Caso Clínico Etiologia de Quadro Pneumônico em recém nascido Cicília Rocha Escola Superior de Ciências da Saúde(ESCS Coordenadores: Dra Elisa de Carvalho,Paulo R. Margotto História Clínica (16/08/06) Anamnese: ID.: G.B.S.M; feminino, 22dvd; DN(24/07/06); natural e procedente de Luziânia. QP.: “tosse seca há 1 semana”. História Clínica (16/08/06) Anamnese: HDA: RN iniciou quadro de tosse seca há 1 semana, sem características de paroxismo, ou cianose perioral. Três dias após o início do quadro, a paciente começou a apresentar vômitos, sibilância, dispnéia, e tosse cheia. Assim, procurou o P.S. desse hospital onde foi prescrita nebulização com fenoterol. Mãe informa ter dado subdose (3 gotas durante 3 dias). Refere 1 pico febril não aferido há 1 dia. Pela piora do quadro respiratório, retorna a esse serviço. História Clínica (16/08/06) Anamnese: Antecedentes fisiológicos: realizou 06 consultas pré-natal; gestação sem intercorrências (nega ITU e leucorréia); nasceu de parto normal, a termo, período neonatal sem intercorrências apgar 9/10, PN 4,1Kg, Est 50cm, PC 37 cm; Dieta: Seio materno exclusivo. Vacinação completa História Clínica (16/08/06) Anamnese: Antecedentes patológicos: primeira vez que adoece; nega internações anteriores; cirurgias; traumas; transfusão Antecedentes Sociais: Reside em casa de alvenaria; 07 cômodos e 05 pessoas, com adequadas instalações hidro-elétrico-sanitárias; Tem cão doméstico; presença de muita poeira nos cômodos, cortina, pelúcia História Clínica (16/08/06) Anamnese: Antecedentes Familiares: Mãe, 29 anos, dona de casa, sadia, sem vícios; pai 25anos, segurança, sadio, sem vícios; irmão de 9 anos asmático; avó materna hipertensa; Renda familiar: R$ 380,00 R.S.: Diurese e evacuações preservadas; Apetite preservado Obstrução nasal e coriza Engasgos ocasionais História Clínica (16/08/06) Exame Físico: P=4,7Kg FR=56irpm FC=124bpm Sat O2 94% (2l/min) REG, hidratado, hipocorado (+1/+4 ), afebril taquidispnéico, acianótico, anictérico, AP.: MV rude com creptos em bases pulmonares, sibilos? ; TIC e TSC leves ACV.: RCR em 2t, BNF sem sopros ABD.: globoso, flácido, RHA+, indolor, fígado à 2 com do RCD, baço impalpável Ext.: bem perfundidas , sem edemas. Fontanelas normotensas Exames Complementares Radiografia de tórax (16/08): sem laudo, identifica-se infiltrado em região apical direita e broncograma aéreo Hemograma: Hm 4,59; Hb 15,3; Ht 45,4 Leuco 17300 (S 71/ B05/ L20/ M01/ E02/ B01) Plaq 151000 Bioquímica (16/08): uréia 31 cret 0,5 Ca 11,0 Na 148 K 6,6 Cl 115 P 5,5 Mg 3,0 TGO 34 TGP 25 Hipóteses Diagnósticas Bronquiolite Pneumonia Tratamento HV 1 etapa SG 5% 200ml EV 10mcgts/min em BI SF 0,9% 50ml Ampicilina 120 mg 6/6h Gentamicina 30 mg 24/24h NBZ SF 0,9% 3ml 4/4h Berotec 5 gts O2 a 6l/min Dipirona 0,2 ml 6/6h EV Cateter nasal O2 a 1l/min Resumo Recém nascido com 23ddv com quadro pneumônico: Tosse cheia Dispnéia Febre Vômitos Taquipnéia MV rude com creptação e sibilos interrogados TIC e TSC leve – Leucocitose com desvio para esquerda – Infiltrado e broncograma aéreo no RX Pneumonia Neonatal Invasão das vias aéreas inferiores por microorganismos, envolvendo tanto alvéolos como interstício pulmonar RN sadios: < 1% RN de baixo peso e hospitalizados: >10% Etiologia: Estreptococo do grupo B, Enterobactérias (E. coli, Klebsiela, Pseudomonas, Salmonella), Listeria monocytogenes, S. aureus( raro), Clamídia e ureoplasma (infecções perinatais), VSR, Bordetella pertusis Q.C.:sinais inespecíficos, como taquipnéia, retrações, gemido expiratório, instabilidade térmica e prostração Pneumonia Neonatal Fatores de risco materno: febre, ITU não tratada, bolsa rota maior ou igual a 48 horas. Diagnóstico: clínicolaboratorial Hemograma: leucopenia (<5000) ou leucocitose(>20000), neutropenia( < 2500) Radiografia: padrão reticulo-granular difuso com brocogramas aéreos, pneumatoceles, condensação segmentar, lobar Tratamento: – 1) Ampicilina + Gentamicina 10 a 14 d – 2)Ceftriaxona + Cefotaxima – 3)Oxacilina + Gentamicina Por que essa RN apresentou Pneumonia, apesar dos antecedentes? gestação sem intercorrências, 06 consultas de pré-natal; parto normal; RN a termo, Apgar 9/10, PN 4,100Kg; Seio materno exclusivo Vacinação completa Rede hidro-sanitária presente Fatores que influem na resistência do RN às infecções Barreiras cutâneas e mucosas Umbigo; Mucosa lesada pela aspiração, reanimação; Fragilidade provocada por cateteres, cânulas Reações inflamatórias não específicas Sistema fagocítico e sistema complemento deficientes no 1° mês de vida – Quimiotaxia prejudicada, mas fagocitose e atividade bactericida normais Reserva da medula óssea limitada Fatores que influem na resistência do RN às infecções Imunidade Humoral Nível sérico de imunoglobulinas baixo, com exceção da IgG (transferido pela placenta) – IgG protege contra meningococo, Haemophilus influenzae tipo B IgA secretória ausente nos 1°dias de vida Imunidade celular: N° total de linfócitos aumentado T helper e killer reduzidos Imunoglobulina diminuída T supressor predominam Prováveis etiologias para quadro pneumônico apresentado Alergia a proteína do leite de vaca (APLV) Doença do Refluxo Gastresofágico(DREG) Imunodeficiências Fibrose Cística Cardiopatia por hiperfluxo Fístula Traquesofágica Alergia a proteína do leite de vaca É definida como uma resposta imunológica às proteínas alimentares, por mecanismos: IgE mediados; parcialmente mediados por IgE; ou mediados por células. Recentemente, tem sido descrito a entidade clínica “ alergia a proteína do leite de vaca” (APLV) em lactentes em aleitamento materno exclusivo, o que seria explicado pela passagem de proteínas ingeridas pela mãe, pelo leite materno. Herança atópica e deficiência de IgA: fator de risco Neonatos são mais susceptíveis Alergia a proteína do leite de vaca Q.C.: dermatite atópica, urticária vômitos, diarréia, cólicas, RGE Rinoconjuntivite, espirros, tosse, broncoespasmo Irritabilidade, apatia, alteração do sono Susceptibilidade às infecções, emagrecimento e hipodesenvolvimento Diagnóstico: dieta de eliminação, seguidas por teste de provocação. (padrão ouro) RAST ou teste cutâneo imediato (Prick test), no caso de reações mediadas por IgE Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) É uma regurgitação não forçada do conteúdo gástrico para o esôfago inferior. Nos lactentes, O RGE é comum e na maioria das vezes fisiológico (2/3 dos lactentes), desde que não seja associado a nenhuma outro sintoma e o ganho de peso seja normal Torna-se sintomático por volta do 2° ao 4° mês, com pico entre o 4° e o 5° mês Resolução espontânea entre 12 a 24 meses Em torno de metade dos pacientes com RGE, há associação causal com alergia a proteína do leite de vaca Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) Há também relação de causa e efeito com sintomas respiratórios Q.C.: Regurgitação e Vômitos (clássicos) Atraso de crescimento, dificuldade em ganhar peso e desnutrição Dor esofágica com choro freqüente: Irritabilidade, distúrbios do sono Recusa alimentar Cólica atípica Crises de engasgos: Tosse, “perda de fôlego”, cianose, palidez, “quase parada” Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) Q.C.: Quadros de bronquite de repetição: Crises de tosse e taquipnéia com ou sem broncoespasmo Estridor intermitente, laringite, rouquidão Pneumonia de aspiração Apnéia em RN (prematuros). Postura típica da cabeça em resposta ao refluxo Diagnóstico: clínico, presuntivo; EED e ph metria EDA; Cintilografia Imunodeficiências Deve-se suspeitar que uma criança é portadora de imunodeficiência quando: Infecções recorrentes (exceção aos resfriados e infecções do trato urinário isoladas) e/ou Infecções muito severa de curso prolongado ou seguidas de complicações importantes e/ou Infecções por microorganismo de baixa patogenicidade (germes oportunistas) Imunodeficiências Imunodeficiência primária: Humoral: 62% do total. Causam infeccões de repetição por bactérias extracelulares (pneumococo, estafilococo, H. influenzae, enterobactérias), causando pneumonias, sinusites, otites médias, diarréias, meningites, septicemia. Aparecem no final do 1°/ 2° semestre (desaparecem anticorpos maternos) Imunodeficiências Imunodeficiência primária humoral: Agamaglobulinemia Sexo masculino Níveis de imunoglobulina Iniciam-se entre 4 a 6 meses Hipogamaglobulinemia transitória da infância Fisiológica: entre 3 a 7 meses Algumas mantém baixos níveis até 24 a 36 meses Prematuros mais acometidos Hipogamaglobulinemia comum variável Após 1° infância, até 2°ou 3° décadas de vida Imunodeficiências Imunodeficiência primária humoral: Deficiência seletiva de IgA Ausência ou níveis muito baixos de IgA sérica, coincidindo com falta de IgA nas secreções e valores normais das outras imunoglobulinas Elevada incidência, média gravidade Grande maioria assintomática Infecções bacterianas e virais de repetição nas mucosas respiratórias, digestivas Fenômenos auto-imunes, doenças malignas Asmáticos deficientes de IgA têm suas crises prolongadas pela infecção Imunodeficiências Imunodeficiência primária: Celular e combinadas 15% do total Início precoce e maior gravidade Infecções repetidas: bactérias intracelulares, fungos, vírus e protozoários Vacinação perigosa e Reação enxerto X hospedeiro nas transfusões Aplasia ou hipoplasia tímica – Manifestação no berçário de hipocalcemia – LinfopeniaT, com linfócitos B normais, porém deficiência de anticorpos – Ausência da imagem tímica no RX de tórax Imunodeficiências Imunodeficiência primária celular e combinadas Candidíase mucocutânea crônica Ausência de resposta celular ao antígenos da cândida Pele, unhas, mucosa, sem acometimento sistêmico Desenvolvimento de endocrinopatias (autoimunes) Insuficiência combinada grave Diarréia grave, candidíase persistente, infecção generalizada após BCG, pneumonia fúngica de início precoce Linfopenia T e B e deficiência de anticorpos Imunodeficiências Imunodeficiência primária celular e combinadas: Síndrome de Wiskott-Aldrich Infecção de repetição, trombocitopenia e eczema, exclusivo no sexo masculino Deficiência na formação de anticorpos contra polissacarídeos da cápsula bacteriana Imunodeficiência associada à ataxiatelangiectasia Ataxia, telangiectasia infecções sinipulmonares recorrentes Aparece no 2° ano de vida Imunodeficiências Imunodeficiência primária ligadas aos fagócitos: 18% do total, segundo tipo mais comum Acomete principalmente os polimorfonucleares Infecções a nível de boca, ânus, pneumonias e septicemias ( bactérias extracelulares; como estafilo, pseudomonas, E.coli ) Neutropenias; Defeitos na quimiotaxia; Defeitos da opsonização; Defeitos da fagocitose; Defeitos na capacidade bactericida (DGCIcatalase-positivos, início nos 1°meses, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia) Deficiência do sistema complemento: 5% do total Edema angioneurótico Imunodeficiências Imunodeficiências secundárias: Mais freqüentes que as primárias Desnutrição protéico-calórica Carência Ferro, Zinco, complexo B Drogas imunossupressoras HIV RN assintomáticos até 3°/4° mês de vida; déficit pondo estatural; febre;diarréia crônica; monilíase oral; infecção de repetição (OMA e pneumonia); diagnóstico após 18 meses Esplenectomia (anemia falciforme) Sarampo, Calazar, malária, blastomicose Insuficiência renal, diabetes melito Imunodeficiências Testes de triagem para imunodeficiências: Determinação do número e aspecto morfológico dos linfócitos, neutrófilos, monócitos e plaquetas Níveis séricos de IgG, IgM e IgA Estudo da síntese ativa de anticorpos Testes intradérmicos de leitura tardia (PPD) Níveis de CH50( complemento hemolítico total) Fibrose Cística Doença com padrão de transmissão autossômica recessiva, de evolução crônica e progressiva. Com a mutação genética, há alteração da CFTR (proteína reguladora de condutância transmembrana), que impede fluxo normal de água e íons cloro e sódio transmembrana, causando retenção de secreções e prejuízo do clearence mucociliar, com consequente infecção crônica pulmonar No pâncreas, há insuficiente produção de fluido pancreático, com consequente obstrução ductal progressiva pelos plugs de proteínas. Fibrose Cística Diagnóstico: Presença de pelo menos 1 das características clínicas da doença e na evidencia da disfunção da CFTR. Doença pulmonar crônica, incluindo colonização e infecção persistente das vias aéreas. (tosse paroxística produtiva, sibilância, taquipnéia, expiração prolongada) Alterações gastrointestinais e nutricionais, incluindo o íleo meconial, a insuficiência pancreática, a cirrose biliar focal e a parada do desenvolvimento Síndrome da perda de sal História de fibrose cística em irmãos ou teste do pezinho positivo (em RN) Fibrose Cística Disfunção do CFTR pode ser documentada: Concentração elevada de cloro no suor ( 2 testes de suor alterados) Identificação da mutação que causa a doença no gene CFTR Demonstração de transporte anormal de íon no epitélio nasal. No período neonatal, há atraso na eliminação do mecônio, icterícia prolongada, anemia, hipoproteinemia e edemas Além de nascerem com peso menor do que irmãos não acometidos, só o recuperando mais tardiamente, têm o tecido adiposo e muscular No geral, início dos sintomas pulmonares no 2° semestre e fezes líquidas nas 1° semanas Fibrose Cística Diagnóstico laboratorial: DNA por amniocentese (pré-natal); triagem neonatal (se positivo, repete-se); teste do suor para confirmação( 2 exames >60mEq/L); confirmação genética para valores entre 40 e 60mEq/L Cardiopatia de hiperfluxo Comunicação interatrial Predomina no sexo feminino Associação com outras malformações cardíacas Geralmente pouco fluxo esquerdo-direito ocorre no lactente; aos 3-4 anos, menor resistência do VD ao fluxo de AD. Fluxo pulmonar grande, mas a hipertensão pulmonar é rara Dispnéia aos esforços, fadiga, atraso ponderal, sinais de insuficiência cardíaca nas grandes comunicações (raro) Desdobramento dada 2° bulha, sopro sistólico de ejeção na área pulmonar Cardiopatia de hiperfluxo Comunicação interventricular É a cardiopatia congênita mais comum na infância Geralmente, não apresenta sintomas nos neonatos devido à resistência pulmonar elevada. Nas grandes comunicações, surgirão sintomas de insuficiência cardíaca com a queda da resistência pulmonar (4° semana de vida) CIV grande: taquidispnéia, propensão à infecções pulmonares de repetição, broncoespasmo, atraso podo estatural e ICC Abaulamento do precórdio, ictus desviado para baixo e fora da LHE (aumento de VE), Hiperfonese de B2, sopro holosistólico Cardiopatia de hiperfluxo Persistência do canal arterial Prematuro apresenta maior incidência Hiperfluxo pulmonar e aumento da pressão pulmonar levam a sobrecarga de AE e VE, com consequente ICC esquerda: Taquidispnéia, sudorese excessiva, infecções respiratórias recorrentes, atraso ponderal RN a termo tem menor sintomatologia devido à maior resistência pulmonar ao fim da gestação (sintomas surgem no final do 1° mês) Com progredir do quadro, a resistência pulmonar fica maior que a sistêmica, então aparece cianose nos MMII Cardiopatia de hiperfluxo Defeito do septo atrioventricular total Shunt atrial, shunt ventricular, insuficiência valvar atrioventricular, hipertensão pulmonar precoce. Curso clínico semelhante ao de grandes comunicações interventriculares Início dos sintomas: final do 1° mês Associada à Síndrome de Down Abaulamento precordial difuso; B1 acentuada na área tricúspide e B2 na área pulmonar (desdobrada); CIV com sopro holosistólico na BEE Cianose permanente quando desenvolve a hiper-resistência pulmonar Fístula Traquesofágica Geralmente, está associada com a atresia esofágica; Complicação tardia de traqueostomia Classificação: Atresia com fístula distal com a traquéia (86%) Fístula traqueoesofágica sem atresia (3%) Atresia com fístula proximal com a traquéia (2%) Atresia com com fístula proximal distal com a traquéia (1%) Fístula Traquesofágica Diagnóstico pré-natal: Polidrâmnio Ausência de bolha gástrica Ao nascimento: Há dificuldade de passagem da SOG, no caso de fístula com atresia (89% dos casos); RN apresenta desconforto respiratório e secreção salivar espumosa Principal complicação: pneumonia por aspiração de saliva do coto proximal e suco gástrico do coto distal. Conclusão Dos diagnósticos apresentados, provavelmente, essa RN possui a APLV: Herança atópica: irmão asmático Neonatos são mais susceptíveis vômitos, espirros, tosse, broncoespasmo Susceptibilidade às infecções Em relação ao RGE, é cedo para se afirmar, pois, torna-se sintomático por volta do 2°ao 4° mês, com pico entre o 4° e o 5° mês Porém, é comum entre lactentes; Há relação de causa e efeito com sintomas respiratórios. Há também, a história de vômitos, crises de engasgo com tosse; Crises de tosse, taquipnéia e broncoespasmo Conclusão Além disso, há a associação causal entre APLV e RGE ; podendo, assim, a RN pode possuir os dois diagnósticos. Também não é provável que a RN tenha fibrose cística, pois nasceu bem, sem retardo na eliminação do mecônio, icterícia prolongada, anemia, hipoproteinemia e edemas Teste do pezinho sem alteração, e do irmão também; Não possui atraso de ganho pondo estatural, nem diminuição do tecido adiposo e muscular Quadro pulmonar geralmente aparece no 2° semestre, porém pode se solicitar o teste do suor, se quadro pulmonar suscitar dúvida. Conclusão Em relação às imunodeficiências, não é provável; É muito cedo para afirmar que essa RN possui imunodeficiência: infecções de repetição e em locais diferentes Possui número de linfócitos normal; Se fosse o caso, poderia ser uma deficiência de IgA, pois, é prevalente e geralmente assintomática; Porém, seria difícil o diagnóstico, pois, nos 1° meses, é fisiológico o baixo nível sérico. Conclusão Nas cardiopatia de hiperfluxo, o quadro clínico surge e o exame físico se altera após o 1° mês de vida: Estão associadas à outras anomalias congênitas. As alterações do quadro clínico e exame físico poderiam surgir antes do 1° mês no caso de defeitos maiores Fístula traqueoesofágica teria sua manifestação inicial nos primeiros dias de vida. Dificuldade de passagem da SOG ao nascimento Salivação aerada Pneumonia com padrão aspirativo ao RX de tórax Obrigada!