Estrutura da Terra. Profº. Carlos Viana A Terra por dentro e por fora Nosso planeta é formado por três camadas: a litosfera, o manto terrestre e o núcleo. E formado também pelo conjunto de todas as águas do planeta, a hidrosfera e envolvido por uma camada de gases, a atmosfera. Estrutura interna da terra Atmosfera A forma e o tamanho da Terra A Terra apresenta forma geóide. Sua superfície mede cerca de 510 milhões de quilômetros quadrados. As camadas da Terra A Terra é formada por três camadas: a litosfera, o manto terrestre e o núcleo. A litosfera também é chamada de crosta terrestre ou superfície. É a camada externa formada por rochas e minerais. Ela é dividida em duas partes: a crosta continental e a crosta oceânica. A crosta continental está acima das águas, formando os continentes e as ilhas. A crosta oceânica se encontra abaixo dos oceanos e dos mares. O manto terrestre é a camada intermediária, situada entre a crosta e o núcleo. O núcleo é o centro da Terra. Ele é composto principalmente de ferro e níquel, e apresenta temperaturas muito elevadas, acima de 6.000 °C (graus Celsius). A litosfera, o manto terrestre e o núcleo são camadas que apresentam diferentes espessuras e temperaturas. A hidrosfera e a atmosfera Nosso planeta é formado por duas outras partes: a hidrosfera e a atmosfera. A hidrosfera é o conjunto de todas as águas do planeta: os oceanos, os mares, os rios e lagos, as águas subterrâneas e o vapor de água existentes na atmosfera. A atmosfera é a camada de gases que envolve a Terra. Ela equilibra a temperatura do planeta e contém gases importantes para a vida, como o oxigênio, o nitrogênio e o gás carbônico. As camadas da Terra se formaram ao longo de milhões de anos. Elas, no entanto, continuam se transformando devido à evolução natural da Terra e à interferência dos seres humanos. Como se formaram os continentes da Terra Os blocos continentais que existem nem sempre estiveram onde estão atualmente e não ficarão nesses lugares para sempre. A deriva continental No início do século XX, o cientista alemão Alfred Wegener desenvolveu um estudo chamado Teoria da Deriva Continental. Nesse estudo Wegener descreveu que, há aproximadamente 250 milhões de anos, os continentes estavam agrupados em um único e gigantesco continente, denominado Pangéia. De acordo com os estudos da deriva continental, a Pangéia se fragmentou em várias massas de continentes, que foram lentamente se afastando uns dos outros. Esse processo durou milhões de anos, até que os continentes adquirissem a forma atual. A Terra em movimento: placas tectônicas, vulcões e terremotos Os vulcões e os terremotos são provas de que a Terra continua em constante transformação . A Teoria das Placas Tectônicas: Em 1960, a partir da teoria da deriva continental de Wegener, cientistas desenvolveram estudos que afirmam que a crosta da Terra está fragmentada em uma série de placas. Esse estudo foi denominado teoria das placas tectônicas. O que são placas tectônicas? A crosta terrestre é formada por uma casca muito dura, com cerca de 70 quilômetros de espessura, fragmentada em uma série de blocos chamados placas tectônicas. As placas estão sobre o manto, uma parte pastosa do interior da Terra, e por isso "bóiam", afastando-se ou chocando-se umas contra as outras. Nas áreas de contato entre as placas podem acontecer terremotos e formação de vulcões, entre outras ocorrências. Limites de placas Os vulcões O que são vulcões? Vulcões são aberturas na crosta terrestre por onde o material incandescente, que forma o núcleo da Terra, passa e chega até a superficie. As erupções vulcânicas Erupção vulcânica é a saída de magma, pedaços de rochas, gases e cinzas pelas chaminés dos vulcões. A lava é composta de rochas e minerais derretidos pelas altíssimas temperaturas do interior da Terra. Quando esse material ainda está no manto terrestre, recebe o nome de magma. Os terremotos O que são terremotos? Terremotos são movimentos que acontecem na crosta terrestre devido às acomodações das camadas de rochas na litosfera. Eles vêm sacudindo nosso planeta há bilhões de anos. Quando ocorre um terremoto de baixa intensidade, ele causa poucos danos. A ocorrência de terremotos de forte intensidade em áreas habitadas pode ocasionar a destruição e morte. As formas de relevo As formas da superfície da Terra são chamadas de relevo. As principais formas de relevo terrestre são montanha, planalto, planície, serra e depressão. As formas do relevo Montanhas São as formas de relevo de maior altitude que existe na superfície terrestre. Um conjunto de montanhas geralmente forma as cadeias montanhosas ou as cordilheiras. Na América do Sul, a maior cordilheira em extensão é a dos Andes e, no mundo, a que apresenta maior altitude é a cordilheira do Himalaia, localizada na Ásia. Existem também formas de relevos de altitude menos elevadas e de menor extensão que as montanhas, são as serras, os morros e as colinas. Planaltos São áreas que se apresentam bastante planas e suas bordas estão bem delimitadas e desgastadas pela ação de agentes de erosão, como a água da chuva, os rios e os ventos. Planícies São áreas, no geral, planas e de baixa altitude. As planícies se formaram a partir do acúmulo de sedimentos trazidos pelos ventos, mares, rios ou geleiras. As áreas de planície apresentam superfícies pouco acidentadas, sem grandes desníveis no terreno. Depressão É uma área de baixa altitude que foi muito desgastada com o tempo. Ela pode ter sido formada também por afundamento ocorrido no terreno. As depressões podem ser absolutas ou relativas. Quando estão rebaixadas em relação aos terrenos vizinhos, mas acima do nível do mar, são chamadas de depressões relativas. Esse é o caso da depressão situada entre a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira, no estado de São Paulo. As áreas continentais que estão abaixo do nível do mar são chamadas de depressões absolutas. A mais conhecida delas é o mar Morto, na Palestina. Os processos de formação do relevo O relevo terrestre se forma devido aos movimentos no interior da Terra e aos processos que acontecem na superfície terrestre. Os processos internos que influenciam o relevo são chamados de endógenos e os processos externos que acontecem na superfície da Terra são chamados de exógenos. Os processos endógenos Os processos endógenos são aqueles provocados pelas forças internas da Terra, como a movimentação das placas tectônicas, os abalos sísmicos e o vulcanismo. Eles resultam em movimentos na superfície da crosta terrestre, que podem formar montanhas, cordilheiras ou depressões. Processos exógenos Os processos exógenos são fenômenos que acontecem na superficie terrestre e modelam o relevo. Os principais fatores modeladores do relevo terrestre são a água das chuvas, dos mares e dos rios, o gelo e o vento. Ciclo das rochas Rochas ígneas (vulcânica ou plutônica) Rochas Sedimentares Estudo dos Solos (Pedologia) É o resultado da ação do intemperismo nas rochas. Todo solo tem condições de vida vegetal. O solo, portanto, é constituído por rocha intemperizada, ar, água e matéria orgânica que formam um manto de intemperismo que recobrem superficialmente a crosta terrestre. Os solos podem ser classificados quanto à profundidade em latossolos (pronfudos) e litossolos (rasos). Tipos de Solos: Expostas as mesmas condições climáticas, cada tipo de rocha produz um tipo de solo diferente, mas de acordo com a origem podemos classificar: Eluviais: quando formados pela alteração da rocha que se encontra abaixo, quer dizer, o solo foi formado no local onde se encontra. Ex. terra-roxa. Aluviais: são formados pela ação dos agentes naturais de transporte (rios, vento, etc.) Ex. solos de várzea. Orgânicos: são formados a partir de matéria orgânica, por isso são férteis e tem alto valor agrícola. Ex. solos humíferos. Quanto a estrutura os solos podem ser: argilosos, arenosos ou argilo-arenosos. Os solos de clima tropical sofrem grandes problemas com a erosão, lixiviação e a laterização; A lixiviação é a lavagem da parte superficial do solo, onde se encontra os nutrientes, e retirada dos sais minerais hidrossolúveis, empobrecendo o solo. A laterização é o surgimento de uma crosta ferruginosa, formada pela decomposição das rochas com precipitação dos óxidos e hidróxidos de alumínio e ferro, que acaba com a fertilidade do solo. Para combater a erosão superficial é preciso manter o solo recoberto por vegetação ou quebrar a velocidade do escoamento utilizando a técnica de cultivo em curvas de nível o terraceamento.