Grécia Antiga Civilização Minóica Os gregos antigos referiam-se aos povos que habitavam a região mediterrânica antes deles como Pelasgos. Era o caso dos habitantes da ilha de Creta, e de outros povos, como os troianos e os aqueus. Civilização Minóica: acredita-se que essa civilização tenha se desenvolvido por volta do século XXV a.C., e que tenha existido até o século XIII a.C., quando, enfraquecidos por catástrofes naturais, foram dominados pelos Dórios, vindos do norte. Poder Marítimo: Suas cidades mais importantes localizavam-se na ilha de Creta, ao Sul da Grécia. Eram ótimos comerciantes marítimos e seu poder espalhou-se por boa parte da região. Herança aos gregos: nomes de deusas e deuses gregos já aparecem nos escritos cretenses. Os cretenses, ao contrário dos gregos clássicos, costumavam enterrar seus mortos com os objetos pessoais mais importantes. Grécia Antiga Civilização Minóica Valorização da mulher: Uma das principais diferenças de gregos e cretenses era que a religião cretense era centrada nas mulheres. A maior divindade era a deusa-mãe. Essa deusa tinha diversos animais a ela relacionados como serpentes, pássaros, leões e touros. Por conta disso, as mulheres eram bastante respeitadas no mundo minóico. Grécia Antiga Civilização Minóica Minotauro: Uma divindade masculina que parece ter sido importante, embora secundária, foi o minotauro, ser com cabeça de touro e corpo de homem. A origem de sua lenda parece estar relacionada à importância do touro no ritual minoico. Os prédios minoicos eram enfeitados com chifres de touro e as tampas das ampulhetas eram revestidas com o couro do touro. Afrescos antigos mostram jovens saltando sobre chifres de touros, como um tipo de esporte. Grécia Antiga Período Homérico Invasão dória: por volta de 1200 a.C., os Dórios, povos vindo do norte, chegaram a Grécia e dominaram ou expulsaram outros povos que aí estavam. Isso põe um fim definitivo à civilização Minóica, que já estava em crise. Idade das trevas: o período Homérico é também chamado de Idade das trevas, pois nota-se que, nesse momento, a região da Hélade passa por uma profunda desestabilização cultural: houve uma redução brusca do comércio praticado na região; • diversas construções e mesmo cidades foram destruídas; • a escrita grega praticamente desapareceu. • Grécia Antiga Período Homérico Ilíada e Odisséia: por conta dessa desestabilização sabemos muito pouco sobre o período. Bastante do que sabemos é baseado nos relatos feitos por Homero, poeta grego autor das obras Odisséia e Ilíada. Nelas são retratadas as batalhas entre esses povos vindos do norte, que agora se initulavam gregos, contra os Pelasgos. A Guerra de Tróia é um dos exemplos mais famosos. Grécia Antiga Período Homérico Genos Eram propriedades em que uma grande família se matinha unida em torno da exploração econômica da terra. A riqueza produzida nos genos era dividida entre seus integrantes. Tinha como características: Agropastoril: era usada para o plantio de produtos agrícolas e para a criação de gado. Baixa produtividade: o terreno acidentado da Hélade não permitia aos gregos obterem excedentes de produção em boa parte das colheitas. Quando havia excedentes, eram empregados na aquisição de escravos ou na contratação de artesãos. Distinções sociais: apesar da distribuição igualitária da produção, alguns detinham maior poder que os outros. Aqueles que tinham parentesco mais próximo do Pater (líder) tinham mais poder do que os mais distantes. Grécia Antiga Período Arcaico No final do período Homérico a baixa produtividade das terras associada a distribuição desigual das terras férteis fez com que o poder ficasse acumulado na mão de umas poucas famílias enquanto outras mal conseguiam manter suas terras Aristocracia: as famílias ricas desse período se autodenominavam aristoí, ou ‘melhores’. Daí o termo aristocracia que significa governo dos melhores. Aumento da desiguadade: Por serem os únicos capazes de arcar com os custos de uma atividade guerreira os aristoí, tornaram-se os únicos guerreiros. A partir de então, começaram a conquistar mais terras através da força. Nova organização social: vemos então uma nova configuração em que deixam de existir os genos e passam a existir grandes e pequenos proprietários, trabalhadores sem terra, comerciantes, artesãos e escravos. Grécia Antiga Período Arcaico Nova configuração social: EUPÁTRIDAS (bem nascidos) – melhores terras GEORGÓIS (pequenos agricultores) – piores terras THETAS (marginalizados) – camponeses sem terras, comerciantes e artesãos A Necessidade de terras provoca a 2ª diáspora (Mediterrâneo Ocidental) – Magna Grécia e Ibéria. Grécia Antiga Período Arcaico Cidades-estado As origem das cidades gregas remontam a cultura do período Homérico. A Acrópole, parte mais alta da cidade em que ficavam os templos e os palácios dos aristoí, e que já existia nos genos, lança as bases da organização urbana. As dificuldades de acesso de uma região a outra e o espírito de soberania sempre presentes nos gregos fez com que essas cidades fossem independentes umas das outras. O grupo de cidadãos reunidos de cada cidade era chamado de Pólis. Daí a palavra política. Grécia Antiga Período Arcaico 2ª diáspora grega (expansão colonial): A acumulação de terras nas mãos dos Eupátridas bem como o aumento populacional farão os gregos saírem da Grécia a procura de novas terras. Sua vocação marítima os leva a lugares mais distantes. Essas serão as colônias: Grécia Antiga Período Arcaico 2ª diáspora grega (expansão colonial): As colônias gregas eram independentes de suas cidades-mães, mas as reverenciavam e as apoiavam em situações de guerra. Na península itálica foram erguidas as colônias mais ricas, chamadas de Magna Grécia. Essas colônias, diferentes das cidades gregas, foram erguidas sobre terras férteis, e foram importantes no aumento do comércio na Grécia Arcaica. Grécia Antiga Período Arcaico: comerciantes Más condições: na Grécia arcaica os comerciantes eram um grupo pouco valorizado, fazendo parte da camada dos Thetas. Em muitos casos, tratavam-se de estrangeiros que não podiam comprar terras nem tornar-se Eupátridas. Fortalecimento: contudo, as novas e ricas colônias trouxeram cada vez mais poder aos comerciantes e artesãos, que enriqueciam a medida que o comércio aumentava. Reivindicações: a partir dessas mudanças comerciantes e artesãos passaram a lutar por condições mais igualitárias entre eles e a aristocracia. Uma das principais reivindicações deles era que as leis das cidades passassem a ser escritas, o que impediria que elas fossem ditadas apenas pela vontade dos Eupátridas. Legisladores: para acalmar os ânimos das classes populares, os Eupátridas de várias cidades criam o cargo de legislador, que passa a ser responsável por criar as leis. Esses legisladores eram provenientes da aristocracia. Grécia Antiga Período Arcaico: legisladores e tiranos Drácon: tornou-se legislador em 621 a.C. e foi responsável pela introdução do registro por escrito das leis em Atenas – até então elas eram orais. A cidade passou a ser governada com base em uma legislação e não mais conforme os costumes. A mudança enfraqueceu o poder dos eupátridas, mas não resolveu os problemas sociais, e os conflitos continuaram. Sólon: alguns antigos atenienses acreditavam que esse era o pai da democracia, mas ao que parece esse termo só surge a partir do governo de Clístenes. Sólon foi responsável pela abolição da escravidão por dívidas e criou uma divisão dos cidadãos de Atenas que atribuiu diferentes direitos ao diferentes grupos. Apesar dessa distinção garantiu a todos eles alguns direitos básicos. Clístenes: assumiu o poder de Atenas, como tirano, em 510 a.C., apoiado pelas camadas populares. Logo depois, começou a formular seu conjunto de leis que dariam início a chamada Democracia Ateniense. Essa organização previa que todos os territórios da cidade deveriam estar representados na Eclésia, uma assembléia da qual todos os cidadãos podiam participar.