Disciplina – Política Económica Licenciatura em Economia Adelaide Duarte (GEMF/FEUC) 2005/2006 6ª Lição 6ª Lição – Diagnóstico da Economia Portuguesa à luz do relatório Bruegel “A experiência dos sete primeiros anos [UEM] demonstra que ser membro tem os seus benefícios, mas que estes benefícios têm um preço. Fazer parte de uma união monetária requer disciplina, e a perda da taxa de câmbio como instrumento para fazer face a choques económicos pode ter um custo elevado. Dentro da área Euro, alguns membros, tais como a Irlanda florescem; outros, especialmente do conjunto dos países do sul, lutam contra as dificuldades e deparam-se com penosos ajustamentos no futuro”. Alan Ahearne e Jean Pisani-Ferry, Bruegel Policy Brief, February 2006 6ª Lição – Diagnóstico da Economia Portuguesa à luz do relatório Bruegel Diagnóstico da Economia Portuguesa à luz do relatório Bruegel – A convergência nominal é uma condição necessária para que o país aceda a uma zona monetária única, – mas não é uma condição suficiente, é necessário que sejam criadas condições para uma convergência real da economia para a economia da zona monetária única. – Na ausência de políticas eficazes de convergência real, a perda do instrumento cambial terá um custo mais elevado para as economias mais abertas. 6ª Lição – Diagnóstico da Economia Portuguesa à luz do relatório Bruegel A zona Euro é caracterizada por diferenças persistentes nas, Taxas de crescimento do PIB real Taxas de inflação O que conduziu a grandes variações das taxas de câmbio real entre os países membro Aqueles países que não conseguiram fazer o ajustamento estrutural necessário e que experimentaram uma apreciação da taxa de câmbio real, perderam competitividade com agravamento do desequilíbrio externo. Portugal é um dos exemplos 6ª Lição – Diagnóstico da Economia Portuguesa à luz do relatório Bruegel Divergências na Zona Euro. Uma comparação das taxas de câmbio reais e das exportações relativas Efeitos diversos de variações na taxa de câmbio real sobre o crescimento das exportações A Irlanda e Portugal sofreram uma apreciação da taxa de câmbio real devido a uma taxa de inflação superior à média dos 12. As exportações irlandesas cresceram e as exportações portuguesas decresceram. A França e a Alemanha experimentaram uma depreciação das suas taxas de câmbio reais. O crescimento relativo das exportações só se verifica na Alemanha. Nota - (taxa de crescimento das exportações de um país relativamente às exportações da UEM) 6ª Lição – Diagnóstico da Economia Portuguesa à luz do relatório Bruegel 6ª Lição – Diagnóstico da Economia Portuguesa à luz do relatório Bruegel 6ª Lição – Diagnóstico da Economia Portuguesa à luz do relatório Bruegel 6ª Lição – Diagnóstico da Economia Portuguesa à luz do relatório Bruegel 6ª Lição – Diagnóstico da Economia Portuguesa à luz do relatório Bruegel Políticas Nacionais Redução da divergência com a zona Euro Ajustamento estrutural através de políticas de salários e preços para aumentar a competitividade nos mercados de bens e serviços reduzindo a taxa de inflação interna Rigor na condução da política orçamental, que não deverá ser pró-cíclica. 6ª Lição – Diagnóstico da Economia Portuguesa à luz do relatório Bruegel 6ª Lição – Diagnóstico da Economia Portuguesa à luz do relatório Bruegel • Subsector Estado – boa execução orçamental • Subsector da Segurança Social – boa execução orçamental • Administração Local e Regional – agravamento do défice (ultrapassou os 290 milhões de euros) • As contribuições portuguesas para o orçamento da União Europeia mais 200 milhões de euros, devido à revisão que o Eurostat fez do PNB português desde 1995 e entendeu que esses montantes devem ser imputados no ano da notificação e não no ano a que correspondem como entende a comissão (portuguesa) encarregue do apuramento do défice. Neste último caso, o défice teria sido de 5,9%. • Se a base utilizada tivesse sido a de 1995, e não a de 2000, o défice teria sido de 6,2%