Planeta.

A biodiversidade pode ser qualificada pela diversidade em
ecossistemas, em espécies biológicas, em endemismos e em
patrimônio genético.

No
século
passado,
muito
antes
do
uso
de
satélites,
os
exploradores começaram a notar que grandes regiões da Terra
possuíam vegetação semelhante, e que eram determinadas pelo
clima (em especial temperatura e pluviosidade), mesmo em
continentes diferentes.

Começaram então a surgir classificações das grandes formações

Devido a sua dimensão continental e à grande variação
geomorfológica e climática, o Brasil abriga 7 biomas, 49
ecorregiões, já classificadas, e incalculáveis ecossistemas.

Biomas são grandes estruturas ecológicas com fisionomias
distintas encontradas nos diferentes continentes, caracterizados
principalmente pelos fatores climáticos (temperatura e umidade) e
formações vegetais relacionados à latitude. Assim, podemos dizer
que bioma é um conjunto de vida (vegetal e animal) em escala
regional de condições geoclimáticas similares e história
compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade
biológica própria.

Entende-se por ecorregião um conjunto de comunidades naturais,
geograficamente distintas, que compartilham a maioria das suas
espécies, dinâmicas e processos ecológicos, e condições ambientais
similares, que são fatores críticos para a manutenção de sua
viabilidade a longo prazo (Dinnerstein,1995).
 Biomas
são grandes estruturas ecológicas com
fisionomias
distintas
encontradas
nos
diferentes
continentes,
caracterizados
principalmente
pelos
fatores
climáticos
(temperatura e umidade) e formações vegetais
relacionados à latitude.
SÃO ELES:
 Floresta
Amazônica (Hiléia)
 Cerrado
 Caatinga
 Floresta
de Cocais (Babaçuais)
 Pantanal mato-grossense
 Floresta Pluvial Costeira (Floresta
Atlântica)
 Pampa
 Manguezais
 Floresta de Araucárias
FLORESTA DE COCAIS
FLORESTA DE ARAUCARIA
LOCALIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS ECOSSISTEMAS
BRASILEIROS.
Fonte: http://educar.sc.usp.br/ciencias/ecologia/ecologia.html
BIOMAS BRASILEIROS E SUAS TRANSIÇÕES

Amazônia.

Cerrado.

Caatinga.

Mata Atlântica.

Pantanal.

Pampa (campos sulinos).

Zona Costeira e Marinha.
Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2470
AMAZÔNIA

A grande maioria das florestas tropicais brasileiras está
concentrada neste bioma que fica localizada a norte do
continente sul-americano.

67% estão em território brasileiro, sendo o restante
distribuído entre a Venezuela, Suriname, Guianas, Bolívia,
Colômbia, Peru e Equador.

A existência de uma expressiva diversidade biológica é
determinada por fatores como a grande heterogeneidade
ambiental e a sua dimensão.
AMAZÔNIA

Existem de 5 a 30 milhões de plantas diferentes, a
maioria não identificada.

30 mil espécies vegetais reconhecidas, ou 10% das
plantas do mundo, espalhadas em 3,7 milhões de
Km2 (parte brasileira).

A Floresta Amazônica está distribuída em diversos
tipos de ecossistemas associados como:
– Florestas fechadas de terra firme; – Campinas;
– Várzeas ribeirinhas;
– Igapós;
– Campos;
– Campinaranas.
AMAZÔNIA

*Sapopemas:
Raízes que formam
divisões tabulares em
torno da base do tronco
de certas árvores.



As matas alagadas possuem várias espécies arbóreas de
importância econômica e estão ao alcance das enchentes
anuais.
As flutuações do nível da água podem chegar a 10 metros
ou mais.
As árvores das florestas alagadas têm várias adaptações
morfológicas e fisiológicas para viverem submersas, como
raízes respiratórias e sapopemas*, raízes laterais situadas
na base da árvore.
Plantas e animais da floresta alagada vivem em função
das suas diversas adaptações especiais para sobreviver
durante as enchentes.
AMAZÔNIA

A vegetação das florestas de várzea é mais rica do que as da
floresta
de
igapó
devido
à
fertilidade
oriunda
dos
sedimentos.

As várzeas são especialmente ricas e produtivas.

Concentrava grandes comunidades indígenas.

Atualmente são desenvolvidos vários projetos agropecuários
e industriais.
AMAZÔNIA




A região da bacia amazônica ostenta a maior variedade
de aves, primatas, roedores, jacarés, sapos, insetos,
lagartos e peixes de água doce de todo o planeta.
Por ali circulam 324 espécies de mamíferos, como a
onça-pintada, a ariranha, a preguiça e o macaco-uacari.
Vivem cerca de 25% da população de primatas do globo
e 70 das 334 espécies de papagaios existentes.
Com relação a peixe de água doce, concentra de 2500 a
3000 espécies diferentes. Só no Rio Negro podem ser
encontradas 450 espécies enquanto que na Europa não
se contam mais de 200.
CERRADO

É o nome regional dado às savanas Brasileiras.

Estende-se pela região central do País, compreendendo
os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, o oeste da Bahia, o sul do Maranhão e
parte de Piauí, chegando a Rondônia e Pará.

Cerca de 85% do grande platô que ocupa o Brasil central
era originalmente dominado pela paisagem do cerrado,
representando cerca de 1,5 a 2 milhões de km2, ou
aproximadamente 20% da superfície do País.
CERRADO




O clima típico é quente, semi-úmido, com verão
chuvoso e inverno seco. A pluviosidade anual fica em
torno de 800 a 1600 mm.
A paisagem do cerrado é caracterizada por extensas
formações de savana, com matas ciliares ao longo dos
rios, no fundo de vale.
Outras vegetações podem aparecer na região dos
cerrados, como os campos úmidos e as veredas de
buritis.
Nas maiores altitudes podem ocorrer os campos
rupestres.
CERRADO

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
As árvores do cerrado são muitos peculiares, com
troncos tortos, cobertos por uma cortiça grossa, e de
folhas geralmente grandes e rígidas. Muitas plantas
herbáceas têm órgãos subterrâneos para armazenar
água e nutrientes.
Cortiça grossa e estruturas subterrâneas podem ser
interpretadas como algumas das muitas adaptações
desta vegetação às queimadas periódicas.
Acredita-se que, como em muitas savanas do mundo, os
ecossistemas de cerrado vêm co-existindo com o fogo
desde tempos remotos, inicialmente como incêndios
naturais causados por relâmpagos ou atividades
vulcânicas e, posteriormente, causados pelo homem.
CERRADO

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As árvores do cerrado são muitos peculiares, com
troncos tortos, cobertos por uma cortiça grossa, e de
folhas geralmente grandes e rígidas. Muitas plantas
herbáceas têm órgãos subterrâneos para armazenar
água e nutrientes.
Cortiça grossa e estruturas subterrâneas podem ser
interpretadas como algumas das muitas adaptações
desta vegetação às queimadas periódicas.
Acredita-se que, como em muitas savanas do mundo, os
ecossistemas de cerrado vêm co-existindo com o fogo
desde tempos remotos, inicialmente como incêndios
naturais causados por relâmpagos ou atividades
vulcânicas e, posteriormente, causados pelo homem.
CERRADO
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Mais de 1.600 espécies de mamíferos, aves e répteis já
foram identificados nos ecossistemas de cerrado
(Fauna do Cerrado, Costa et al., 1981).
Entre a diversidade de invertebrados, os mais
notáveis são os térmitas (cupins) e as formigas
cortadeiras (saúvas). São eles os principais
herbívoros
do
cerrado,
tendo
uma
grande
importância no consumo e na decomposição da
matéria orgânica, constituindo uma importante fonte
alimentar para outras espécies animais.
Considerado até recentemente como um ambiente
pobre, o cerrado é hoje reconhecido como a savana
mais rica mundo com a presença de alta diversidade
vegetal e animal.
A fauna apresenta diversas espécies de aves,
mamíferos, anfíbios e répteis, sendo muitas delas
endêmicas.
CERRADO
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Estima-se que existam no bioma 10.000 espécies
plantas, sendo 4.400 endêmicas.
O cerrado se constitui ainda, num verdadeiro pomar
natural, em que frutos se destacam pela variedade de
formas, cores, sabores e aromas.
Centena de espécies vegetais dessa região fornecem ao
homem frutas saborosas e nutritivas, e um número
incalculável é utilizado pela fauna silvestre.
Destacam-se a mangaba, cagaita, marmelada-decachorro, o batiputá ou bacupari, o baru, marolo,
pequi, guabiroba, araçá, araticum, caju, jatobá e o
murici.
Estudos recentes estimam o
vasculares em torno de 5 mil.
número
de plantas
CERRADO
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
O bioma permaneceu relativamente preservado até a
década de 1950.
A partir do início dos anos 60 iniciou-se um processo de
ocupação e o estabelecimento de atividades agrícolas
na região o que propiciou a rápida redução da
biodiversidade.
Nas décadas de 1970 e 1980 muitos programas
governamentais foram lançados com o propósito de
estimular o desenvolvimento da região do cerrado.
Este acelerado crescimento da fronteira agrícola
originou
desmatamentos,
queimadas,
uso
de
fertilizantes químicos e agrotóxicos que resultou em
67% de áreas do cerrado a serem consideradas
altamente modificadas com voçorocas, assoreamento e
envenenamento dos ecossistemas.
CERRADO

Atualmente, a região contribui com mais de 70% da
produção de carne bovina do País (Corrêa, 1989).

É também um importante centro de produção de
grãos (soja, feijão, milho e arroz).



Como uma atividade secundária, grandes extensões
de cerrado são ainda utilizadas na produção de polpa
de celulose para a indústria de papel.
Outra atividade recentemente implantada é o
turismo. No entanto, as introduções dessas atividades
reduziram o cerrado a cerca de apenas 20% de área
do bioma em estado conservado.
A necessidade urgente de se criar e manejar
adequadamente novas unidades de conservação
representativas do cerrado, é de enorme importância
para a preservação da rica e variada biodiversidade
deste bioma.
CAATINGA

Considerado como o único bioma exclusivamente
brasileiro, está localizado na faixa sub-equatorial, entre a
floresta amazônica e a floresta atlântica, compreendendo
quase 10% da área total do território brasileiro, com
aproximadamente 740.000 km2.

Abrange os estados do Ceará, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, sul e leste
do Piauí e norte de Minas Gerais.

Possui um clima semi-árido com temperaturas médias
anuais entre 27ºC e 29ºC, e índices pluviométricos
irregulares variando de 250 a 1000mm por ano,
concentrando-se durante 3 a 5 meses. Na estação seca a
temperatura do solo, que é raso, pedregoso e alcalino, pode
chegar a 60ºC.
CAATINGA


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
Mandacaru
A vegetação da caatinga é extremamente diversificada
proporcionando a ocorrência de espécies adaptadas às
condições do ambiente (solo e clima).
As espécies arbóreas e arbustivas apresentam folhas
pequenas ou modificadas em espinhos, outras, com
raízes superficiais para absorver o máximo de águas
pluviais.
Foram registradas cerca de 932 espécies vegetais,
sendo 380 endêmicas (MMA, 2002).
Algumas das espécies nativas da caatinga são:
barriguda, amburana, aroeira, umbu, baraúna,
maniçoba, macambira, mandacaru e juazeiro.
CAATINGA



A paisagem mais comum da caatinga é aquela
apresentada durante a seca.
As plantas apresentam um aspecto seco porém não
estão mortas, apenas perdem as suas folhas para
suportar a ausência de água.
Suas folhas são caducas ou caducifólias, ou seja, caem
na época da seca.
Visão da Caatinga na Época de Estiagem
Visão da Caatinga na Época das Chuvas
CAATINGA

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


Os rios são intermintentes, correm apenas durante o
período de chuvas, tendo seus cursos interrompidos
durante a estação seca.
O escoamento superficial é intenso, pois os solos são
rasos e situados acima de lajedos cristalinos.
Após as chuvas as plantas florescem e os animais se
reproduzem, deixando descendentes que já possuem
adaptações para suportar o longo período de seca
seguinte.
Mesmo durante a seca, a vida animal também é rica e
diversificada.
Espalhados pela caatinga existem regiões úmidas e de
solo fértil chamadas de “brejos”.
CAATINGA


Ararinha Azul
Vive na caatinga as duas espécies de aves mais
ameaçadas de extinção do país a ararinha-azul
(Cyanopsitta
spixii)
e
a
arara-azul-de-lear
(Anodorhynchus leari).
Alguns animais típicos da caatinga são o sapo
cururu, asa-branca, cotia, preá, veado catingueiro,
tatu-peba, sagüi-do-nordeste e cachorro-do-mato.
Veado catingueiro
Arara Azul de Lear
Sagui
CAATINGA



O sertão nordestino é uma das regiões semi-áridas
mais populosas do mundo.
Os principais problemas que ameaçam o bioma são:

Não utilização de técnicas adequadas em
sistemas de irrigação o que resultou na
salinização de determinadas áreas e tornou a
agricultura impraticável;

A contaminação da água por agrotóxicos;

O corte ilegal da vegetação nativa para a
produção de lenha e carvão por parte de
siderúrgicas e olarias.
Todos
esses
fatores
têm
contribuído
na
2
transformação de aproximadamente 40mil km da
caatinga em áreas desérticas.
FLORESTAS DE COCAIS
(BABAÇUAIS)

Localiza-se em certas áreas dos estados do
Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte

Planta típica é o Babaçu (Orbignya martiana)

A floresta de babaçu é economicamente
importante; das sementes da palmeira extrai-se o
óleo, as folhas são utilizadas para a cobertura de
casas e para a fabricação de utensílios domésticos
PANTANAL

Com uma área aproximada de 496.000Km2 somente
140.000 km2 são áreas de planície alagável.

A planície do pantanal é considerada a maior área úmida
contínua do mundo.

Formada por uma grande bacia sedimentar, sua altitude
varia de 75 a 100m acima do nível do mar.

Este bioma engloba os estados de Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul, e ainda uma pequena parte do território
da Bolívia e Paraguai.

A planície do pantanal se insere na chamada bacia
hidrográfica do alto Paraguai, formada por tributários do
Rio Paraguai provenientes das cabeceiras do Planalto
Central do Brasil.
PANTANAL




Os principais rios existentes no Pantanal são: o Rio
Paraguai, Prata, Cuiabá, Taquari, Miranda,
Aquidauana, Pantanal do Rio Negro e Taboco.
O clima da região é o tropical semi-úmido, e o índice
pluviométrico médio gira em torno de 1500mm por
ano, onde as chuvas se concentram no período do
verão.
A temperatura média anual varia entre 17ºC e 23ºC,
podendo atingir mínimas de 0ºC no inverno devido
a massas polares que penetram pelos vales do
sistema Paraná-Paraguai.
As maiores temperaturas, acima de 40ºC, são
registradas nos arredores da cidade de Cuiabá.
PANTANAL

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
Estima-se que existam 650 espécies de aves, 260 de
peixes e 50 de répteis (IBAMA, 2002).
Além de servir de habitat para várias espécies
raras e ameaçadas, a região tem uma alta taxa de
produtividade, permitindo inclusive o desfrute
comercial de algumas essências nativas.
A fauna é bastante rica e diversificada, porém, há
muitas espécies ameaçadas de extinção como a
capivara,
tamanduá-bandeira,
veado-mateiro,
onça pintada, entre outros.
O Tuiuiú ou Jaburu (Jabiru mycteria), avesímbolo do Pantanal, com as asas abertas
ultrapassa os 2 metros de envergadura.
O maior peixe do Pantanal é o jaú que pode
atingir 1,5m de comprimento e pesar até 120Kg.
PANTANAL




Estimativas recentes indicam que cerca 20% da
cobertura vegetal original da região já foi
modificada.
Apesar de todos os impactos que a região tem
sofrido, grande parte dela permanece ainda intacta
ou
pouco
alterada,
mantendo
populações
significativas de espécies raras e ameaçadas.
Desenvolveu-se na região uma cultura bastante
sintonizada com o seu meio, conseguindo unir
exploração econômica à manutenção do patrimônio
natural da região.
Esse quadro que vem sendo alterado, em função da
pressão pela intensificação de sua produtividade
econômica.
PANTANAL
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


A vegetação do Pantanal é um mosaico de matas,
cerradões, savanas, campos inundáveis de diversos
tipos, brejos e lagoas.
A flora pantaneira tem alto potencial econômico como
as pastagens nativas, plantas apícolas, comestíveis,
taníferas e medicinais.
Margeando os rios encontram-se as matas-ciliares ou
matas de galeria, que são formadas por vegetais de
grande e médio porte, intercalados por arbustos e
ricas em trepadeiras ou lianas.
Entre as espécies vegetais mais comuns nessas matas
estão o tucum, o jenipapo, o cambará e o pau-denovato.
PANTANAL



Em regiões mais baixas e úmidas, onde as
gramíneas predominam, encontram-se os campos
limpos, pastagens ideais para a criação do gado
que lá convive em harmonia com muitas espécies
de animais silvestres.
Em pequenas elevações, quando o solo é rico,
encontram-se capões de mato formados por
árvores de porte elevado, como aroeira,
imbiruçu, angico e ipês.
Durante as chuvas, a maioria dos campos limpos
é inundada, mas os capões permanecem secos.
PANTANAL
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
A região tem atraído a atenção de diversas
organizações conservacionistas em função da riqueza
de sua vida silvestre, e do importante papel que
exerce como reguladora do hidrológico de toda a
bacia do rio da Prata.
A maioria das ameaças ao equilíbrio da região está
associada a formas de manejo e uso da terra baseada
em técnicas não sustentáveis como:
–
Poluição de sistemas aquáticos;
–
Monocultura;
–
Queimadas e desmatamentos;
–
–
Turismo praticado fora dos padrões ambientalmente
adequados;
Assoreamentos provocados pelo desmatamento de
matas ciliares;
–
Contaminação de peixes por mercúrio;
–
Caça predatória de animais silvestres;
MATA ATLÂNTICA

Os primeiros estudos e registros sobre a Mata Atlântica
mostram que esta floresta cobria boa parte do litoral
brasileiro, estendendo-se tanto na região litorânea como
nos planaltos e serras do interior.

Até 1850 foram devastadas enormes áreas de mata em
busca dos recursos naturais existentes, o primeiro a ser
explorado foi o Pau Brasil (Caesalpinia echinata) que
ocorria em toda a extensão da Floresta.

Fatores como a mineração, os ciclos da cana-de-açúcar, do
café, a pecuária, o processo desordenado de ocupação e a
industrialização, contribuíram para a redução desse bioma.
MATA ATLÂNTICA

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
Localizada sobre uma imensa cadeia de montanhas,
ao longo da costa brasileira, seu substrato dominante
compreende rochas cristalinas.
As montanhas mais antigas foram formadas por
atividades tectônicas enquanto que os seus morros
arredondados foram formados por grandes blocos
normalmente de rochas magmáticas.
O solo apresenta pH ácido, é pouco ventilado, sempre
úmido, bastante raso e extremamente pobre,
recebendo pouca luz devido à absorção dos raios
solares pelo extrato arbóreo.
O solo raso e encharcado
desbarrancamento e à erosão.
é
favorável
ao
MATA ATLÂNTICA



Apresenta um alto índice pluviométrico chegando
a valores entre 1800 a 3600mm por ano, devido a
condensação da brisa oceânica carregada de vapor
que é empurrada para as regiões continentais.
Nesse bioma a maioria dos rios é perene, possuindo
rios de águas claras e rios de águas pretas.
Os rios alimentados pela chuva são chamados “rios
de água clara” que com maior intensidade,
contribuem para a sua mudança de curso,
resultando na erosão de suas margens externas e
acúmulo de sedimento nas margens internas.
MATA ATLÂNTICA

Os rios de “água preta”, que possuem lentos cursos
de água, drenam as planícies das restingas e
mangues, recebendo grande quantidade de matériaorgânica ainda em decomposição, o que lhes confere
a coloração escuta.

São rios que formam os estuários e, portanto,
possuem relação com a água salgada, dependendo
das condições da maré e da época do ano.

A partir da mudança de curso, também podem ser
formadas lagoas de água doce, brejos e lagunas de
água salobra (próximas ao mar).
(Fonte: http://www.apremavi.com.br)
MATA ATLÂNTICA
MATA ATLÂNTICA
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

A fauna da Floresta Atlântica é uma das mais ricas
em diversidade de espécies, estando entre as cinco
regiões do mundo com maior número de espécies
endêmicas.
Apresenta uma das mais elevadas riquezas de aves
do planeta.
Com a possibilidade de existirem diversas espécies
desconhecidas, os mamíferos são os componentes
que mais sofreram com os vastos desmatamentos e a
caça.
Possui alto grau de endemismo devido ao processo
de evolução das espécies, em área isolada das
demais bacias hidrográficas brasileiras (MMA,
2000).
MATA ATLÂNTICA
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
Aves
 1020 espécies;
 188 endêmicas;
 104 ameaçadas de
extinção.
Mamíferos
 250 espécies;
 55 endêmicas.
Anfíbios
 370 espécies;
 90 são endêmicas.
Répteis
 150 espécies.
Peixes
 350 espécies;
 133 são endêmicas.
MATA ATLÂNTICA

A vegetação presente nos ecossistemas da
Mata Atlântica são formações florestais e não
florestais, tais como:










Floresta Ombrófila Densa;
Floresta Ombrófila Aberta;
Floresta Ombrófila Mista;
Floresta Estacional Semidecidual;
Floresta Estacional Decidual;
Manguezais;
Restingas;
Campos de Altitude;
Brejos Interioranos;
Encraves Florestais do Nordeste.
MATA ATLÂNTICA
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
Atualmente, os principais fatores de degradação da
Mata Atlântica são o crescimento urbano e o
consumo desordenado de seus recursos naturais.
Este bioma possui uma grande importância social,
econômica e ambiental para o país.
Restam apenas 8% da cobertura original.
É necessário que sejam adotadas medidas
eficientes para a conservação, recuperação e o
efetivo incentivo do seu uso sustentável.
PAMPAS ou CAMPOS SULINOS

Este bioma abrange uma área de 210mil km2, que se
estende pelo Rio Grande do Sul e ultrapassa as fronteiras
com o Uruguai e Argentina.

Marcados
pelo
clima
subtropical,
apresentam
temperaturas amenas e chuvas regulares durante todo o
ano.

No verão pode alcançar altas temperaturas chegando a
35ºC, enquanto que o inverno é marcado por geadas e
neve em algumas regiões, podendo marcar temperaturas
negativas.

A precipitação anual está em torno de 1200mm, com
chuvas concentradas nos meses de inverno. O clima é
frio e úmido.

A vegetação é predominantemente herbácea, com alturas
que variam de 10 a 50cm.
PAMPAS ou CAMPOS SULINOS
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A paisagem é homogênea e plana, assemelhando-se, a
um imenso tapete verde.
No litoral do Rio Grande do Sul, a paisagem já se
apresenta diferenciada, com ambientes alagados e
com vegetação formada por espécies como o junco,
gravatás e aguapés.
Nas encostas do planalto, ocorrem os chamados
campos altos, área de transição com predomínio de
araucárias, sendo mais conhecida como Mata dos
Pinhais.
Agricultores e pecuaristas foram atraídos para a
região devido ao seu solo fértil e condições naturais
favoráveis, o que ocasionou uma desordenada
expansão, gerando um acelerado desgaste do solo e
iniciando um processo de desertificação em algumas
áreas desse bioma.
PAMPAS ou CAMPOS SULINOS

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


A conversão dos campos em outros tipos de uso vem
transformando profundamente sua paisagem e
colocando suas espécies sob ameaça de extinção.
As queimadas ilegais, praticadas anualmente, estão
entre os principais problemas que afetam os Campos
Sulinos.
A
expansão
dos
plantios
de
soja
descaracterizado intensamente a paisagem.
tem
Possuem uma diversidade de mais de 515 espécies
vegetais, tendo as árvores de maior porte como
fornecedoras de madeira.
Já os terrenos planos das planícies e planaltos
gaúchos e as coxilhas, são colonizados por espécies
pioneiras campestres que formam uma vegetação
tipo savana aberta.
PAMPAS ou CAMPOS SULINOS


É um dos ecossistemas mais ricos em relação à
biodiversidade de espécies animais, contando com
espécies endêmicas, raras, ameaçadas de extinção,
espécies migratórias, cinegéticas e de interesse
econômico.
As principais espécies ameaçadas de extinção são:








Onça-pintada;
Jaguatirica;
Macaco mono-carvoeiro;
Macaco-prego;
Guariba;
Mico-leão-dourado;
Preguiça-de-coleira;
Caxinguelê.
Onça Pintada (Panthera onca)
ZONA COSTEIRA E MARINHA



A costa brasileira abriga um mosaico de ecossistemas
de alta relevância ambiental.
Ao longo do litoral brasileiro podemos encontrar
manguezais, restingas, dunas, praias, ilhas, costões
rochosos, baías, brejos, falésias, estuários, recifes de
corais e outros ambientes importantes do ponto de
vista ecológico.
Devido às diferenças climáticas e geológicas da costa
brasileira encontraremos diferentes espécies de
animais e vegetais em cada ambiente.
ZONA COSTEIRA E MARINHA



Os manguezais, de expressiva ocorrência na zona
costeira, cumprem funções essenciais na reprodução
biótica da vida marinha.
A maior presença residual de Mata Atlântica está
situada na zona costeira.
Iniciando na foz do rio Oiapoque e estendendo-se até
o delta do rio Parnaíba, o litoral amazônico apresenta
grande extensão de manguezais exuberantes, assim
como matas de várzeas de marés, campos de dunas e
praias, abrigando uma rica biodiversidade de
espécies de crustáceos, peixes e aves.
ZONA COSTEIRA E MARINHA
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Começando na foz do rio Parnaíba e indo até o
Recôncavo Baiano, o litoral nordestino é marcado
pela presença de recifes calcíferos e areníticos, além
de dunas que quando perdem a cobertura vegetal
que as fixam, movem-se com a ação do vento.
Ocorrem também manguezais, restingas e matas.
Nas águas do litoral nordestino vivem o peixe-boi
marinho e a tartaruga marinha, ambos ameaçados
de extinção.
ZONA COSTEIRA E MARINHA
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O litoral sudeste segue do Recôncavo Baiano até o
Estado de São Paulo,sendo a área mais densamente
povoada e industrializada do País.
Tem como característica áreas de falésias, recifes e
praias de areias monazíticas (mineral de cor marromescura).
É denominada pela Serra do Mar e tem a costa muito
recortada, com várias baías e pequenas enseadas,
cujo ecossistema mais importante vem a ser a Mata
de Restinga com espécies ameaçadas de extinção
como o mico-leão-dourado e a preguiça-de-coleira.
ZONA COSTEIRA E MARINHA
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O litoral sul começa no Estado do Paraná e
termina no Rio Grande do Sul.
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Conta
com
muitas
áreas
de
banhados
e
manguezais, cujos ecossistemas proporcionam a
presença
de
diversas
espécies
de
aves
e
mamíferos como capivaras, além de espécies
como o ratão-do-banhado e de lontras que estão
ameaçadas de extinção.
ZONA COSTEIRA E MARINHA
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A densidade demográfica média da zona costeira
brasileira fica em torno de 87hab/km2, sendo cinco
vezes superior à média nacional que é de 17hab/ km2.
Nota-se através da densidade demográfica que a
formação territorial foi estruturada a partir da costa,
tendo o litoral como centro difusor de frentes
povoadoras.
Metade da população brasileira reside numa faixa de
até duzentos quilômetros do mar, e sua forma de vida
impacta diretamente os ecossistemas litorâneos.
ZONA COSTEIRA E MARINHA
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Os
espaços
litorâneos
possuem
riquezas
significativas de recursos naturais e ambientais.
Com a intensidade que o processo de ocupação
desordenado vem ocorrendo, todos os ecossistemas
presentes na costa litorânea do Brasil estão sob
ameaça.
A zona costeira apresenta situações que necessitam
tanto de ações preventivas como corretivas para o
seu planejamento e gestão, a fim de atingir padrões
de sustentabilidade para estes ecossistemas.
FLORESTAS DE ARAUCÁRIA
Situa-se em certas regiões os estados do RS, SC,
PR, SP
 Índices pluviométricos em torno de 1400mm
anuais
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APRESENTA 3 ESTRATOS BEM
DEFINIDOS:
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Arbóreo: Pinheiro –do- paraná (Araucaria
angustifolia) e Podocarpus
ESTRATO ARBUSTIVO:
Muito denso
 Diversos tipos de arbustos e samabaias
(Dicksonia)
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Os “troncos” destas samambaias são formados
por rizomas secos e compactados - o xaxim-
ESTRATO HERBACEO
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Vegetação rasteira, epífitas como orquídeas e
bromélias
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