Prática Mental: um serviço a favor do tênis(efeitos da prática mental na aprendizagem e controle motor) Prof. Ms. Dalton Lustosa de Oliveira 2009 Como controlamos nossos movimentos ? .....seria sorte??????? ..... e o descontrole.... O SER HUMANO CONSISTE DE: corpo segmentos/articulações músculos fibras musculares sarcômeros neurônios átomos Como estas unidades individuais são controladas? Controle (coordenação) como um “Problema de Graus de Liberdade” Comportamento Motor Aprendizagem, Controle, Desenvolvimento Controle Motor Estuda como os movimentos são produzidos e controlados, ou seja, como o sistema nervoso central é organizado de maneira que músculos e articulações tornam-se coordenados em movimentos e como informações sensoriais do meio ambiente externo e do próprio corpo são usadas no controle do movimento. Aprendizagem Motora Estuda processos e mecanismos envolvidos na aquisição de habilidades motoras e os fatores que a influenciam, ou seja, como a pessoa se torna eficiente na execução de movimentos para alcançar uma meta desejada, com a prática e experiência Desenvolvimento Motor Estuda as mudanças que ocorrem no movimento do ser humano ao longo do seu ciclo de vida 7 palmos NÍVEIS DE ANÁLISE NO ESTUDO DO COMPORTAMENTO MOTOR BIOQUÍMICO: Focaliza a natureza das interações bioquímicas que ocorrem no interior das células quando o indivíduo executa movimentos ou adquire habilidades motoras. NEUROFISIOLÓGICO Focaliza as ações elétricas e mecânicas que ocorrem no grupo de células que participam no controle de movimentos. Envolve o estudo das estruturas neurais e suas interações funcionais que possibilitam o surgimento do comportamento motor COMPORTAMENTAL Focaliza o movimento observável e os fatores que afetam a qualidade de sua execução. Envolve a compreensão dos fatores que determinam a precisão do movimento ou o padrão de ação. NÍVEL SOCIOLÓGICO/SÓCIO-CULTURAL Focaliza as atividades motoras num contexto mais global, estudando a sua função na sociedade, a escolha de certas atividades por determinadas comunidades e as ações motoras de indivíduos em times e grupos. Fases da aprendizagem motora (Fitts, 1964). FASE INICIAL OU COGNITIVA: Essa fase está basicamente relacionada com a compreensão do que está para ser feito, ou seja, o objetivo da habilidade, as informações que devem ser seletivamente atendidas para a elaboração do plano motor e a organização seqüencial dos componentes desse plano motor. É uma fase marcada por um grande número de erros e a natureza desses erros tende a ser grosseira. Características do iniciante (Singer, 1982) Alta variabilidade motora Dirige a sua atenção para um demasiado número de estímulos numa situação. Pensa e se preocupa demasiadamente sobre coisas demasiadas. Falta de habilidade para estabelecer expectativas realísticas para a sua performance. Tem dificuldades com muitas informações a um mesmo tempo. Vê cada experiência de aprendizagem como sendo totalmente nova. Falta de estratégia para manipular informações e situações. Falta de conhecimento sobre como e quando utilizar feedback. Falta de confiança e segurança. Dispêndio desnecessário de energia. FASE INTERMEDIÁRIA OU ASSOCIATIVA: Essa fase está relacionada com o aumento da consistência da performance ou o refinamento do plano motor através da progressiva organização e padronização espaço-temporal dos seus componentes. Adquire-se gradativamente, nessa fase, a capacidade de detectar e corrigir os próprios erros. FASE FINAL OU AUTÔNOMA: Nessa fase, a execução do movimento torna-se independente das demandas da atenção, ou seja, a habilidade se torna menos sujeito a controle cognitivo, permitindo ao executante ocupar-se com outros aspectos da performance ou mesmo realizar uma outra habilidade simultaneamente. Será que aprendemos movimentos sozinhos? ? Como influenciar a aprendizagem motora? Educação Física Aprendizagem Motora Mecanismos e Processos subjacentes à aquisição de Habilidades motoras Fatores que influenciam a aquisição de habilidades motoras Pedagogia do Movimento Investigação acadêmica do ensino (objetivo, método, Conteúdo) Formação acadêmica daquele que ensina Alguns fatores que influenciam a aprendizagem motora: • • • • • • Demonstração Instrução verbal Fornecimento de feedback Estruturação da prática Prática pelas partes ou pelo todo Prática para a transferência • Prática mental Prática Mental UM MÉTODO DE PRÁTICA EM QUE A PERFORMANCE NUMA TAREFA É IMAGINADA OU VISUALIZADA SEM PRÁTICA FÍSICA MANIFESTA (Schmidt, 1988). A prática mental nas diversas tarefas motoras • Possíveis utilizações: • Lutadores, fórmula 1, triatletas, dançarinas, ginástica aeróbica, levantamento de peso, tiro de precisão, boliche, atletismo, tênis, natação, voleibol , futebol , fisioterapia Brasileiras levam bronze no nado sincronizado A Prática Mental na Fisioterapia Recuperação funcional de membros superiores em pacientes pós acidente vascular encefálico: a prática mental adicionada à cinesioterapia Conclui-se que a prática mental quando combinada à cinesioterapia, mostra-se eficaz na melhora de déficits motores e na reorganização cortical em pacientes pós-AVE. Mariana Pacheco Sergio Machado Instituto Brasileiro de Biociências Neurais (IBBN) – Rio de Janeiro – RJ Revista Brasileira de cineantropometria e desempenho Humano 10 (2) 2008 Título:O efeito da imaginação no desempenho e na precisão do saque no tênis de campo Coelho, Ricardo Weigert; Oliveira, Suzane de; Elsangedy, Hassan Mohamed; Krinski, Kleverton; Colombo, Heriberto; Buzzachera, Cosme Franklim; Campos, Wagner de; Silva, Sergio Gregorio EXPLICAÇÕES: COGNITIVA x NEUROMUSCULAR COGNITIVA • A PRÁTICA MENTAL FACILITA A APRENDIZAGEM DE ELEMENTOS COGNITIVO-SIMBÓLICOS DA HABILIDADE. NEUROMUSCULAR • A PRÁTICA MENTAL FORNECE INFORMAÇÃO SENSORIAL E PREPARA A MUSCULATURA APROPRIADA PARA A AÇÃO. A complexidade da organização motora APLICAÇÕES: • USAR A PRÁTICA MENTAL COMO UMA FORMA DE PREPARAÇÃO PARA A PERFORMANCE SUBSEQUENTE DE UMA HABILIDADE JÁ BEM APRENDIDA. • USAR A PRÁTICA MENTAL PARA MELHORAR A HABILIDADE DURANTE O PROCESSO DE APRENDIZAGEM. • USAR A PRÁTICA MENTAL PARA REFORÇAR UMA EXECUÇÃO BEM SUCEDIDA COMO UMA AJUDA PARA A EXECUÇÃO SUBSEQUENTE. Procedimentos de Instrução • ORIENTAR O APRENDIZ PARA UM LOCAL ADEQUADO, RELAXANTE. (gradualmente –aumentar o nível do ruído) • ORIENTAR O APRENDIZ PARA FOCAR CLARAMENTE NA HABILIDADE QUE EST Á SENDO APRENDIDA. • ORIENTAR O APRENDIZ PARA IMAGINAR O EVENTO DA FORMA MAIS VÍVIDA POSSÍVEL. • ORIENTAR O APRENDIZ PARA IMAGINAR O MOVIMENTO ACONTECENDO NO TEMPO E SEQUÊNCIA REAIS. • ORIENTAR O APRENDIZ PARA IMAGINAR-SE TENDO SUCESSO NA AÇÃO. • ORIENTAR O APRENDIZ PARA COMBINAR PRÁTICA MENTAL E FÍSICA. • ORIENTAR O APRENDIZ PARA UTILIZAR O PERÍODO DE DESCANSO PARA A PRÁTICA MENTAL. SILENCIOSO E