Aspectos Moleculares das Neoplasias Endocrinas

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Aspectos Moleculares das
Neoplasias Endócrinas Múltiplas
Giselle Fernandes Taboada
Profa Adjunta de Endocrinologia
[email protected]
Classificação
Tipo 1
Hiperparatireoidismo 1ário (>90%)
Adenoma hipofisário (10-20%)
Tumores enteropancreáticos (60-70%)
Outros tumores
Tipo 2a
Carcinoma medular de tireoide (>90%)
Feocromocitoma (40-50%)
Hiperplasia de paratireoides (10-20%)
Tipo 2b (3)
Tipo 4
Hiperparatireoidismo 1ário
Adenoma hipofisário
Tumores de órgãos reprodutores (testículo;
carcinoma NE de cérvix)
Tumores adrenais e renais
Carcinoma medular de tireoide
Feocromocitoma
Outros (neuromas mucosos,
ganglioneuromas intestinais, habitus
marfanóide)
Carcinoma medular de
tireoide familiar
(variante do tipo 2a)
MEN 1 - Definição
• Distúrbio hereditário raro (prevalência 2:100000)
• “Doença dos 3 Ps” - Síndrome de Wermer
• Predisposição a tumores da Paratireóide (geralmente até os 50
anos), hipófise (Pituitária) e células das ilhotas pancreáticas
MEN 1 - Diagnóstico
Thakker RV: J Clin Endocrinol Metab 2012; 97:2990-3011
MEN1
Manifestações clínicas
Hiperparatireoidismo primário
•
•
•
•
Manifestação + comum (~100% de penetrância entre 40 - 50 anos)
É a manifestação inicial na maioria dos pacientes
Apresentação entre a 2a e 4a década ( forma esporádica)
Envolvimento de múltiplas glândulas é típico
• Diagnóstico e indicações de tratamento = forma esporádica
• Indicação adicional de tratamento: doença péptica grave (ZE) não
controlada
• Peculiaridade do tratamento: Timectomia profilática associada
MEN1
Manifestações clínicas
Adenomas hipofisários
• Clinicamente aparentes em 15 – 20% dos pacientes (n=165 – 1 família)
Burgess RJ: J Clin Endocrinol Metab 1996; 81:2642-6
• 42% (n=324)
Vergès B: J Clin Endocrinol Metab 2002; 87:457-65
• >60% em séries de anatomopatológico
Padberg b: Virchows Arch 1995; 426:541-8
• Prolactinoma (60%) > GH (25%) ; ACNF (25%) ; ACTH (5%)
• Tumores maiores e mais agressivos do que esporádicos
Vergès B: J Clin Endocrinol Metab 2002; 87:457-65
• Rotinas de diagnóstico e tratamento iguais às dos tumores esporádicos
MEN1
Manifestações clínicas
Tumores de ilhotas pancreáticas
• Potencial maligno é a principal manifestação da MEN1 que determina risco
de vida
• Principal causa de doença sintomática: Sd Zollinger-Ellison (gastrinoma) 
várias úlceras pépticas
MEN1
Manifestações clínicas
Gastrinoma
• Com freqüência são multifocais com tumores pequenos  Tratamento
cirúrgico geralmente não é curativo
• Benefício da cirurgia: redução da mortalidade associada a metástases –
questionável – ainda requer estudos prospectivos!
• IBP são muito eficazes no controle dos sintomas, sem taquifilaxia ou toxicidade
Metz DC: Aliment Pharmacol Ther. 1993;7(6):597-610.
importante
Insulinoma
• Geralmente são pequenos, podem ser múltiplos e associados com outros
tumores de ilhota pancreática
• Manifestação + precoce do que tumores esporádicos
• Maior potencial de malignidade do que tumores esporádicos
• Tratamento cirúrgico + clínico, se necessário (octreotide, diazóxido, verapamil)
MEN1
Manifestações clínicas
Tumores pancreáticos não-funcionantes
• Aparato de síntese ou de secreção ineficientes
• Podem ser malignos e dar metástases para o fígado
• Principal causa de morte na MEN1
MEN1
Manifestações clínicas
Carcinóides
– Carcinóides tímicos ocorrem com freqüência aumentada em pacientes com
MEN1 (5% num estudo retrospectivo)
Goudet P: World J Surg 2009;33:1197-207
– + comumente em ♂
– Em ♀ são + comumente brônquicos
• Tipicamente são não-funcionantes e agressivos
• Timectomia profilática em pacientes submetidos a paratireoidectomia pode ser
feita
• Estimular parar de fumar!!!
MEN1
Manifestações clínicas
Tumores cutâneos
•
•
•
•
•
São comuns
Na presença de tumores endócrinos pancreáticos sugerem MEN1
Angiofibromas
Colagenomas
Lipomas
Outros tumores
•
•
•
•
•
Tumores adrenais – MEN4?
Carcinóides gástricos de céls enterocromafin-like
Feocromocitoma (muito raro) – MEN4?
Angiomiolipomas – MEN4?
Ependimomas de medula espinhal
Genética MEN1
• Herança autossômica dominante
• Região cromossômica associada: 11q13
• Gene MEN1 (supressor tumoral)  proteína MENINA
• Localização nuclear em células quiescentes
Genética MEN1
• Mais de 10% das mutações são de novo e podem então ser transmitidas
para a prole
• 5-10 (25) % dos pacientes com MEN1 não têm mutação identificável na
região codificadora do gene
 Grandes deleções x mutações na região promotora ou não-traduzida
• 75% das mutações são inativadoras
Genética MEN1
•
•
•
•
•
Herança de 1 cópia inativada do gene da MEN1
Mutação germinativa – presente em todas as células somáticas do indivíduo
Heterozigose para o gene MEN1
Perda de heterozigose (LOH) está presente em mais de 90% dos tumores de pacientes
com MEN1
Hipótese de Knudson – two-hit hypothesis
Cromossomo 11
Deleção/mutação
somática do alelo
normal em célula
endocrina-alvo
Mutação de
outros genes?
Cópia
Cópia
normal mutante
Proteína
funcional
produzida
Proteína
funcional
ausente
Funções da MENINA
• Localização nuclear em células quiescentes e citoplasmática em células
em divisão
• Função ainda a ser elucidada
• Interage com proteínas envolvidas em:
– Regulação da transcrição
– Estabilidade genômica
– Divisão e proliferação celular
• Pode aumentar ou diminuir a expressão gênica através de regulação
epigenética via metilação ou acetilação de histonas
MEN1 - Genética
• Não se observa correlação entre genótipo e fenótipo
• Testagem genética é importante, se for possível, mas não é necessária
para o diagnóstico!
• Custo em laboratório privado: R$ 5580,00
• Mutações somáticas do MEN1 foram observadas em 5-50 % dos tumores
esporádicos de paratireóide, NETs e adenomas de hipófise
MEN1
Testagem genética
•
•
Identificar carreadores numa família para screening e tratamento precoce de
tumores
Identificar os 50% de familiares não-portadores da mutação
Quem testar?
•
•
•
•
Caso índice
Casos índices suspeitos (adenomas de paratireoide múltiplos < 30 anos;
hiperparatireoidismo recorrente; gastrinoma ou NETs pancreáticos múltiplos em
qualquer idade
Casos índices atípicos (2 tumores associados a MEN1)
Familiares em 1o grau de caso índice com mutação MEN1 conhecida
assintomáticos ou com 1 tumor associado a MEN1
Quando testar?
•
Tão logo possível (antes dos 5 anos em indivíduos assintomáticos)
Thakker RV: J Clin Endocrinol Metab 2012; 97:2990-3011
J Clin Endocrinol Metab 97: 2990–3011, 2012
MEN1
Prognóstico
• Prognóstico a longo prazo incerto
• Sobrevida em 20 anos 64 x 81% (população-controle)
– 28% falecidos de causas relacionadas a MEN1 – NETs metastáticos
Dean PG: World J Surg. 2000;24(11):1437-41
• Pacientes com NETs e carcinóides tímicos têm risco aumentado de morte
• Detecção precoce por screening radiológico melhora sobrevida?
Fenocópias de MEN1
• Desenvolvimento de manifestações de uma doença geralmente associada
com mutações de um determinado gene, porém com outra etiologia
• Fenocópias são descritas em 5-10% das linhagens de MEN1
• Genes que podem estar envolvidos:
– CDC73  parafibromina – Sd Hiperparatireoidismo - tumor de mandíbula
– AIP  supressor tumoral localizado no 11q13 - FIPA
MEN2
Definição
• Distúrbio de herança autossômica dominante
• Prevalência estimada 1:30000
• Reconhecimento importante para tratamento e avaliação de familiares
• 3 síndromes distintas:
– MEN2A
– MEN2B
– Carcinoma medular de tireoide familiar
• Ocorrência de tumores multicêntricos em órgãos que expressam o protooncogene RET
MEN 2
Classificação
NEM 2A
• Carcinoma medular de tireoide (>90%), feocromocitoma (40-50%) e
hiperplasia primária das paratireoides (10-20%)
• Lichen amiloidótico cutâneo ocorre em algumas famílias (10%)
• Diagnóstico precoce com screening de familiares é essencial
• Antigamente... screening com pentagastrina ou cálcio IV para estímulo da
secreção de calcitonina
• Atualmente... Testagem do DNA para identificação de mutação do protooncogene RET no cromossomo 10
Diagnóstico:
• Paciente com apenas 1 ou 2 manifestações clínicas requer identificação
de mutação germinativa do RET ou identificação de características clínicas
de MEN2A em familiares de 1o grau
MEN 2
Classificação
MEN 2B
• Carcinoma medular de tireoide e feocromocitoma + neuromas mucosos,
ganglioneuromas intestinais (constipação crônica e megacólon) e habitus
marfanóide
•  hiperplasia de paratireoides
• Ca medular + precoce e + agressivo do que na MEN2A
• 8 – 15% dos pacientes com MEN2
MEN 2
Classificação
Ca medular de tireoide familiar
• Variante da MEN2A com as mesmas mutações
Critérios:
• > 10 portadores na família
• Múltiplos portadores ou afetados > 50 anos
• História médica adequada, especialmente em familiares + velhos
• Pq não desenvolvem feocromocitoma e hiperpara?
MEN2
Manifestações clínicas
Carcinoma medular de tireóide
• Na MEN2 é característica a hiperplasia multicêntrica das células C
• Penetrância ~ 100%
• Hiperplasia de céls C é uma lesão precursora de CMT
• Apresentação geralmente como nódulo único ou linfadenopatia cervical
• Menos comumente: diarreia e/ou flushing (secreção de outros
peptídeos), raramente cushing (ACTH)
• Calcitonina basal se correlaciona com a massa tumoral – geralmente
elevada em pacientes com tumor palpável
– Valor basal normal mas elevação excessiva após infusão de cálcio ou
pentagastrina em pacientes com tumores pequenos ou hiperplasia de céls C
Carcinoma medular de tireoide
Tratamento
• A principal característica na MEN2 é hiperplasia multicêntrica das céls C
parafoliculares (penetrância ~100%)
• Cirurgia de escolha: tireoidectomia total
• Sempre avaliar para Feo antes!!!
• Maior preditor de sobrevida é o estadiamento da doença ao diagnóstico
• Sobrevida em 10 anos:
– 90% se doença localizada
– 78% para doença metastática regional
– 40% para doença com metástases à distância
Carcinoma medular de tireoide
Tratamento adjuvante
• RxT paliativa local   massa tumoral no pescoço e previne recorrência local
• Papel sobre morbi-mortalidade não estabelecido
Manejo PO = esporádicos:
• Reposição hormonal para eutireoidismo
• Monitorização da calcitonina e CEA
• Exame físico periódico
• US cervical, especialmente se  calcitonina
MEN2
Manifestações clínicas
Feocromocitoma
•
•
•
•
•
•
Ocorre em ~40% dos pacientes na MEN2A e 2B
Bilateral em pelo menos 1/3 dos casos
Extra-adrenal é raro na MEN2
<10% malignos
Raramente precede o CMT (tende a ocorrer 10 anos após)
+ sintomáticos do que na VHL por características bioquímicas (> expressão
de tirosina hidroxilase e feniletanolamina N-metiltransferase  tx de
síntese de adrenalina)
Feocromocitoma
Diagnóstico
• Importante exames de imagem após diagnóstico bioquímico para avaliação
de doença bilateral
• RM com seqüência pesada em T2 ou cintilografia com MIBG
• MIBG pode detectar hiperplasia adrenal medular (que pode não malignizar!)
Feocromocitoma
Tratamento
• Alguns advogam adrenalectomia bilateral
• Alguns recomendam abordagem + conservadora, mas existe experiência
limitada com o seguimento a longo prazo destes pacientes
• Adrenalectomia bilateral em pacientes com feo bilateral e pacientes com
história familiar de feo agressivo bilateral
• Outra possibilidade é cirurgia + conservadora (poupando córtex adrenal)
MEN2
Manifestações clínicas
Hiperparatireoidismo primário
• Geralmente multiglandular
• 10 – 25% dos pacientes com MEN2A
• Tx de recorrência após paratireoidectomia subtotal < MEN1
Hiperparatireoidismo primário
Tratamento
• Mesmas indicações que no esporádico
• Exames de localização pré-op não são necessários (exceto pacientes já
operados para CMT ou recidivas)
• Descartar feo antes da cirurgia!!!
• Exploração cervical bilateral nos pacientes com MEN2A
• Paratireoidectomia subtotal + timectomia x paratireoidectomia total com
auto-transplante (especialmente pelo risco de múltiplas cirurgias para CMT)
• Não é recomendada paratireoidectomia profilática no momento da
tireoidectomia para CMT!!!
MEN2
Manifestações clínicas
Doença de Hirschprung
• Pode ocorrer na NEM2A e Ca medular de tireoide familiar (7% dos pacientes)
• Falha das céls da crista neural em migrar, proliferar e se diferenciar nos plexos
submucoso (Meissner), mioentérico (Auerbach) e submucoso profundo
(Henle)
• As mutações do RET resultam em perda de função
• Explicação + aceita: efeito duplo destas mutações determinando ativação
constitutiva e tumorigênese em determinados tipos celulares e expressão
reduzida do RET na superfície celular  resposta trófica insuficiente nos
precursores neuronais
Diagnóstico
Testagem genética
• Diagnóstico precoce por screening de familiares em risco é essencial!
• Benefício adicional visto correlação genótipo – fenótipo
• Indivíduo não-carreador não requer testes adicionais
• Assegurar-se de que todos os exons relevantes serão seqüenciados
(exons 10,11 e 16 e se estes forem negativos: 8, 13, 14 e 15
• Problema: em algumas famílias nenhuma mutação do RET é detectada!
Genética MEN2
• Síndrome de Sipple
• Autossômica dominante com alta penetrância
• Mutação do proto-oncogene RET no cromossomo 10 (10q11.2)
• Proteína RET é um receptor tirosina kinase que transduz sinais de
crescimento e diferenciação em vários tecidos, inclusive os derivados da
crista neural
• RET está expresso em céls derivadas:
– Dos arcos branquiais (paratireoides)
– Da crista neural (SNC, céls C da tireoide, gânglios simpáticos e
parassimpáticos, gânglios mioentéricos, medula adrenal)
– Do sistema urogenital
Genética MEN2
Funcionamento normal do RET
Ligante
Co-receptor
RET:
Domínio
extracelular
RET:
Domínios
tirosinakinase
TK1, TK2
Membrana celular
Sem interação do ligante: sem sinalização
RET e co-receptor GFRα na forma
monomérica
• Sem ativação da RET kinase
• Sem transdução de sinal
• Sem divisão celular
Membrana celular
Sinal de
crescimento
para o núcleo
Interação do ligante com o co-receptor
Interação com o co-receptor: RET e
dimerização do RET
• Ativação da RET kinase
• Transdução de sinal
• Divisão celular normal
Genética MEN2
• As mutações do RET na NEM2 e CMTF resultam em ganho de função
• São diferentes, porém sobrepostas
• Mutações inativadoras do RET estão associadas com doença de
Hirschsprung
• Em cerca de 50% dos casos de NEM2B a mutação é de novo – nestes, o
alelo mutado é proveniente do pai
Genética MEN2
Inativadoras
Ativadoras
Mutações do RET
Proteína RET
Peptídeo
sinalizador
Domínio
Caderina-símile
Domínio rico
em cisteína
Domínio
transmembrana
Domínios
tirosina-kinase
Mutações germinativas
Mutações
somáticas
Mutações frequentes
Mutações infrequentes
Genética MEN2
Efeito das mutações
Sinal de
crescimento
para o núcleo
Mutação do RET: Cys634Arg (MEN2A)
• Dimerização independente do ligante
• Ativação contínua do RET
•Transdução do sinal
• Contínua estimulação da divisão
celular  crescimento tumoral
Sinal de
crescimento
para o núcleo
Mutação do RET: Met918Thr (MEN2B)
•Sem ligante ou dimerização
• Ativação contínua do RET
•Transdução do sinal
• Contínua estimulação da divisão
celular  crescimento tumoral
MEN2
Correlação genótipo-fenótipo
Screening:
• Diagnóstico precoce de indivíduos em risco é essencial!
• Risco de vida por CMT prevenível por tireoidectomia
NEM2
Tireoidectomia profilática
Em pacientes com Ca hereditário, vários critérios devem ser preenchidos para a
remoção de um órgão destinado à malignização:





Penetrância quase completa do gene mutado
Método confiável para detecção de familiares acometidos pelo alelo mutado
Mínima morbidade associada à remoção do órgão em risco
Terapia de reposição satisfatória para a função do órgão removido
Método confiável para determinar se a cirurgia foi curativa
Timing da cirurgia
• Não há consenso!
• Guidelines do MEN consensus meeting de 2001: Tireoidectomia total +
dissecção de linfonodos centrais entre 4-6 anos
• Estratégia baseada no tipo de mutação e/ou nos níveis de calcitonina
basal e estimulada
Screening genético de CMT aparentemente
esporádico
• 3-7% dos pacientes têm CMT hereditário
• Testar sempre que possível, independente da história familiar
• Mutações germinativas do RET em poucos pacientes
• Mutações somáticas em cerca de 50%
• Indicações para testagem genética:
– Idade < 35 anos ao diagnóstico
– Envolvimento bilateral ou multicêntrico
– História familiar + ou suspeita
Genética MEN4
• Síndrome MENX descrita em ratos - surgimento espontâneo
Pellegata NS: Proc Natl Acad Sci USA 2006
• Características fenotípicas de MEN1 e MEN2:
–
–
–
–
–
–
Adenomas hipofisários multifocais
Feocromocitoma adrenal bilateral
Paragangliomas
Hiperplasia de céls C
Hiperplasia / adenomas de paratireoides
Hiperplasia de céls de ilhotas pancreáticas
• Herança autossômica recessiva
Fritz A: Cancer Res 2002
• Gene responsável: Cdkn1b (supressor tumoral) que codifica o inibidor do
ciclo celular p27  mutação resulta em ausência da proteína p27 nas
células tumorais
Genética MEN4
• Cerca de 30% dos pacientes com fenótipo de MEN1 não apresentam
mutação no gene MEN1
• Motivou a busca de mutações no gene CDKN1B (12p13)
• Já descritas 8 diferentes mutações diferentes
• Transmissão autossômica dominante (≠ ratos)
Genética MEN4
• Primeira família descrita:
– Paciente feminina com somatotropinoma (acromegalia aos 30 anos) + HPT1o(46 anos);
irmã com angiomiolipoma (55 anos)
Pellagata N: Proc Natl Acad Sci USA 2006
• Outros tumores já descritos:
– Carcinoma cervical neuroendocrino de pequenas células (45 anos) + corticotropinoma
Georgitsi M: J Clin Endocrinol Metab 2007
(46 anos) + HPT1o (47 anos)
– HPT1o (61 anos) + Adenoma adrenal bilateral não-funcionante (63 anos); HPT1o + Sd
Zollinger-Ellison (50 anos); HPT1o (50 anos)
Agarwal SK: J Clin Endocrinol Metab 2009
– Carcinoide brônquico + ACNF (79 anos) + HPT1o (67 anos), Ca papilífero (64 anos)
Molatore S: Hum Mutat 2010
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