Jovem e Religião

Revista Época
(15/06/2009 – No 578)
Fr. Rubens N. da Mota, OFMCp.
Assessor, CRB Nacional
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No altar, banda toca música gospel, na platéia,
show em catarse: “O evangelismo tá
bombando!”
95% dos brasileiros entre 18 e 29 anos se dizem
religiosos e 65% afirmam ser “profundamente
religiosos”
“A derrocada do socialismo e às críticas à
psicanálise freudiana parecem ter deixado
espaço para a religiosidade se manifestar,
sobretudo entre os jovens”
Esse renascimento é mais presente no Brasil
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Na rede de computadores, a diversidade de
crenças se propaga como vírus: a internet virou
um templo
Quase metade dos jovens brasileiros diz
professar outras religiões (participam de outras
igrejas)
Dois terços da população afirmam seguir o
catolicismo: 66,2%
18,8%> protestante; 15% outras (desses, 7,9%
dizem que é religioso, mas não segue
nenhuma, não participa de igreja)
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Adotar uma religião nem sempre implica
seguir as recomendações de seus líderes
espirituais
Parte da explicação para as transformações de
uma sociedade baseada numa só fé para era
das múltiplas escolhas está nas disposição do
jovem para experimentar
No Brasil apenas 35% dizem professar e seguir
os preceitos de sua religião
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Na religião, como na política e nos costumes,
há rebeldia.
Os filhos não seguem os pais em suas crenças.
Eles querem distância dessa herança/tradição
(pais católicos, evangélicos ou ateus já não
influenciam tanto, os filhos seguem o que
quer): busca de respostas para suas
inquietações
Adotam religiões minoritárias por achar que
estão vivendo uma grande missão: um ato de
afirmação juvenil
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Jovens que saem de igrejas por não serem
aceitos em suas condições: homossexuais,
travestis (igreja Cristã Contemporânea, reduto
de travestis – 80% dos fiéis tem menos de 30
anos)
“É entre os evangélicos que surgem mais
propostas de igrejas flexíveis. Eles têm igrejas
para metaleiros, para garotas de programa e
até para lutadores de jiu-jitsu”
“As igrejas que aceitam esses jovens é com
expectativa de que eles mudem e troquem a
jaqueta de couro pela camisa social de manga
comprida”
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O texto mostra que ganham mais jovens as
igrejas que se adaptam ao espírito do tempo
para responder aos anseios dos jovens (isso
acontece mais entre as igrejas evangélicas)
A imagem da Igreja Católica parece velha para
boa parte dos jovens (caso do bispo que não
aceitou a interrupção da gravidez da menina
de 9 anos)
Contradição entre no prega (camisinha X vida)
Posição intransigente afasta os jovens
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Os jovens professam a fé, mas a vivencia não é
intensa
“O jovem tem fé, mas não aceita o pacote
pronto institucional”
Os jovens brasileiros parecem ter deixados as
fés mais populares no século passado para crer
no que julgam ser seu verdadeiro Deus.