Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) Mede a actividade eléctrica do coração As primeiras medições em humanos, à superfície do corpo, datam de 1887: Augustus Waller (St. Mary’s Hospital, Londres) regista um ECG com um electrómetro capilar de Lippman Método muito empregue e com elevado valor de diagnóstico 569 Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) O coração possui vários tipos de tecidos: tecido dos nodos sinoatrial (SA) e atrioventricular (AV) tecido auricular tecido ventricular tecido de Purkinje. As células representativas de cada tipo de tecido têm diferenças anatómicas consideráveis. Cada tipo de célula exibe o seu potencial de acção característico. 570 Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) O ECG escalar (uma derivação) exibe a onda P, o complexo QRS e a onda T. Estas estruturas resultam de processos de despolarização e repolarização. 2. Despolarização Ventricular 3. Repolarização Ventricular 1. Despolarização Auricular 571 Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) A sequência de eventos envolvida na activação do ventrículo origina a produção de correntes, que circulam no volume condutor torácico (que se considera como um meio passivo sem fontes ou sorvedouros (sinks) de corrente). O electrocardiograma é o registo, realizado à superfície do corpo, dos potenciais eléctricos resultantes destas correntes O coração é visto como um gerador eléctrico. Assume-se que a actividade eléctrica do coração pode ser representada por um dipolo de corrente, localizado num ponto denominado centro eléctrico do coração e que se assume dentro das fronteiras anatómicas do coração 572 Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) Os pontos A e B são pontos de observação arbitrários no peito do paciente. RAB é a resistência entre estes pontos e RT1 , RT2 são as resistências do meio torácico © From J. G. Webster (ed.), Medical instrumentation: application and design. 3rd ed. New York: John Wiley & Sons, 1998. 573 Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) Características Básicas: Amplitude: 1-5 mV Largura de banda: 0.05-100 Hz Principais fontes de erro: Artefactos de movimento Interferência da rede eléctrica (50/60 Hz) Aplicações típicas: Diagnóstico de isquémia Arritmias Defeitos de condução 574 Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) A actividade eléctrica do coração pode ser representada por uma quantidade vectorial. Modelo: o coração consiste num dipolo eléctrico localizado no meio condutor do tórax. A figura representa o campo dipolar do coração num dado instante. Num instante posterior o dipolo pode ter uma intensidade e orientação diferente o que provoca mudança no campo eléctrico e no potencial associado (que constitui a mensuranda do ECG) Para conhecer o campo dipolar do coração basta conhecer o momento dipolar do coração M © From J. G. Webster (ed.), Medical instrumentation: application and design. 3rd ed. New York: John Wiley & Sons, 1998. 575 Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) Em electrocardiografia, o momento dipolar do coração é designado por vector cardíaco e é representado por M Ao longo do ciclo cardíaco, quer a grandeza quer a direcção do vector cardíaco variam. A medição dos potenciais resultantes da actividade eléctrica do coração é feita colocando eléctrodos na superfície do corpo e medindo a tensão entre eles. Devido à dependência espacial do campo eléctrico dipolar é necessário ter localizações padrão para a avaliação clínica do ECG © From J. G. Webster (ed.), Medical instrumentation: application and design. 3rd ed. New York: John Wiley & Sons, 1998. 576 Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) Um par de eléctrodos ou uma combinação de eléctrodos através de uma rede resistiva que resulte num par de eléctrodos equivalente designa-se por derivação. © From J. G. Webster (ed.), Medical instrumentation: application and design. 3rd ed. New York: John Wiley & Sons, 1998. 577 Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) Para um vector cardíaco M, a tensão induzida numa derivação representada pelo vector de derivação a1 é dada pela componente de M segundo a direcção de a1. va1=M·a1 = Mcos com va1 a tensão escalar observada na derivação cujo vector é a1 Consideremos outra derivação representada pelo vector a2. a2 M a1 u + © From J. G. Webster (ed.), Medical instrumentation: a1 application and design. 3rd ed. New York: John Wiley & Sons, 1998. Se medíssemos o ECG usando apenas uma das duas derivações representadas na figura não poderíamos descrever o vector cardíaco de forma unívoca. Para descrever M é necessário usar duas derivações com vectores distintos, ambos situados no plano do vector cardíaco, podemos descrever No espaço tridimensional -> 3 derivações 578 Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) Utilizam-se várias derivações no plano frontal (plano do corpo paralelo ao solo na posição de deitado) e no plano transversal (plano do corpo paralelo ao solo na posição de pé) São três as derivações básicas que constituem o ECG de plano frontal. São obtidas das permutações de pares de eléctrodos quando um eléctrodo é colocado no braço direito (RA), no braço esquerdo (LA) e na perna esquerda (LL). Muitas vezes coloca-se também um eléctrodo na perna direita que é ligado à terra ou a circuitos específicos. © From J. G. Webster (ed.), Medical instrumentation: application and design. 3rd ed. New York: John Wiley & Sons, 1998. As derivações resultantes são: I – LA → RA; II – LL → RA; III – LL → LA Os vectores de derivação correspondentes são aproximados por um triângulo equilátero: o Triângulo de Einthoven. É possível determinar o vector cardíaco a partir das suas componentes nas 3 derivações 579 Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) Terminal Central de Wilson Eléctrodo equivalente de referência para medidas unipolares. Todas as tensões medidas nos eléctrodos estão referenciadas ao terminal de Wilson – VR + + VL – A tensão neste terminal corresponde à média da tensão nos 3 eléctrodos (facilmente verificável usando o Teorema de Millman) R maior ou igual a 5 MW + VF – © From J. G. Webster (ed.), Medical instrumentation: application and design. 3rd ed. New York: John Wiley & Sons, 1998. 580 Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) Derivações aumentadas de Goldberger: VR, VL & VF Obtém-se removendo a ligação entre o membro a ser medido e o terminal central. Não altera a direcção do vector mas aumenta em 50% a amplitude do sinal (a), (b) e (c) - Ligações dos eléctrodos para as 3 derivações aumentadas (d) Diagrama de vectores com os vectores de derivação padrão e os vectores das derivações de Goldberger, no plano frontal. © From J. G. Webster (ed.), Medical instrumentation: application and design. 3rd ed. New York: John Wiley & Sons, 1998. 581 Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) Derivações Precordiais: V1-V6 (a) Posições das derivações precordiais na parede torácica © From J. G. Webster (ed.), Medical instrumentation: application and design. 3rd ed. New York: John Wiley & Sons, 1998. (b) Direcções dos vectores de derivação precordiais no plano transversal. 582 Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) Na prática clínica utiliza-se, normalmente, um esquema de 12 derivações, em que o sinal é medido com nove eléctrodos. Existem muitas medições e bases de dados internacionais de referência baseadas nesta técnica. Quer a técnica quer a prática de diagnóstico são bem conhecidas. Este método foi adoptado por razões históricas. Actualmente é obsoleto. Derivações de Einthoven: I, II & III Derivações de Goldberger: VR, VL & VF Derivações Precordiais: V1-V6 583 Medição de Biopotenciais Electrocardiograma (ECG) Porque é que o sistema de 12 derivações é obsoleto? Mais de 90% da actividade eléctrica do coração pode ser explicada com base num modelo de fonte dipolar Basta medir 3 componentes ortogonais: Nove derivações redundantes. A percentagem remanescente, i.e. as componentes nãodipolares podem ter valor clínico Temos então 8 componentes verdadeiramente independentes e 4 derivações redundantes A técnica de 12 derivações garante, até um certo ponto, maior reconhecimento de padrões e dá ao clínico uma maior escolha de projecções …mas…. Se não houvesse um problema de legado dos sistemas actuais, os sistemas de 12 derivações já teriam sido abandonados há muito 584 Medição de Biopotenciais Electroencefalografia (EEG) Mede a actividade eléctrica do cérebro a partir de eléctrodos colocados no escalpe Os sinais medidos resultam da actividade eléctrica de biliões de neurónios Amplitude: 0.001-0.01 mV Largura de banda: 0.5-40 Hz Erros: Ruído térmico RF Rede eléctrica 50/60 Hz Artefactos de movimento (piscar os olhos, etc.) 585 Medição de Biopotenciais EEG: configuração de medição O sistema de 10-20 derivações é o de maior aceitação clínica (recomendado pela International Federation of EEG Societies) Normalmente utilizam-se sistemas já com os eléctrodos posicionados em termos relativos Em investigação podem-se utilizar toucas com 256 ou 512 canais 586 Medição de Biopotenciais Electromiografia (EMG) Mede a actividade eléctrica dos fibras musculares activas Os eléctrodos são sempre colocados muito perto do grupo de músculos que está a ser medido Podem-se utilizar eléctrodos de agulha para medir fibras musculares individuais Amplitude: Largura de banda: 1-10 mV 20-2000 Hz Fontes de erro: 50/60 Hz e interferência RF Aplicações: medição da função muscular, diagnóstico de doença neuromuscular, próteses, etc. 587 Medição de Biopotenciais Electrooculografia (EOG) O movimento dos globos oculares resulta na criação de potenciais eléctricos O potencial varia proporcionalmente à amplitude do movimento Amplitude: 0.01-0.1 mV Largura de banda: DC-10 Hz Fontes de erro: potencial da pele; movimentos Aplicações: posição ocular, estudos de sono, reflexo vestibulo-ocular, estudos de equilíbrio 588 Medição de Biopotenciais Eléctrodos Em qualquer medição de biopotenciais há circulação de corrente no circuito de medição pelo menos durante uma fracção do tempo de medição. Idealmente esta corrente deveria ser nula mas tal nunca sucede. Logo, os eléctrodos de biopotenciais têm que ser capazes de conduzir corrente eléctrica através da interface entre o corpo e o circuito de medição. Pode parecer que esta é uma capacidade fácil de realizar e que a construção de eléctrodos de biopotenciais deve ser relativamente simples. Mas se observarmos com mais detalhe verificamos que os eléctrodos desempenham uma função de transdução já que, enquanto a corrente no corpo é transportada por iões, no eléctrodo e no seu cabo é transportada por electrões. O eléctrodo tem que actuar como transdutor para converter uma corrente iónica numa corrente electrónica. 589 Medição de Biopotenciais Eléctrodos: Interface eléctrodo-electrólito A corrente resultante que atravessa a interface passando do eléctrodo para o electrólito (que representa o fluído corporal com iões) é constituída por: Electrões que se deslocam no eléctrodo em sentido oposto ao da corrente Catiões (C+) que se deslocam no sentido da corrente Aniões (A-) que se deslocam no sentido oposto ao da corrente © From J. G. Webster (ed.), Medical instrumentation: application and design. 3rd ed. New York: John Wiley & Sons, 1998. Para que a carga atravesse a interface (não há electrões livres no electrólito nem catiões ou aniões livres no eléctrodo) tem que ocorrer um qualquer processo de transferência de carga entre portadores. 590 Medição de Biopotenciais Eléctrodos: Interface eléctrodo-electrólito O que ocorre na interface são reacções químicas C Cn ne A m A me com n a valência de C e m a valência de A Na primeira reacção assume-se que o eléctrodo possui átomos da mesma espécie que os catiões e que esses átomos do eléctrodo na interface podem ser oxidados para formar um catião e electrões livres. O catião é descarregado para o electrólito. Os electrões livres permanecem no eléctrodo como transportadores de carga. Na segunda reacção, um anião que chegue à interface pode ser oxidado para um átomo fornecendo electrões livres ao eléctrodo. As reacções são reversíveis. Podem ocorrer reacções de redução. Quando o fluxo de corrente é do eléctrodo para o electrólito, predominam as reacções de oxidação. Para o fluxo de corrente oposto dominam as reacções de redução. 591 Medição de Biopotenciais Eléctrodos de superfície: Aspectos básicos Devem ser escolhidos de acordo com a aplicação A estrutura básica do eléctrodo inclui: O corpo e o encapsulamento Eléctrodo feito de material de elevada condutividade Fio conector Cavidade ou similar para o gel electrólito Rebordo adesivo 592 Medição de Biopotenciais Eléctrodos de superfície: Artefactos Deriva da linha de base devido a variações no potencial da junção ou a artefactos de movimento Escolher eléctrodos de boa qualidade com materiais de baixo potencial de junção (p.ex: Ag-AgCl) Interferência do sinal muscular colocação Interferência Electromagnética Blindagem 593 Medição de Biopotenciais Eléctrodos de Prata/Cloreto de Prata, Ag-AgCl É o tipo de eléctrodo mais comum. Tem baixo potencial de junção O gel electrolítico aumenta a condutividade e reduz ainda mais o potencial de junção Tipicamente baseia-se em sódio, potássio ou cloreto de potássio. Concentração na ordem de 0.1 M, suficientemente fraca para não irritar a pele O gel é embebido numa pad esponjosa ou aplicado directamente numa bolsa existente no encapsulamento do eléctrodo É um eléctrodo de uso geral, de baixo custo Adequado a utilizações ambulatórias e a uso por © From J. G. Webster (ed.), Medical períodos longos instrumentation: application and design. 3 York: John Wiley & Sons, 1998. rd ed. New 594 Medição de Biopotenciais Eléctrodos de Ouro Condutividade muito elevada medições de baixo ruído. Inertes eléctrodos reutilizáveis Em comparação comAg-AgCl: mais caros, maior potencial de junção, mais artefactos de movimento Muito utilizados em EEG, por vezes em EMG Eléctrodos de polímeros condutivos Feitos de material simultaneamente condutor e adesivo O polímero é tornado condutor pela adição de iões metálicos monovalentes Lâmina de alumínio assegura contacto com a instrumentação Não precisam de gel ou de substância adesiva Resistividade elevada: não servem para medições de baixo ruído A ligação eléctrica não é tão boa como a que se obtém com os eléctrodos tradicionais 595 Medição de Biopotenciais Eléctrodos de agulha Claramente invasivos Utilizados quando a medição tem que ser feita no próprio órgão É possível medir sinais muito pequenos como potenciais motores unitários A agulha é normalmente uma haste de aço que extremidade em gancho 596 Medição de Biopotenciais O amplificador de biopotenciais Características da aplicação: amplitudes pequenas, baixas frequências, fontes ambientais e biológicas de interferência Requisitos essenciais para o equipamento de medição: Ganho elevado Ganho diferencial elevado, ganho de modo comum baixo CMRR elevada Impedância de entrada elevada Baixo ruído Estabilidade face a flutuações de temperatura e tensão Segurança eléctrica, isolamento e protecção contra desfibrilhação 597 Medição de Biopotenciais CMRR – Common Mode Rejection Ratio Para um amplificador diferencial ideal a saída é: Vo Ad V2 V1 com Ad o ganho diferencial. No entanto, um amplificador diferencial real tem uma saída: Vo A d V2 V1 A s V2 V1 2 com As o ganho de modo comum, muito menor que o ganho diferencial. A CMRR define-se por: A CMRR d As A CMRR 20 log10 d As dB 598 Medição de Biopotenciais O Amplificador de Instrumentação Combina as características desejáveis para a medição de biopotenciais Ganho diferencial elevado, ganho de modo comum baixo, CMRR elevada, impedância de entrada elevada G2 G1 1 2 R2 R1 É um componente chave em quase todos os sistemas de medição de biopotenciais! R4 R3 Simples e barato, embora se tenha que usar AmpOps de elevada qualidade com CMRR elevada Ajuste fino da CMRR 599 Medição de Biopotenciais Um amplificador de ECG Ganho: 800 Andar DC: G=25 (sinais de entrada 300 mV) Andar AC acoplado por passa-banda: G=33 Com OpAmps µA 776 CMRR: 86 dB at 100 Hz Ruído: 40 mV p-p Resposta em frequência .05 a150 Hz Plana nos 4 - 40 Hz Passa baixo Ajuste de modo comum Condensador de acoplamento Medição de Biopotenciais Requisitos específicos da aplicação ECG Frequências de corte: inferior 0.05 Hz, superior 100Hz Segurança e protecção: corrente de fuga abaixo do limite padrão de segurança de 10 mA Isolamento eléctrico relativamente à linha de alimentação e à terra de serviço Protecção contra tensões de desfibrilhação elevadas EEG Ganho deve lidar com sinais de micro volts ou inferiores Componentes devem ter baixo ruído térmico e electrónico Restantes características similares a ECG EMG Amplificador com maior largura de banda É necessário utilizar circuitos de pós-processamento (e.g. rectificador + integrador) EOG Ganho elevado com resposta de baixa frequência e DC muito boa Deriva DC os eléctrodos devem ser seleccionados com grande cuidado Normalmente são necessários circuitos activos de cancelamento DC e de deriva 601 Medição de Biopotenciais Redução de interferência eléctrica A interferência da tensão da rede eléctrica está sempre à nossa volta. Ela acoplase de forma capacitiva e resulta em interferência de modo comum. Se o amplificador de instrumentação fosse ideal, esta interferência de modo comum seria totalmente rejeitada Normalmente utiliza-se um circuito “conduzido pela perna direita” para aumentar ainda mais a CMRR A média da tensão VCM é invertida e colocada novamente no corpo através de um eléctrodo de referência VCM iD R0 VCM iD R0 R 1 2 2 R1 602 Medição de Biopotenciais Filtragem A filtragem deve ser incluída no front end do amplificador de instrumentação Pequenas bobines ou contas ferrite nos Filtro de passa-alto Filtragem RF com fios condutores para rejeitar a condensadores bloqueiam as deriva DC pequenos de interferências frequência elevada Filtragem passa-baixo em vários andares para atenuar a interferência RF residual 603 Medição de Biopotenciais Filtro notch (para-banda) de 50 ou 60 Hz Por vezes é desejável remover a interferência da rede eléctrica, uma vez que s sobrepõe à largura de banda de medição, podendo distorcer o resultado da medição e afectar o diagnóstico. Esta opção normalmente está disponível nos aparelhos de EEG e EOG Determina a frequência de notch Filtro notch T duplo Ajuste da largura do notch 604 Medição de Biopotenciais Filtro notch (para-banda) de 50 ou 60 Hz R1 R 2 R 3 R C1 C 2 C 3 1 f 4 RC 605 Medição de Biopotenciais Isolamento eléctrico O isolamento eléctrico limita a possibilidade de passagem de qualquer corrente de fuga do instrumento para o paciente, que poderia provocar dano ou ser fatal Transformador Os transformadores são dispositivos AC É necessária modulação e desmodulação Acoplamento óptico O sinal óptico é modulado em proporção ao sinal eléctrico e transmitido para o detector Na maioria dos casos usa-se modulação por impulsos de forma a contornar a não linearidade da combinação LED-fototransistor 606 Medição de Biopotenciais Protecção contra desfibrilhação Os instrumentos de medida podem ser sujeitos a tensões muito altas como, por ex as tensões provenientes de desfibrilhadores (1500 a 5000 V). O front-end destes instrumentos deve ser concebido de forma a suportar estas tensões 1. Resistências nos condutores de entrada limitam a corrente 3. Protecção contra tensões muito mais elevadas é conseguida com tubos de descarga com gás a baixa pressão (ex: lâmpadas de néon) 2. Díodos ou díodos Zener protegem contra tensões muito elevadas Descarga @ 0.7-15V (Mesmo componentes como transformadores ou opto-acopladores precisam destes tubos Descarga @ ~100V 607