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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ
Curso: ARQUITETURA E URBANISMO I
DATA: AGO/2010
Disciplina: TEORIA, HIST. E CRÍTICA DA ARQ. E URB. II
Professor: KLINGER OLIVEIRA
A IDADE MÉDIA - RESUMO E CONSIDERAÇÕES
SÉCULO VI AO XV.
►FATORES CARACTERÍSTICOS (EUROPA OCIDENTAL)
▪ Formação do feudalismo
▪ Decadência do comércio
▪ Ruralização econômica
▪ Fortalecimento do poder local exercido pelos senhores feudais
▪ Ascenção da igreja e da cultura teocêntrica
▪ Europa invadida por povos bárbaros, mais tarde por árabes, vikings,etc..
►PRINCIPAIS GRUPOS BÁRBAROS INVASORES
▪ Tártaro-mongóis: de origem asiática, compreendiam as tribos dos hunos, turcos, búlgaros,
húngaros, etc.
▪ Eslavos: Oriundos da Europa oriental e da Ásia, compreendiam os russos, os poloneses, os tchecos,
os sérvios, etc..
▪ Germanos: de origem indo-européia, compreendiam várias nações, como os visigodos, os
ostrogodos, os hérulos, os anglos, os saxões, os francos, etc...
Os bárbaros não conheciam um Estado organizado, constituindo nações divididas em
tribos. Como a maioria desconhecesse a escrita, a vida social era orientada por leis consuetudinárias
(baseadas nos costumes) transmitidas oralmente.
Foi a partir do século V, com a queda do Império Romano do Ocidente, que se acelerou
definitivamente o processo de formação do mundo feudal, tendo início a Alta Idade Média.
A ALTA IDADE MÉDIA – SEC V ao X (IMPÉRIO ROMANO/BIZANTINO)
► FATORES CARACTERÍSTICOS (ORIENTE)
• A cidade de Constantinopla, fundada pelo Imperador Constantino (sec. IV), por razões de ordem
econômica e estratégica, converteu-a na nova capital do império romano.
• Localização privilegiada, entre os mares Egeu e Negro, entre o Ocidente e o Oriente.
• Comércio ativo com as cidades vizinhas.
• Centro rico e forte pela sua produção agrícola e pelo comércio.
• Preservou muitas instituições latinas, como as normas políticas e administrativas, assim como o
latim.
• No século VII o grego é reconhecido como língua oficial.
• O Imperador comandava o exército e a Igreja, sendo considerado representante de Deus, e
possuindo grande poder.
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• Justiniano (527-565), o mais célebre governante do império bizantino;
- Ampliou as fronteiras à península Ibérica e à África.
- Realizou entre 533 e 565, a compilação do Direito romano, em:
1) Código: conjunto de leis romanas desde o século II.
2) Digesto: comentários dos grandes juristas a essas leis.
3) Institutas: princípios fundamentais do direito romano.
4) Novelas: novas leis do período de Justiniano.
5) O conjunto desses trabalhos resultou num dos maiores
romano: o Corpo do Direito Civil.
legados do mundo
-No campo cultural: construção da Igreja de Santa Sofia – estilo bizantino – simbolizava o
poder do Estado (dez mil pessoas trabalharam na sua construção).
▪ Posteriormente, surgem dentro da igreja, correntes doutrinárias – as heresias – que questionavam
os dogmas cristãos pregados pelo papa de Roma, como as dos:
-Monofisistas: defendiam que Cristo possuía apenas uma natureza divina, espiritual.
Negavam a Santíssima Trindade (pai, filho e espírito santo) representando Deus.
- Iconoclastas: defendiam a destruição de imagens. No início do século VIII, o imperador Leão
III, decretou ser proibido o uso de imagens de Deus, Cristo ou de santos nos templos.
•Surgimentro do cesaropapismo: supremacia do imperador sobre a igreja.
• Rompimento da Igreja Bizantina com a Igreja de Roma.
-Consumou o rompimento com a Cisma do Oriente (autonomia total da Igreja oriental,
acusando o papado de distanciar-se das pregações originais de cristo e de seus apóstolos.
- Com a cisão surgem duas Igrejas: a Igreja Ortodoxa, subordinada ao Patriarcado de
Constantinopla, e a Igreja Católica Apostólica Romana, dirigida pelo Papa.
▪ A partir dos séculos VII e VIII, o Império Bizantino vai perdendo territórios, devido ao cerco, ora dos
bárbaros, ora dos árabes.
▪ A partir do século XIII, as dificuldades do Império se multiplicam. No final da Idade Média, os turcosotomanos, em 1453, derrubam as muralhas de Constantinopla, pondo fim ao Império Romano do
Oriente.
▪ A queda de Constantinopla serviria como marco cronológico para o fim da Idade Média e o início
da Idade Moderna.
► O MUNDO ÁRABE – O ISLAMISMO
▪ Até o fim do século VI, população dividida, aproximadamente, em trezentas tribos, divididas entre os
beduínos e pelas tribos urbanas.
▪ Surge na região situada a margem do Mar Vermelho, suas principais cidades, MEDINA e MECA,
que se tornam grandes centros comerciais da Árabia.
▪ Meca se torna o principal centro religioso como o é até hoje.
▪ Até o século VII, desconhecia Estados organizados. Eram comandados pelos xeques (sheiks), que
viviam em constantes guerras.
▪ Nascido em Meca em 570, Maomé, em 610 após longos anos de meditação, cria o Islamismo,
religião que condenava o politeísmo. Considerava Alá o único Deus. Em 630, unifica política e
reliogiosamente a Arábia. Morre em 632.
▪ Preserva a Caaba, um dos principais símbolos – a pedra negra. Segundo as tradições árabe, esta
pedra foi oferecida por Deus ao filho de Abraão, e era branca, foi escurecida pelos pecados e beijos
dos milhões de peregrinos.
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A BAIXA IDADE MÉDIA (SEC. X ao XV)
►O MOVIMENTO DAS CRUZADAS (SEC. XI ao XIII)
FATORES DETERMINANTES:
• A religiosidade do homem medieval;
• Marginalização decorrente do crescimento demográfico;
• A persistência do direito de primogenitura;
• Oportunidade de aventura e, eventualmente, de enriquecimento;
• Possibilidade de reabertura do Mediterrâneo e a obtenção de entrepostos e vantagens comerciais;
•O papa Urbano II, em discurso no Concílio de Clermont, em 1095, conclamou os cristãos a integrar
o movimento cruzadista:
PRINCIPAIS CRUZADAS:
• Cruzada dos Mendigos (1096): Comandada por Pedro, o Eremita e Gautier Sem-Vintém –
movimento popular – massacrada pelos turcos.
• Primeira Cruzada (1096-1099) – Cruzada dos Nobres. Comandada por Godofredo de Bulhão,
Raimundo de Toulouse e Boemundo – teve sucesso, reconquistando Jerusalém em 1099 – criou
ordens monásticas como as dos Templários e Hospitalários;
• Segunda Cruzada (1147-1149): Comandada pelos reis Luís VII (França) e Conrado III (Sacro
Império) – não atingiu seus objetivos, desintegrou-se;
• Terceira Cruzada (1189-1192) – Cruzada dos Reis. Comandada por Ricardo Coração de Leão
(Inglaterra), Felipe Augusto (França) e Frederico I, o Barba-Ruiva (Sacro Império) – fez acordo com
Saladino que permitia a peregrinação cristã a Jerusalém.
• Quarta Cruzada (1202-1204) – Cruzada Comercial. Duque Dândolo, de Veneza – saquearam Zara
e Constantinopla – fundaram o Reino Latino de Constantinopla (1204-1261) – Veneza assume o
domínio do Mediterrâneo;
• Cruzada das Crianças (1212): movimento extra-oficial – oposição do papa Inocêncio III – as
crianças foram vendidas como escravas no Norte da África;
• Quinta Cruzada (1218-1221). Dirigida por André II, da Hungria, contra o Egito. Não obteve
resultados;
• Sexta Cruzada (1228-1229). Realizada por Frederico II (Sacro Império). Fez acordos diplomáticos
com os turcos;
• Sétima e Oitava Cruzadas (1250-1270). Dirigida por Luís IX (França), contra o Egito, sem sucesso.
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► A EXPANSÃO DO ISLAMISMO PARA O OCIDENTE
• Motivada pelo crescimento populacional e escassez de terras férteis.
• Iniciou-se com a conquista de territórios bizantinos e persas.
• Gibral Tarik (711), atravessou o estreito entre a África e a Europa, que recebeu seu nome –
GIBRALTAR.
• Penetraram na península Ibérica, e são barrados em 732, pelo franco Carlos Martel, na batalha de
Poitiers, nos Pireneus.
• Nesse período o governo já era exercido pelos Califas (chefes religiosos e políticos).
•Principais califados: califado de Bagdá, na Ásia; califafo do Cairo, no Egito; califado de
Córdova, na Espanha.
• Surge a Guerra da Reconquista da península Ibérica, iniciada no século VIII, e as Cruzadas cristãs
contra os muçulmanos, no século XI.
• O surgimento de outras seitas islâmicas arruinam o império, destacando-se:
• Os sunitas: partidários de um chefe de Estado, eleito pelos crentes, e que Sunna, livro dos
ditos e atos de Maomé, era uma importante fonte de verdade para o islamismo.
• Os xiitas: defendiam um ideal absolutista de Estado, tendo como chefe religioso e político um
descendente do Profeta. Só admitindo o Corão como fonte de ensinamentos.
• 1057: O califado de Bagdá submete-se ao poder temporal de um sultão seljúcida;
• 1258: Conquista de Bagdá pelos mongóis, termina o domínio da dinastia abássida;
• Século XV: os turcos-otomanos –convertidos ao islamismo – conquistaram a parte oriental do antigo
império muçulmano – hegemonia na região.
• Na península Ibérica, a Guerra da Reconquista, favoreceu a formação de alguns reinos, como Aragão,
Castela, Leão e Navarra.
• Em l492: os muçulmanos foram expulsos da península, quando os espanhóis conquistaram Granada.
• A ARQUITETURA: é considerada a mais importante das artes sarracenas (árabes), destacando-se:
construções de Palácios, Mesquitas e Escolas – influência bizantina e persa. Entre os principais
elementos arquitetônicos contam-se as cúpulas, os minaretes, os arcos em ferradura e as colunas
torcidas. Na decoração, encontramos uma profusão de motivos geométricos e vegetais.
•A literatura muçulmana: O livro dos reis, do poeta Al-Firdausi, o Rubayyat, de Omar Khayyam, e As
mil e uma noites, coletânia de contos eróticos, fábulas e eaventuras, derivados de diversos povos
orientais.
• A ciência na cultura Árabe – apoiados no legado grego – foram notáveis matemáticos, físicos,
astrônomos, químicos e médicos. A adaptação do sistema numérico indiano ao arábico. Progressos na
trigonometria e na álgebra. Desenvolveram pesquisas sobre a refração da luz, criaram os fundamentos
da óptica. A investigação científica nos campos da história, da filosofia e economia.
• Na medicina: descoberta da natureza contagiosa da tuberculose e o diagnóstico de doenças como o
sarampo.
• Na Filosofia: preservaram os conhecimentos de Aristóteles e Platão.
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► O ESPAÇO FEUDAL
• FEUDO: UNIDADE DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA.
• Divisão do feudo:
• Manso Senhorial: Terras exploradas pelos servos e senhores.Tinham castelos/moradias,
igreja, moinho, padaria, celeiros, estábulos,cabanas.
• Manso Servil: Terras arrendadas para servos para seu consumo, porém, pagavam impostos
e taxas ao senhorio;
• Manso Comunal: Terras de uso comum (senhores e camponeses).
• Utilização da terra: Sistema de rotatividade produtiva.
1˚. ANO
Sistema de
rotação
trienal
de
Culturas
CEVADA
TRIGO
REPOUSO
2˚. ANO
TRIGO
3˚. ANO
REPOUSO LOTE-1
REPOUSO
CEVADA
CEVADA
TRIGO
LOTE-2
LOTE-3
• Pincipais impostos feudais:
• Corvéia: Pagamento com trabalho obrigatório nas terras do senhor;
• Talha: Pagamento de porcentagem da produção;
• Banalidades: Impostos pagos com produtos pela utilização de equipamentos do senhor
(forno, moinho, celeiro, etc...)
A PARTIR DO SÉCULO XII
• Grandes transformações provocadas pela expansão comercial afetaram o monopólio cultural exercido
pela igreja;
• Contatos mais intenso e frequentes com outros povos, principalmente do oriente;
• O homem adquire outros valores, deixando de subordinar sua vida a uma “vontade divina”.
Santo Tomás de Aquino (1225-1274) – Professor da Universidade de Paris – autor de Suma
Teológica – Inspirou-se em Aristóteles;
“O desenvolvimento (progresso) humano não dependia apenas da vontade divina, mas também
do esforço do homem. Assim o homem surgiria como um ser privilegiado, uma vez que, dotado
de razão, estava preparado para assumir o seu destino. Procura conciliar Fé e Razão”. (Santo
Tomás de Aquino).
Fez do livre-arbitrio um dos eixos de sua teologia, refutando a idéia de Santo Agostinho
(354-430) – que foi autor da síntese entre filosofia clássica e o cristianismo, das obras
Confissões e Cidade de Deus – inspirado em Platão. O qual preocupou-se em conhecer a
essência humana como modo de alcançar a salvação da alma, e disse:
“O homem era um ser corrompido, por ter herdado o pecado original, que era um ser
predestinado seja à salvação ou à condenação”. (Santo Agostinho).
• Surge o Trovadorismo (sul da França – região de Provença). O tema favorito era o amor. Louvava a
mulher, o refinamento, a cortesia e a galanteria, e era produzido pelos trovadores.
• Surge a Poesia Épica. Retrato de uma sociedade feudal viril, guerreira e rude, descrevia os feitos
heróicos de nobres cavaleiros (El Cid, Rei Arthur,...).
• No final da Idade Média, a literatura produzia traços que mostravam um afastamento crescente da
influência dos valores religiosos e das normas estritas da Igreja. Emergiam novas preocupações e
manifestações, uma renovação cultural com tons mais humanistas.
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• Obras nesse sentido: O Romance da Rosa, de Guilherme de Loris e João Menny; A Divina
Comédia, de DanteAlighieri, onde retrata sua viagem imaginária ao Inferno, Purgatório e
Paraíso, onde encontra mortos ilustres do passado ou de sua época (papas no inferno, pagãos
no purgatório), discutindo fé e razão, religião e ciência, amor e paixão
•As universidades tornam-se excelentes centros de ensino;
• Transformação das antigas escolas e das catedrais em centos de estudos inovadores e brilhantes;
• Sob o predomínio dos homens da igreja, juntam-se também os alunos e professores membros da
nobreza e de novos grupos sociais emergentes nas cidades;
• Criam-se os primeiros cursos:
• TRIVIUM: gramática, retórica e lógica.
• QUADRIVIUM: aritimética, geometria, astronomia e música.
• Após esses estudos iniciais, o aluno era encaminhado para as “artes liberais”, quando se preparava
para exercer um ofício, ou então especializava-se nas áreas de teologia, medicina ou direito;
• Os freqüentadores das universidades gozavam de isenção de impostos, estavam dispensados do
serviço militar, e submetidos a julgamentos em tribunais especiais;
• No século XIII – século das universidades – já eram 80 as universidades européias, um verdadeiro
renascimento da cultura Laica (popular).
►A CENTRALIZAÇÃO DA POLÍTICA MEDIEVAL
─ NA FRANÇA
• Felipe Augusto (Felipe II – 1180-1223), usou como pretexto a necessidade de combater os ingleses
que ocupavam o norte da França.
• Cobrança de impostos em todo o território francês;
• Montou um poderoso exército;
• Garantiu o poder real e domínio do território unificado;
• Derrotou os ingleses e se impôs à nobreza, nomeando fiscais reais;
• Se aliou a burguesia (venda de cartas de franquia aos burgos), contra a recusa dos senhores
feudais para liberarem os burgos de seu controle.
• Luis IX (1226-1270):
• Levou adiante o processo de centralização, organizando uma rede de tribunais reais;
• Instituiu uma moeda de circulação nacional;
• Participou da sétima e oitava cruzadas, ambas fracassadas;
• Canonizado como São Luís.
• Felipe IV, O Belo (1285-1314):
• Continuou o fortalecimento da centralização e preocupou-se com sua legitimação.
• Criou em 1302 a Assembléia dos Estados Gerais;
-Compunha-se de: Clero, nobreza, comerciantes, camadas pobres da população;
- Tinham caráter meramente consultivo;
- Era convocada de acordo com a vontade do monarca.
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▪ Impôs taxação sobre os bens da igreja;
▪ Transferiu a sede da igreja de Roma para a cidade de Avignon no sul da França. Tal
episódio iniciou o período conhecido como cativeiro de Avignon, durante 70 anos os papas
submeteram-se à autoridade do rei da França.
▪ Neste período foi nomeado outro papa em Roma – desencadeou o Cisma do Ocidente, com
a divisão suprema da Igreja Católica entre dois papas.
▪ Entretanto veio a Guerra dos Cem Anos. Houve enfraquecimento do poder monárquico na
França (1337-1453). Foi decisiva para a definição das fronteiras da França.
• Impossibilitou a utilização de rotas terrestres;
• Houve declínio das feiras;
• A alternativa surgida foi o contorno da Península Ibérica, dinamizando a atividade mercantil
com Portugal e Espanha;
• A segunda alternativa era fluvial e incluía a travessia dos Alpes, seguindo pelo rio Reno até
Flandres no norte da Europa.
PROBLEMAS DO PODER MONÁRQUICO NESTE PERÍODO:
• Necessidade da nobreza para fortalecer seu exército;
• Insatisfação burguesa com as primeiras derrotas da guerra;
• Fome generalizada no país;
• Rebeliões camponesas, chamadas Jacqueris (joão-ninguém). A mais importante em 1358 –
invasões de castelos e assassinatos de senhorios;
• Advento da Peste Negra (1347/1350). Matou 25 milhões de pessoas na Europa.
• A Peste Negra, surgiu na China, foi para a Índia e para a Europa, através de navios vindos
do porto de Cafa no Mar Negro.
EM 1364 – ASCENÇÃO DE CARLOS V
• Reinício de guerra contra ingleses;
• Unifica os exércitos;
• Conquista de vários territórios;
• Com sua morte há a divisão da nobreza francesa – os armagnacs e os borquinhões, que lutam
entre sí;
• Os borguinhões perdem e se unem aos ingleses que são vitoriosos em l420;
• A França se divide em dois tronos: nos territórios do norte, governava o inglês Henrique V; nos
territórios do sul o francês Carlos VII, com apoio dos armagnacs;
• Neste Período surge JOANA D’ARC, filha de humildes camponeses, que contagiou os franceses,
liderou combates, liberta boa parte da França central e levou Carlos VII a Reims, no norte do país,
onde foi coroado segundo as tradições;
• Em 1430 os borguinhões prendem JOANA D’ARC, que é julgada pelos ingleses, acusada de
heresia, e queimada em praça pública, na cidade de ROUEN em 1431;
• O rei Carlos VII expulsa os ingleses em 1453;
• Estava assim lançada as bases para a França se desenvolver economicamente durante a Idade
Moderna.
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A FORMAÇÃO DA BURGUESIA INGLESA
• No século V, tribos germânicas (anglos e saxões), ocupam a ilha britânica, na qual fundam 07 (sete)
reinos bárbaros;
• Nos séculos VI e VII, essas tribos evoluem politicamente reduzindo para 03 (três) reinos;
• No século IX, os três reinos se fundem criando o Estado Anglo-Saxão (Sacro Império RomanoGermânico), sob o comando do rei OTÃO I (otomano).
• Em 1066, o último rei anglo-saxão, GUILHERME I, o conquistador, duque da Normandia, dá início a
DINASTIA NORMANDA, e estabelece:
• A subordinação da nobreza;
• Cria um forte poder central;
• Faz a divisão do país em Condados, supervisionados pelos SHERIFFS;
• Em 1154, HENRIQUE II (1154-1189) – conde Anjou – estabelece:
• A ampliação dos poderes reais;
• O fortalecimento da justiça real;
• Cria uma lei comum para todo o Estado, controlada por JUÍZES que percorriam todo o
território, aplicando as leis.
• Em 1189-1199, RICARDO I (Coração de Leão):
• Empreende batalhas contra a França;
• Participa da Terceira Cruzada (fracassada);
• Aumenta os impostos;
• Fortalece o poder dos senhores feudais.
• Em 1199/1216, JOÃO (JOÃO SEM-TERRA):
• Confisca as terras da Igreja (clero);
• Posteriormente, pede perdão ao papa Inocêncio III;
• Devolve os bens do clero;
• Revolta dos senhores feudais/burgueses, 1215;
• Cria a MAGNA CARTA;
• Aumenta os impostos, altera as leis, que a partir daí devem ter também a aprovação do
Grande Conselho, composto por membros do Clero, Condes e Barões;
• A Carta Magna é considerada a base das liberdades inglesas;
• O Grande Conselho foi o embrião de atual Parlamento inglês.
• A partir de 1265, são acontecimentos na Inglaterra;
• A admissão de burgueses no grande conselho;
• Manutenção da política (descentralizada);
• Envolvimento dos ingleses na Guerra do Cem Anos;
• A Peste Negra, e revoltas dos camponeses;
• Enfraquecimento da nobreza.
• Em 1453, começa a disputa pelo trono inglês:
• Guerra das DUAS ROSAS (30 anos de duração);
• Essa disputa é entre as famílias YORK e LANCASTER;
• Abre caminho para a centralização política do país;
• Em 1485, Henrique Tudor (Lancaster), sagra-se rei com título de Henrique VII.
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O SACRO IMPÉRIO ROMANO-GERMÂNICO
TERRITÓRIOS: ALEMANHA E ITÁLIA
• Começa a tomar forma a partir da dinastia Carolíngia (843-936).
• OTÃO I (962), Imperador do ocidente nomeia seu reino de Sacro Império Romano-Germânico:
• Submissão ao feudalismo;
• Disputas entre Imperador e senhores feudais e o clero.
•Em 1073-1085: Pontificado de Gregório VII.
• Início da Querela das investiduras, contra a corrupção e a decadência do clero;
• Surgem os movimentos reformistas:
• Ordem de Cluny (sec. X e XI);
• Ordem dos Cartuxos (1084);
• Ordem de Cister (1098).
• Neste período o imperador Henrique IV:
• Recusa-se a acatar os decretos papis;
• Gregório ameaça excomungá-lo;
• Enfrenta a oposição dos nobres;
• Pede perdão ao Papa;
• Suspensa a excomunhão, volta a ofensiva destituindo o papa que foge para Roma.
• Em 1122 – Assinatura do Tratado de WORMS:
• Limitava poderes de Henrique V;
• Durante os séculos XII e XIII, vários conflitos entre imperadores e papas pela dominação do mundo
ocidental;
• Após 1250, a Alemanha era um mosaico de centenas de estados praticamente autonômos;
• A Itália do mesmo modo estava dividida em vários estados;
• As cidades contratavam os CONDOTTIERI (soldados mercenários), para sua defesa e conquista de
cidades rivais.
▪
Os condottieri da família Visconti, assumem o governo de Milão em 1310, sucedidos pela família
Sforza em 1450;
▪ Em meados do século XV, destacavam-se cinco grandes Estados na Itália:
1.
A República de Veneza – governada por um Duque (Doge), e por um conselho;
2.
A República de Florença – governada pelos Medicis ( família de banqueiros;
3.
Ducado de Milão – condottieri da família Sforza;
4.
Estados Pontifícios – Estados da Igreja;
5.
Reino de Nápoles – governado por um parente do Rei Fernando de Aragão.
▪ Tanto a Alemanha como a Itália, durante a Baixa Idade média, não alcançaram o processo de
centralização monárquica, permanecendo divididas até o século XIX.
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AS MONARQUIAS NACIONAIS IBÉRICAS – ESPANHA E PORTUGAL
• A unificação política da Espanha como a de Portugal, não está associada a uma significativa
evolução da economia capitalista-burguesa~.
• Fundamentalmente, ela originou-se da necessidade que tiveram os nobres de se unir no combate
contra os muçulmanos durante a Guerra da Reconquista.
• Com a decadência do Império Romano os Visigodos invadem a península Ibérica (sec. V);
• Em 711, os muçulmanos invadiram a península destruindo o reino visigótico;
• Acuados, os cristão-vsiigóticos deslocam-se para o norte, formando o reino das Astúrias;
•Surge a Guerra da Reconquista (sec. XI e XII) – cristãos contra os mouros (muçulmanos);
• Ao longo desses séculos (XI e XII), nascem os reinos de Aragão, Castela, Leão e Navarra.
Posteriormente, Aragão e Castela enexaram os reinos de Leão e Navarra, bem como novos
territórios reconquistados;
• Em 1469, com o casamento dos reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela, os dois reinos se
unificaram;
• A conquista de Granada em 1492, por Fernando de Aragão, eliminou o domínio muçulmano e
encerrou o processo de formação da monarquia nacional espanhola.
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