IMUNIZAÇÃO Profa. Dra. Anna Luiza de Fátima Pinho Lins Gryschek Profa. Núbia Virginia D`Avila Limeira de Araujo INTRODUÇÃO HISTÓRICA INTRODUÇÃO HISTÓRICA Guerra do Peloponeso (431- 404 a.C.) - já se sabia que no caso da peste, não havia a possibilidade de uma segunda infecção; No século XV, povos da China e da Índia utilizam pó de raspados de pústulas varicosas para prevenir a doença; No século XVIII, Edward Jenner observou que os ordenhadores de vacas com varíola bovina adquiriam uma infecção local nas mãos, denominada vaccínia, que os protegia da varíola humana; Em 14 de maio de 1796, Jenner inoculou James Phipps, um menino de oito anos, com o pus retirado de uma pústula de Sarah Nemes, uma ordenhadora que sofria de cowpox. O garoto contraiu uma infecção extremamente benigna e, dez dias depois, estava recuperado. Meses depois, Jenner inoculava Phipps com pus varioloso. O menino não adoeceu. Era a descoberta da vacina. INTRODUÇÃO HISTÓRICA Em 1886, Solomon e Theobald Smith verificaram que microorganismos mortos também conferiam imunidade; Ramon, um veterinário, observou que toxinas atenuadas também podiam ser usadas para prevenir algumas doenças. ERRADICAÇÃO DA VARÍOLA ESTRUTURA DO PNI ESTRUTURA DO PNI PNI-Instituído em 1973 pelo Ministério da Saúde Controle da: tuberculose, difteria, coqueluche, tétano, poliomielite e sarampo.’’ ESTRUTURA DO PNI PNI- Obietivo Final: diminuir a morbimortalidade causada pelas doenças preveníveis por vacinação, são estabelecidas normas específicas, baseadas no comportamento epidemiológico das doenças, em novos conhecimentos técnico-científicos e nas informações a respeito das experiências práticas acumuladas pelos serviços de saúde. ESTRUTURA DO PNI Estado de São Paulo - Condições epidemiológicas e operacionais permitem a inclusão de outras vacinas no esquema oficial de vacinação, ou ampliação de faixas etárias. Na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo: as atividades de imunização são gerenciadas pelo Centro de Vigilância Epidemiológica - CVE Execução: Prefeituras Municipais ESTRUTURA DO PNI Origem dos Produtos: Laboratórios Nacionais e Internacionais. Cepas iniciais padronizadas OMS. Controle de Qualidade: Realizado pelo laboratório produtor de acordo com critérios da OMS. Lote vacinal ~ controle laboratório produtor ~ análise pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) do Ministério da Saúde ~ garantida segurança, potência e estabilidade. CONTRA-INDICAÇÕES GERAIS As vacinas de bactérias atenuadas ou vírus vivos atenuados, em princípio, não devem ser administradas a pessoas que: Apresentaram reações de caráter anafilático à dose prévia da vacina ou de seus componentes; grávidas (salvo situações de alto risco de exposição a algumas doenças virais imunopreviníveis, ex: febre amarela). Aborto não indicado em vacinação inadvertida. Apresentam imunodeficiência congênita ou adquirida, como: neoplasia malignas, submetidos a transplantes de medula ou outros órgãos, infectados pelo HIV ou que estão em tratamento com corticosteróides em dose alta (equivalente a prednisona na dose de 2 mg/kg/dia ou mais, para crianças, ou de 20 mg/dia ou mais, para adultos, por mais de duas semanas) ou são submetidas a outras terapêuticas imunodepressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia etc.). ADIAMENTO DA VACINAÇÃO Situações em que se recomenda o adiamento da vacinação: Até três meses após tratamento com imunodepressores ou com corticosteróides em dose alta. Inclusive para vacinas com organismos mortos ou inativados (Pela possível inadequação da resposta). Administração de imunoglobulinas ou sangue e derivados (anticorpos presentes neutralizam o vírus vacinal). Vide prazo de espera no Manual de Imunizações. Durante a evolução de doenças agudas febris graves (para que seus sinais e sintomas não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis efeitos adversos das vacinas). •Não esqueçam da minha vacina!!!! FALSAS CONTRA-INDICAÇÕES Falsas contra indicações à vacinação:oportunidades perdidas de vacinação (manutenção de susceptíveis) Doenças comuns, IRA com tosse e/ou coriza; diarréia leve ou moderada; Doenças da pele (lesões impetiginosas esparsas; escabiose); História e/ou diagnóstico clínico pregressos de sarampo, coqueluche, difteria, tétano, poliomielite, tuberculose, rubéola, caxumba e febre amarela, no que diz respeito à aplicação das respectivas vacinas; Desnutrição; Uso de qualquer tipo de antimicrobiano; FALSAS CONTRA-INDICAÇÕES Vacinação contra a raiva; Doença neurológica estável (ex: convulsão controlada) ou pregressa, com seqüela presente; Antecedente familiar de convulsão; Tratamento sistêmico com corticosteróides em doses baixas; Alergias (exceto as relacionadas com os componentes das vacinas); Internação hospitalar. Reação cutânea ao timerosal Prematuridade ou baixo peso ao nascimento. Nestes casos não se deve adiar o início da vacinação (exceção: vacinas BCG) Reação de hipersensibilidade com a vacina Tríplice Viral A maioria das crianças com história de reação anafilática a ovos não tem reações adversas à vacina (demonstrado por estudos o risco insignificante); A alergia a ovo, mesmo quando grave não contra-indica o uso da vacina; Paramente ocorrem; Quando ocorrem são reações menores – urticária no local da aplicação, menos frequentemente aparecem em outras áreas do corpo; Geralmente nas primeiras 24 a 48 horas; Estão associadas à gelatina usada como estabilizante ou aos antibióticos. Não se recomenda o teste cutâneo; Recomenda-se, por precaução, a vacinação em ambiente hospitalar aos com anafilaxia grave ao ovo. * Alergia à neomicina ou outros antibióticos existentes em traços da vacina é geralmente de contato acarretando pápula pruriginosa no local. ASSOCIAÇÃO DE VACINAS A associação de vacinas pode ser: Vacinacão Combinada: quando dois ou mais agentes são ministrados através de uma mesma preparação (Tetravalente e contra Poliomielite I, II, III); Vacinação Simultânea: quando várias vacinas são administradas em diferentes locais ou por diferentes vias. Assim, em um mesmo atendimento podem ser aplicadas simultaneamente as vacinas Tetravalente, contra a poliomielite (oral), BCG (intradérmica), contra a febre amarela e contra o sarampo, a rubéola e a caxumba (subcutâneas). SITUAÇÕES ESPECIAIS Campanha e/ou intensificação de vacinação: São estratégias que visam o controle de doenças de maneira intensiva ou a extensão da cobertura vacinal para complementação do serviço de rotina. Surtos ou epidemias: vacinação em massa da população alvo ~ extensão da faixa etária. Vacinação de escolares: Momento do ingresso representa uma oportunidade estratégica para essa atualização. SITUAÇÕES ESPECIAIS Infecção pelo HIV e AIDS: atenção especial às vacinas com microorganismos vivos. Crianças infectadas, reconhecidas por meio de provas sorológicas positivas, ou doentes com Aids têm contra-indicação para a vacina BCG. A vacina oral contra rotavirus pode ser administrada em crianças expostas a transmissão vertical do HIV e as infectadas assintomáticas, respeitandose a faixa etária recomendada para a primeira e segunda doses. A vacina SCR não deve ser administrada em crianças com sintomatologia grave (categoria C) ou imunodepressão grave (categoria imunológica 3); caso já tenham recebido duas doses, não há necessidade de dose adicional. A vacina contra febre amarela pode ser indicada levando-se em conta a avaliação clínico-imunológica do paciente e a situação epidemiológica local. Recomenda-se preferencialmente a utilização da vacina injetável contra a poliomielite. EVENTOS ADVERSOS PÓS-IMUNIZAÇÃO São distúrbios passageiros com desconforto leve e evolução benigna e auto limitada. Raramente, podem ocorrer formas mais graves, levando a comprometimento, temporário ou permanente, de função local, neurológica ou sistêmica, capaz de motivar seqüelas e até mesmo óbito. Convém referir que nem sempre os mecanismos fisiopatológicos de tais acontecimentos são conhecidos. Sistema de notificação de eventos adversos pós-imunizacão: No Estado de São Paulo existe desde 1984. Atualmente a notificação se dá pelo Si-EAPV, sistema nacional. CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO PARA O ESTADO DE SÃO PAULO 2010 IDADE VACINAS A partir do nascimento BCG, Hepatite B 2 meses Poliomielite, Hepatite B, Tetravalente (DTP+Hib), Rotavírus 3 meses Pneumo 10v, Meningococo C 4 meses Poliomielite, Tetravalente (DTP+Hib), Rotavírus 5 meses Pneumo 10v, Meningococo C 6 meses Poliomielite, Hepatite B, Tetravalente (DTP+Hib) 7 meses Pneumo C 9 meses Febre Amarela 12 meses Sarampo-Caxumba-Rubéola (SCR), Meningococo C 15 meses DTP, Poliomielite, Pneumo 10v 4 a 6 anos DTP, Poliomielite, SCR 14 anos dt CALENDÁRIO Caso a vacina BCG não tenha sido administrada na maternidade, aplicar na primeira visita ao serviço de saúde, juntamente com a hepatite B. A vacina contra hepatite B deve ser administrada nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida, ainda na maternidade. A idade máxima para a primeira dose da vacina contra o rotavírus é de 3 meses e 7 dias. A idade máxima para a segunda dose é de 5 meses e 15 dias. O intervalo mínimo entre a primeira e a segunda doses da vacina contra a hepatite B é de 30 (trinta) dias. O intervalo do início entre a segunda e a terceira dose da vacina contra hepatite B é de dois meses, desde que o intervalo de tempo decorrido a partir da primeira dose seja de, no mínimo, quatro meses e a criança já tenha completado 6 meses de idade. Febre Amarela - Nas regiões onde houver indicação, de acordo com a situação epidemiológica. Reforço a cada dez anos. Dupla adulto - Reforço a cada dez anos por toda a vida. Em caso de gravidez e na profilaxia do tétano após alguns tipos de ferimentos, devese reduzir este intervalo para cinco anos. CALENDÁRIO - Crianças maiores de sete anos e adolescentes 2010 INTERVALO ENTRE AS DOSES VACINA ESQUEMA PRIMEIRA VISITA BCG SCR dT - DUPLA TIPO ADULTO POLIOMIELITE (ORAL) Hepatite B DOSE ÚNICA PRIMEIRA DOSE PRIMEIRA DOSE PRIMEIRA DOSE PRIMEIRA DOSE 2 MESES APÓS A PRIMEIRA VISITA dT - DUPLA TIPO ADULTO POLIOMIELITE (ORAL) FEBRE AMARELA HEPATITE B SCR SEGUNDA DOSE SEGUNDA DOSE DOSE INICIAL SEGUNDA DOSE SEGUNDA DOSE 4 MESES APÓS A PRIMEIRA VISITA dT - DUPLA TIPO ADULTO POLIOMIELITE (ORAL) HEPATITE B TERCEIRA DOSE TERCEIRA DOSE TERCEIRA DOSE A CADA 10 ANOS E POR TODA A VIDA dT - DUPLA TIPO ADULTO REFORÇO CALENDÁRIO - Crianças maiores de sete anos e adolescentes 2010 Adolescência é o período entre 10 e 19 anos de idade (OMS, SBP). Caso a pessoa apresente documentação com esquema de vacinação incompleto, é suficiente completar o esquema já iniciado. Ressalte-se que a adolescência é o período apropriado para verificação e complementação de esquemas vacinais iniciados na infância. As vacinas BCG e oral contra poliomielite são indicadas, prioritariamente, para pessoas com até 15 anos de idade. A hepatite B está disponível na rede pública para pessoas até 19 anos de idade. Nas regiões onde houver indicação recomenda-se a vacina contra a febre amarela. Reforço a cada 10 anos. O intervalo do início entre a segunda e a terceira dose da vacina contra hepatite B é de dois meses, desde que o intervalo de tempo decorrido a partir da primeira dose seja de, no mínimo, quatro meses. Em caso de gravidez e na profilaxia do tétano após alguns tipos de ferimentos, deve-se reduzir este intervalo para cinco anos. Vacinação de Adolescentes Em 1999, o Departamento de Bioética e de Adolescência da Sociedade de Pediatria de São Paulo, reconhecendo particularidades e as dificuldades enfrentadas pelos pediatras no atendimento a adolescentes, elaborou algumas recomendações sobre princípios éticos básicos que devem nortear o atendimento médico a esta faixa etária (Rev Paul Pediatria17 (2):95-97, 1999), dos quais destacamos : " ... O adolescente desde que identificado como capaz de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo, tem o direito de ser atendido sem a presença dos pais ou responsáveis"... "... Em situações consideradas de risco (por exemplo gravidez, abuso de drogas, não adesão a tratamentos recomendados, doenças graves, risco à vida ou à saúde de terceiros) e frente a realização de procedimentos de maior complexidade (como por exemplo biópsias e intervenções cirúrgicas), torna-se necessária a participação e o consentimento dos pais e responsáveis..." Vacinação de Adolescentes Com base nesta valorosa iniciativa da Sociedade de Pediatria de São Paulo e preocupados com a não imunização de adolescentes suscetíveis às doenças imunopreveníveis, o CVE e a Comissão Permanente de Assessoramento em Imunizações da Secretaria de Estado da Saúde recomendam : . o profissional de saúde da sala de vacina deve reconhecer o adolescente como indivíduo progressivamente capaz e atendê-lo de forma diferenciada, respeitando a sua individualidade e mantendo uma postura de acolhimento centrada em valores de saúde e bem-estar do jovem; o adolescente, desde que identificado como capaz de se responsabilizar pela sua saúde e cuidados com o seu corpo, tem o direito de ser vacinado com os produtos próprios para a idade, não se exigindo a presença e/ou autorização dos pais e responsáveis; em situações consideradas de risco (por exemplo mordeduras de animais, ferimentos graves) torna-se necessária a imediata comunicação e solicitação da presença de pais e/ou responsáveis; CALENDÁRIO DO ADULTO – entre 20 e 59 anos INTERVALO ENTRE AS DOSES PRIMEIRA VISITA VACINA ESQUEMA dT PRIMEIRA DOSE SCR DOSE ÚNICA FEBRE AMARELA DOSE INICIAL HEPATITE B* PRIMEIRA DOSE DOIS MESES APÓS A PRIMEIRA VISITA Dt HEPATITE B* SEGUNDA DOSE SEGUNDA DOSE SEIS MESES APÓS A PRIMEIRA VISITA Dt HEPATITE B* TERCEIRA DOSE TERCEIRA DOSE A CADA 10 ANOS dT REFORÇO FEBRE AMARELA REFORÇO * Disponível para pessoas até 24 anos de idade CALENDÁRIO DO ADULTO Caso a pessoa apresente documentação com esquema de vacinação incompleto, é suficiente completar o esquema já iniciado. A SCR é indicada para as pessoas nascidas a partir de 1960 e mulheres no puerpério. Caso a vacina não tenha sido aplicada na puérpera na maternidade, administrá-la na primeira visita ao serviço de saúde. Vacina contra febre amarela nas regiões onde houver indicação. Reforço a cada 10 anos. Vacina contra influenza – disponível na rede pública para pessoas com 60 anos ou mais de idade. Em caso de gravidez e na profilaxia do tétano após alguns tipos de ferimentos, deve-se reduzir este intervalo para cinco anos. Vacina contra hepatite B – disponível para pessoas até 24 anos de idade. Calendário do Idoso Intervalo entre doses Primeira visita Vacina Esquema dT Febre amarela dT Primeira dose Dose inicial Segunda dose 4 meses após primeira visita dT Terceira dose Anualmente Influenza* A cada 10 anos dT e febre amarela 2 meses após primeira visita *Campanhas anuais Reforço BASES IMUNOLÓGICAS Objetivo da vacinação – induzir memória imunológica de longa duração. Permite que o sistema imunológico esteja “preparado” previamente para combater o patógeno invasor. BASES IMUNOLÓGICAS Imunidade inespecífica: mecanismos que se opõem espontaneamente à colonização, penetração, multiplicação e persistência de agentes infecciosos no organismo.Outras influências interferem na qualidade e intensidade (fatores genéticos e nutricionais, idade,ação de medicamentos,doenças associadas...) Defesa mecânica e química (por ex. pele, mucosas, secreções, fagocitose, inflamação e fatores humorais); Imunidade específica: resposta a estímulos antigênicos (síntese de anticorpos específicos, desenvolvimento de linfócitos reativos, e memória imunológica).Também atuam destruindo células anormais (envelhecidas ou neoplásicas) BASES IMUNOLÓGICAS Células do sistema imune são oriundas da medula óssea (mielóide e linfóide que dão origem a outras células – eritrócitos, plaquetas, neutrófilos, monócitos, linfócitos, macrófagos...) Outros órgãos envolvidos – timo, baço, linfonodos Depois de circular pelos vasos linfáticos, a linfa (linfócitos) é drenada no sangue pelos ductos torácicos; a recirculação de linfócitos do sangue para a linfa dá-se por meio das vênulas pós-capilares existentes no linfonodo. BASES IMUNOLÓGICAS Imunidade celular: o estímulo ao Ag origina várias subpopulações de LT Memória imunológica: o contato com o Ag promove a individualização em Linfócitos – memória T e B – conservam a lembrança do 1º contato com o antígeno resposta primária- período de latência de cerca de oito dias resposta secundária- dose menor de antígeno, período de latência menor ( 2 a 4 dias) e induz a níveis mais elevados e persistentes de anticorpos. BASES IMUNOLÓGICAS BASES IMUNOLÓGICAS Imunidade humoral: Ag estimula o linfócito B que se transforma em plasmócito que produz Ig produção de proteínas IgG (atravessa placenta confere imunidade ao feto) IgA (encontrada no colostro e leite materno) IgM (caracteriza a resposta imunológica do feto) IgE (responsável pelas manifestações alérgicas) IgD (relacionada com o reconhecimento do antígeno) TIPOS DE IMUNIDADE TIPOS DE IMUNIDADE Imunidade ativa Natural: resultante do contágio e desenvolvimento da doença; Artificial: resultante da aplicação de vacinas Imunidade passiva Natural: adquirida pelo recém-nascido através da mãe Artificial: administração de anticorpos (imunoglobulinas ou soros) IMUNOPROFILAXIA ATIVA ARTIFICIAL IMUNOPROFILAXIA ATIVA ARTIFICIAL Vacina: é uma substância elaborada a partir de um antígeno (vírus ou bactéria) ou pelo produto de um antígeno (toxina) - inativado ou atenuado, cuja a finalidade é induzir no receptor um estado imunitário específico protetor e relativamente duradouro. IMUNOPROFILAXIA ATIVA ARTIFICIAL Classificação dos tipos de vacinas Quanto a procedência: autovacinas ou autógenas- preparadas com microorganismos isolados do próprio paciente a ser vacinado; de estoque – produzidas industrialmente Quanto ao número de antígenos: simples- um único tipo de microorganismo; mistas- mais de um tipo; polivalente- diferentes frações ou sorotipos de uma mesma espécie. IMUNOPROFILAXIA ATIVA ARTIFICIAL Composição das vacinas Fluido de suspensão: diluente (água destilada) Preservativos, estabilizadores e antibióticos: para evitar o crescimento de contaminantes, como bactérias e fungos (por. Ex: na tríplice viral é adicionada neomicina); Adjuvantes imunológicos: substâncias minerais orgânicas, que aumentam a formação e a persistência da resposta imunitária. Essas substâncias são as vezes irritantes, formando uma barreira inflamatória. IMUNOPROFILAXIA ATIVA ARTIFICIAL Quanto a constituição: as vacinas podem ser preparadas com: Suspensão de microorganismo bacterianos mortos (coqueluche) e vivos(BCG); Microorganismos virais inativados (Salk) e ativos (Sabin) Produtos de bactérias (toxóide tetânico) Subunidades de microorganismos (Haemophilus influenzae b) e engenharia genética (vírus da hepatite B) IMUNOPROFILAXIA ATIVA ARTIFICIAL Quanto a via de aplicação: Parenteral (intramuscular, subcutânea, intradérmica e por escarificação cutânea); oral, nasal e ocular (medicina veterinária) Quanto a apresentação: Em estado líquido ou dissecada por liofilização (em geral vacinas com microorganismos vivos atenuados) IMUNOPROFILAXIA ATIVA ARTIFICIAL Requisitos para uma resposta imunológica adequada Inocuidade: as vacinas não são isentas de riscos podendo ocorrer reações indesejáveis (desde uma febrícula até uma convulsão) Pureza e esterilidade: as vacinas não devem conter substâncias estranhas; Potência: indução do estado imune, com introdução de pequeno volume de imunógeno e menor número de doses possível. CONSERVAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS Cadeia de frio: as vacinas são termolábeis e necessitam ser conservadas em baixas temperaturas Podem ser congeladas: vacinas de vírus atenuados (Sabin, tríplice viral) Não podem ser congeladas: vacinas de microorganismos mortos (contra a raiva), e as de toxóides (Tetravalente, tríplice bacteriana, dupla adulto- dT), e as bacterianas (Pneumo 10v, Meningo C) e hepatite B Exceção – Rotavírus – não pode ser congelado CONSERVAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS Níveis de armazenamento: Nível Nível Nível Nível nacional estadual regional local Equipamentos Básicos: Câmaras frigoríficas Freezeres ou congeladores Refrigeradores ou geladeiras Caixas térmicas CONSERVAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS Armazenagem Níveis nacional e estadual: câmaras frias; CONSERVAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS Armazenagem Nível regional: geladeiras e freezeres; Nível local: refrigeradores de estoque e de uso diário. Todas as vacinas devem ser mantidas entre 2 e 8°C (por precaução manter entre 4 e 8º pelo risco de congelamento nas regiões mais frias do estado de S. Paulo); Equipamentos devem ser de uso exclusivo para a guarda de vacinas. CONSERVAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS Normas para o uso de refrigeradores Tomada exclusiva; Pacotes de gelox no congelador; Não utilizar a porta para estocagem de vacinas; Colocar as vacinas nas prateleiras centrais; Os diluentes devem estar na mesma temperatura das vacinas (idealmente 6 horas antes); Evitar abrir a geladeira por longos períodos; Descongelar o refrigerador periodicamente. fazer a limpeza da geladeira periodicamente, a cada 15 dias, ou quando a camada de gelo atingir 0,5 centímetro; limpar a geladeira com um pano umedecido em solução de água com sabão neutro, ou sabão de coco; CONSERVAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS Normas para o uso de caixas térmicas manter a temperatura interna da caixa entre +2ºC e +8ºC, monitorando-a com termômetro de cabo extensor, usar bobina de gelo reciclável arrumar os imunobiológicos na caixa, deixando-os circundados (ilhados) pelo gelo manter a caixa térmica fora do alcance da luz solar direta e distante de fontes de calor (estufa, aquecedor, etc.), Ao final do uso, lavar a caixa, enxugá-la e guardá-la destampada em lugar protegido CONSERVAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS Ambientação da bobina de gelo reciclável estocadas em freezer ( próximo de -20°C) ou em congelador de geladeira (próximo de -7°C) Colocá-las sobre uma mesa, pia ou bancada, até que desapareça a “névoa” que normalmente cobre a superfície externa do gelo reciclável, Após o desaparecimento da “névoa” (indicação de temperatura a 0º C) colocá-las nas caixas, Mensurar a temperatura interna da caixa através do termômetro de cabo extensor, antes de colocar as vacinas dentro dela. CONSERVAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS Controle de temperatura Termômetro Termômetro de máxima e mínima extensor Termômetro digital * Não é mercúrio – é álcool tingido de cabo CUIDADOS NO PREPARO DAS VACINAS CUIDADOS NO PREPARO DAS VACINAS Na diluição de vacinas liofilizadas utilizar o diluente próprio na temperatura da vacina (colocar na geladeira pelo menos 6 horas antes do uso) e não introduzir sob pressão, movimentar suavemente, sem agitar; Agulhas não devem ser mantidas em frascos após o encerramento da jornada de trabalho; Frascos abertos ou já diluídos devem ser identificados com data e horário; Vacinas de toxóides ou microorganismos inativados podem ser desprezados no esgoto, as demais devem ser autoclavadas (121°C por 15 min) ou desprezadas no lixo hospitalar. VACINAÇÃO CONTRA TUBERCULOSE VACINAÇÃO CONTRA TUBERCULOSE Vacina- BCG; Antígeno – bacilo atenuado (Calmett- Guérin); Adjuvante- Glutamado de Sódio (estabilizador); Diluente - Solução fisiológica de cloreto de sódio a 0,9% Via e local- intradérmica (inserção do deltóide no MS direito); Esquema básico- ao nascer; Conservação 2 a 8°C, usar por 6 horas, proteger da luz solar direta; VACINAÇÃO CONTRA TUBERCULOSE Contra-indicações- afecções dermatológicas extensas, em atividade; recém-nascido com peso inferior a 2.000g; Cuidados especiais- seringa especial, rigor na técnica ID, evolução cicatricial, não colocar nada, não cobrir, não coçar; Reações: nódulo no local, que evolui para úlcera e crosta, com duração média de 6 a 10 semanas; Complicações- linfoadenites supuradas, erupções cutânea quelóides; Revacinação após 6 meses. Vacinação BCG-ID Formação da pápula de inoculação Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Programas Especiais de Saúde. Divisão de Pneumologia Sanitária. Campanha Nacional Contra a Tuberculose. Controle da tuberculose: uma proposta de integração ensino-serviço. 2ª.ed. Rio de Janeiro, 1989. VACINAÇÃO COMBINADA CONTRA DIFTERIA, COQUELUCHE, TÉTANO e HAEMOPHILUS INFLUENZAE b VACINAÇÃO COMBINADA CONTRA DIFTERIA, TÉTANO, COQUELUCHE E HIb Vacina – Tríplice bacteriana (DTP); Antígeno – toxóide diftérico e tetânico e Bordetella pertussis inativada; Excipiente - hidróxido de alumínio (adjuvante), timerosal e solução fisiológica tamponada. Via e Local- intramuscular profunda, no vasto lateral da coxa ou na região glútea ; Dose- 0,5ml; Esquema básico - a partir dos 2 meses, 3 doses a cada 60 dias (no mínimo 30), 2 reforços um com intervalo mínimo de 6 meses a partir da 3º dose e outro com 4 a 6 anos; VACINAÇÃO COMBINADA CONTRA DIFTERIA COQUELUCHE E TÉTANO Conservação de 2 a 8°C, não pode congelar; Contra-indicação - quadro neurológico em atividade ou após aplicação, ter tido reações como: Convulsões até 72 h; Choque ou síndrome hipotônico-hiporresponsiva, até 48h; Encefalopatia nos primeiros 7 dias após; Reação anafilática. Obs, nestes casos de convulsão e SHH utilizar a DTP acelular VACINAÇÃO COMBINADA CONTRA DIFTERIA COQUELUCHE E TÉTANO Cuidados especiais- IM profunda, homogeneizar, técnica em Z; Reações- eritema, enduração com ou sem dor, nódulo, febre, sonolência, irritabilidade, mal estar, vômito; Complicações- reações locais importantes (hipersensibilidade de tipo Arthus- abcesso assético), celulite necrotizante; encefalopatia aguda, alergia sistêmica, púrpura trombocitopênica, anemia hemolítica; convulsões; neuropatia aguda. VACINAÇÃO CONTRA HAEMOPHILUS INFLUENZAE DO TIPO b Vacina- contra Haemophilus Influenzae do tipo b (Hib); Antígeno- polissacarídeo capsular do Haemophilus Influenzae polirribosil-ribitol-fosfato (PRP); Via e local de aplicação- IM em vasto lateral coxa esquerda; Dose- 0,5 ml; VACINAÇÃO CONTRA HAEMOPHILUS INFLUENZAE DO TIPO b Hoje disponibilizada na vacina tetravalente (DPT +Hib); Esquema básico, 3 dose aos 2,4 e 6 meses. Após 1 ano dose única, aplicar até os 5 anos de idade; Conservação- 2 a 8°C, não pode congelar, utilizar por 5 dias; Contra indicação- reação anafilática (dose anterior) Reações- febre, dor local, irritabilidade. VACINAÇÃO COMBINADA CONTRA DIFTERIA E TÉTANO VACINAÇÃO COMBINADA CONTRA DIFTERIA E TÉTANO Vacina- dupla tipo infantil (DT) e dupla tipo adulto (dT) (menor quantidade de toxóide diftérico); Antígeno – Toxóide diftérico e tetânico; Adjuvante – hidróxido de alumínio; Via e local de aplicação: intramuscular profunda, na região do deltóide, do glúteo ou vasto lateral; Dose- 0,5ml; DT até 6 a. 11m e 29 dias; dT a partir dos 7 anos; VACINAÇÃO COMBINADA CONTRA DIFTERIA E TÉTANO Esquema básico- DT seguir o esquema da vacina tríplice; dT 2 doses com intervalo de 60 dias (mínimo 30) e outra 2 meses após (0,2,6,meses); Conservação – 2 a 8°C; não pode congelar; Cuidados especiais- IM profunda, técnica em “Z”; Reações- febre, mal estar, irritabilidade, sonolência, eritema, enduração com ou sem dor mais nódulo; Complicações- edema angioneurótico, nefropatias, encefalites, choque anafilático (raro). VACINAÇÃO DE GESTANTES VACINAÇÃO DE GESTANTES Doses e esquema : 0, 2, 6 meses 1°- O mais precocemente possível; 2°- Até 20 dias antes do parto (no mínimo com 30 dias de intervalo); 3°- 4 meses após segunda dose. Obs: gestante vacinada aplicar uma dose de reforço a cada cinco anos. OBS 1: A vacinação contra hepatite B está preconizada a partir do final de 2010. Esquema: 1ª dose – 1ª visita 2ª dose – 2 meses após primeira visita 3ª dose – 6 meses após primeira visita OBS 2: Vacina contra influenza está indicada em qualquer fase da gestação PROFILAXIA DO TÉTANO APÓS FERIMENTO PROFILAXIA DO TÉTANO APÓS FERIMENTO Ferimento limpo ou superficial HISTÓRIA DE IMUNIZAÇÃO VACINA IMUNIZAÇÃO PASSIVA Incerta ou < de 2 doses Sim não Duas doses Sim Não Última dose há < de 5 anos Não Não Última dose entre 5 e 10 anos Não Não Última dose há + de 10 anos sim Não Três doses ou mais PROFILAXIA DO TÉTANO APÓS FERIMENTO Outros ferimentos HISTÓRIA DE IMUNIZAÇÃO VACINA IMUNIZAÇÃO PASSIVA Incerta ou –de 2 doses Sim Sim Duas doses Sim Não (exceto fer. c/+ 24h) Última dose há – de 5 anos Não Não Última dose entre 5 e 10 a. Sim Não Última dose há + de 10 a. Sim Não Três ou mais VACINA CONTRA POLIOMIELITE VACINA CONTRA POLIOMIELITE Antígeno – poliovírus 1, 2 e 3 atenuados; Adjuvante – estabilizador : cloreto de magnésio; Demais excipientes - Estreptomicina, Eritromicina, Polissorbato 80, L-Arginina, Vermelho de Fenol e Água purificada. Via e local de aplicação – oral; Dose- 2 gotas; Esquema básico- 3 doses com intervalo de 60 dias mais 2 reforços (6 a 12 meses após e 2° aos 4 a 6 anos). VACINA CONTRA POLIOMIELITE Conservação – 2 a 8°C, pode congelar; Uso frasco após abertura – 1 semana, se não contaminado Adiamento- diarréias graves e/ou vômitos intensos; Cuidados especiais – posição da criança, revacinar se houver vômitos ou regurgitação imediata, não contaminar conta-gotas; Reações- raramente diarréia leve e vômito; Complicações - poliomielite em vacinados ou contatos (raros). ROTAVÍRUS Vacina- Rotavírus humano vivo e atenuado; Antígeno – cepa RIX4414, sorotipo G1(P8); Excipientes: sacarose, adipato dissódico, meio eagle modificado. Diluente: água estéril; Via e local de aplicação – exclusivamente oral; Dose- 1,5 ml; Conservação – entre 2 e 8ºC - Não deve ser congelada ROTAVÍRUS - Esquema Básico Aos 2 e 4 meses de idade PRIMEIRA DOSE Idade mínima – 1m e 15d (6 semanas) Idade máxima – 3m e 7d (14 semanas) SEGUNDA DOSE Idade mínima – 3m e 7d (14 semanas) Idade máxima – 5m e 15d (24 semanas) INTERVALO MÍNIMO ENTRE AS DOSES 4 SEMANAS Rotavírus - Transmissão e Manifestações Clínicas Transmissão oral-fecal, água e alimentos, contato pessoa a pessoa, objetos contaminados, secreções respiratórias Eventos adversos mais frequentes Irritabilidade Inapetência Vômito Flatulência Dor abdominal Regurgitação de alimentos Febre Diarréia e cansaço CONTRA-INDICAÇÕES Reação alérgica grave aos componentes da vacina ou em dose anterior. Mal-formação congênita do trato digestivo que predisponha a intussuscepção. História prévia de intussuscepção (invaginação). Não está contra-indicada a vacinação de lactentes que convivem com pessoas imunodeprimidas e gestantes PRECAUÇÕES Doses aplicadas fora da faixa recomendada Acompanhamento ambulatorial periódico – 42 dias Notificação Procedimento Inadequado VACINAÇÃO SIMULTÂNEA OPV – os estudos realizados utilizaram o intervalo de 15 dias, sem comprometimento da resposta imunológica Administração simultânea – sem alteração na resposta após o esquema de DUAS doses VACINAÇÃO CONTRA SARAMPO, CAXUMBA E RUBÉOLA VACINAÇÃO CONTRA SARAMPO, CAXUMBA E RUBÉOLA Vacina- Tríplice viral (SCR= sarampo, caxumba e rubéola); Antígeno- vírus atenuado da caxumba, da rubéola e do sarampo; Adjuvante- nada consta; Via e local de aplicação- SC; Dose- 0,5 ml; Esquema básico- Aos 12 meses de idade, reforço aos 4 a 6 anos. VACINAÇÃO CONTRA SARAMPO, CAXUMBA E RUBÉOLA Conservação de 2 a 8 °C, após diluída utilizar por 8 horas, proteger da luz; Contra indicação- história de reação anafilática a ovo, uso de imunoglobulinas, sangue total ou plasma nos últimos 3 meses antes da vacinação ou 15 dias após (nesses casos revacinar); Reações- febre, linfoadenopatia discreta, “ rush” rubioliforme, dor de garganta, edema das glândulas parótidas; Complicações- reações anafiláticas e encefalite; VACINAÇÃO CONTRA HEPATITE B VACINAÇÃO CONTRA HEPATITE B Vacina- vacina recombinante, produzida em células de leveduras através de engenharia genética; Antígeno - antígeno de superfície do vírus da hepatite B (Ags HB) purificado; Adjuvante- Hidróxido de Alumínio; Via e local de aplicação - IM, no vasto lateral da coxa direita em crianças < 2 anos, > 2 anos no deltóide; Dose- até 19 anos 0,5ml; > 20 anos 1,0 ml, renais crônicos dose dupla e outros casos; VACINAÇÃO CONTRA HEPATITE B Esquema básico - ao nascer, o intervalo mínimo entre a 1° e 2° doses é de 30 dias, o intervalo entre a 2° e 3° doses é de dois meses, desde que o intervalo de tempo decorrido da primeira dose seja, no mínimo de 4 meses, e a criança já tendo completado 6 meses de idade- (0,1,6); Conservação - 2 a 8°C, NÃO CONGELAR; Contra indicação - ocorrência de reação anafilática após aplicação de dose anterior; Reações - dor local. Vacinação contra a Hepatite B TODAS AS CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ADULTOS ATÉ 24 ANOS; Profissionais que exerçam atividade na área da saúde, preferencialmente nos cursos de graduação, do setor público ou privado; Policiais civis e militares; Podólogos e manicures; Tatuadores; Auxiliares de necrópsia dos Instituto Medicina Legal; Profissionais de funerárias responsáveis pelo preparo dos corpos; Coletores de lixo hospitalar e domiciliar; Carcereiros de delegacias e penitenciárias; Profissionais do sexo; Pessoas com exposição a sangue de portadores de hepatite B; Comunicantes sexuais de casos agudos de hepatite B; Comunicantes domiciliares de portador crônico do vírus da Hepatite B; População institucionalizada (abrigos de menores, psiquiatria); População penitenciária; Vítimas de abuso sexual; Pacientes com risco de transfusão múltipla em virtude de doença hematológica (hemofilia, talassemia, anemia, falciforme); Pacientes em uso, ou aguardando hemodiálise; Pessoas infectadas pelo HIV ou imunocomprometidos; Portadores crônicos do vírus de Hepatite C; Transplantados; Doadores regulares de sangue. VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA Vacina- contra febre amarela; Antígeno- vírus vivo atenuado; Adjuvante- nada consta; Via e local de aplicação- subcutânea; Dose- única, com reforço a cada 10 anos; Esquema básico- a partir de nove meses de idade, para residentes em regiões onde houver indicação, de acordo com a situação epidemiológica, e para pessoas que se dirijam a essas regiões (consultar locais em www.cve.saude.sp.gov.br) Nota - Seu uso deve ser considerado a partir de seis meses de idade em situações de epidemia. VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA Conservação- 2 e 8°C, após diluída deve ser usada no prazo máximo de 4 horas; Contra-indicação- reação anafilática após ingestão de ovo, crianças menores de 6 meses de idade; Reações- dor no local e febre; Complicações- encefalite pós vacinal. Gripe Influenza humana – 3 a 5 milhões de doença grave. Cerca de 250 a 500 mil óbitos em população de risco. Monitoramento desde 1952 No Brasil desde 2000 Atualmente 121 laboratórios em 92 países Alterações genéticas do vírus influenza permitem ajustes anuais quanto à formulação da vacina de forma a incluir cepas circulantes. Composição para 2010 – diferentes cepas do vírus inativado, fracionado e purificado, obtidos a partir de culturas de ovos embrionados de galinha. A composição do hemisféio Sul é definida no mês de setembro pela OMS A/Califórnia/7/2009X179 A/Wisconsin/15/2009X183 Gripe Esquema 6 meses a 8 anos – 2 doses c/ intervalo 30 dias somente no 1º ano. Nos demais anos utilizar dose única. Dose em < 3 anos usar 0,25 ml (no primeiro ano e nas doses susequentes) Dose em > 3 anos usar 0,5 ml A partir 9 anos – dose única Na Campanha do idoso – 1 dose anualmente Via – intramuscular Frasco aberto – usar por 4 semanas Gripe Adiamento – durante evolução doenças febris moderadas e graves para que sinais e sintomas não sejam atribuidos à vacina. Ev. Adversos Locais – dor, edema, eritema, nódulo – 15 a 20% dos vacinados, com duraçào 1 a 2 dias. Sistêmicos – febre, mal-estar, mialgia – 1% dos vacinados nas 6 a 12 horas após aplicação com duração de 1 a 2 dias. Outras – raras (reações de hipersensibilidade, anafilaxia, manifestações neurológicas) Vacina Pneumocócica 10 Valente Antígeno – conjugada com a proteína D do H. influenzae não tipável (8 sorotipos), toxóide diftérico (1 sorotipo) e toxóide tetânico (1 sorotipo) Excipiente – cloreto de sódio, fosfato de alumínio e água para injeção. Conservantes – não contém Obs – Já vem pronta para o uso Via e Local - intramuscular profunda, no vasto lateral da coxa Dose- 0,5ml Vacina Pneumocócica 10 Valente Obs – as crianças que já receberam alguma dose da vacina contra o Pneumococo 7 valente (Prevenar), poderá completar o esquema vacinal com a vacina 10 valente Conservação – 2 a 8 ºC. Não pode ser congelada. Contra-indicações – reação anafilática em dose anterior Situações de adiamento – durante a evolução de doenças agudas febris graves Uso simultâneo com outras vacinas – pode ser aplicada Eventos adversos – vacina bem tolerada. Pode ter manifestações locais como dor, edema, eritema e febre. Vacina Pneumocócica 10 Valente Idade Número de doses Reforço 3-5-7 ou 3 doses com intervalo de dois meses 1 dose aos 15 meses de idade 7-9 ou 8-10 ou 9-11 2 doses com intervalo de 2 meses 1 dose aos 15 meses de idade 10-12 ou 11-13 2 doses com intervalo de 2 meses Nesta faixa etária não será necessário a dose de reforço 12-23 meses 1 dose - Vacina contra o Meningococ C Antígeno – Oligossacarídeo meningocócico C conjugado com proteína CRM197 com C. diphteriae Adjuvante - hidróxido de alumínio Conservante – não contém Excipiente – Manitol, fosfato de sódio monobásico monohidratado, fosfato de sódio dibásico heptahidratado, cloreto de sódio e água para injeção. Via e Local - intramuscular profunda, no vasto lateral da coxa Dose- 0,5ml Via de administração – exclusivamente pela via IM profunda de preferência na área antero-lateral da coxa direita da criança. Conservação – entre 2 e 8ºC, não congelar Vacina contra o Meningococ C Esquema – 2 doses em menores de 1 ano, aos 3 e 5 meses. Intervalo mínimo 30 dias. Reforço aos 12 meses de idade, respeitando-se o intervalo mínimo de 2 meses, após a aplicação da última dose. Vacina contra o Meningococ C Idade - Meses Nº de doses 3-5 meses 2 doses com 1 dose aos 12 meses intervalo de 2 meses 5-7 meses 7-9 meses 8-10 meses 9-11 meses 10 meses 11 meses 1 dose 12 – 23 meses Dose única Reforço* 1 dose aos 12 meses _ * Um único reforço é recomendado aos 12 meses de idade, respeitando-se o intervalo mínimo de 2 meses após a aplicação da última doses Vacina contra o Meningococ C Eventos adversos locais – dor, rubor, edema, endurecimento e hipersensibilidade. Eventos adversos sistêmicos – febre, choro, irritabilidade, sonolência ou comprometimento do sono, anorexia, diarréia e vômitos. *A maioria dos eventos adversos ocorrem principalmente no dia da aplicação, podendo alcançar até 3 a 6 dias. Atenção – administrar com cautela em indivíduos com trombocitopenia ou qualquer outro distúrbio de coagulação, uma vez que pode ocorrer sangramento após a administração IM desses indivíduos. AVALIAÇÃO DO USUÁRIO E ORIENTAÇÕES GERAIS AOS VACINADOS E SEUS RESPONSÁVEIS AVALIAÇÃO DO USUÁRIO E ORIENTAÇÕES GERAIS AOS VACINADOS E SEUS RESPONSÁVEIS Indagar sobre reação ou complicações após a administração da última vacina; Checar as contra-indicações específicas para a vacina a ser aplicada; Orientar quanto: Tipo de vacina, nome popular e científico; Finalidade da vacina,doença que protege, principais sinais e sintomas e medidas preventivas; Número de doses e intervalo entre elas; Via e local de aplicação; AVALIAÇÃO DO USUÁRIO E ORIENTAÇÕES GERAIS AOS VACINADOS E SEUS RESPONSÁVEIS Tipo de vacina, nome popular e científico; Finalidade da vacina,doença que protege, principais sinais e sintomas e medidas preventivas; Número de doses e intervalo entre elas; Via e local de aplicação; Tipo de reação local e geral esperada (sem assustar); Cuidados necessários em caso de complicações; O retorno para completar o esquema, importância da data; Importância da caderneta. VACINAS REGISTROS E CONTROLES CALENDÁRIO VACINAL Estado de São Paulo 1968 X 2007 Esquema básico N 2 3 4 5 6 7 8 9 BCG 12 15 18 3a 5a 7a 10 15 POLIO DTP Tetraval. Rotavírus Sar SCR Varíola Hib Hep B dT TT F Amar Calendário 1968 Calendário 2006 Em áreas risco Quanta papelada... Isso tem algum valor? METAS NACIONAIS Percentual da população a ser vacinada capaz de romper a cadeia de transmissão (dependendo do grau de eficácia e características epidemiológicas da doença) BCG – 90% dos susceptíveis Hep B/SCR/Tetra/Polio – 95% Febre amarela – 100% Para faixas etárias Para grupos de risco Para situações indicadas – ex.soros META OPERACIONAL BÁSICA Vacinar 100% dos menores de 1 ano com todas as vacinas indicadas para o primeiro ano de vida *Para vacinas com 3 doses considerar as que receberam as 3 doses com menos de 1 ano ESTRATÉGIAS O caminho escolhido para atingir determinada meta. Podem ser isoladas ou combinadas. Leva em conta o território, a população, capacidade instalada, prazos, coberturas... Rotina – Campanhas – Bloqueios – contínua vacinação em massa em surtos, para eliminar susceptíveis *Intensificação - usada em todos as estratégias (em busca dos não vacinados, cobre bolsões, equipes móveis ou vacinação casa a casa). RECURSOS Humanos – Um vacinador para cada 30 doses de vacinas injetáveis por hora – 8horas = 240 doses Materiais – percentuais de reserva Polio – 20% perda rotina/Campanhas 40% BCG 10 ds – 40% perda SCR 10 ds – 20% perda Tetra/Hep B – 10% perda F. Amarela 5 ds – 20% perda Cálculo – população do ano X 3 doses + 10% Considerar média de consumo e prazo de validade Previsão de materiais descartáveis e impressos – definição de estoque máximo e mínimo OBJETIVO FINAL DA VACINAÇÃO redução da morbi-mortalidade das doenças preveníveis por vacinação através de Coberturas altas e homogêneas Não somente: Condições de vida da população Modelo de atenção à saúde Eficácia da vacina Qualidade da rede de frio – conservação Qualidade no registro de dados... Cobertura Vacinal Percentual da população vacinada em um determinado tempo Pode ser calculada Para cada vacina Por idade Por área geográfica Para o número de doses completadas Precisa-se de: População alvo Número de vacinados nessa população MÉTODOS Administrativo e estatístico Administrativo – Estatístico obtido a partir de informações de registros dos serviços de saúde – realização de inquéritos ou levantamentos de campo através de entrevistas em amostras de domicílios (censo – 100% de domicílios) AVALIAÇÃO DE COBERTURAS Cobertura vacinal – Número de vacinados no grupo etário com determinada vacina X 100 Número de pessoas do grupo etário Numerador – registro de doses aplicadas Denominador – estimativas de população *Sugere-se desdobrar a meta anual em metas mensais *Metas mensais podem ser acumuladas *Resíduos (não vacinados) devem ser acrescidos nas metas já definidas Ex – gráfico de acompanhamento da cobertura vacinal – mede a evolução do Programa AVALIAÇÃO DE TAXA DE ABANDONO Percentual de crianças que não chegou a completar o número mínimo de doses necessário para se proteger Taxa de Abandono – Número de 1as doses - número de 3as doses Número de 1as doses X 100 Motivos de abandono – falta de esclarecimento; reações maiores que as esperadas; mau atendimento Taxa alta - > ou = 10% Taxa média – 5 a < 10% Taxa baixa - < 5% Método Administrativo Método estatístico Vantagens Vantagens Baixo custo operacional Permite observação de tendências Permite reorientar estratégias Pessoal treinado diminuindo erros Não influenciado por invasões ou evasões Pode-se estudar outras variáveis socioeconômicas (grau de instrução, renda) Sem sub-registro ou super-registro Desvantagens Desvantagens Sujeito à evasão de demanda Pode ocorrer sub-registro ou superregistro Elevado custo Resultados representam situação de um dado momento Possíveis viéses (distorções resultados) – carência de pessoal capacitado para executar e analisar ARQUIVO DA SALA DE VACINAÇÃO Critérios de organização Por data de retorno – divisão por segmentos, contendo um jogo completo de meses do ano Menores de 1 ano Um a quatro anos Cinco a quatorze anos Quinze anos ou mais Gestantes Faltosos – após o último mês, deve-se agrupar os cartões de faltosos Por ordem alfabética – arquivo permanente (por ano de nascimento) REGISTRO DE DOSES APLICADAS BCG – revacinação – registrar na 2ª dose Percutânea – registrar como 1ª dose de BCG ID nas clínicas privadas Vacinação comunicantes hanseníase – 2 doses, considerar cicatriz como 1ª Hepatite B – considerar o indivíduo vacinado e não o volume Rotavírus – Fora da faixa etária – não anotar no Mapa (anotar na Ficha de procedimento inadequado) 1ª dose - Até 2m e 29 dias – registrar em 2 meses 2ª dose - Até 4m e 29 dias – registrar REGISTRO DE DOSES APLICADAS Polio – vacinação viajantes – doses adicionais como reforço SALK – 3ª dose registrar como 1º reforço Anti rábica – registrar o número de dose aplicadas e não por indivíduo HIb – dose acima de 1 ano – registar na sequência da dose, na faixa etária correspondente Febre Tifóide – esquema incompleto de cápsulas - não registrar Tetra – crianças de 1 a 4 anos não vacinadas ou com esquema incompleto – registrar em separado nas caixas de DTP e HIb -crianças de 5 e 6 anos – CRIES – registro em separado Soros e Imunoglobulinas– registrar número de ampolas administradas SITES www.saude.gov.br/svs www.ee.usp.br www.cve.saude.sp.gov.br/imunizações